A marinha de Marrocos organiza-se de forma a evoluir partindo das actuais bases.
Assim:
A corveta da classe Descubierta, que é o principal navio com capacidade anti-aérea será substituida pela fragata FREMM.
A capacidade de defesa costeira que já é dada pelas duas fragatas «Floreal» que são na realidade grandes patrulhas, vai ser aumentada com as futuras corvetas, que são na realidade pequenas fragatas.
Ao contrário dos navios do tipo «Floreal» as corvetas vão estar equipadas com capacidade de luta ASW e estarão armadas com o sonar «Kinglip».
Trata-se de um sonar adequado a caçar submarinos, mas que também tem utilidade na defesa contra ameaças submarinas.
Duas das corvetas estarão armadas apenas com mísseis Mistral de curto alcance, enquanto que uma terceira será equipada com mísseis MICA.
Portanto, Marrocos terá um navio (FREMM) que em principio terá maior capacidade antiaérea (mais que qualquer navio da marinha de Portugal) embora não seja um navio dedicado a essa função, e terá pelo menos três modernos navios (SIGMA) com boa/muito boa capacidade anti-submarina, um dos quais com mísseis anti-aéreos MICA (alcance de até 60km).
Ao contrário dos holandeses, que já têm quatro contra-torpedeiros modernos, Portugal não tem nenhum navio equipado com mísseis ESSM, que de qualquer forma não têm o alcance dos MICA.
Os holandeses anunciaram melhoramentos nas fragatas «classe M» deles destinados a melhorar o seu comportamento em zonas costeiras.
Nós não podemos seguir o mesmo caminho, pois não temos dinheiro para fragatas novas. Só uma modernização com pés e cabeça das Vasco da Gama pode modificar ligeiramente a situação. Tal modernização está em curso/prevista, mas para que seja eficaz os seus custos serão elevados.
Os navios portugueses não têm capacidade anti-míssil. Limitam-se aos Sea-Sparrow e à defesa de ultimo recurso (Phalanx nas MEKO-200 e Goalkeeper nas duas futuras M.)
A marinha tem testado os Sea-Sparrow, que são mísseis anti-aéreos, para a função anti-navio, que é o que se julga necessário em tempos futuros (afundar pequenos navios com mísseis mais baratos).
Sabemos pelos testes anunciados que isso é possível, porque os Sea-Sparrow conseguíram atingir alguns dos velhos patrulhas Cacine que foram afundados em testes.
Mas se a marinha está preparada para afundar ameaças assimétricas (navios suicidas malucos) o mesmo não acontece em termos de qualquer conflito convencional.