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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Marinha Portuguesa => Tópico iniciado por: papatango em Fevereiro 15, 2004, 10:26:58 pm

Título: Novos submarinos confirmados
Enviado por: papatango em Fevereiro 15, 2004, 10:26:58 pm
Segundo o Expresso, deverá estar confirmado o contrato para o fornecimento de submarinos á armada portuguesa, com o consórcio estaleiro alemão GSC. O contrato deve ser assinado até ao fim do mês.
O jornal considera que ficarão prejudicados em termos práticos os recursos apresentados pelos franceses da DCN-internacional. O preço final será de € 842.500.000.

As contrapartidas dos alemães aumentaram e agora serão iguais ao valor do contrato (100%).

Ao mesmo tempo os alemães vão estudar a possibilidade de elevarem a sua posição até 80% no capital dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, com um investimento de €200 milhões.

Para obviar ao problema da obsolescencia dos dois submarinos restantes, os alemães devem emprestar a Portugal dois submarinos, durante o periodo de tempo de construção, até á entrega dos novos, ou seja, 63 e 71 meses, para o primeiro e para o segundo.

Aqui as características do U-206A:
http://web.1asphost.com/Lusitanos/img_marinha/U206.htm (http://web.1asphost.com/Lusitanos/img_marinha/U206.htm)

Cumprimentos
Título: Novos submarinos confirmados
Enviado por: Tiger22 em Fevereiro 19, 2004, 01:34:30 am
Lusa 2004/02/18

Citar
Franceses do DCN admitem pedir indemnização ao Estado no concurso dos submarinos.
 
Os estaleiros franceses DCN admitiram na quarta-feira exigir em tribunal uma indemnização ao Estado português, caso o Governo assine o contrato de adjudicação do fornecimento de submarinos com o vencedor do concurso, o consórcio alemão GSC.

Thierry Devancey, representante dos estaleiros franceses em Portugal, preteridos no concurso de adjudicação dos submarinos, disse à Lusa que a indemnização poderá ser exigida no caso de a assinatura do contrato ser feita antes que o Supremo Tribunal Administrativo (STA) se pronuncie sobre o pedido de anulação do concurso feito pela DCN.

"Não vamos desistir do processo, mesmo que o contrato venha a ser assinado. Vamos esperar a decisão do tribunal e, se vencermos, poderemos sempre exigir uma indemnização", afirmou o responsável dos estaleiros franceses, que concorreram com o consórcio alemão GSC.

De acordo com fonte ligada ao processo, as negociações entre o Ministério da Defesa e a GSC estão já na recta final, devendo o contrato ser assinado até ao final da próxima semana.


Faço daqui um apelo ao Sr. Ministro da Defesa para avançar sem mais demora para a assinatura da compra dos submarinos. Tem todo o apoio das pessoas que querem um Portugal mais forte e com umas Forças Armadas dignas. Não se deixe intimidar pelas manobras e pelo mau perder dos franceses. Sempre agiram assim em todos os contratos de venda de armamento em que saíram derrotados por esse mundo fora.
  :idea: Sugiro também que os submarinos que os alemães nos vão emprestar enquanto não chegam os novos, sejam bem escolhidos com vista a numa negociação futura, incorporá-los também na nossa marinha.
Título:
Enviado por: Spectral em Fevereiro 19, 2004, 09:44:35 pm
Tiger22, concordo com as suas opinões sobre a necessidade de resolver este assunto  o mais rapidamente possível e que os Franceses estão a ter um comportamento indecente, como aliás já é habitual.

Mas, em minha opinião:

- isso não é razão para banirmos os franceses dos concursos. Os grandes prejudicados seríamos nós porque o leque de escolhas diminuiria, com tudo o que isso tem de negativo.

-os U-206 ( os subs que vêm como temporários) são completamente inadequados para as condições protuguesas. São submarinos feitos a pensar nas águas costeiras do mar do Norte, um ambiente totalmente diferente do nosso. Seriam apenas um desperdício de recursos, que poderiam ser empregues na compra de um 3º sub.

cumptos
Título:
Enviado por: Tiger22 em Fevereiro 20, 2004, 01:02:21 am
Obrigado Spectral

Mas... já está confirmado que os submarinos "temporários" são os U-206?
Título:
Enviado por: Spectral em Fevereiro 20, 2004, 08:24:49 pm
no problem tiger22 :G-Ok:

o U206 tem sido o único sub. referido. Mas é uma boa questão...

Outro ponto que levantou que concordo totalmente: esta situação de comprarmos navios e passados 20 ou 30 anos termos substituir a classe inteira, é insustentável em termos operacionais. Uma classe intermédia seria extremamente desejável, de modo a não haver estas paragens efectivas nas operações...


cumptos
Título:
Enviado por: papatango em Fevereiro 20, 2004, 11:46:59 pm
Citação de: "Tiger22"
Mas... já está confirmado que os submarinos "temporários" são os U-206?


Tanto quanto se sabe não é liquido que venham os U206A. Tudo depende de o "Barracuda" e o "Delfim" conseguirem manter-se a flutuar até 2009 e de a pastilha-elástica aguentar.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Spectral em Fevereiro 21, 2004, 12:56:18 am
Citar
O Semanário de hoje traz uma notícia sobre os subs. O Paulo Portas decidiu não usar os U206 emprestados, por isso implicaria um investimento avultado nas adaptações ao nosso serviço. Assim, optou por uma solução mais económica: o NRP Barracuda vai ser modernizado e servirá até 2009, altura em chegará o primeiro U214. Segundo a Marinha, «é mais económico e simples fazer uma transição de submarinos do que duas, onde se tinha de reaprender duas vezes o modelo de treino, todo o know-how e tempo de adaptação». O Delfim deverá ser retirado em 2005.

O contrato com o GSC deverá ser assinado em Março. O Semanário também diz que a viabilidade dos pedidos de anulação do concurso e de suspensão de efeitos da resolução do Conselho de Ministros, interpostos pelos advigados da DCNi, é «reduzida ou quase nula».



via JQT, Fórum Armada


é outra perspectiva sobre o assunto e parece-me acertada...
Título: Tic, tac...
Enviado por: Luso em Março 26, 2004, 09:47:20 pm
Tic tac tic tac...

A assinatura do contrato dos subs não deveria deveria ocorrer em Março?
Título:
Enviado por: FinkenHeinle em Março 27, 2004, 02:45:11 am
Está até parecendo o F-X Brasileiro...

É uma pena...

Mas, voltando ao assunto, quais submarinos estão concorrendo, e em quais quantidades???
Título:
Enviado por: papatango em Março 27, 2004, 03:59:43 pm
Não comece a rir já... :D

Mas a esquadrilha de submarinos portuguesa, que foi de quatro até meados dos anos 70, depois foi reduzida a três e presentemente discute-se a aquisição de dois.

O problema é que por causa do sistema de propulsão AIP e das mais recentes modernices, são submarinos caríssimos, custando mais de $500 milhões de dolares cada um.

O programa será mais caro que o programa de aquisição das três fragatas MEKO-200 da marinha portuguesa, só que naquela altura, Portugal pagou apenas 40% do programa e agora tem que pagar 100%.

A escolha foi para o U-209 ou U-214 alemão.
Na realidade parece que o submarino será um U-209 mais comprido por fora e utilizará os sistemas do U-214. Entre outras razões para esta escolha, há razões que têm a ver com a forma como as propostas foram apresentadas, e eventualmente o facto de o U-209 ser potêncialmente melhor adaptado para as condições Atlânticas.

O outro concorrente era a francesa DCN-internacional com o Scorpenne.

Cumprimentos.
Título: Tribunal aceita submarino alemão
Enviado por: Jorge Pereira em Março 30, 2004, 02:00:07 pm
Diário de Notícias 2004/03/30

Citar
O Supremo Tribunal Administrativo (STM) rejeitou o pedido de providência cautelar, apresentado pelos estaleiros franceses DCNI, para suspensão de todos os procedimentos contratuais na adjudicação da compra de dois submarinos para a Marinha ao grupo alemão HDW, apurou DN junto de fonte ligada ao processo.

Elaborado pela juíza Maria Angelina Domingues e votado por unanimidade no dia 24, o acórdão, de 44 páginas, rejeita, ponto a ponto, os argumentos subscritos por José Miguel Júdice, em nome do construtor francês DCNI.

O projecto de adjudicação para compra dos dois submarinos ao grupo alemão HDW foi aprovado pelo Conselho de Ministros em 25 de Setembro último. O Governo português considerou então que o consórcio alemão apresentou uma proposta com melhor preço, contrapartidas mais favoráveis e condições operacionais superiores à francesa.

O acórdão do STM refere, explicitamente, que «o risco de lesão do interesse público é manifestamente superior ao interesse acautelado pela DCNI, pelo que não devem ser tomadas as providências pedidas».

A juíza-relatora apresenta ainda dois outros argumentos para fundamentar a sua decisão: afirma que o protelamento da aquisição teria graves consequências do ponto de vista do preço e contrapartidas; e sustenta que os submarinos são uma arma indispensável à defesa das linhas de comunicação marítima, sublinhando a necessidade da Marinha portuguesa não perder aquela capacidade após a desactivação do seu último navio daquele tipo, em 2009.


Finalmente parece que foram ultrapassados todos os entraves para a assinatura do contrato. Espero que seja muito em breve.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Março 30, 2004, 04:21:30 pm
Uma óptima notícia. Esperemos assim que o acordo para a iniciação da construção dos submarinos seja assinado em breve.
Título:
Enviado por: FinkenHeinle em Março 30, 2004, 05:05:10 pm
Olá,


Mas vocês preferem o U-209 ou o Scorpene???

Pergunto isso por ser o Scorpene uma nova geração de submarinos.
Título:
Enviado por: papatango em Março 31, 2004, 11:22:02 pm
Não há informações absolutamente seguras sobre o tema, por causa dos problemas que houve com o concurso.

Portanto neste momento, as informações dizem que os futuros submarinos da marinha Portuguesa serão parecidos exteriormente com um U-209 mais comprido, mas com o miolo do U-214.

Ora a análise efectuada pela marinha portuguesa diz que o U-209/214 é de facto mais sofisticado que o Scorpene.

As más linguas dizem que por razões contratuais, a marinha portuguesa não pode de facto dizer que está a comprar U-214, porque isso implicaría a necessidade de fazer um novo concurso. Mesmo assim a DCN-i contestou e continua a contestar o actual concurso.

De qualquer forma, em termos técnológicos os futuros submarinos da marinha portuguesa serão no minimo tão sofisticados quanto o Scorpene, independentemente das características do casco. Alguns analistas afirmam que o casco do U-209 mais comprido, será melhor para operações no Atlântico Norte que o proprio U-214.

Cumprimentos
Título: Franceses cancelam protesto
Enviado por: Jorge Pereira em Abril 01, 2004, 03:19:05 am
Diário de Notícias 2004/04/01

Citar
O construtor naval francês DCNI decidiu colocar um ponto final na sua contestação à decisão do Governo português de adquirir dois submarinos para a Marinha ao grupo alemão HDW.

Thierry Devanssay, representante a DCNI em Portugal, disse ontem à Lusa que a empresa aceita a recusa do Supremo Tribunal Administrativo (STA) em aceitar o pedido de providência cautelar que apresentou para suspensão do processo contratual entre o Estado e a HDW. Disse, também, que o grupo francês não deverá recorrer da decisão do STA. Uma outra fonte da DCNI, citada pela Lusa mas não identificada pela agência, havia afirmado anteontem o oposto.

A DCNI é representada juridicamente em Portugal por José Miguel Júdice, bastonário da Ordem dos Advogados. O Estado fez-se representar nesta acção pelos advogados Sérvulo Correia e Bernardo Ayala.

«A decisão é compreensível e não ficámos surpreendidos» com a recusa do STA, anunciada na ter-ça-feira (pelo DN), afirmou Thierry Devanssay. «Se fosse aceite o pedido, criavam-se problemas ao processo de compra», reconheceu.


Finalmente :G-deal:
Título:
Enviado por: Rui Elias em Abril 05, 2004, 03:17:11 pm
Só uma achega:

Ainda no tempo do anterior governo foi falada na comunicação social a possibilidade de Inglaterra fornecer 4 submarinos usados à nossa armada a preço de saldo 8) .

E segundo consta, ainda houve contactos preliminares sobre isso.

Alguem daqui sabe mais alguma coisa sobre isto?

É que se estivessem, em bom estado, poderiamos passar a ter uma força submarina de 4 exemplares em vez de uns pindéricos 2 !
Título:
Enviado por: papatango em Abril 05, 2004, 03:40:54 pm
Caro Rui Elias

Também me deram essa informação sobre os submarinos da Royal Navy e eu fiz uma pequena investigação para ver qual é a verdade por detrás disso. O que consegui saber foi que teriam sido oferecidos á marinha portuguesa três ou quatro navios da Royal Navy. Desses os mais modernos eram os HMS Otus(S18); HMS Opossum(S19); HMS Opportune(S20) e HMS Onyx.(S21).

Lançados á água respectivamente em, Nov. 1967; Dezembro 1964; Junho de 1963 e Outubro de 1963.

Os submarinos da classe Oberon, eram muito maiores que os nossos Albacora, mas na realidade só  o mais moderno destes submarinos era mais moderno que o mais antigo dos nossos actuais Daphné. De resto, eram todos mais antigos.

Pouca vantagem teria substituir submarinos velhos por velhos submarinos.

OS Oberon, deslocavam o dobro dos Daphné, levavam mais torpedos (20, em vez de 12), eram ligeiramente mais rápidos e tinham uma tripulação de 70 contra 50 dos Daphné. A principal vantagem dos Oberon sería, claramente o facto de terem tido os sonares modernizados, o que os tornava mais eficazes que os Daphné.

No entanto, neste momento, teríamos exactamente o mesmo problema, porque os Oberon estariam igualmente obsoletos, e como a sua manutenção e operação era mais cara, o problema sería ainda maior que o actual.

A marinha, não é assim tão parva como ás vezes muitos dizem ... :D :D

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Major Alvega em Abril 07, 2004, 12:51:11 am
Papatango,

 O participante Rui Elias não se estará a referir a uma situação bem mais recente e que diz respeito aos submarinos da classe Upholder, que acabaram por ser adquiridos pelo Canadá?

 Há muito poucos anos o governo britânico resolveu standartizar a sua frota de submarinos exclusivamente a propulsão nuclear, quando a Royal Navy tinha acabado de receber os novos Upholder convencionais. Que são ainda do melhor que há na indústria naval, excluindo os novos Type 212/214, Collins australianos e Gotland suecos já dotados com o AIP, mas estando equiparado ao nível de sensores com estes. Com uma elevada autonomia e excelentes capacidades para operarem em grande profundidade.

 Houve de imediato o interesse de Portugal mas o governo da altura andou a "engonhar" o assunto e os canadianos que tinham então os Oberon a necessitarem de reforma não se fizeram de rogados e concretizaram o negócio com os ingleses, isto aconteceu em plenos anos 90.
 Segundo consta, os referidos submarinos estavam a ser vendidos a um preço aceitável relativamente ao seu estado quase novo e às suas capacidades. Na altura como disse, era o melhor submarino do mundo convencional.
 Hoje em 2004 a "telenovela" dos submarinos contínua...
Título: Upholder
Enviado por: snakeye25 em Abril 07, 2004, 01:32:42 pm
Nesse caso parece-me que foi a sorte da Marinha... os canadianos até hoje não conseguiram colocar a frota no activo devido aos problemas estruturais de que padecem os subs...
Título:
Enviado por: Rui Elias em Abril 07, 2004, 01:52:45 pm
Quando ouvi essas referências que acima descrevi, lembro-me que de facto esses submarinos terão ido para o Canadá.

Creio que os que o Papatango refere serão outros.

De qualquer modo, se seria um mau negócio, ainda bem que não foi concretizado.

Mas (chamem-me teimoso :oops: .

É pouco...
Título: Assinado o contrato para a compra dos submarinos
Enviado por: Jorge Pereira em Abril 25, 2004, 04:18:26 pm
Portugal Diário 2004/04/21

Citar
O ministro de Estado e da Defesa Nacional, Paulo Portas, prometeu hoje tudo fazer para que Portugal recupere o tempo perdido em matéria de capacidade submarina, que considerou fundamental para o país manter a sua vocação marítima.

"Portugal não perderá a sua capacidade submarina", assegurou o ministro na base naval de Lisboa, no Alfeite, na cerimónia de assinatura do contrato de aquisição de dois novos submarinos para a Armada ao grupo alemão GSM (German Submarine Consortium), que custarão 770 milhões de euros.

Paulo Portas considerou mesmo que "Portugal só tem razões para se orgulhar" com a renovação da capacidade submarina, lembrando que "em matéria de Defesa e de Segurança, não decidir tem um custo elevadíssimo".

Entre as razões para a celebração do contrato, o titular da Defesa apontou a "decisão de soberania", aproveitando para recordar que "todos os países europeus estão a renovar a sua capacidade submarina".

"Se Portugal não o fizesse, seria reduzido à condição de país meramente continental, que não é", acentuou, classificando a aquisição dos submarinos de "acto de razão, prudência, determinação e prestígio".

Portas sublinhou que "o mar é para Portugal uma condição de liberdade", pelo que a renovação da capacidade submarina representou "um dever indeclinável".

"Na Defesa e na Segurança, qualquer arrependimento vem sempre tarde demais", frisou.

A aquisição de dois novos submarinos implicará para Portugal um encargo de 770 milhões de euros, valor que fica abaixo dos 840 milhões previstos na Lei de Programação Militar (LPM).

A redução dos encargos do Estado ficou a dever-se a uma "negociação bastante dura", que se prolongou pela madrugada de hoje, disse à Agência Lusa fonte do Ministério da Defesa.

O ministro não fez qualquer referência concreta à fase final da negociação, mas admitiu que o processo de aquisição dos submarinos foi "um trabalho duro e árduo" desenvolvido durante alguns meses.

Paulo Portas destacou que a assinatura do contrato representou, em primeiro lugar, "uma determinação de reequipar as Forças Armadas, adaptando-as ao século XXI".

"Não precisamos de tantos efectivos, mas precisamos de efectivos melhor equipados", salientou o titular da Defesa, acrescentando que nos últimos dois anos, Portugal teve "taxas de execução da LPM finalmente credíveis".

Outra das razões apontadas pelo ministro para a assinatura do contrato foi "a credibilidade", salientando que a Armada substituiu corvetas por navios patrulha, iniciou o projecto de construção dos navios de combate à poluição e abriu caminho ao navio polivalente logístico.

Em conjunto, este esforço de modernização dos meios da Marinha significa o "apoio decidido no combate a vários tipos de criminalidade, como o tráfico de droga, de armas e de pessoas".

Portas lembrou também que a renovação da capacidade submarina constitui "uma oportunidade para a economia e para um sector estratégico que é a construção naval".

"A Defesa não é um mundo à parte, deve viver em relação com a economia e constituir um forte impulso ao crescimento e à modernização tecnológica" do país", argumentou.

O ministro considerou ainda que os documentos hoje assinados contêm "soluções à prova de qualquer procedimento" e salientou o contributo de várias personalidades para a assinatura do contrato, entre as quais o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante Mendes Cabeçadas, e o Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante Vidal de Abreu.

"Hoje é um grande dia para a Marinha e para o país", acentuou o almirante Vidal de Abreu, numa intervenção marcada por elogios ao ministro da Defesa, que chegou a evidenciar alguma comoção.

Vidal de Abreu lembrou que o processo de renovação da capacidade submarina iniciou-se em 1988 e que, se tudo tivesse corrido com normalidade, a Marinha teria substituído os submergíveis da quarta esquadrilha em 1998, que teriam sido abatidos com 30 anos de vida.


A esta equipa do Ministério da Defesa  :G-beer2:
Título:
Enviado por: Rui Elias em Abril 26, 2004, 02:35:20 pm
Vocês vão achar que eu sou um chato do caracias.

Mas continuo na minha.

Não sou por princípio contra a aquisição/modernização do sistema de armas submarino, mas para que essa arma fosse credível, deveriamos ter um mínimo de 4, mas idealmente 5, para que a tempo inteirio tivessemos sempre 3 completamente operacionais.

Dois aparelhos não dão para nada, e então, mais valia canalizar essa verba financeira para meios de superfície e acelerar o programa de construção do NPL.

Porque na prática apenas poderemos ter um operacional de cada vez, porque o outro estará em manutenção.
Título: Submarinos Gregos
Enviado por: Tiger22 em Abril 26, 2004, 04:05:38 pm
Uma antevisão dos nossos submarinos recentemente encomendados.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.hellenicnavy.gr%2Fimages%2Fpapanikolis_23_4_04%2Fpicture1.jpg&hash=8fe05a44ac0909215a8ed41ba7340683)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.hellenicnavy.gr%2Fimages%2Fpapanikolis_23_4_04%2Fpicture4.jpg&hash=ade079be4c713cd3fa06e33c380d16b5)

Neste caso é o primeiro dos 7 :shock: U 214 encomendados pela Grecia.

Lindos
Título:
Enviado por: lf2a em Abril 26, 2004, 04:29:40 pm
Citação de: "Rui Elias"
Vocês vão achar que eu sou um chato do caracias.

Mas continuo na minha.

Não sou por princípio contra a aquisição/modernização do sistema de armas submarino, mas para que essa arma fosse credível, deveriamos ter um mínimo de 4, mas idealmente 5, para que a tempo inteirio tivessemos sempre 3 completamente operacionais.

Dois aparelhos não dão para nada, e então, mais valia canalizar essa verba financeira para meios de superfície e acelerar o programa de construção do NPL.

Porque na prática apenas poderemos ter um operacional de cada vez, porque o outro estará em manutenção.


Caro Rui,
Realmente essa conversa já começa a ser aborrecida. :shock:
A verdade é que por muito que especulemos Portugal não dispõe, actualmente, de fundos para adquirir tudo o que necessitamos em matéria de Defesa. Para além disso existe uma coisa chamada LEI DE PROGRAMAÇÃO MILITAR ou LPM na qual estão inseridas todos as despesas a realizar nos próximos anos e que para isso tem JÁ ALOCADOS os fundos necessários, aprovados pela AR.
2 submarinos são poucos, é verdade, mas sempre são melhores que 0 e o mais certo é que daqui a 5 anos (se a situação económica o permitir) iremos encomendar um 3º submarino e, quem sabe, se daí a 10 anos (se houver alguém com pensamento estratégico no Governo) se possa encomendar uma 2 flotilha de mais 3 navios (deixem me sonhar).
O que lhe posso garantir é que, se neste momento e por questões económicas deixássemos de operar submarinos, nunca mais iríamos recuperar essa capacidade.

Um abraço,
lf2a
Título: Ainda os Submarinos..
Enviado por: C. E. Borges em Abril 27, 2004, 01:28:38 pm
A «If2a» :
- Reparo que, na resposta a Rui Elias, refere que - e cito - «se neste momento e por razões económicas deixássemos de operar submarinos, nunca mais iríamos recuperar essa capacidade».
Acontece que sendo eu um leigo nestas matérias, muito apreciava que pudesse ilustrar melhor esta sua afirmação. Ainda a este propósito, sempre queria aqui deixar a minha perplexidade em relação ao facto de a Grécia, um País muito comparável a Portugal em dimensão, demografia e potencialidades, conseguir encomendar sete Submarinos iguais (pelo que percebi) aos dois que Portugal encomendou, mas já quase no limiar do suportável... é que, sendo esta Arma considerada, em termos de dissuasão, a «bomba nuclear» dos menos ricos, e considerando a relevância do designado «triângulo estratégico» que é o quase aquipélago nacional, não se compreende - ou compreende-se mal - toda a polémica levantada acerca destas duas ainda insuficientes novas aquisições... não é este um sintoma de uma confrangedora falta de comunicação eficaz entre as Forças Armadas e a chamada «Sociedade Cívil» ? E, neste caso, de quem é a culpa ?
Título:
Enviado por: Luso em Abril 27, 2004, 05:25:38 pm
"não é este um sintoma de uma confrangedora falta de comunicação eficaz entre as Forças Armadas e a chamada «Sociedade Cívil» ? E, neste caso, de quem é a culpa ?"

Dos polemizadores de pacotilha que se intitulam jornalistas, que defendem uma visão simplista mas emocionante do mundo e por conseguinte de fácil compreensão das crianças e das senhoras de ambos os sexos;

Dos almirantes que gaguejam quando se lhes é pedido que expliquem decentemente e sem rodeios para que servem e quando têm como melhor argumento o combate ao "trafico de droga".

Em suma, de muito sensacionalismo e pouco profissionalismo e convicção.

Mas pergunto-me: não estará o povo português mais cansado, efeminado e VELHO?
Título:
Enviado por: lf2a em Abril 27, 2004, 06:04:05 pm
Caro C. E. Borges,
Antes do mais bem vindo a este fórum.
Também eu sou um leigo nesta matéria, no entanto tentarei explicar o meu ponto de vista.
Se Portugal, nesta altura, deixasse de operar submarinos perderia muito rápidamente toda a capacidade técnica (material e humana) que foi adquirida ao longo de muitos anos de operações. Penso que isto é inegável. Admitindo que daqui a uns anos poderíamos voltar a pensar em operar este tipo de navios, teríamos de efectuar um investimento largas vezes superior aos €770.000.000,00, em coisas como os próprios navios, armamento, oficinas, equipamento de apoio, cadeia logística, formação técnica de todo o pessoal envolvido na manutenção e nas operações, criação duma nova doutrina submarinista, etc. Como em Portugal o problema da falta de verbas é e será sempre crónico, não acredito que aparecesse um único governante disposto a prescindir de alguma outra coisa para poder gastar dinheiro em submarinos.

Quanto à Grécia: eles têm um vizinho chamado Turquia. :evil:

Um abraço,
lf2a
Título:
Enviado por: JNSA em Abril 27, 2004, 06:18:20 pm
Citar
Quanto à Grécia: eles têm um vizinho chamado Turquia.


A Turquia diz o mesmo em relação à Grécia  :shock:  Porque será?  :evil:
Título:
Enviado por: Rui Elias em Abril 28, 2004, 10:49:11 am
A Grécia, com 7 submarinos confirmados, e com o vizinho Turquia já ultrapassou Portugal em termos de desenvolvimento e está a convergir com a UE, ao contrario deste pobre Portugal, governado com os apertos financeiros típicos de um Salazar de saias (Manuela Ferreira Leite) numa política monetarista e neo-liberal que nos conduzirá à ruina económica e social :lol:
Título:
Enviado por: emarques em Abril 28, 2004, 02:18:04 pm
Agora por níveis de desenvolvimento, parece que Angola vai tentar saldar a dívida com Portugal. No total serão 600M $US repartidos entre o Estado, a banca e outras empresas. A dívida era bastante mais alta (so ao estado português deviam mais de 900M $) mas sempre é qualquer coisa.

Se o pagamento ainda entrasse este ano a MFL lá arranjava mais uma desculpa para dizer que o défice não ultrapassou os 3%... :)
Título:
Enviado por: Rui Elias em Abril 28, 2004, 02:26:03 pm
emarques:

Com essa "massa" sempre se poderia acelerar o programa de construção dos patrulhões.

Ou então comprar mais uns helicópteros para o GALE, porque pelo que se prevê, o GALE não passará de uns pindéricos helicópteros em pequeno número só para que não se diga que não temos nada.
Título: Mais helicópteros para o GALE?
Enviado por: foxtrot em Abril 28, 2004, 05:16:36 pm
Em princípio o GALE terá 10 helis de transporte táctico (NH90), 9 helis ligeiros e  ainda os helis de ataque. A Força Aérea terá os 12 EH101+12 helis ligeiros para instrução. E ainda temos os Lynx da Marinha. Precisamos de mais alguma coisa :roll: ?

Cumptos
Título: GALE
Enviado por: typhonman em Abril 28, 2004, 08:56:19 pm
GALE para mim seria:

- 14 OH427C

- 28 NH90TTH

-  9 CH47DS

-20 AH64D APACHE


É ridicula a força de helis que lhe querem impingir ao exército
  :twisted:
Título: A If2a (27 de Abril 2004)
Enviado por: C. E. Borges em Maio 06, 2004, 05:31:18 pm
Caro If2a :
Tenho andado meio perdido neste fórum, (além de que durante dois dias não consegui sequer cá entrar por razões que desconheço) de modo que só agora posso agradecer-lhe a sua resposta do passado dia 27 de Abril. Muito obrigado e um abraço para si.
C. E.Borges
Título:
Enviado por: Rui Elias em Maio 07, 2004, 11:47:36 am
Foxtrot:

Acho que um GALE sem capacidade de transporte aéreo, nomeadamente com helicópteros pesados que possa transportar pequenas viaturas tácticas e pequenas peças de artilhatria ou baterias de mísseis, será sempre um GALE enfraquecido, a menos que dependa da FAP.

Teria ainda a valência de permitir a rápida rotação de tropas em teatro de operações.

Nesse caso nem seria preciso o GALE, ficando a FAP com as "despesas" aéreas.
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 07, 2004, 06:23:15 pm
O GALE tinha previsto a compra dos EC-635 como héli de treino e apoio mas com a cancelação do contrato nunca mais se ouviu falar de um substituto, por isso por enquanto a unica coisa que se sabe é que virão os 10 NH-90TTH os hélis de ataque ainda nem são equacionados por enquanto pelo GALE. A FAP receberá os 12 EH-101 mas de hélis de instrução também pouco nada se sabe. Ou será que tem informções que desconheço Foxtrot?
Título:
Enviado por: foxtrot em Maio 07, 2004, 06:44:01 pm
Pode parecer um pouco desactualizado mas o Livro Branco da Defesa Nacional 2001 menciona a futura aquisição de helis de ataque. Quanto aos EC-635, na altura da anulação falou-se numa possível aquisição por ajuste directo só que este assunto foi esquecido. No entanto penso que a sua aquisição continua prevista, para quando já não sei.

Cumptos
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Enviado por: foxtrot em Maio 07, 2004, 06:52:02 pm
Já me esquecia...

Quanto aos helis ligeiros de instrução para a FAP: No site do MDN, no artigo sobre a nova LPM e respectivos programas é referida a futura aquisição de 10 helis ligeiros que substituirão os ALIII, aquisição a iniciar no 1º sexénio da LPM.

CUMPTOS
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 07, 2004, 07:38:46 pm
Se para vir uns miseros hélis ligeiros já é o que é nem vale a pena pensar em como será com os hélis de ataque. Pelos vistos estas compras vão atrasar-se uns bons anos.
Título:
Enviado por: FFAP em Maio 07, 2004, 09:46:04 pm
Passados uns meses da anulação da compra dos EC-625 falou-se na vinda de UH-60(usados) dos  States, mas nunca mais ouvi nada sobre o assunto. Helis para substituir os ALIII fala-se nos EC-120, Helis de ataque estão previstos, isto é, no livro dos 50 anos da FAP vem lá como médio(/longo, agora não me lembro) prazo a sua aquisição.
Título:
Enviado por: Fábio G. em Maio 07, 2004, 10:23:36 pm
"Helis de ataque estão previstos, isto é, no livro dos 50 anos da FAP vem lá como médio(/longo, agora não me lembro) prazo a sua aquisição."

Médio ou longo prazo com o nosso Governo quer dizer anos... e anos de espera.