NOTA:
Cada KC390 vendido dá trabalho á Indústria Aeronautica portuguesa.
Portugal tem todo o interesse em manter relações estreitas com a EMBRAER.
Isso inclui a compra e utilização do Super Tucano.
Aliás: Se o Brasil não tivesse metido na cabecinha que é um BRIC, já teria dado uns quantos ST á Ucrânia, eles teriam já encontrado uma função para eles ... e as vendas estariam a ser negociadas com países europeus.
Contrastar isto com, por exemplo, a compra de F-35.
As contrapartidas serão... pesadelos na manutenção.
SAAB Gripen... aí a conversa poderia ser outra...
p.s.
Se o KC390 é tão mau como muitos aqui no FD fazem parecer, então já há uns quantos de paises que podemos classificar como BURROS.
O KC não é mau. O KC é caro. Quando Portugal entrou no programa, o custo unitário estava previsto como a rondar os 60 milhões, e desde aí foi subindo, passando pelos 70... 80... 90... e hoje, ultrapassa os 100 milhões/unidade. De frisar que um dos aspectos mais atractivos do KC-390, e uma das principais razões para termos entrado no programa, era prometer um custo por avião inferior ao C-130, e metade do A-400. Agora vamos a ver, e poupa-se cerca de 20-30% face ao A-400, que é mais capaz.
No fim de contas, vamos gastar um valor superior a 800 milhões de euros, o que o tornará no segundo programa mais caro da história das FA portuguesas (penso que, que não me lembro de mais nenhum mais caro), a seguir aos submarinos. É grave, num país com tantas lacunas, o segundo programa mais caro das FA, ser em aeronaves de transporte! Não sei o valor da compra dos 20 F-16 originais, e poderá ser um dos poucos candidatos a ultrapassar em custos a compra dos KC, mas se calhar nem assim.
Com a agravante dos custos unitários dos KC-390, nós, mesmo vendo que a Embraer estava a pedir muito mais por cada avião, não fomos capazes de reduzir a encomenda (cortando 2 unidades, era uma poupança de ~220 milhões, que dava para outros programas), já que íamos estar a modernizar C-130 em simultâneo.
Saab Gripen seria uma péssima aquisição. Valor de compra idêntico ao do F-35, para um caça que vai ficar para trás tecnologicamente a partir das décadas de 40 em diante. Se é para gastar muito dinheiro, que se compre o melhor possível, e isso é ou F-35, ou FCAS ou GCAP.
Além de que, quase ninguém na NATO os vai usar, logo as facilidades de manutenção e sobretudo na obtenção de sobressalentes, poderão favorecer o F-35.
Se os ST fossem para a Ucrânia, quem diz que não eram todos abatidos? Se os bem mais robustos, mais rápidos e poderosos SU-25 são abatidos com alguma frequência, mesmo voando bem baixinho, o que iria acontecer com o comparativamente frágil ST?
Entretanto os países europeus não querem aeronaves COIN, querem caças topo de gama, com um maior nível de sobrevivabilidade em ambiente contestado, e drones armados.