Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #30 em: Junho 06, 2015, 10:54:08 pm »
Nas caixas redutoras, nos veios e no ""sistema de helices"   ate não se perde muita energia
 
Num motor diesel maritimo
As Maiores perdas dão-se pela  exaustão (chaminé) e no sistema de  arrefecimento do motor,  cerca de 50%

  Va tudo a estudar:

   http://www.raeng.org.uk/publications/reports/future-ship-powering-options
 

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ICE 1A+

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #31 em: Junho 06, 2015, 11:57:30 pm »
Todos os sistemas tem os prós e os seus contras mas para navios do tipo OPV  
  o sistema de propulsão escolhido por todo lado tem sido do tipo  combinado Diesel -Elétrico como nos  NPO`2000
 
 
 PS: imaginem um ataque EMP  O Type 45 ficaria  à deriva sem qualquer tipo de energia, o nosso NPO continuaria  a navegar tranquilamente!

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PCartCast

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #32 em: Junho 07, 2015, 10:14:01 am »
Citação de: "ICE 1A+"
Nas caixas redutoras, nos veios e no ""sistema de helices"   ate não se perde muita energia
Por melhor que o veio de transmissão esteja oleado, há sempre frcção, ou seja, energia que simplesmente se perde na forma de calor. Se lhe adicionar engrenagens então ainda pior é.
 
Citação de: "ICE 1A+"
Num motor diesel maritimo
As Maiores perdas dão-se pela  exaustão (chaminé) e no sistema de  arrefecimento do motor,  cerca de 50%

  Va tudo a estudar:

   http://www.raeng.org.uk/publications/reports/future-ship-powering-options
Ice, estou a falar de energia cinética, ou seja, movimento. Mais concretamente a conversão de energia potencial (combustível armanezado, para energia cinética, através da combustão.

Isso dos gases da chaminé são sub-produtos da reacção de combustão. Quanto ao arrefecimento do motor, tenho a certeza que uma ou duas bombas de circulação fazem bem o serviço, e até não gastam muita energia... Eléctrica.

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PCartCast

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #33 em: Junho 07, 2015, 10:19:25 am »
Citação de: "ICE 1A+"
PS: imaginem um ataque EMP  O Type 45 ficaria  à deriva sem qualquer tipo de energia, o nosso NPO continuaria  a navegar tranquilamente!

Já ouviste falar em blindagem de cablagem? Pois eu já os instalei... A cablagem blindade existe mesmo para proteger das interferências electro-magnéticas. E quanto aos estatores, desculpe, motores elétricos, de certo que não são montados em qualquer lado, mas bem protegidos para prevenir isso mesmo que você referiu.

De uma forma genérica duvido que os Type 45 ficassem KO com um ataque electro-magnético.

Cumps.

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #34 em: Junho 07, 2015, 06:34:47 pm »
Citação de: "PCartCast"
De uma forma genérica duvido que os Type 45 ficassem KO com um ataque electro-magnético.

Tenho de concordar, os britânicos não são nenhuns amadores na construção de navios. As Type 45 não estarão certamente menos protegidas que os NPO2000 relativamente a ataques EMP.

Citação de: "PCartCast"
Citação de: "ICE 1A+"
Nas caixas redutoras, nos veios e no ""sistema de helices"   ate não se perde muita energia
Por melhor que o veio de transmissão esteja oleado, há sempre frcção, ou seja, energia que simplesmente se perde na forma de calor. Se lhe adicionar engrenagens então ainda pior é.


Ser estiver-mos só a falar de veios e caixas redutoras "simples" as perdas mecânicas serão muito reduzidas. Possivelmente inferiores a 10 ou mesmo 5%, longe dos tais 20 a 40% que você afirmou. As perdas tornam-se maiores se houver caixas de velocidades, embraiagens e outros componentes de transmissão mais complexos. Por exemplo num sistema que tenha de transmitir potência de varias fontes diferentes (motores diesel e turbinas diferentes) para o mesmo conjunto de veios, do género de sistemas CODAG, CODAD, COGAG, acredito que as perdas por transmissão já sejam maiores, mas ainda assim nunca 40%, mesmo 20% acho já muito.

E já agora lembre-se de uma coisa PCartCast, é também necessária a transmissão entre o motor de combustão e o gerador, muitas vezes também com caixa redutora. E depois volta a ser precisa transmissão do motor eléctrico para o hélice. Também aqui existirão perdas mecânicas. E isto sem falar nas perdas de conversão e transporte da energia eléctrica, estas perdas serão sempre superiores à mecânicas de um veio e caixa redutora simples.

Torna-se mais eficiente passar para transmissão eléctrica quando queremos distribuir a potência para um numero elevado de propulsores, o que necessitaria de transmissões mecânicas extremamente complexas. Para navios que se queiram com mais capacidade de manobra que se queiram com pods de hélices distribuidos pelo casco e que sejam direccionáveis, aí faz certamente sentido transmissão eléctrica.

Nas locomotivas faz também sentido pois normalmente é necessário distribuir potência por um numero elevado de eixos. Um sistema mecânico seria muito complexo, e aí sim com perdas mais elevadas, assim faz mais sentido transmissão eléctrica. Outro motivo é que as locomotivas com transmissão mecânica precisariam de caixa de velocidades. Ora uma caixa de velocidades para potências na ordem dos 5000kW seria algo extremamente complexo e pesado. Com transmissão eléctrica elimina-se a necessidade de caixa de velocidades.

Ora os navios, normalmente, não precisam de caixa de velocidades, com excepção por exemplo de sistemas CODAG e semelhantes, mas não é o caso do NPO.
 

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ICE 1A+

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #35 em: Junho 08, 2015, 07:30:11 pm »
Citar
(combustível armanezado, para energia cinética, através da combustão.


  Volto a dizer-lhe;  50%  dessa energia é gasta no funcionamento do próprio motor!
 

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #36 em: Junho 08, 2015, 07:41:09 pm »
Citação de: "ICE 1A+"
Citar
(combustível armanezado, para energia cinética, através da combustão.


  Volto a dizer-lhe;  50%  dessa energia é gasta no funcionamento do próprio motor!

Se estivermos a falar na energia contida no combustivel até é bem mais do que 50% desperdiçada. Nos motores de navios a eficiência do ciclo termodinâmico andará entre os 30% e 45% (isto se não for menos), ou seja entre 55% a 70% da energia gerada na combustão vai para barulho e aquecimento.

Se estivermos a falar na potência disponível no eixo, é como o que o ICE está a dizer, 50% ou mais vai para refrigeração, lubrificação e outros acessórios necessários ao funcionamento continuo do motor.

Só a titulo de exemplo o motor do conhecido desportivo da Bugatti, o Veyron, produz no eixo cerca de 4000 cavalos, 3000 são gastos no funcionamento das válvulas, lubrificação, refrigeração, etc. No final vai para a transmissão 1000 e tal cavalos. Num navio penso que o motor tenha menos perdas, mas os números não devem fugir muito daqui.
 

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #37 em: Junho 08, 2015, 08:30:37 pm »
A eficiência (termodinâmica) de uma máquina diesel anda à volta dos 35%. Para gasolina não me recordo, mas acho que anda na casa dos 20 a 25%. Já uma turbina é muito mais eficiente.
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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #38 em: Junho 08, 2015, 11:54:00 pm »
Citação de: "NVF"
A eficiência (termodinâmica) de uma máquina diesel anda à volta dos 35%. Para gasolina não me recordo, mas acho que anda na casa dos 20 a 25%. Já uma turbina é muito mais eficiente.

Mesmo dentro do mesmo tipo de motor as eficiências variam muito, os grandes motores Diesel a dois tempos sobrealimentados Wärtsilä-Sulzer RTA96-C alcançam eficiências termodinâmicas acima dos 50%. Tanto quanto sei são os motores navais mais eficientes que se pode colocar num navio. Motores Diesel de menores dimensões têm eficiências menores, por vezes abaixo dos 30%.

Turbinas de gás para navios têm eficiências na ordem dos 35% a 40%, a titulo de exemplo a LM2500+, versão melhorada e mais eficiente da turbina que equipa as Vasco da Gama, tem uma eficiência de cerca de 39%. A LM6000PC, turbina mais eficiente da GE, anda um pouco acima dos 40% de eficiência termodinâmica.

Claro que o topo da eficiência termodinâmica se encontra em turbinas a gás de ciclo combinado, onde os gases de escape são ainda utilizados para a ebulição de água que move uma turbina a vapor adicional. Neste caso a eficiência termodinâmica ultrapassa em alguns casos os 60%.
 
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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #39 em: Junho 09, 2015, 05:15:10 am »
EDU

 Dei um like no teu post porque tu  escolheste, de facto o motor diesel mais eficiente do mundo,
 apenas com um à parte a versão de 14 cilindros  desse motor pesa  quase  mais 1000 (MIL)  toneladas que um NPO`2000

    :D
 

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #40 em: Junho 15, 2015, 09:56:35 pm »
Querem rir um pouco?
Vejam o que o Poder Naval escreveu sobe os novo patrulhas oceânicos:

Portugal gastará 77 milhões de Euros em dois NaPaOc com capacidade ASW

Ler o artigo completo aqui
http://www.naval.com.br/blog/2015/06/15 ... idade-asw/

Cumprimentos
 

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nelson38899

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #41 em: Junho 15, 2015, 10:15:58 pm »
Olha que não é treta, ainda há pouco tempo a janes dizia o mesmo

http://www.janes.com/article/51922/portugal-to-buy-two-more-opvs

as proprias stanflex se não me engano também trouxeram isso.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #42 em: Junho 15, 2015, 10:24:01 pm »
Citação de: "nelson38899"
Olha que não é treta, ainda há pouco tempo a janes dizia o mesmo

http://www.janes.com/article/51922/portugal-to-buy-two-more-opvs

as proprias stanflex se não me engano também trouxeram isso.

A piada está aqui..

Citar
também os almirantes portugueses pediram a seus projetistas uma nova classe de navio-patrulha oceânico, de 1.870 toneladas – derivado da classe Viana do Castelo (de 1.750 toneladas)

:)
 
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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #43 em: Junho 15, 2015, 10:36:56 pm »
Citação de: "nelson38899"
Olha que não é treta, ainda há pouco tempo a janes dizia o mesmo

http://www.janes.com/article/51922/portugal-to-buy-two-more-opvs

as proprias stanflex se não me engano também trouxeram isso.

1- Aquele momento em que já ninguem liga ao Poder Naval usar informações externas (para não lhe chamar pior) sem colocar as fontes.

Citar
They are armed with a Oto Melara MARLIN WS (Modular Advanced Remotely-controlled Lightweight Naval Weapon Station) armed with a 30 mm Orbital ATK Mk44 Bushmaster automatic cannon and rails for Mk55 Mk2 anti-submarine mines.

Citar
As embarcações da nova série de patrulheiros oceânicos portugueses serão equipadas com uma estação de operação remota Marlin WS fabricada pela Oto Melara, que irá controlar um canhão Orbital ATK Mk.44 Bushmaster, de 30 mm, além de receber suportes para metralhadoras pesadas e trilhos para as minas Mk.55 Mk.2.

 :roll:

2- Não há novidade nenhuma, os NPO atuais também estão preparados para receber as calhas.
 

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nelson38899

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Re: Classe Viana do Castelo Melhorias ao Projecto Inicial
« Responder #44 em: Junho 27, 2015, 10:22:19 pm »
Não sei se deveria pôr aqui, ou não, mas achei a ideia muito interessante



http://www.oborona.ru/includes/periodics/navy/2015/0625/140716058/detail.shtml
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