Iraque a ferro e fogo

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Spectral

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« Responder #180 em: Junho 18, 2004, 01:20:49 pm »
Europatriota: por mim a discussão está acabada. Não tenho paciência para estar a falar para paredes. Acho que já lhe disse o que tinha a dizer. Se quer continuar no seu joguinho de palavras fundamentalista, continua à vontade. Não é melhor que os neo-conservadores ou os fundamentalistas árabes.

Ricardo, o negócio Israel-Alemanha é para 100 Dingo's, que são uma espécie de camião blindado. Apenas servem para patrulhas e não para assaltos às cidades palestinianas. Para isso eles têm os Merkavas, Achzarits e semelhantes.


http://www.jedsite.info/4x4afv/delta/dingo_series/dingo-series.html
Eu pelo menos não queria entrar com "isto" num cenário de guerra urbana.

Além que no negócio parece que Israel vai vender mísseis LAHAT à Alemanha.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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europatriota

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« Responder #181 em: Junho 18, 2004, 01:36:24 pm »
Caro Ricardo Nunes:

Pois, o que interessa não é o que eu penso ou que você pensa sobre a questão, mas o que o direito e a ética militar impõem como conduta a seguir  em tais situações. É claro que há muitas situações dúbias na guerra, que embora possam ser anti-éticas, escapam à alçada do direito. O Direito da guerra (ainda) não é tão  completo e eficaz como o direito penal dos crimes comuns, por exemplo. Está em formação e não é reconhecido por alguns... O que não impede que barbaridades como as de Sebrenica caiam claramente na sua alçada. A função do direito da guerra é limitar a sua inerente desumanidade. A guerra já é feia em si, mas se se respeitarem as regras éticas e legais, fica mais suportável. Lembre-se que durante muitas gerações, as boas maneiras foram observadas na guerra. Não foi von Richthoffen, o barão vermelho e ás da aviação alemã da I Guerra, depois de ser abatido, objecto de um funeral com todas as honras e tiros de salva por parte do Exército Francês em plena guerra-carnificina ? Von Paulus e os seus 18 generais foram mortos ou torturados depois da rendição em Estalinegrado ? Napoleão e a sua guarda imperial foram aniquilados após a derrota em Waterloo ? Não, pois, porque os verdadeiros militares sabem e sempre souberam que matar no campo de honra tem regras, e que quando o inimigo baixa a guarda e pára de combater ou ripostar, o combate cessa, por mais violento que tenha sido...

A camonada de hoje não partilha ostensivamente desse código de valores, segundo todas as notícias que nos chegam e as suas próprias declarações. Chegam a torturar, asfixiar, espancar até à morte e sodomizar prisioneiros... Uma ralé de mercenários asassinos, um "exército" de gangsters e de ladrões de petróleo comandado por lunáticos neo-nazis que querem dominar o mundo pelo terror...

Sobre as barbaridades da Guerra do Golfo, que você pretende apresentar como meras derrapagens num ambiente de guerra, e insistindo que elas tiveram lugar já depois de as hostilidades cessarem, só lhe lembro uma coisa:

Por que é que todas as outras tropas no mesmo teatro de guerra iraquiano, incluindo as britânicas, consideram os americanos "cóbóis irresponsáveis e trigger-happy" autores sistemáticos de friendly fires sobre os próprios aliados (para não falar das dezenas de casamentos e outras festividades no Iraque ou Afeganistão que já metralharam indiscriminadamente) ? Porque será que isso não acontece com as outras tropas, europeias quase todas ? Porque estas conhecem e respeitam o direito internacional e as leis e a ética da guerra. Têm rules of engagement conformes a essas regras (e não tipo "disparar primeiro e perguntar depois") e são punidos quando as violam. É simples...

Não, os factos de que falamos não são derrapagens inevitáveis em clima de guerra (que sei existirem sempre) .  Aliás, um massacre de 5 horas sobre alvos que não ripostam nunca é uma derrapagem inevitável. É um massacre  deliberado. E por isso é que tais barbaridades só são praticadas pelo exército americano... Não é por acaso... Como não foi por acaso que a retaliação, o 9/11, aconteceu nos EEUU... A bom entendedor...
A Grande Europa, respeitadora do direito internacional, da dignidade dos povos e da paz mundial deve unir-se, rearmar-se e liderar o mundo rumo à Paz Perpétua kantiana
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #182 em: Junho 18, 2004, 01:41:22 pm »
Obrigado pela correcção Spectral.  :wink:
Ricardo Nunes
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Rui Elias

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« Responder #183 em: Junho 18, 2004, 02:51:35 pm »
Só para retomar uma velha questão:

Os Merkava já servem para outra coisa para além de demolidores de casebres?
 

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emarques

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« Responder #184 em: Junho 18, 2004, 02:58:04 pm »
Citação de: "europatriota"
A sua resposta está cheia de incoerências e derrota-se a si própria. Vejamos: a questão era saber se a retirada da autroestrada da morte (já depois do anúncio da retirada do Koweit) era um verdadeiro fim de hostilidades ou mera manobra táctica para prosseguir o combate. O que diz você, mesmo supondo que a sua explicação é boa, o que falta demonstrar: que essa coluna procurava apenas furtar-se à rendição através da manobra de envolvimento (o tal "varrimento avé maria"). Isto é, você confirma que havia fim de hostilidades, até porque escapar à rendição (mas eles nem sabiam decerto, com as comunicações interrompidas que poderiam ser cercados: estavam apenas a obedecer às ordens de retirada) não é combater, é FUGIR ao combate ou aprisionamento.


Pense bem nisto. Os americanos tinham um plano para rodear e capturar ou destruir as forças invasoras. As forças quase rodeadas começam a alterar as suas posições para escapar a esse envolvimento. O que fazem os americanos? Impedem os iraquianos de escapar ao cerco.

Compare com as acções dos soviéticos em Estalinegrado. Cercaram o VI Exército alemão, e foram matando alemães até que se rendessem. Se o gen. Paulus tivesse tentado escapar ao cerco, acha que os soviéticos iam dizer "Por quem é, faz favor de passar!", ou que iam tentar impedir a fuga dos alemães?

A situação é a mesma. Os comandantes americanos num caso, e os soviéticos no outro, tinham a obrigação de destruír a capacidade inimiga de continuar as hostilidades.

Quanto a acreditar em hipotéticas declarações do Iraque, acho que toda a gente sabe quanto valia a palavra do governo iraquiano.

Quanto à hipótese que pôs de a União Indiana ter atacado os transportes que retirariam as tropas portuguesas, se o tivessem feito sem receber a rendição das tropas portuguesas isso seria realmente uma acção criminosa. Ninguém acusa os alemães de terem cometido um crime de guerra ao atacar as embarcações que faziam a retirada de Dunquerque.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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europatriota

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« Responder #185 em: Junho 18, 2004, 06:46:41 pm »
Caro emarques.

Acho que você faz uma grande confusão ! E comparações só são válidas com situações equivalentes...

Citar
Os americanos tinham um plano para rodear e capturar ou destruir as forças invasoras. As forças quase rodeadas começam a alterar as suas posições para escapar a esse envolvimento. O que fazem os americanos? Impedem os iraquianos de escapar ao cerco.


Ora, em 1991 a coligação internacional sob mandato da ONU , onde havia franceses, sírios, egípcios sauditas, etc, e em quantidade (não como agora, em contingentes simbólicos) NÃO TINHAM NENHUM PLANO NEM MANDATO PARA DESTRUIR AS FORÇAS INVASORAS, como você diz. Está a ver mais de 100.000 soldados árabes a "destruirem as forças invasoras"  também árabes ? Nada disso. O MANDATO ERA APENAS LIBERTAR O TERRITÓRIO DO KOWEIT, e o ataque às forças iraquianas estava apenas autorizado na medida em que fosse necessário à libertação desse território. Era esse o único plano "legal". Aliás, nem acredito que tivessem mesmo um plano secreto para ir mais além disso. A prova é que não exploraram o êxito indo até Bagdad...

Sendo assim, após o anúncio de acatamento da resolução da ONU pelo governo iraquiano (você não se lembra, mas todo o mundo se lembra na ONU) seguido de execução imediata da retirada, havia tecnicamente suspensão de hostilidades. É como no boxe: soou o gong e a luta pára. Lembro que o mandato da ONU que a coligação implementava no terreno exigia apenas a retirada do Koweit, NÂO a rendição ou capitulação do exército iraquiano fora do território do Koweit, o que estaria fora dos seus poderes.   É importante ter este facto fundamental em conta ! Mas para isso é preciso que se reconheça a primazia do direito internacional...

A coluna em retirada, de dia, sem camuflagem, a monte (sem distâncias de segurança) e com civis, era obviamente um movimento típico de tropas em retirada de território ocupado (e único objecto do litígio) após uma cessação de hostilidades.

Ou você julga que os iraquianos eram loucos para se moverem de dia numa coluna compacta de milhares de veículos apinhados de gente e sem qualquer defesa aérea  e camuflagem se não acreditassem que a guerra tinha acabado, por terem cumprido a exigência da ONU ?

 É  ÓBVIO QUE PARA ELES A GUERRA TINHA ACABADO. TAL  COLUNA SÓ É ALVO MILITAR PARA UM EXÉRCITO DE GANGSTERS ASSASSINOS QUE NÃO RECONHECEM O DIREITO INTERNACIONAL E A REGRAS DA ÉTICA MILITAR, COMO O EXÉRCITO CAMONE. E se há enganos que duram o tempo de uma rajada, não há enganos que duram 5 horas...

Tratou-se de um Sebrenica em maior escala e executado pela aviação e helicópteros e não por pelotões de atiradores. Uma execução sumária  em massa, um miserável crime de guerra.

A comparação com Estalinegrado é improcedente, porque os alemães em Estalinegrado não foram executados após a rendição. Leia as memórias de Von Paulus. Se se refere aos outros alemães que se terão escapado do cerco (foram poucos e só através de aviões), a esses não se aplica o princípio, porque a Alemanha não tinha anunciado nem nunca anunciou a retirada da Rússia e de todos os países aliados ocupados. Por isso os russos foram até Berlim. Mas no dia 1 de Maio de 1945, quando Doenitz, após o suicídio de Hitlet anunciou a capitulação, A GUERRA ACABOU e mais nenhuma coluna militar alemã em retirada foi atacada !

A comparação com Goa também é disparatada ! Pense lá: qual era o objectivo do exército indiano ? Libertar Goa,  Damão e Diu e instaurar aí a soberania indiana, ou aniquilar sobretudo e em qualquer caso o exército português, MESMO QUE ESTE ABANDONASSE A DEEFESA DA SOBERANIA PORTUGUESA DESSES TERRITÓRIOS ? É que a política é que comanda a guerra e não o contrário...

É claro que o objectivo era o primeiro e por isso atacar o exército português em retirada para a metrópole (na hipótese que coloquei) seria CRIME DE GUERRA e contrário aos usos militares. Repito: numa guerra há necessariamente um litígio sobre algo (normalmente um território, mas não só). Por isso é que há guerra... logo, se uma das partes cede à outra, com ou sem luta prévia, o objectivo em disputa, JÁ NÃO HÁ RAZÃO PARA A CONTINUAÇÃO DE HOSTILIDADES E FAZÊ-LO CONSTITUI CRIME DE GUERRA.

As FA americanas são actualmente um bando de gangsters fora-da-lei que não reconhecem nem respeitam o direito internacional (Convenções de Genebra sobre tratamento de prisioneiros de guerra e sobre a tortura, nomeadamente). E O OCIDENTE E OS SEUS VALORES NADA TEM A VER COM ESSA HORDA DE ASSASSINOS ODIADA EM TODO O MUNDO !

E é por isso, não é por acso, que os EEUU recusam ratificar, AO CONTRÁRIO DE TODO O MUNDO CIVILIZADO, o tratado que institui o TPI !!! Os gangsters não querem ser julgados pelos seus crimes ! Tal como os seus modelos nazis, que no entanto foram enforcados por sentença de um tribunal que não reconheciam... Com a camonada assassina acontecerá o mesmo dentro de algumas décadas, quando já não forem os mais fortes... A China e a Grande Europa, entre outros chefiarão o mundo numa coligação conta o eixo do mal yankee-sionista...Se até lá estes não ganharem juízo, o que me parece difícil...

Europa über alles ! Rule Europe ! Allez européens ! Forza Europa ! Arriba Europa ! BIBAUROPA !
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Ricardo Nunes

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« Responder #186 em: Junho 18, 2004, 07:01:07 pm »
Parece-me óbvio que com o seu uso constante de letras maiusculas se sente exaltado. É normal, mas por favor tenha calma.

Não traga Boxe ao barulho, porque de boxe percebo eu - praticamente mais ou menos regular. :wink:
Ao contrário do que refere não existem "ding´s" na guerra nem muito menos houve uma declaração iraquiana oficial que referisse que as suas tropas estavam a retirar do Iraque. Não é simplesmente por umas tropas estarem a marchar para norte em vez de para sul que se vai supor que estas se renderam. Gostaria que nos elucidasse se tal declaração houve mesmo. Pessoalmente desconheço-a.

Quando retoricamente critica o ponto de vista do emarques - comparação com Estalinegrado - encontra-se, mais uma vez, a cometer um erro. As situações são exactamente semelhantes, e sempre o serão. Sempre que uma força se encontre à beira de ser cercada esta tentará escapar. Isto é o essencial.
O episódio da auto-estrada da morte começou isoladamente, quando alguns pilotos detectaram "alvos de oportunidade". A partir daí foi uma escalada de bombardemantos durante 18 horas tendo sido impossível quantificar qual o resultado de tais bombardeamentos.

Mas, acima de tudo, aquilo que mais me choca não é o seu ponto de vista nem a sua opinião, inteiramente legítima. É o facto de você pensar que alguns actos, nomeadamente este, foram cometidos intencionalmente de modo a provocar um massacre. Tal é um perfeito absurdo.
E aqui é que reside a diferença.
Você encontra-se constantemente a criticar a política de presença norte-americana no Iraque, lamenta as mortes iraquianas na guerra como todos nós e sente um ínfimo prazer quando um soldado da coligação é abatido. Aquilo que eu nunca o vi fazer foi lamentar as centenas de mortes de civis iraquianos que ocorrem todos os dias em ataques bombistas, suícidas, por todo o Iraque.

Vossa excelência considera tais mortes legítimas? Qual é o objectivo de matar 30 civis iraquianos, mulheres e crianças, que por acaso passavam ao pé de um centro de recrutamento do exército iraquino? O que é que estes homens fizeram de mal? Continua a achar que é uma luta pela liberdade? Então porque é que tentam atingir os postos da polícia e do exército iraquiano?
Entenda de uma vez por todas que os principais motivos dos acontecimentos que estamos a observar não é a libertação do Iraque, mas sim uma luta pelo poder de modo a estabelecer outro estado quiçá absolutista.
Ricardo Nunes
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papatango

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« Responder #187 em: Junho 18, 2004, 07:08:11 pm »
Citação de: "euro'patriota'"
logo, se uma das partes cede à outra, com ou sem luta prévia, o objectivo em disputa, JÁ NÃO HÁ RAZÃO PARA A CONTINUAÇÃO DE HOSTILIDADES E FAZÊ-LO CONSTITUI CRIME DE GUERRA.

Embora o autor destas linhas já tenha demonstrado o total disparate das suas afirmações, lembro apenas uma coisa ao senhor euro”patriota”

Pela sua ordem de ideias os seus amigos comunistas soviéticos também cometaram crimes contra a humanidade ao atacar incessantemente um exercito derrotado. Atacaram, sem cessar os alemães em retirada, e cumprindo todas as máximas da cartilha vermelha que o senhor defende, atacaram e afundaram navios apinhados de civis no mar do norte.

As tropas russas estiveram envolvidas em toda a sorte de depravações sexuais na alemanha, o que era muito natural como disse Estalina utilizando as palavras “...depois de tantos combates não é nada de estranho que um homem se queira divertir com uma mulher...”

Além do mais, tendo os russos em cima de si, uma diluviana quantidade de assassinios na consciencia e as mãos tão vermelhas de sangue que ainda hoje não secou, o senhor não deixa de considerar essa corja de assassinos como combatentes patrióticos cujo objectivo era chegar a Paris e roubar, violar e destruir tudo o que houvesse para roubar e destruir.

Porque é que os seus amigos soviéticos não pararam? A Alemanha já estava derrotada.

Um exercito quando retira não pode deixar de se atacar, é uma regra básica da guerra. Evitar que o inimigo se reagrupe para que depois nos volte a atacar. É por isso que os seus amigos russos, atacaram os outros seus amigos franceses na campanha da Russia. Imagine que os pérfidos russos atacaram o exército francês quando este se retirava da Russia.

Toda a sua argumentação é um completo disparate e um completo e total contrasenso.

O senhor europatriota escreve muito, mas no final não diz nada, é como estar a falar para uma parede.

Cada palavra, cada afirmação, cada frase é um contrasenso e uma total contradição com o que diz no post anterior.

Se eu fosse mal educado, pedia-lhe para ter vergonha, mas como não sou, peço-lhe apenas para ter juizo.

Cumprimentos
« Última modificação: Junho 18, 2004, 07:57:57 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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europatriota

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« Responder #188 em: Junho 18, 2004, 07:46:28 pm »
Papatango:

Você de facto diz disparates e nem se dá ao trabalho de ler atentamente o que escrevo. Senão não colocava questões tão despropositadas.

Já expliquei que sou de direita, pelo que não tenho que defender comunistas enquanto tais. Pelo contrário, cumpre-me denunciar os seus crimes (maiores do que os nazis, mas, diferença essencial, cometidos quase exclusivamente sobre os seu próprio povo e não sobre estrangeiros). O facto de você considerar sistematicamente comunistas, mesmo após desmentidos largamente fundamentados, quem defende os valores ocidentais atacados pela clique nazi-bushista, dá uma triste imagem de si, meu caro...

À parte os crimes de Katyn (contra polacos) e dezenas de milhares de violações de mulheres (não de homens como os larilas yankees...) alemãs, crime de somenos importância naquele contexto de milhões de mortos, não conheço crimes de guerra russos significativos...  

E lembro-lhe, pormenor fundamental, que os russos eram os agredidos (tiveram 20 milhões de mortos) e exerciam a legítima defesa. Que se foram até Berlim é porque não houve capitulação incondicional dos nazis (era essa a exigência de todos os Aliados, não apenas dos russos). Acresce que , como bons aliados, os russos lutavam pela libertação de TODOS os países ocupados e não apenas do seu país. Para isso é que servem as alianças... E lembro-lhe que mesmo em 8 de maio de 45, data da capitulação, os nazis ainda ocupavam totalmente várias cidades costeiras francesas e a Dinamarca e a Noruega... onde já não foram atacados, rendendo-se sem resistência.

É por isso que o conhecimento do direito internacional é importante para todos os militares. No Golfo (1991) o objectivo legal (o mandato da ONU)era libertar apenas o Koweit (porque Saddam não era Hitler, nem queria conquistar, como este, todo o mundo, apenas o pequeno Koweit...). Em 41/45 o objectivo era a capitulação incondicional das tropas nazis que ocupavam dezenas de países e que nunca aceitaram discutir a capitulação (como queriam os militares alemães conjurados do atentado de Julho de 44, que foram executados aos milhares). Uma cessação de hostiliadaees só seria imperativa em caso de capitulação alemã e evacuação de todos os países ocupados. Como nunca aceitaram negociar...

Repito, os objectivos militares são sempre extra-militares, isto é, políticos, e os objectivos políticos devem estar subordinados ao direito internacional e às resoluções da ONU, imperfeito "governo mundial".
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komet

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« Responder #189 em: Junho 18, 2004, 08:28:18 pm »
Citar
À parte os crimes de Katyn (contra polacos) e dezenas de milhares de violações de mulheres (não de homens como os larilas yankees...) alemãs, crime de somenos importância naquele contexto de milhões de mortos, não conheço crimes de guerra russos significativos...



Lol, sinto que estou sempre a bater na mesma tecla, usar soldados como "carne pa canhão" não é a seu ver um crime de guerra? Assim como os massacres soviéticos, ao seu próprio povo, é mais legítimo que o genocídio nazi só por ser em "casa"? Se morreram 20 milhões deve ter sido mais por capricho político do que por bom senso militar.
"History is always written by who wins the war..."
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #190 em: Junho 18, 2004, 09:26:22 pm »
Pegando na mesma citação que o komet utilizou:

Citar
À parte os crimes de Katyn (contra polacos) e dezenas de milhares de violações de mulheres (não de homens como os larilas yankees...) alemãs, crime de somenos importância naquele contexto de milhões de mortos, não conheço crimes de guerra russos significativos...


Está a brincar não está? Mesmo tendo opiniões diferentes nunca pensei que você chegasse a este ponto.
Menos importância? Então é pelo facto de acontecer muitas vezes que tem menos importância? Para si a morte ou violação de um inocente alemão vale menos que a morte ou violação de um iraquiano? Caro amigo, podem ter havido milhões de mortos na 2ª GG mas isso não diminui o a responsabilidade de quem cometeu estes crimes.
Para quem critica tão abertamente Dresden e Hiroshima o senhor fecha muito os olhos a estes crimes. Que dualidade de critérios impressionante.

Pessoalmente já penso como o papatango: cada palavra sua, cada afirmação, cada frase é um contrasenso e uma total contradição com o que diz no post anterior.

Cumprimentos e "biba" Portugal!
Ricardo Nunes
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europatriota

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« Responder #191 em: Junho 18, 2004, 10:05:38 pm »
Ricardo:

Eu falei apenas nas violações sistematicas das alemãs (uma delas po exemplo foi a falecida mulher de Helmut Kohl, quando tinha 12 anos)...

As violações são sempre um crime, mas francamente, na lista de todos os enormes crimes cometidos durante a guerra, as violações são sem dúvidas os mais benignos... sobretudo quando cometidos por quem tinha sofrido 20 milhões de baixas, 13 milhões dos quais civis. Mortos, não violados... note-se.

Os alemães civis também foram vítimas de muitos crimes de guerra, mas quase todos pelos anglo-americanos. É que os selvaticos bombardeamentos da Alemanha por milhares de bombardeiros que já não encontravam qualquer oposição da Luftwaffe ou da DCA não destruiram apenas as infraestruturas industriais e de transporte. Visaram conscientemente também cidades cheias de refugiados com bombas incendiárias para causar (já na altura...) um grande "schok and awe", que é uma maneira mais digerível de referir TERRORISMO.  

Digamos que cerca de 95% das baixas militares alemãs foram causadas pelos russos e que cerca de 95% das baixas civis alemãs foram causadas pela aviação americana (já agora até em França: no dia D morreram mais de 6.000 soldados americanos nas praias da Normandia, uma escaramuça, em termos comparativos..., E 20.000 FRANCESES CIVIS NOS BOMBARDEAMENTOS SELVATICOS DE CAEN, ST. LO E OUTRAS CIDADES !!!).

Já Katyn e outros massacres de oficiais e membros da inteligentsia polaca em 41, foram sem dúvida os maiores crimes de guerra dos russos.
Os mais de 20 milhões de mortos russos pelo estalinismo nos anos 20 e 30 são um dois maiores crimes de sempre da humanidade, mas não tem nada a ver com o tema aqui discutido, a II Guerra.
A Grande Europa, respeitadora do direito internacional, da dignidade dos povos e da paz mundial deve unir-se, rearmar-se e liderar o mundo rumo à Paz Perpétua kantiana
 

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Spectral

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« Responder #192 em: Junho 18, 2004, 10:22:33 pm »
Mentiras, mentiras e mais mentiras.

Daqui a pouco vai sugerir que os bombardeamentos aliados na França tinham por objectivo destrur a infra-estrutura económica do país, de modo a deixá-lo dependente do apoio financeiro americano no pós-guerra.

Mas nem vou estar a apontar as mentiras que está a dizer, porque já se viu que não liga minimamente ao que os outros dizem.

Continue no seu mundo imaginário...
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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papatango

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« Responder #193 em: Junho 18, 2004, 11:01:45 pm »
Senhor europatriota, naturalmente como todos os outros participantes, já entendi, que o seu objectivo não é discutir nada, mas apenas insultar os outros. Ou melhor, insultar a inteligencia dos outros (o que é mais grave)

Citar
Os alemães civis também foram vítimas de muitos crimes de guerra, mas quase todos pelos anglo-americanos.
Como se os Russos fossem melhores. Além do mais o ataque final a Berlim do seu ponto de vista foi injustificado, dado o país não ter capacidade para lutar.

Citar
Digamos que cerca de 95% das baixas militares alemãs foram causadas pelos russos e que cerca de 95% das baixas civis alemãs foram causadas pela aviação americana
Dê-me uma fonte, por amor de Deus. Onde é que o sr. foi buscar isto?
Dê-me um titulo, um documento, uma referência, porque senão toda a gente vai pensar que estes dados vêm de uma cabeça demente.

Citar
Os mais de 20 milhões de mortos russos pelo estalinismo nos anos 20 e 30 são um dois maiores crimes de sempre da humanidade, mas não tem nada a ver com o tema aqui discutido, a II Guerra.
O tema aqui discutido é a guerra no Iraque, deu-se ao trabalho de ler o título do thread?

O Sr. sabe lêr?

Citar
Já expliquei que sou de direita
Após uma estudada análise dos seus posts, eu acho que o Sr. mora no 2º - Direito e que a campainha da porta lhe subiu á cabeça

Citar
(porque Saddam não era Hitler, nem queria conquistar, como este, todo o mundo, apenas o pequeno Koweit...).

O Koweit, é pequenininho, pode ser conquistado á vontade. Claro que do seu ponto de vista, como Portugal é um país pequeno também pode ser conquistado á vontade.
Só os países grandes é que têm direito a não ser invadidos, os pequenos não
Mas não era voce que era o paladino do direito internacional?

Você é um poço de disparatadas contradições, a começar pelo seu nick, que é em si uma contradição, pois patriota implicaría a existência de uma pátria, e a Europa não é nem nunca será uma pátria, a não ser na cabeça de loucos como Hitler, Napoleão e um certo participande de um forum militar na internet.

Sr. Europatriota, entre os poucos momentos de lucidêz que eventualmente tenha, tome umas Aspirinas ou uns Panadois, porque se você não consegue ver a situação ridicula onde já chegou, com contradições em cima de contradições, onde cada frase está em contradição com o que disse anteriormente, onde cada disparate que diz é rematado com uma imbecilidade ainda maior, então eu acho que devemos quotizarnos todos para lhe pagar assistência médica.

cumprimentos
e as meus votos de melhoras.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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typhonman

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« Responder #194 em: Junho 19, 2004, 02:16:45 am »
Europariota, aconselho-o a ir a um psiquiatra.
Caro papatango e spectral, não percam rempo com reacionários inuteis...

Europatriota, se fosse esperto via k ninguem o respeita,  as suas ideias não tem o minimo de lógica.
Vá viver para Bruxelas.