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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: comanche em Julho 13, 2007, 12:45:17 am

Título: Relações Russia-Portugal
Enviado por: comanche em Julho 13, 2007, 12:45:17 am
Rússia atribui prioridade a turismo e imobiliário no Algarve



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Os sectores do turismo e do imobiliário são a grande aposta da Rússia para o Algarve, que a partir de agora tem na região o seu primeiro cônsul, o empresário português Nuno Gama.
 


Justificando o critério da escolha de Nuno Gama, o embaixador russo em Portugal, Pavel Petrovski, realçou a "frutífera cooperação" do novo cônsul no Algarve ao longo dos últimos quatro anos, no âmbito da associação luso-russa PRUBA, com três dezenas de empresas associadas.

Nuno Gama, natural de Lisboa, com carreira empresarial iniciada no Canadá e há duas décadas radicado no Algarve, recebeu as credenciais e atributos inerentes às funções, nomeadamente o escudo de armas e a bandeira da Federação da Rússia.

Na cerimónia, realizada na embaixada, Pavel Petrovski congratulou-se com a nomeação do primeiro cônsul do seu país no Algarve, depois de um ano de diligências diplomáticas entre Lisboa e Moscovo.

Pavel Petrovski adiantou que "dentro de meses" outro português será nomeado para as mesmas funções no Porto, onde o anterior cônsul se demitiu por motivos pessoais há cerca de uma década.

No Algarve, "o turismo e o imobiliário são as prioridades", acentuou o diplomata, lembrando que no primeiro semestre do ano o sul de Portugal foi visitado por mais de 9.000 cidadãos vindos da Rússia.

Nuno Gama acrescentou que, por este motivo - a que acresce o imperativo da escolha de uma cidade na área de maior concentração da comunidade russa -, o novo consulado russo ficará localizado entre Albufeira e Faro.

O vinho alentejano é outra aposta da PRUBA porque os russos, dos 650 milhões de garrafas importadas por ano, consomem pelo menos 65 milhões - cerca de 10 por cento - de produção portuguesa, foi explicado aos jornalistas na conferência de imprensa depois da posse de Nuno Gama.

As trocas comerciais entre a Rússia e Portugal são da ordem dos 1.000 milhões de euros, num momento em que as exportações portuguesas para aquele país registam um crescimento de 35 por cento, reduzindo o défice da balança de transacções de 14 para 6 por cento.

Além do turismo, imobiliário e vinho, o calçado, têxteis, vestuário, cortiça, químicos e equipamentos em geral, sobretudo para o sector dos transportes, são produtos portugueses que interessam à Rússia.

Caso paradigmático é o do calçado, cujas exportações para aquele país foram de sete milhões de euros em 2005, 14 milhões de euros em 2006 e previsivelmente de 20 milhões de euros este ano.

Os russos têm o projecto de construir perto de Lagos uma central de dessalinização para fornecimento de água potável ao Algarve, pensando nos campos de golfe.

O embaixador Pavel Petrovski lamentou que este projecto, orçado em seis milhões de euros e com arranque previsto para o fim do ano, não tenha merecido até agora maior atenção da empresa pública Águas de Portugal.

Mais um projecto russo de vulto incide no aproveitamento da energia das ondas do mar e das correntes fluviais para gerar electricidade.

O pior é que "o governo português é muito burocrático", disse o diplomata, ao fazer o ponto do desenvolvimento destas iniciativas.

A terminar, Nuno Gama salientou os imperativos de dinamizar os voos fretados para turistas russos e alcançar uma meta de 100.000 dormidas repartidas entre hotéis e estâncias de luxo, para o segmento mais alto embora minoritário, cujos investimentos em imobiliário deverão ser potenciados.

"Há uma década que os russos já investem em imobiliário no Algarve, mas é preciso muito mais", concluiu o novo cônsul.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

 
Título:
Enviado por: comanche em Julho 13, 2007, 01:04:32 am
Segundo alguns dados que já vi, os turistas russos podem não são numéricamente relevantes, mas parece que são os mais endinheirados e são os que mais despesas percapita fazem no Algarve.
Título:
Enviado por: Lancero em Julho 13, 2007, 10:42:08 am
Branqueamento de capitais.  :roll:
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Enviado por: comanche em Agosto 23, 2007, 01:33:16 pm
Finanças:Federação Russa já pagou dívida a Portugal de 61,6 ME

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Lisboa, 23 Ago (Lusa) - A Federação Russa já pagou a totalidade da dívida a Portugal, de 83,6 milhões de dólares (61,6 milhões de euros), dos quais 18 milhões respeitavam a créditos de empresas privadas, anunciou hoje o Ministério das Finanças português.

Em comunicado, o ministério liderado por Fernando Teixeira dos Santos refere que a Rússia "procedeu ao pagamento antecipado da totalidade da dívida a Portugal" como estava previsto no Memorando de Entendimento assinado pelos governantes responsáveis pelas Finanças dos dois países, em Maio, aquando da visita de José Sócrates à Federação Russa.

Do total da dívida, 65,6 milhões de dólares (cerca de 48,3 milhões de euros) diziam respeito a créditos do Estado português e os restantes 18 milhões (13,3 milhões de euros) referiam-se a créditos a empresas privadas, como especifica a informação do Ministério das Finanças.

O pagamento foi antecipado em 13 anos pois a conclusão do reembolso estava prevista para 2020, no âmbito dos acordos de reestruturação da dívida assinados entre os dois países em 1997 e 2001 e que ainda estão em vigor.

A dívida agora liquidada resultou de incumprimentos relacionados com operações de exportação efectuadas ao abrigo de seguros de crédito concedidos por conta do Estado, principalmente ocorridas durante o processo de dissolução da antiga União Soviética, explica o Ministério das Finanças.

Título:
Enviado por: oultimoespiao em Agosto 26, 2007, 01:32:29 pm
Fazer negocios com russos e um pesadelo (tenho experiencia propria) juro para nunca mais, sao corruptos, arrogantes e querem sempre algo mais que nao faz sentido (nem para eles). E como se as regras e leis existissem para ser quebradas!
Título:
Enviado por: comanche em Setembro 26, 2007, 04:47:56 pm
Turismo:Mercado russo com maior crescimento em Lisboa leva ATL a reforçar promoção ainda este ano na Rússia


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Lisboa, 26 Set (Lusa) - O mercado russo foi o que mais cresceu no turismo lisboeta entre Janeiro e final do Verão e a associação do sector em Lisboa, a ATL, decidiu reforçar a promoç��o neste país com uma acção até final do ano.

Em declarações à agência Lusa, o director-geral da Associação Turismo de Lisboa (ATL), Vítor Costa avançou hoje que os visitantes russos foram os que mais aumentaram, cerca de 40 por cento, nos primeiros sete meses do ano face a igual perído de 2006, mas sublinhou que este é um mercado emergente ainda pouco representativo.

"O mercado russo pode ser interessante para o Inverno" e ainda vir a evoluir mais, por isso o Turismo de Lisboa decidiu reforçar a promoção na Rússia com "uma acção até final do ano", num investimento de cerca de 40 mil euros, explicou Vítor Costa.

Por outro lado, o Turismo de Lisboa está a analisar a possibilidade de aumentar a promoção na Rússia em 2008, embora a grande aposta vá para o mercado do Reino Unido, acrescentou.

Entre os mercados emergentes, o russo e o polaco cresceram acima da média, em Lisboa, entre Janeiro e Julho.

Na cidade de Lisboa, o RevPAR (preço médio por quarto disponível) reflecte uma subida mensal de 18,8 por cento e de 13,1 por cento no período entre Janeiro e Agosto, com as unidades de quatro estrelas a terem o melhor desempenho, ao registarem, no mês, uma subida de 20,2 por cento.

No total das unidades de três, quatro e cinco estrelas, a ocupação cresceu 2,7 por cento em Agosto, face ao mesmo mês de 2006, e entre Janeiro e Agosto o acréscimo é de cinco por cento.

O plano de actividade do Turismo de Lisboa, para vigorar entre 2007 e 2010, define objectivos de crescimento anual de 4,3 por cento nas dormidas e de 4,1 por cento no RevPar, para a Região de Lisboa.

Para a cidade de Lisboa, a meta anual é aumentar 5,4 por cento o número de turistas e 8,5 por cento as receitas.

Este ano, o orçamento para promoção é de sete milhões de euros.

Título:
Enviado por: André em Outubro 05, 2007, 05:26:10 pm
Brisa, Lena e Novopca convidadas para obras na Rússia

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A Rússia convidou três empresas portuguesas - a Brisa, a Lena Construções e a Novopca - para participarem nos concursos para a construção e exploração de novas auto-estradas, a concessionar entre o final deste ano e início de 2008, avança o Diário de Notícias (DN) citando informação do conselheiro comercial da embaixada russa em Lisboa, Igor Zolkin.

Se as empresas estiverem interessadas em formar consórcios com parceiros locais para concorrerem às novas concessões, a sua a participação pode chegar aos 50%, segundo a mesma fonte.
de acordo com a edição desta sexta-feira do DN, obra prioritária é a construção de um troço entre Moscovo e o aeroporto da capital russa, de cerca de 50 quilómetros, e que deverá representar um investimento da ordem dos 800 milhões de euros, adiantaram ao DN fontes das empresas portuguesas.

Diário Digital
Título:
Enviado por: jconc em Outubro 06, 2007, 03:55:20 pm
Citação de: "Lancero"
Branqueamento de capitais.  :roll:

Ignorancia infantil.
A Russia faz parte do BRIC (Brasil, Russia, India e China), os tais paises dos mercados emergentes, ou sejam as futuras potencias economicas mundias!
Título:
Enviado por: Lancero em Outubro 06, 2007, 04:27:31 pm
Desculpe?

Mas você tem alguma dúvida que o investimento imobiliário russo no Algarve - na mão de dois/três que foram 'bafejados' com fortunas após o fim da USRR, que todos sabemos como as conseguiram - esconde na sua maioria crimes económicos? Eu sei profissionalmente do que falo.
Pergunte aos colegas espanhóis deste fórum o que se passou na Costa del Sol.

Mas é sempre mais fácil acreditar em quem sabe, neste caso os notários:

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05-Jul-2007  
LAVAGEM DE DINHEIRO NO ALGARVE
A Ordem dos Notários comunicou ao Ministério Público 59 negócios suspeitos de branqueamento de capitais, a maioria dos quais realizados no Algarve. Segundo apurou o Correio da Manhã, grande parte das transacções denunciadas relacionavam-se com a compra de casas de luxo que seriam pagas com dinheiro "à vista" ou através de sociedades off-shore. Esta forma de pagamento alertou os notários que comunicaram ao Ministério Público os negócios suspeitos efectuados nos últimos dois anos. Muitas destas comunicações resultaram em procedimentos criminais, que se encontram actualmente em investigação pela Polícia Judiciária (PJ), detectando-se a actividade de redes mafiosas, algumas com grande actividade no país vizinho.Alguns protagonistas dos investimentos denunciados no Algarve estão relacionados directa ou indirectamente com elementos identificados pela Polícia espanhola em três grandes operações contra o crime de branqueamento de capitais e que tiveram o seu epicentro em Marbelha: operações "Ballena Blanca", "Malaya" e "Hidalgo" de que resultaram mais de 200 detenções. Numa destas operações foram detidos vários cidadãos de nacionalidade russa e ucraniana que se preparavam para comprar imóveis no Sul do País.Além da compra de imóveis, foram comunicadas também às autoridades policiais a constituição de várias sociedades anónimas com sedes em off-shore e operações de cessão de quotas entre empresários considerados bastante suspeitos.
A escolha do Algarve para a lavagem de dinheiro está directamente relacionada com as medidas tomadas por Espanha no final de 2006 (na sequência das operações policiais referidas anteriormente), no sentido de identificar os meios de pagamento utilizados na realização de negócios que exijam a celebração de escritura pública.
As escrituras públicas de compra e venda de casa podem passar, obrigatoriamente, a ter que identificar o meio de pagamento. Trata-se de uma novidade copiada do país vizinho e que se encontra em estudo na Comissão contra o Branqueamento de Capitais, a qual reúne elementos da Polícia Judiciária, dos Impostos, dos advogados, dos solicitadores e do Ministério das Finanças. O objectivo é, além de identificar as partes contraentes e o objecto do negócio, saber se ele foi realizado (no todo ou em parte) através de "dinheiro vivo", cheque (identificando o número do mesmo, o banco sacado e se o título é nominativo ou ao portador) ou transferência bancária (exibindo neste caso os comprovativos dos movimentos das contas). Será preciso também identificar se o dinheiro foi recebido antes ou no momento da outorga da escritura. Todos estes elementos foram introduzidos na legislação espanhola, no final de Novembro de 2006, na sequência das operações "Malaya", "Hidalgo" e "Ballena Blanca" contra o branqueamento de capitais.
(...)
Correio da Manhã
Título:
Enviado por: jconc em Outubro 07, 2007, 08:49:44 am
Praticas de branqueamento de capitais existe evidentemente, mas nao ao nivel de qualquer turista russo que passam ferias no Algarve e que la investem estavam relacionados com o branqueamento de capitais!
Julgas que nao existem praticas de branqueamento entre os certos turistas Americanos, Ingleses, Alemaes ou Espanhois?
Cumprimentos!
Título:
Enviado por: Lancero em Outubro 07, 2007, 04:42:11 pm
Eu não falo de turistas que por cá passam e, no máximo, compram uma vivenda. Falo dos construtores/investidores do imobiliário.
Título:
Enviado por: jconc em Outubro 08, 2007, 08:53:17 am
Entendido!
Obrigado!
Título:
Enviado por: comanche em Outubro 24, 2007, 07:15:49 pm
Portugal e Rússia assinam acordos económicos


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O primeiro-ministro José Sócrates e o presidente russo, Vladimir Putin, presidem quinta-feira, em Lisboa, à assinatura de acordos económicos entre Portugal e Rússia, um deles para desenvolver uma linha de crédito de 200 milhões de euros.
 


Antes de participar sexta-feira na cimeira entre União Europeia e a Rússia, em Mafra, Vladimir Putin chega à capital portuguesa quinta-feira ao início da tarde, sendo recebido com honras militares junto ao Mosteiro dos Jerónimos e tendo depois audiências com o Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém, e com o primeiro-ministro português, em São Bento.

Segundo fonte do executivo de Lisboa, a assinatura dos acordos bilaterais ao nível económico insere-se num clima político "muito positivo nas relações entre Portugal e a Rússia" - ambiente que foi "cimentado" com a visita de José Sócrates a Moscovo, em Maio passado.

"As boas relações pessoais entre Sócrates e Putin são uma grande ajuda para se criar um clima de bom entendimento ao nível bilateral, mas também com a presidência portuguesa da União Europeia, tendo em vista a cimeira entre UE e Rússia", acrescentou a mesma fonte.

Ao nível de acordos bilaterais, os governos de Lisboa e de Moscovo vão assinar pelo menos três nas áreas financeira e económica (infra-estruturas e vias de comunicação).

Já em preparação desde Maio passado, com a supervisão do ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, a linha de crédito de 200 milhões de euros vai envolver a Caixa Geral de Depósitos e um banco russo.

Segundo o texto do acordo, os dois bancos vão prestar "colaboração mútua na identificação e desenvolvimento de oportunidades na exportação de bens e serviços portugueses e russos".

A Caixa Geral de Depósitos e o banco russo vão também concertar-se para promover o investimento directo de empresas russas em Portugal e de empresas portuguesas na Rússia.

No caso dos investimentos nacionais, a linha de crédito apoiará sobretudo projectos de investimento na construção de infra-estruturas russas.

Além dos acordos em perspectiva, o executivo de Lisboa considera que Moscovo tem dado "sinais claros" de que pretende reforçar as relações bilaterais com Portugal.

"A Federação Russa decidiu pagar em Agosto, antecipadamente, a sua dívida de 83,6 milhões de dólares ao Estado Português e a empresas nacionais", exemplificou.

De acordo com a fonte do Governo de Lisboa, ao longo dos últimos anos, "registaram-se progressos notáveis" na evolução das relações económicas entre Portugal e a Rússia.

"As exportações portuguesas para a Rússia aumentaram 44 por cento até Agosto, face a um aumento de 36,7 por cento registado ao longo de 2006", aponta um colaborador do Governo português.

Ainda segundo as mesmas estimativas do executivo de Lisboa, nos primeiros oitos meses deste ano, as exportações portuguesas para a Rússia atingiram 90 milhões de euros.

Portugal exporta principalmente para a Rússia madeiras, cortiça, máquinas e aparelhos, calçado, plásticos e borracha, tendo posição relevante no mercado russo as empresas dos grupos Amorim, Logoplaste e Tecnomolde.

 
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Enviado por: André em Outubro 25, 2007, 04:15:22 pm
Brisa integra consórcio para projectos de 2.000 M€ na Rússia

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A Brisa - Auto-estradas de Portugal assinou hoje um acordo com três empresas do grupo russo Gazprom para integrar um consórcio que vai concorrer a dois projectos de auto-estradas na Rússia, num negócio avaliado em 2 mil milhões de euros.

O consórcio inclui, além da Brisa, a também portuguesa Construtora do Lena e as russas Stroigaz Consalting, Gazprom Bank e Líder.

O objectivo é concorrer aos projectos de alargamento da auto-estrada que liga Moscovo a São Petersburgo, com 600 quilómetros, e da auto-estrada que liga a capital russa a Minsk, com mais de 30 quilómetros.

O primeiro projecto está avaliado em 1,2 mil milhões de euros e o segundo em 800 milhões de euros.

Um responsável da Brisa explicou hoje que a concessionária portuguesa terá uma participação no consórcio «igual à das duas maiores empresas russas».

Além deste acordo, foram também assinados acordos económicos envolvendo o sector bancário e a indústria naval.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o banco russo Vnesheconombank assinaram um acordo que prevê que prevê a constituição de uma linha de crédito de 200 milhões euros para apoiar investimentos e trocas comerciais entre os dois países.

O acordo estabelece que a CGD e o banco russo prestem «colaboração mútua na identificação e desenvolvimento de oportunidades de exportação de bens e serviços portugueses e russos».

Por outro lado, o acordo visa impulsionar o investimento directo de empresas russas em Portugal ou portuguesas na Rússia, neste último caso com particular destaque para projectos de infra-estruturas.

A Empordef, que controla os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, assinou com a empresa russa Admiralty Shipyards um acordo para reforçar a cooperação bilateral industrial, técnica e comercial para o desenvolvimento da área de negócios da indústria naval.

No quadro deste compromisso, as duas partes «vão aprofundar a cooperação bilateral na indústria naval, através do desenvolvimento de um projecto específico que inclua encomendas de serviços, compra e venda de materiais e equipamentos para a construção naval».

Diário Digital / Lusa

Sonae Indústria tenta investir 150 M€ na Rússia há 3 ou 4 anos

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Belmiro de Azevedo afirmou hoje que a Sonae Indústria está a tentar construir um projecto na área dos aglomerados de madeira, na Rússia, há três ou quatro anos, num investimento de cerca de 150 milhões de euros.

O presidente do grupo Sonae, que falava à margem do encontro de industrais que antecede a Cimeira UE/Rússia, a decorrer sexta-feira em Mafra, disse que o risco de investir naquele mercado não é de natureza industrial, mas sim de políticas macro-económicas e sobretudo de regulamentação.

Os principais problemas que o grupo Sonae tem enfrentado na tentativa de instalar-se na Rússia estão relacionados com o sistema judicial, as taxas de corrupção ou as alterações legais repentinas, que conferem insegurança a qualquer projecto.

«Quando se trata de um investimento de cerca de 150 milhões de euros, os negócios têm de ser feitos com algumas garantias», salientou Belmiro de Azevedo.

«Neste sector somos os líderes mundiais, mas o crescimento vai acontecer em áreas onde ainda não actuamos, porque são países onde existe um grande crescimento populacional, como a Rússia a China e a Índia», avançou o empresário.

Por isso, Belmiro de Azevedo considera importante a contribuição que o mercado russo pode ter no crescimento do negócio do grupo na área dos aglomerados de madeira.

O projecto da Sonae destinado ao mercado russo pode também incluir uma vertente florestal, referiu o presidente do grupo Sonae, embora reconheça que essa situação será mais difícil, pois apesar de a Rússia tem as maiores reservas do mundo em madeira, estas localizam-se em zonas de difícil acesso.

A aposta na Rússia levaria a actividade da Sonae Indústria mais para leste, depois das fábricas já instaladas em países como Espanha, França e Alemanha.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Outubro 30, 2007, 05:31:06 pm
Empresa portuguesa Newhotel Software entra no mercado russo

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A empresa portuguesa, Newhotel Software, especializada na produção de programas informáticos para o sector hoteleiro, apresenta hoje os seus produtos no mercado russo e prepara-se para assinar contratos com empresas locais do sector.

«Sabemos que o mercado russo é complicado, mas uma das nossas vantagens é trabalhar nesse tipo de mercados», declarou à Lusa João Matoso, director da Newhotel Software.

«Já trabalhamos - continuou ele - em mais de vinte países e entramos no mercado russo com experiência adquirida na Letónia e Lituânia, países vizinhos da Rússia, com problemas idênticos».

«Além disso, somos uma empresa muito flexível, os nossos programas informáticos podem ser adaptados para operar, por exemplo, em países com sistemas fiscais complicados», sublinhou.

A Newhotel Software produz sistemas informáticos para hóteis, centrais de reservas, restaurantes, bares, centro de convenções, spas, golfe e outros negócios de hotelaria e turismo.

«O sector hotelereiro está em rápido crescimento em várias cidades da Rússia e, por isso, decidimos abrir um escritório em Moscovo. Estamos optimistas quanto ao nosso futuro neste mercado«, afirma João Matoso.

«Estamos na recta final de conversações com a empresa russa Azimut, muito importante neste sector. E não iremos trabalhar apenas em Moscovo. A cidade de Nijni Novgorod é outro objectivo» - frisa.

«Temos uma encomenda para a Ucrânia, mercado que também estamos a explorar« - acrescentou o director da Newhotel Software.

Diário Digital / Lusa
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Enviado por: André em Setembro 26, 2008, 07:09:07 pm
INAC confirma fim da única ligação aérea entre Lisboa e Moscovo

A companhia aérea russa Krasair deixa de efectuar a única ligação entre Moscovo e Lisboa no dia 01 de Outubro, uma decisão das autoridades russas, disse hoje à Lusa fonte oficial do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).

Em declarações à Agência Lusa, fonte oficial do INAC, instituto regulador da aviação civil, disse que a decisão de encerrar a ligação entre Lisboa e Moscovo "foi tomada pelas autoridades russas", tendo sido comunicada ao instituto português pelo regulador russo, a Agência Federal de Transporte Aéreo.

"A decisão foi das autoridades russas e a nós compete-nos acatar, porque não é uma questão em que possamos fazer alguma coisa", declarou a mesma fonte, realçando que o INAC não foi informado dos motivos que estiveram na origem do encerramento da ligação.

O encerramento desta ligação volta a fazer de Lisboa a única capital de um país da União Europeia sem ligação directa com Moscovo.

Na quarta-feira, fonte oficial da companhia aérea russa Krasair admitiu à agência Lusa o breve fim do voo entre as capitais russa e portuguesa.

O Turismo de Portugal admitiu, no mesmo dia, que o encerramento desta ligação aérea poderá prejudicar seriamente a dinâmica positiva observada no desenvolvimento do turismo russo para Portugal mas revelou que "existem contactos com companhias, nacionais e estrangeiras, com vista ao desenvolvimento dos mercados do Leste Europeu, estando Moscovo e Varsóvia identificados como cidades/mercados a dinamizar a breve prazo em matéria de rotas aéreas".

O porta-voz da transportadora portuguesa TAP, António Monteiro, confirmou à Lusa os contactos com o Turismo de Portugal quanto a estes dois destinos, afirmando que se trata de "dois destinos com potencial e que estão desde há algum tempo sob observação".

No entanto, ressalvou a mesma fonte, "nenhuma decisão está ainda tomada, uma vez que ainda está por saber se se tratam de rotas rentáveis ou não".

A companhia aérea Krasair, que faz parte do grupo Air Union, está em processo de falência, tendo as suas obrigações passado já para uma nova empresas de transportes pertencente ao Governo de Moscovo.

Durante o Verão, dezenas de voos da companhia partiram com atraso ou foram mesmo anulados devido às devidas acumuladas pelo combustível, cerca de um milhão de dólares (681,7 mil euros).

A primeira linha aérea regular entre Moscovo e Lisboa foi aberta em 1974 pela companhia aérea soviética Aeroflot, que a decidiu encerrar nas vésperas do Euro 2004, num processo pouco transparente.

A companhia russa Krasair opera desde 29 de Abril de 2005 em Portugal e tem sede no aeroporto da Portela em Lisboa.

Lusa
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Enviado por: comanche em Novembro 17, 2008, 10:35:49 pm
Portugal/Rússia : Cooperação é chave da segurança na Europa - Serguei Lavrov


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Lisboa, 17 Nov (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, garantiu hoje em Lisboa que a cooperação é a chave para a segurança na Europa, à saída de um encontro com o primeiro-ministro português, José Sócrates.

"O incremento da cooperação será sempre em benefício de uma Europa mais segura", declarou Lavrov à Agência Lusa, acentuando que no plano das relações bilaterais entre a Rússia e Portugal "o benefício é recíproco".

"Será através de esquemas de cooperação que todos nos sentiremos mais seguros, para nos concentrarmos nos aspectos construtivos e não ficarmos presos às polémicas desnecessárias que nos separam", acentuou o chefe da diplomacia russa.

Lavrov reconheceu ser "evidente que há diferenças, numa ou noutra questão", mas frisou que "as diferenças não podem fazer refém tudo o resto".

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, "Portugal é um importante membro da União Europeia (UE) e da Aliança Atlântica (NATO), pelo que é sentido um desejo comum de promover esquemas de cooperação no plano europeu e euro-atlântico".

Acerca da sua visita a Lisboa, Lavrov acentuou que "a Rússia mantém muito boas relações bilaterais com Portugal" e, daí, pretender que "o nível do diálogo político, de resto excelente, fique marcado por mais comércio externo e investimento de parte a parte".

"Foi isto que discuti com o primeiro-ministro (português, José Sócrates) e valorizámos a reciprocidade em matéria de cooperação, (especialmente) no sector do turismo, tão promissor", revelou.

Os sectores do turismo e do imobiliário são a grande aposta da Rússia para o Algarve, que colocou na região o seu primeiro cônsul, o empresário português Nuno Gama.

No Algarve, "o turismo e o imobiliário são as prioridades", disse o embaixador da Rússia em Portugal, Pavel Petrovski, ao falar à LUSA, lembrando que no primeiro semestre do ano o sul de Portugal foi visitado por mais de 9.000 russos.

O vinho alentejano é uma aposta da empresa PRUBA, porque os russos, dos 650 milhões de garrafas importadas por ano, consomem pelo menos 65 milhões - cerca de 10 por cento - de produção portuguesa.

As trocas comerciais entre a Rússia e Portugal são da ordem dos 1.000 milhões de euros, num momento em que as exportações portuguesas para aquele país registam um crescimento de 35 por cento, reduzindo o défice da balança de transacções de 14 para seis por cento.

Além do turismo, imobiliário e vinho, o calçado, têxteis, vestuário, cortiça, químicos e equipamentos em geral, sobretudo para o sector dos transportes, são produtos portugueses que interessam à Rússia.

Caso paradigmático é o do calçado, cujas exportações para aquele país foram de sete milhões de euros em 2005, 14 milhões de euros em 2006 e 20 milhões de euros em 2007.

Os russos têm o projecto de construir perto de Lagos uma central de dessalinização para fornecimento de água potável ao Algarve, pensando nos campos de golfe.

Um outro projecto russo de vulto visa o aproveitamento da energia das ondas do mar e das correntes fluviais para gerar electricidade.

É considerado um imperativo para Moscovo dinamizar os voos fretados para turistas russos e alcançar uma meta de 100.000 dormidas repartidas entre hotéis e estâncias de luxo, para o segmento mais alto, embora minoritário, cujos investimentos em imobiliário deverão ser potenciados.

Serguei Lavrov está na terça-feira com o homólogo e anfitrião Luís Amado, nomeadamente para tratar a realização, na Primavera de 2009, em Moscovo, da sessão da Comissão Mista para a Cooperação Económica, Industrial e Técnica, bem como a situação financeira mundial e as relações da Rússia com a União Europeia.

JHM.

Lusa/fim

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Enviado por: Daniel em Dezembro 24, 2008, 01:26:43 pm
Incêndios: Rússia quer negociar com Portugal base de aviões de combate
24 de Dezembro de 2008, 10:29

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Moscovo, 24 Dez (Lusa) - O ministro para Situações de Emergência da Rússia, Serguei Choigu, anunciou hoje em Moscovo que o seu ministério planeia negociar com Portugal a criação de uma base europeia de aviões de combate a incêndios em território português.

"Em Fevereiro próximo vamos realizar conversações com vista à instalação de uma base europeia" de aviões de combate a incêndio em Portugal", declarou Choigu.

Nesse mês, Serguei Choigu visitará Portugal, acompanhando a delegação russa que participará nas conversações da comissão mista de cooperação russo-lusa.

Fontes contactadas pela Lusa em Moscovo disseram que essa questão já tinha sido abordada no encontro entre Serguei Choigu e Basílio Horta, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que se realizou na capital russa no início de Dezembro.

A futura esquadrilha, cuja função será a luta contra os incêndios florestais na Europa, incluirá principalmente aviões russos Beriev-200.

"O projecto já adquiriu contornos ao nível de documentos e agora é preciso criar a base", precisou o ministro russo.

Choigu recordou que a Rússia já assinou acordos de cooperação nessa matéria com a Alemanha.

O Beriev-200 é o maior avião anfíbio do mundo, destinado a combater incêndios, prestar ajuda em regiões afectadas por catástrofes naturais, a realizar operações de busca e salvamento, a servir de ambulância e a transportar cargas.

O aparelho, que já foi durante vários anos utilizado no combate a incêndios em Portugal, pode transportar 12 toneladas de água de uma vez e atirá-la sobre focos de incêndio.

Graças à forma como está construída a sua fuselagem, converte-se facilmente num avião de passageiros ou de carga.

Título: Re: Relações Russia-Portugal
Enviado por: Lusitano89 em Abril 26, 2010, 07:56:22 pm
Portugal e Rússia estão a preparar novo acordo económico


Portugal e a Rússia acordaram assinar um novo acordo de cooperação económica até Setembro de 2019, declarou Sergei Shoigu, presidente da Comissão Mista para a Cooperação Económica, Industrial e Técnica, depois de um encontro com o ministro português da Economia, Vieira da Silva.

"Esse acordo deverá substituir documento semelhante, que foi assinado entre a URSS e Portugal em 1987. Não obstante a crise, a Rússia e Portugal têm boas perspectivas para o alargamento da cooperação em muitas esferas", acrescentou Sergei Shoigu, que também é ministro para Situações de Emergência da Rússia.

De acordo com o governante em 2009 as trocas comerciais entre os dois países sofreram uma redução de 30% em comparação com o ano anterior, e o nível dos investimentos não satisfaz nenhuma das partes.

No protocolo assinado após o encontro na capital russa ficou fixado o acordo sobre a criação de um grupo de trabalho para comércio e investimentos no quadro da Comissão Mista, que deverá encontrar "vias de superação de barreiras" no comércio bilateral, nas esferas alfandegária e das licenças.

Os ministros russo e português delinearam direcções concretas de cooperação no campo da poupança energética e das energias renováveis. Segundo Shoigu Portugal tem know-how nessa esfera "que pode ser útil para a Rússia".

Sergei Shoigu destacou também a importância de um acordo sobre o estabelecimento de linhas aéreas directas entre os dois países, sublinhando que a parte portuguesa teria prometido resolver os problemas que se colocam às transportadoras russas que pretendem voar para Lisboa. Actualmente a TAP é a única companhia que mantém ligações directas entre Lisboa e Moscovo, realizando cinco voos por semana.

O ministro russo considerou também de extrema importância o acordo de cooperação assinado, no quadro da comissão, entre o Banco de Comércio Externo da Rússia e a Caixa Geral de Depósitos. Os dois bancos acordaram continuar o trabalho com vista a chegar a um acordo sobre a concessão de crédito para financiar as exportações de Portugal e apoiar projectos conjuntos.

Depois de constatar que Portugal já adquiriu à Rússia seis helicópteros de combate a incêndios Ka-32, Shoigu acrescentou que irão continuar conversações com vista à aquisição por Portugal de aviões anfíbios russos Beriev-20.

Lusa
Título: Re: Relações Russia-Portugal
Enviado por: Lusitano89 em Junho 21, 2013, 01:48:20 pm
Portugal inaugura em Moscovo novo centro de vistos


Portugal inaugura hoje oficialmente em Moscovo um novo centro de vistos, que abriu de facto em 17 de junho, para dar resposta ao aumento do fluxo turístico da Rússia.

O novo centro de vistos, instalado numa zona central da capital russa, será inaugurado pelo embaixador de Portugal, Mário Godinho de Matos, e será gerido por uma empresa privada.
 
O operador privado recolhe os documentos necessários à obtenção de vistos e entrega-os ao Consulado de Portugal, que decide sobre a concessão ou não dos vistos.
 
O modelo de gestão privada de centros de vistos na Rússia já tinha sido adotado por outros países da União Europeia.
 
Os vistos deverão ser concedidos num prazo de dez dias, podendo ser alargado até 30 dias caso seja necessária uma análise mais profunda dos dados apresentados.
 
Os passaportes de entidades oficiais russas, nomeadamente de funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros, continuarão a ser tratados no consulado português.
 
Até agora, as pessoas que pretendiam obter visto de entrada em Portugal tinham de se inscrever no consulado numa lista para entregar os documentos necessários, através de uma linha telefónica paga, e depois aguardar em demoradas filas em compartimentos sem condições.
 
Segundo fontes oficiais, em 2012 a secção consular portuguesa em Moscovo emitiu 32.724 vistos, mas os agentes turísticos afirmam que em Portugal teriam entrado mais de cem mil russos no ano passado.

Lusa
Título: Re: Relações Russia-Portugal
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 26, 2018, 07:12:21 pm
Exportações portuguesas para a Rússia aumentaram 23% em 2017


As exportações de Portugal para a Rússia, apesar das sanções da União Europeia (UE), aumentaram em 2017 cerca de 23%, enquanto as importações cresceram 30%, ambos em comparação a 2016, indicou hoje o chefe da diplomacia portuguesa.

Contactado telefonicamente pela agência Lusa desde Lisboa, Augusto Santos Silva disse, a partir de Moscovo, que a subida das exportações se deve a um “reajustamento” das mercadorias exportadas, uma vez que as sanções não são aplicadas a todos os setores económicos.

Santos Silva, que hoje se reuniu em Moscovo com o homólogo russo, Serguei Lavrov, frisou, porém, que a balança comercial entre os dois países é “muito desfavorável a Portugal”.

Segundo o ministro português, em 2017, Portugal exportou mercadorias no valor de 180 milhões de euros (“se se contabilizar os serviços rondará os 300 milhões de euros”), enquanto as importações, maioritariamente petróleo, se situaram nos 1.500 milhões de euros.

O valor das exportações de serviços, acrescentou, ainda está por apurar – “deverá estar contabilizada nos próximos dias” -, sabendo-se de antemão que, em 2016, esse montante rondou os 107 milhões de euros.

Questionado pela Lusa sobre se está aberto o caminho para um maior equilíbrio na balança comercial, Santos Silva lembrou que tudo dependerá, por um lado, do fim da aplicação das sanções europeias e, por outro, na diversificação das exportações para a Rússia.

“A razão principal da quebra das exportações que se verificou em 2015 e 2016 foi a aplicação das sanções da UE à Rússia e as contra sanções, as represálias, aprovadas pelos russos. Essas represálias atingiram diretamente um dos principais setores exportadores portugueses, que é a área agroalimentar”, afirmou.

Santos Silva deu como exemplo o caso da pera rocha portuguesa que, no último ano antes das sanções, em 2013, atingiu cerca de 260 milhões de euros.

“A Rússia era um dos principais mercados de exportação da pera rocha e esse mercado fechou-se por causa das sanções”, realçou.

“Mas a boa notícia é que no ano passado recuperamos bastante. As sanções não são aplicadas a todas as áreas económicas, houve um reajustamento das exportações portugueses e elas já cresceram 23%”, insistiu.

“É nestes termos que temos de trabalhar, porque a política de sanções da UE pode ser invertida a qualquer momento – as sanções são medidas temporárias, não são nenhuma fatalidade -, mas isso depende de se verificarem progressos na implementação dos Acordos de Minsk, no processo relativo à Ucrânia. Temos de ir trabalhando no incremento das relações económicas, sabendo que há este quadro político”, explicou.

No encontro com Lavrov, Santos Silva disse ter sido feito um ponto de situação nas relações económicas bilaterais, nomeadamente nos acordos já finalizados - cooperação técnica e económica – e nos que estão em curso - segurança social, tarifas aduaneiras, ensino, educação e cultura.

Na área da educação, especificou, há a registar a expansão do ensino da língua portuguesa na Rússia e, na área cultural, há um interesse “cada vez maior” na cultura portuguesa, sendo disso prova a exposição organizada fora dos canais oficiais pelo

“Este encontro é o desenvolvimento normal de relações políticas bilaterais que são boas”, concluiu Santos Silva, que destacou o facto de a reunião ser a terceira desde 2016 (as duas primeiras realizaram-se nesse ano) e de estarem na fase de implementação grande parte das decisões tomadas no quadro das frequentes reuniões da Comissão Mista de Cooperação Luso-Russa.


>>>>>>>  https://24.sapo.pt/economia/artigos/exportacoes-portuguesas-para-a-russia-aumentaram-23-em-2017