Combate a fogos pela F.A.P.

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tenente

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #510 em: Dezembro 08, 2016, 06:08:49 pm »
Este senhor doutor tanto diz umas coisas sensatas como depois diz outras coisas a mostrar o seu verdadeiro ADN de político.

Citação de: SAPO 24
Falou no combate aos incêndios, há quem defenda que o financiamento devia ser feito pela prevenção e não por fogo apagado, caso contrário está-se a estimular uma indústria que vive deste negócio. Concorda?

Que haja uma dimensão económica do combate a incêndio, naturalmente que sim, basta a circunstância da contratualização com privados que, não tendo de ser bons samaritanos, presume-se que querem ter um lucro razoável. Isso nem sequer me constrange particularmente. Quanto ao modelo, a estratégia de combate aos incêndios, é essencialmente pensada e executada pela Administração Interna, portanto não quero pronunciar-me sobre isso. Pronunciei-me quando fui perguntado e o primeiro-ministro, numa intervenção que fez quando fomos visitar as delegações de países estrangeiros que vieram ajudar no combate aos incêndios, expôs em 20 ou 25 minutos porque é que se esperava que as Forças Armadas, em particular a Força Aérea, tivessem um papel mais significativo aí.

Vai ser a Força Aérea a combater incêndios?

Isto envolve questões, uma delas é o equipamento. Sem prejuízo de não ter que me preocupar com qual o equipamento para combate a incêndios, sei que tenho in-house pilotos do melhor que há, sei que algum equipamento está previsto com o duplo uso neste sentido, civil e militar, e seria desperdício deixar de lado. Depois, há a circunstância de a Força Aérea desempenhar já inúmeras missões que têm um carácter civil, no sentido não estritamente militar ou bélico, como o transporte de doentes, o salvamento de pessoas ou missões de fiscalização e vigilância da nossa costa, das nossas águas. A questão que se coloca é a do modelo. O modelo está a ser pensado, mas não é extraordinariamente urgente, porque o governo anterior prolongou até 2017 o contrato com privados e isso dá-nos o tempo para, de uma vez por todas, enfrentarmos a questão: quem está mais vocacionado, quem tem mais capacidade de planeamento, mais capacidade operacional.

António Costa defendeu, enquanto ministro de Estado e da Administração Interna, que devia ser a Força Aérea a combater os incêndios. A criação da EMA, na altura, foi uma escolha condicionada.

É impensável, é uma doença portuguesa, falarmos sempre do que aconteceu no passado para explicar porque não acontece no presente ou não vai acontecer no futuro. Não tenho a certeza que as Forças Armadas estivessem vocacionadas ou tivessem especial vontade nessa altura. Há circunstâncias em que é difícil uma visão completa do que aconteceu.

Mas a Força Aérea já se mostrou disponível.

Quando?

No governo anterior.

Isso, felizmente, já parece a pré-história. A situação a que se refere mudou. A questão principal colocou-se em 1999. Agora vamos estudar o modelo.

Não existem já estudos feitos?

Não, isso é outro mito. O estudo mais recente ficou a meio. Não só ficou a meio, como as partes que o elaboraram colocaram uma nota em que declararam não concordar com a interpretação dos termos fundamentais utilizados, como operações, empenhamento. E apontavam para a possibilidade ou a vantagem do maior envolvimento da Força Aérea, mas faltava a segunda parte, uma coisa que as pessoas esquecem, que é dizer como seria esse envolvimento. Se ler o relatório, que eu li de fio a pavio, não está lá. Ora, demorou dois anos a fazer um relatório que, no fundo, não passa da sopa. Agora mal passou um ano e já se avançou muito, já se consensualizou que a Força Aérea pode e deve ter um papel no combate aos incêndios e nas missões de interesse público e já se está a falar, não de estudos, mas de algo no plano executivo.

Qual será o próximo passo?

Vão ser lançados concursos públicos para a aquisição dos helicópteros que vêm substituir os que deixam de poder voar no início de 2018, o que quer dizer que temos de andar com celeridade.

Vão comprar mais Kamov?

Nunca comprei Kamov. Eu sou muito aborrecido, porque repito sempre a mesma coisa, pareço a grafonola do Eça. Também existe a questão do avião de transporte, mais tarde ou mais cedo vai ter de ser enfrentada a substituição dos C-130. A questão não é dramática, o Ministério da Defesa lançou já um concurso para a modernização dos novos C-130, infelizmente menos um por causa da tragédia do 11 de Julho, um momento terrível. Temos um modelo, que é o KC390, de que tanto se fala, porque tem uma componente nacional forte, quer através da investigação e concepção, quer através da produção, uma vez que a parte exterior da fuselagem, mais de 50%, é produzida em Portugal. O primeiro-ministro anunciou a decisão para breve e vamos ver se assim será. Se assim for, esse tipo de aeronave tem possibilidade de adaptação de um kit contra incêndio - deixando eu claro que é óbvio que não é com estes kits que vamos ter capacidade para enfrentar os incêndios, mas também com os nossos pilotos.
Fonte: http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/azeredo-lopes-e-possivel-fazer-diferente-esta-e-outra-licao-extraordinaria-que-a-esquerda-da

Então acha que não é urgente por causa do contrato com privados até 2017. Até parece que vai ser de um instante para o outro que se vai treinar os pilotos necessários para a FAP executar as missões e para adquirir o equipamento necessário.

Cumprimentos,

Estou á espera mas sentado.......quando tivermos de suportar mais uma sobretaxa de IRS para pagar os 3.000 milhões que o (des)governo vai ter que colocar o ano que vem na CGD, então depois falamos.
Estes politicozecos de pacotilha nunca perceberam o que quer que fosse de equipamento militar, e não só......... o que todos estes especialistas iluminados,  fazem é mandar uns papos valentes para queimar tempo, neste caso esse tempo é até ás autárquicas do ano que vem, e vai empurrando o problema com barriga até dia de S. Nunca, aliás como todos fazem, mai nada, e assim lá vamos cantando e rindo.....  :G-clever: :G-clever: :G-clever: :G-clever: :G-deal: :G-deal: :G-deal: :conf: :conf: :conf:

Abraços
« Última modificação: Dezembro 08, 2016, 06:14:25 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Charlie Jaguar

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #511 em: Janeiro 18, 2017, 03:19:42 pm »
Aprovada por unanimidade em comissão parlamentar, quatro anos após ter sido lançada, a petição que defende o regresso da Força Aérea Portuguesa ao combate aos incêndios nas florestas portuguesas vai mesmo ser apreciada no plenário da Assembleia da República.

Citar
Cidadãos obrigam deputados a debater Força Aérea no combate a incêndios
2017-01-17 16:22

Petição com mais de 32 mil subscritores exige que Força Aérea Portuguesa volte a atuar no combate aos fogos florestais. Documento esperou quatro anos até conseguir ser avaliado pelo Parlamento
 
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/parlamento/cidadaos-obrigam-deputados-a-debater-forca-aerea-no-combate-a-incendios
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #512 em: Janeiro 18, 2017, 05:40:07 pm »
E 4/5 meses para terem tudo operacional?
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #513 em: Janeiro 18, 2017, 06:10:01 pm »
E 4/5 meses para terem tudo operacional?

Vai tudo dizer que acha muito bem e depois não acontece nada.
« Última modificação: Janeiro 18, 2017, 06:14:37 pm por Alvalade »
 

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Lightning

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #514 em: Janeiro 18, 2017, 07:59:32 pm »
E 4/5 meses para terem tudo operacional?

Lool, só se for colocar militares da Força Aérea ao lado dos do Exército, talvez 1 pelotão. ;D

Em termos de aeronaves, acho que vai ficar pelo que o governo tem dito, o MAI diz que até 2019 (acho que é), há contracto com empresas privadas.

O MDN diz que o futuro substituto do Alouette III deve ter capacidade de combate aos fogos, e o substituto do C-130 (KC-390?) também deverá ter, isto é, a Força Aérea tem até 2019 para preparar alguma coisa que se veja nessa área, mas na realidade a FAP nunca poderá colocar no terreno 30 e tal helicópteros mais Kamovs e Canadairs que é o numero de meios aéreos que constituem o dispositivo aéreo de combate aos fogos, penso que a FAP além de algum papel na organização, logística, comando e controlo desses meios, na componente operacional poderá fornecer alguns helicópteros (2, 4, por ai) para reforço dos meios alugados nas regiões mais afectadas pelo fogo ou para colocar em regiões que não estejam cobertas pelos meios civis, como por exemplo, a Madeira.
 

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Alvalade

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #515 em: Janeiro 18, 2017, 08:28:35 pm »
Se houvesse vontad€ até podia, mas não estou a ver o estado a fazer um investimento de tal escala.
 

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typhonman

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #516 em: Janeiro 18, 2017, 10:12:25 pm »
Havendo vontade claro,

Bastava adquirir não 5 ou 6 helis para substituir os A-III, e comprar de uma assentada, 30, AS-350B3 ( por exemplo) e adquirir hélis médios UH-60M ou L Black  Hawk ou Cougar para o Exército (uns 15).


Estes meios poderiam ser uns 80 % dos meios disponíveis, e alugar só uma pequena parte, e fazer a instrução de pilotagem na FAP, busca e salvamento (ter 1 ou 2 Blackhawk destacados em Ovar), MEDEVAC e transporte táctico no Exército.


Mas temos de pagar as PPP ruinosas e os estádios do EURO 2004, isso é mais premente !
 

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mafets

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #517 em: Fevereiro 02, 2017, 10:55:40 am »
Esperemos que tudo seja feito correctamente e com o devido reforço de verbas e meios...  ;)

http://www.dn.pt/portugal/interior/forca-aerea-entra-no-combate-aos-incendios-5643347.html
Citar
Passagem dos helicópteros da Autoridade Nacional de Proteção Civil para a Força Aérea reuniu consenso

A Força Aérea vai passar a combater os incêndios florestais e a operar os meios aéreos que estão sob a alçada da Autoridade Nacional de Proteção Civil, avança hoje o Jornal de Notícias. O ministro da Agricultura, Capoulas santos, adiantou ao jornal que a proposta que esteve para consulta pública no âmbito da reforma das florestas reuniu consenso.

De acordo com Capoulas Santos, apesar de ser esta a orientação do Governo, o contrato que existe atualmente com a Everjets será cumprido até ao fim, ou seja, até ao início de 2019. Durante esse período, haverá portunidade para preparar a transição apara a Força Aérea.

Com a extinção da Empresa de Meios Aéreos, em outubro de 2014, a Autoridade Nacional de Proteção Civil ficou responsável pela gestão dos contratos de operação e manutenção dos meios aéreos próprios do Estado.

Em fevereiro de 2015, a empresa Everjets ganhou o concurso público internacional de operação e manutenção dos helicópteros Kamov do Estado para quatro anos, num valor superior a 46 milhões de euros.

Anteriormente era a Heliportugal a empresa responsável. Durante o processo de transferência, verificou-se "uma série de não conformidades graves no estado das aeronaves", estando apenas operacionais, na altura, um dos seis helicópteros.



Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #518 em: Fevereiro 02, 2017, 11:23:01 am »
Esperemos que tudo seja feito correctamente e com o devido reforço de verbas e meios...  ;)

Deve ser... Quando foi a ultima vez que vimos isso acontecer por cá? Pois...
« Última modificação: Fevereiro 02, 2017, 02:20:36 pm por HSMW »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #519 em: Fevereiro 02, 2017, 12:09:20 pm »
Esperemos que tudo seja feito correctamente e com o devido reforço de verbas e meios...  ;)
Citar
Deve ser... Quando foi a ultima vez que vimos isso acontecer por cá? Pois...

Haja fé...  ;) Entretanto será que vão camuflar os Kamov como os da Força Aérea Sul Koreana?  ;D


Saudações
« Última modificação: Fevereiro 02, 2017, 02:33:21 pm por mafets »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #520 em: Fevereiro 02, 2017, 01:56:30 pm »
Haja fé...  ;) Entretanto será que vão camuflar os Kamov como os da Força Aérea Sul Koreana?  ;D

Saudações

Não acredito, porque até 2019 a Força Aérea vai é substituir a ANPC como entidade gestora da frota Kamov, tudo o resto fica igual, depois não sei.

Deve ser um maquinão é a fazer carga suspensa, como os Light Gun do Exército.
« Última modificação: Fevereiro 02, 2017, 02:02:05 pm por Lightning »
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #521 em: Fevereiro 02, 2017, 02:49:35 pm »
Haja fé...  ;) Entretanto será que vão camuflar os Kamov como os da Força Aérea Sul Koreana?  ;D

Saudações

Não acredito, porque até 2019 a Força Aérea vai é substituir a ANPC como entidade gestora da frota Kamov, tudo o resto fica igual, depois não sei.

Deve ser um maquinão é a fazer carga suspensa, como os Light Gun do Exército.
Ao que parece os dos Coreanos além de apagarem fogos  são usados noutros preâmbulos...  ;)






Citar
http://www.arcforums.com/forums/air/index.php?/topic/142300-south-korean-ka-32s/

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #522 em: Fevereiro 02, 2017, 03:02:54 pm »
São "6" Ka-32 e 3 AS350?

Se a substituição dos Alouettes for por AS350 já se ficam com uma frota interessante de 8/10 unidades, mesmo tendo com os encargos de combate a incêndios e transporte de doentes.
 

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Lightning

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #523 em: Fevereiro 02, 2017, 03:09:49 pm »
Ao que parece os dos Coreanos além de apagarem fogos  são usados noutros preâmbulos...  ;)

Mas o pessoal asiático é baixinho  ;D.
 

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Charlie Jaguar

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #524 em: Fevereiro 02, 2017, 03:19:57 pm »
Ao que parece os dos Coreanos além de apagarem fogos  são usados noutros preâmbulos...  ;)

Mas o pessoal asiático é baixinho  ;D.

Sim, são sobretudo usados para operações especiais e CSAR. Daí a sua designação na Coreia do Sul de HH-32A.  ;)

Saudações Aeronáuticas,
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