Ataque da missão africana mata mais 80 insurrectos na Somália
Mais de 80 membros da milícia islamita somali Al Shabab morreram na Somália num ataque de aviões militares do Quénia, indicou hoje a Missão da União Africana nesse país (AMISOM), que integra o contingente queniano.
Os bombardeamentos das instalações do Al Shabab ocorreram nas localidades de Anole e Kuday, na região meridional de Baja Juba, disse a AMISOM em comunicado, embora não tenha especificado a data da operação militar. «Os ataques aéreos da AMISOM em Anole e Kuday, na região de Baja Juba, mataram mais de 80 terroristas da Al Shabab», indicou a missão africana através de uma mensagem via Twitter.
«A AMISOM continuará a pressionar o Al Shabab para libertar mais zonas na próxima fase das operações», acrescentou a Missão da UA.
O ataque em questão faz parte de uma ofensiva iniciada há meses pela AMISOM, que possui cerca de 22 mil soldados na Somália, em conjunto com o exército somali para libertar as regiões controladas pelos radicais islâmicos.
O anúncio tornou-se público uma semana depois de o grupo Al Shabab assumir dois atentados perto da turística costa do Quénia, os quais deixaram pelo menos 60 mortos. O Quénia - Nairóbi e a cidade costeira de Mombaça, especificamente -, foi alvo de vários ataques desde que, em Outubro de 2011, o seu exército entrou na Somália devido a uma onda de sequestros atribuída à milícia islamita somali em solo queniano.
Desde então, o Al Shabab, que anunciou a sua adesão formal à rede terrorista Al Qaeda em 2012, não deixou de exigir a retirada das tropas quenianas.
A milícia radical controla amplas zonas no centro e no sul do Somália, onde o frágil governo somali não está em condições de impor a sua autoridade.
A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o governo do ditador Mohammed Siad Barre, facto que deixou o país sem um governo efectivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e grupos de delinquentes armados.
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