CEME= Engenharia;
CEMFA= Transportes;
CEMA= o nosso Picas (ao menos foi submarinista);
CEMGFA= Hidrografia
Curiosamente, esta questão fez-me vir à memória um dos recentes podcasts do "The Telegraph" sobre a Ucrânia, onde se entrevistam pessoas de alguma forma relevantes ou conhecedoras das questões, e entrevistas a especialistas militares, naturalmente do Reino Unido.
Entre os entrevistados, apareceu um oficial que já desempenhou funções no MoD britânico e ele fez referências a problemas que em muitos aspectos parecem ser parecidos com os nossos.
A estrutura do exército britânico encolheu enormemente, a capacidade de combate encolheu, os meios são menos e cada vez menos.
Os britanicos, optaram pela forma mais barata de manter algum potencial de operacionalidade.
Isto consegue-se tentando manter os meios de apoio logístico necessários a qualquer operação militar.
Ganharam por isso mais importância a engenharia e a logistica, porque neste caso é possível manter a arma operacional, sem um custo tão elevado em termos de material.
Os tratores, carretas de transporte, pontes e lança pontes, camiões e meios contentorizados, são mais baratos de reparar.
Queixava-se o oficial britânico de que o Reino Unido deveria pensar duas vezes antes de optar pela politica de "Buy British", afirmando que quando a fábrica que produziu os Challenger acabou a produção, fechou, porque não tinha mais nada que fazer.
Agora os britânicos estão com dificuldades com peças de reposição, porque as que há estão a chegar ao fim.
(isto lembrou-me a produção dos Pandur em Portugal)
Entre as opções estaria a cooperação com outros países. Só faltou o individuo dizer que a Grã Bretanha deveria ver-se livre dos Challenger e fabricar o Leopard-2 no Reino Unido sob licença, como os polacos estão a fazer com os tanques sul coreanos.
Há curiosas semelhanças e não sei se isto se replicará noutras forças armadas.
Seria necessário identificar os tipos de contactos que há entre as forças armadas portuguesas e as de outros países para perceber se há contágio, e se na realidade isto é apenas uma consequência das políticas da maioria dos países europeus.