Kosovo - À Procura do Beijo Impossível

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André

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« Responder #120 em: Março 04, 2008, 05:12:46 pm »
Holanda é 24º país a reconhecer independência



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A Holanda reconheceu hoje a independência da antiga província sérvia do Kosovo, declarada unilateralmente a 17 de Fevereiro pela maioria local albanesa, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em Haia.

Um comunicado do chefe da diplomacia holandesa, Maxime Verhagen, anuncia formalmente o reconhecimento da independência do Kosovo, medida só agora tomada pela Holanda para acautelar os direitos das minorias no território.

O texto precisa que "a legislação vigente - no novo país - dá suficientes garantias às minorias, nomeadamente à Sérvia, assegurando ainda a protecção dos bens culturais e religiosos".

A decisão da Holanda eleva para 24 o número de países que já reconheceram a independência do Kosovo.

Além de 15 Estados-membros da União Europeia (UE) - Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslovénia, Estónia, França, Itália, Irlanda, Letónia, Luxemburgo, Polónia, Reino Unido, Suécia e Holanda -, o novo país está reconhecido pela Albânia, Afeganistão, Austrália, Estados Unidos, Peru, Senegal, Taiwan, Turquia e Suíça.

Dez países opõem-se à independência, três dos quais membros da UE (Chipre, Espanha e Roménia), Sérvia, Rússia, China, Geórgia, Moldova, Sri Lanka e Venezuela.

Portugal ainda não definiu a sua posição sobre o processo de independência do Kosovo.

Lusa

 

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JuanL

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« Responder #121 em: Março 04, 2008, 06:22:49 pm »
Citação de: "P44"
Ultonia= Irlanda do Norte :wink:
 

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ShadIntel

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« Responder #122 em: Março 04, 2008, 06:36:41 pm »
Citação de: "JuanL"
Citação de: "P44"
Ultonia= Irlanda do Norte :wink:

Ultonia é o nome latino, parece-me que em gaélico irlandês é Ulaid. Mas os irlandeses podem muito bem usar os dois.  :wink:
 

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JuanL

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« Responder #123 em: Março 04, 2008, 07:16:31 pm »
Citação de: "ShadIntel"
Citação de: "JuanL"
Citação de: "P44"
Ultonia= Irlanda do Norte :wink:
Ultonia é o nome latino, parece-me que em gaélico irlandês é Ulaid. Mas os irlandeses podem muito bem usar os dois.  :wink: , estou máis interesado en conhecer ás suas irmás como ja imagina :roll:
 

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oultimoespiao

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« Responder #124 em: Março 05, 2008, 03:17:33 am »
Para quem possa nao estar muito bem informado sobre as movimentacoes nos bastidores... ha nao muito tempo a servia vendeu a gazprom o seu gasoduto com um desconto de 60% do seu valor real, mas com a condicao de a russia se opor a qualquer independencia do kossovo.
 

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oultimoespiao

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« Responder #125 em: Março 05, 2008, 03:20:49 am »
Citação de: "JuanL"
Citação de: "oultimoespiao"
Poucos povos teem sentido de justica como os Irlandeses, e tambem nao se preocupam sobre o que os outros pensam

¿Sentido de justicia o simplemente verlo como un precedente para conseguir ellos la recuperación de Ultonia? :roll:


presumo que  seu pais nao reconhecera o kossovo por razoes que conhecemos!
 

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JuanL

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« Responder #126 em: Março 05, 2008, 08:09:11 am »
Citação de: "oultimoespiao"
Citação de: "JuanL"
Citação de: "oultimoespiao"
Poucos povos teem sentido de justica como os Irlandeses, e tambem nao se preocupam sobre o que os outros pensam

¿Sentido de justicia o simplemente verlo como un precedente para conseguir ellos la recuperación de Ultonia? :twisted:
 

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« Responder #127 em: Março 05, 2008, 02:07:19 pm »
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Ossétia do Sul quer independência reconhecida

A Ossétia do Sul, região separatista pró-russa da Geórgia, pediu hoje à Rússia, à ONU e à União Europeia que reconheçam a sua independência, à semelhança do que aconteceu recentemente no Kosovo, avançaram as agências russas.

O apelo foi validado por um voto, hoje, no Parlamento da Ossétia do Sul, cuja independência unilateral declarada em 1990 não é reconhecida por nenhum país, nomeadamente pela Rússia, precisam as agências russas.

«O Parlamento da Ossétia do Sul pede ao secretário-geral da ONU, ao Presidente russo e à direcção dos países da União Europeia que reconheçam a independência da república da Ossétia do Sul», indica um comunicado publicado no site do Ministério da Informação da região independentista.

A Ossétia do Sul e a Abkhazia, as duas regiões independentistas da Geórgia, advertiram desde o dia 17 de Fevereiro, dia da proclamação da independência do Kosovo, que iriam pedir à Rússia, ao Conselho de Segurança da ONU e à UE que também passassem a reconhecer as suas independências.



Diário Digital
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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JuanL

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« Responder #128 em: Março 05, 2008, 02:23:08 pm »
Pues obviamente tanto la UE como la ONU deberían reconocer también la independencia de Osetia
 

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« Responder #129 em: Março 05, 2008, 02:32:01 pm »
Citação de: "JuanL"
Pues obviamente tanto la UE como la ONU deberían reconocer también la independencia de Osetia


a ONU não , mas os EUA e a UE (alguns) sim, para manterem a "coerência" c34x
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« Responder #130 em: Março 05, 2008, 02:40:13 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "JuanL"
Pues obviamente tanto la UE como la ONU deberían reconocer también la independencia de Osetia

a ONU não , mas os EUA e a UE (alguns) sim, para manterem a "coerência" c34x


¿Pero hay diferencia entre os USA e a ONU cuando se trata de algo que USA quer? :wink:
 

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« Responder #131 em: Março 05, 2008, 02:53:25 pm »
Citação de: "JuanL"
Citação de: "P44"
Citação de: "JuanL"
Pues obviamente tanto la UE como la ONU deberían reconocer también la independencia de Osetia

a ONU não , mas os EUA e a UE (alguns) sim, para manterem a "coerência" c34x

¿Pero hay diferencia entre os USA e a ONU cuando se trata de algo que USA quer? :wink:


bom, a ONU não reconheceu a "independencia" do kosovo :wink:
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« Responder #132 em: Março 05, 2008, 03:20:46 pm »
Non a reconheceu polo veto que ía usar Rusia c34x
 

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« Responder #133 em: Março 05, 2008, 03:41:12 pm »
Citação de: "JuanL"
Non a reconheceu polo veto que ía usar Rusia c34x


óbvio....
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André

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« Responder #134 em: Março 07, 2008, 05:02:05 pm »
Que estratégia seguirá a Rússia na independência do Kosovo ???
Alexandre Reis Rodrigues
 


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No passado dia 17 de Fevereiro, o Kosovo, no meio de grande euforia da sua população albanesa, declarou unilateralmente a independência, abandonando o estatuto de província da República sérvia. Na prática, porém, o que vai acontecer é passar da situação de protectorado das Nações Unidas, em que se mantém desde 1999, para protectorado da União Europeia, mantendo-se a ocupação pela NATO. Ninguém se atreve a prever por quantos anos, mas serão certamente muitos.

Cerca de três semanas depois, 12 dos 27 países da União Europeia já reconheceram a independência; outros seguir-se-ão, mas não há qualquer consenso sobre o assunto. Na verdade, o que há são divisões sobre como reagir, logo a começar no seio da Europa. Na Ásia, as probabilidades de reconhecimento são reduzidas: China, Índia, Indonésia, Vietname e Sri-Lanka são alguns dos países que dificilmente reconhecerão. Brasil, África do Sul, Egipto e Israel terão também situações semelhantes. Vizinhos da Sérvia, nomeadamente a Macedónia e o Montenegro, com aspirações de integrar a UE vão, apesar disso, ser muito cuidadosos, por razões compreensíveis; a Sérvia já declarou que o seu eventual apoio à independência seria considerado como traição.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Sérvia prevê que não haverá mais do que cerca de 40 reconhecimentos; mesmo descontando o seu interesse em desvalorizar o processo está à vista que não vai haver a vaga de reconhecimentos, com que alguns, a começar pelos kosovares, sonhavam. No entanto, daí até esperar que o processo volte atrás, como pretendem os sérvios, é difícil de imaginar. Ainda recentemente, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tom Casey, afirmava peremptoriamente «it ought to be clear to everybody at this point that Kosovo is never going to be a part of Serbia again».

Em qualquer caso, a Rússia não vai contentar-se com a inviabilização do reconhecimento da independência nas Nações Unidas, usando o seu direito de veto. Vai usar os mecanismos à sua disposição para fazer pagar caro o facto de ter sido ignorada e tentará apagar a humilhação sofrida no tempo de Boris Ieltsin quando as tropas russas, estando já no terreno como parte do acordo então feito para levar os sérvios a retirar do Kosovo, foram excluídas da KFOR. Convém não esquecer que Vladimir Putin chegou a Presidente como representante de uma facção da comunidade dos serviços secretos e militares que nunca se conformou com o facto de a Rússia ter deixado de ser levada a sério.

Moscovo tem duas linhas principais de acção possíveis para retaliar: actuar directamente sobre a situação nos Balcãs ou indirectamente sobre outras situações em que os EUA e os europeus tenham interesses que estejam ao seu alcance contrariar. Nesta última perspectiva, há dois alvos óbvios: a Geórgia e a Ucrânia. Moscovo tem em curso um novo processo de conversações em que procurará convencer as lideranças de ambos os países de que o seu espaço de manobra tem limites; calcula-se que, pelo menos, exija que esqueçam a NATO.

No caso da Ucrânia, tem, nesse ponto, mais de 60% da população a exigir o mesmo e a oposição ao Governo em funções, a qual, por conta da reivindicação de parar o processo de aproximação à NATO, paralisou os trabalhos no Parlamento nos últimos dois meses; obviamente, a arma energética está a ser usada de novo, o que pode ter repercussões na Europa.

Em relação à Geórgia, Sergey Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, garantia há dias que não havia qualquer acordo na sequência das conversações em curso, mas para alguns analistas isso pode ser apenas uma questão de tempo. Com o problema de duas províncias separatistas, uma delas a insistir que quer ver reconhecida a sua independência, com grande debilidade política e fragilidade económica, a Geórgia terá sempre dificuldades em resistir à pressão do vizinho, o que deixa os EUA na difícil situação de arranjar formas de ajudar os amigos. Neste caso, à Rússia para fazer pressão basta nada fazer para desencorajar os dois movimentos separatistas.

Se Moscovo tiver sucesso nesta estratégia indirecta, a Geórgia e a Ucrânia poderão ter que trocar a suspensão do processo de aproximação ao Ocidente (ou parte dele) por um relacionamento mais estável e sob menos pressão por parte da Rússia. Correm, por isso, o risco de se tornarem as primeiras vítimas da independência do Kosovo, pelo provável retrocesso que as suas aspirações europeístas vão sofrer.

Nos Balcãs, Moscovo tem trunfos económicos, políticos e, para alguns analistas, também militares. Um dos económicos é o energético que já foi posto a funcionar com o acordo recentemente feito pela GAZPROM com a correspondente empresa sérvia do estado. No campo político, é de esperar o encorajamento de movimentos de recusa da administração “independente” do Kosovo, o que criará dificuldades à acção da UE e da NATO no terreno. Há vários sinais nesta área: a orientação dada pelo Arcebispo da Igreja Ortodoxa Sérvia no sentido de que os seus padres suspendam quaisquer contactos com a UE e os kosovares e a recusa de alguns serviços em servir sob as ordens dos kosovares (por exemplo, movimentações de polícias que entregaram os seus crachás, a paralisação de parte da rede de caminho de ferro, etc.).

A possibilidade de separatismo da zona norte onde os sérvios estão concentrados, à volta de Mitrovica, é uma das questões que se passou a deparar às autoridades do Kosovo a ao International Steering Group, a quem cabe supervisionar o processo de transição. Contra a rejeição frontal dos EUA e deste órgão em aceitar essa possibilidade, Moscovo não tem hesitado em desafiar o Ocidente, mostrando compreensão por esse eventual desfecho. O mais preocupante seria vir a colocar uma força na Sérvia, sob o pretexto de ajudar a acautelar os interesses do seu aliado. Esta possibilidade (designada nalguns círculos como a “light military option”), mesmo apenas simbólica, criaria um contexto muito mais complexo para a actuação da NATO e da EU no terreno.

Para fechar a “Caixa de Pandora” que se reabriu com a independência do Kosovo é sobretudo preciso ter presente que para a Rússia o fundamental é a situação da Ucrânia, da Geórgia, dos Países Bálticos e da Finlândia, por esta ordem. A Sérvia, não obstante as ligações do passado, é principalmente um pretexto e oportunidade de afirmação a usar para o encaminhamento dos outros casos (em especial o da Ucrânia e da Geórgia) para uma posição que lhe seja mais favorável.
 
Jornal de Defesa