Antes de mais apresentações. Sendo um "aficionado" de assuntos militares tento com este meu 1º post, participar em todas as discussões deste forum.
De acordo com entrevista concedida pelo Chefe de Estado-Maior do Exército, General Luís Vasco Valença, ao Jornal do Exército em Novembro de 2004, sobre a directiva para a Transformação do novo modelo Organizacional do Exército Português passo a citar:
"No referente à Brigada Mecanizada, prevemos ter um Agrupamento Mecanizado em High Readness Force (HRF) categoria 3 (10 dias de prontidão), em Janeiro de 2005, e prosseguir esse esforço com o Esquadrão de Reconhecimento e um terço das unidades de apoio de combate e de apoio de serviços, também como HRF, categorias 3 a 5 (30 dias de prontidão), em Janeiro de 2006. Daí para a frente é preciso que a revisão da LPM assegure recursos que ainda não estão disponibilizados.
A Brigada de Intervenção, terá um Batalhão de Infantaria em HRF 3 em janeiro de 2008 e toda a Brigada está em HRF 5 em Janeiro de 2010.
Quanto à Brigada de Reacção Rápida, contamos ter um Batalhão de Pára-quedistas em HRF 3, em Janeiro de 2005, o 2º Batalhão Pára-quedista, as duas Companhias de Comandos e as Operações Especiais em HRF 3, em Janeiro de 2006, o Batalhão de Apoio Aeroterrestre em HRF 3, em Janeiro de 2007 e toda a Brigada com o mesmo estatuto em Janeiro de 2008, apenas com reserva da unidade de aviação, cuja prontidão completa não acontecerá antes de 2011"
Da análise desta entrevista podemos concluir que:
1 - A Brigada Mecanizada continuará a ser o parente mais pobre do Exército, continuando-se a adiar o reequipamento das suas unidades orgênicas.
2 - A Brigada Ligeira de Intervenção, passar-se-á a denominar Brigada de Intervenção, ficando constituída como unidade de infantaria blindada (penso que as novas VBR) serão maioritariamente atribuídas a esta unidade.
3 - A Brigada Aerotransportada Independente, passa-se a denominar Brigada de Reacção Rápida; o 3º BIPára deverá ser desactivado, sendo incorporadas organicamente as 2 Cª de Comandos, Elementos de Operações Especiais (CIOE - DOE Destacamento de Operações Especiais), o BAAT deixará de fazer parte do CTAT, passando a ser parte integrante da Brigada (Recorda-se que os Precursores estão englobados organicamente neste batalhão), bem como o futuro GALE quando estiver aprontado deverá fazer parte da Brigada.
Assim sendo a Força Operacional do Exército Português ficará composta por uma Brigada Mecanizada (Pesada), uma Brigada Blindada (Ligeira) e uma Brigada Aeromovél que comportará pára-quedistas, comandos, rangers e cavalaria aérea. Deste modo o que o Miguel tem toda a lógica: O RC3 passará para a Brigada de Intervenção, o ERec da Ex-BAI deixará de existir, passando o reconhecimento a ser feito por Patrulhas de Longo Raio de Acção, Prec's, etc, assim como o apoio de fogos, que dada a natureza do novo tipo de Brigada deixará de ser as Bocas de Fogo para serem morteiros, por exemplo.
Ficando à espera das vossas conclusões, cumprimentos,
A. Rodrigues
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