Iraque a ferro e fogo

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papatango

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« Responder #105 em: Junho 11, 2004, 09:54:38 pm »
É necessário notar sempre a origem das noticias e quem as emite.

O jornal La Razon, é conhecido pelo seu discurso neo-nazista e por ter entre os seus colaboradores gente ligada aos movimentos neo-nazis das Jons e Falange.

São o que de mais baixo se pode fazer em Espanha, no que respeita a jornalismo. Ou seja, trata-se de um pasquim, parecido com uma mistura entre um jornal que havia em Portugal há uns anos, chamado "Jornal do Incrível", com "O Diabo".

Portanto, a seguir vão publicar noticias do estilo:  "muçulmana com barbas deu á luz um mouro com cabeça de macaco", ou " Retirada das tropas Espanholas, negociada com os Marcianos que andam a sobrevoar a peninsula"

De notar que não falam nos Italianos (onde os GNR's estão incluidos) nem sequer nos ingleses. Se fossem os Italianos ou os Ingleses (o que faría muito mais sentido porque há 83 deles para cada português a opinião pública não ficaría tão irritada. Mas não! São os Polacos, os Portugueses e os soldados dos paises sul-americanos. Porquê?
Pois porque a audiência deste pasquim considera Polacos, Portugueses e Sul-Americanos como gente inferior. Assim, a "invenção" tem mais sentido e irrita mais as pessoas da extrema-direita.

Há que ler as coisas no devido contexto, e há que saber quem as escreve para entender. E este jornal nunca deixou de insultar Portugal sempre que lhe foi possível.

De notar ainda que o tom da notícia tem o objectivo de dizer: A culpa disto tudo é do Zapateiro. Ou seja: Propaganda política e golpes baixos, de uma imprensa que podía aprender alguma coisa com a imprensa portuguesa.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Tiger22

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« Responder #106 em: Junho 11, 2004, 11:35:54 pm »
Citação de: "papatango"
Pois porque a audiência deste pasquim considera Polacos, Portugueses e Sul-Americanos como gente inferior.

 :rir:  :rir:

Eu particularmente acho que 1 português vale por 3 espanhóis. :nice:

Foi sempre assim a longo da história.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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dremanu

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« Responder #107 em: Junho 11, 2004, 11:37:25 pm »
Citação de: "papatango"
É necessário notar sempre a origem das noticias e quem as emite.

O jornal La Razon, é conhecido pelo seu discurso neo-nazista e por ter entre os seus colaboradores gente ligada aos movimentos neo-nazis das Jons e Falange.

São o que de mais baixo se pode fazer em Espanha, no que respeita a jornalismo. Ou seja, trata-se de um pasquim, parecido com uma mistura entre um jornal que havia em Portugal há uns anos, chamado "Jornal do Incrível", com "O Diabo".

Portanto, a seguir vão publicar noticias do estilo:  "muçulmana com barbas deu á luz um mouro com cabeça de macaco", ou " Retirada das tropas Espanholas, negociada com os Marcianos que andam a sobrevoar a peninsula"

De notar que não falam nos Italianos (onde os GNR's estão incluidos) nem sequer nos ingleses. Se fossem os Italianos ou os Ingleses (o que faría muito mais sentido porque há 83 deles para cada português a opinião pública não ficaría tão irritada. Mas não! São os Polacos, os Portugueses e os soldados dos paises sul-americanos. Porquê?
Pois porque a audiência deste pasquim considera Polacos, Portugueses e Sul-Americanos como gente inferior. Assim, a "invenção" tem mais sentido e irrita mais as pessoas da extrema-direita.

Há que ler as coisas no devido contexto, e há que saber quem as escreve para entender. E este jornal nunca deixou de insultar Portugal sempre que lhe foi possível.

De notar ainda que o tom da notícia tem o objectivo de dizer: A culpa disto tudo é do Zapateiro. Ou seja: Propaganda política e golpes baixos, de uma imprensa que podía aprender alguma coisa com a imprensa portuguesa.

Cumprimentos



 :rir:  :rir:  :rir:  :rir:  :rir:  :rir:  :rir:

Os Castelhanos são muito esquisitos...hahahahahahah...
« Última modificação: Junho 11, 2004, 11:40:14 pm por dremanu »
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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NVF

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« Responder #108 em: Junho 11, 2004, 11:37:58 pm »
Caro PT,

Obrigado por nos elucidar. De facto, o site não é grande coisa, além de que nunca tinha ouvido falar no jornal em si. Felizmente, que este tipo de jornalismo já não abunda em Portugal (só nos resta o 24 horas).
Talent de ne rien faire
 

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europatriota

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« Responder #109 em: Junho 15, 2004, 01:51:25 pm »
Massacres e torturas de Abu Ghraib foram ordenadas ao mais alto nível e eram sistemáticas ! Criminosos ao TPI ! :shock:

Citar
Ordens eram para tratar presos iraquianos como cães»
15-06-2004 12:40  

Ex-responsável pela prisão de Abu-Ghraib diz que se tentou «reproduzir» Guantanamo em Bagdad

A comandante americana responsável pelas prisões americanas no Iraque na época em que soldados praticaram abusos contra prisioneiros iraquianos disse que o escândalo é resultado da introdução de métodos de interrogatório semelhantes aqueles praticados na base de Guantánamo, em Cuba.

A general Janis Karpinski disse à BBC que uma decisão de alto nível abriu a possibilidade para que os presos fossem tratados «como cães». Adianta ainda que o comandante geral das forças dos Estados Unidos no Iraque, general Ricardo Sanchez, deveria ser questionado sobre o que sabe dos abusos.

Um soldado envolvido em tortura na cadeia de Abu Ghraib, em Bagdad, já foi sentenciado e outro seis aguardam julgamento em tribunal marcial.

Karpinski dirigia a unidade de polícia militar responsável por Abu Ghraib e outras prisões iraquianas. A General foi suspensa das funções, mas não foi indiciada.

Karpinski afirmou que a inteligência militar ocupou parte da prisão de Abu Ghraib para tornar os interrogatórios mais compatíveis com o modelo de interrogatório praticado aos acusados de «terrorismo» mantidos no campo de detenção de Guantánamo.

A general declarou que o actual chefe das prisões no Iraque, general Geoffrey Miller, antes responsável por Guantánamo, a visitou em Bagdad e disse: «Na baía de Guantánamo aprendemos que os prisioneiros devem conquistar cada coisa que possuem».

«Ele disse que eles são como cãe e que se os deixarem acreditar em algum momento que são mais que um cão, perdem o controlo sobre eles», acrescentou Karpinski.

A general repetiu que nada sabia sobre a tortura e humilhação de presos em Abu Ghraib, e disse que serviu como bode expiatório na história.

Um alto militar americano que investigou os abusos atribuiu a culpa aos soldados ¿ disse não ter provas de que houvesse «uma política ou ordem directa dada aos soldados para os abusos».

Mas Karpinski pensa que os soldados não tiraram as fotos por vontade própria.

«Sei que a unidade da polícia militar à qual aqueles soldados pertenciam não estava em Abu Ghraib por tempo suficiente para estar tão segura a ponto de uma noite resolverem tirar os detentos das celas, empilhá-los e tirar fotos deles próprios em várias posições».

A ex-comandante acha que mais detalhes sobre o que aconteceu serão revelados ao longo dos julgamentos dos soldados.


 
 
A Grande Europa, respeitadora do direito internacional, da dignidade dos povos e da paz mundial deve unir-se, rearmar-se e liderar o mundo rumo à Paz Perpétua kantiana
 

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europatriota

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« Responder #110 em: Junho 15, 2004, 02:02:39 pm »
Sobre a GNR no Iraque:

Também li em La Razón os alegados insultos e enxovalhos de alguns GNR's às tropas espanholas. Ignoro se corresponde à verdade, mas há que admitir que tal se poderia ter passado. A ser assim, é escandaloso e os responsáveis devem ser severamente punidos.

Tanto mais que apenas temos 128 GNR's no Iraque (e já são demais...) que estes não lutam, nem patrulham e que se remetem ao quartel, limitando-se a coçar os ... enquanto rezam para que não lhes caiam umas morteiradas em cima (há dias 6 soldados europeus foram mortos por morteiros na zona polaca). Nestas condições não me parece que possam ter autoridade moral para criticar seja quem for. Tanto mais que a atitude mais honrosa foi a dos espanhóis que retiraram de uma terra que nunca deviam ter ocupado e onde eram OBJECTIVAMENTE cúmplices dos massacres e torturas infligidas a esse valente povo pelos criminosos americanos !

A GNR está no Iraque apenas para americano ver. Nada fazem de útil nem para nós nem para os iraquianos. E ganham 6000 euros por mês enquanto estão lá !!! Como se fossemos ricos...

Trata-se do resultado de uma traição a Portugal e à Europa do ... e da miserável ..., que acabam de ser severamente punidos nas urnas pela sua traição ! As nossas desculpas aos amigos espanhóis que foram enxovalhados por esses irresponsáveis.
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typhonman

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« Responder #111 em: Junho 15, 2004, 02:35:53 pm »
O europatriota está cá com uns tiques...

Não se esqueça que a velha Europa, ou melhor um dos países da velha europa cometeu a atrocidade de matar 6 milhões de judeus, invadir uma data de países e subjugou outros tantos...

Não me venha com essa treta agora do patriotismo europeu, porque isso não existe.. Veja-se os resultados da abstenção nas recentes eleições europeias...

Como disse a uns anos atrás o T Coronel da Foraça Aérea Brandão Ferreira num artigo publicado na mais alto acho que de 1988, a união europeia não está unida pelo coração, é uma união pelo estomâgo, agora faça uma reflexão...

EuroPatriota, com esse discurso parece os nossos "amigos" do BE.. :roll:
 

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typhonman

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« Responder #112 em: Junho 15, 2004, 02:37:52 pm »
O Durão pode não estar a governar bem, mas isso não é razão para insultos...
O mesmo se aplica à oposição...
 

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papatango

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« Responder #113 em: Junho 15, 2004, 04:01:44 pm »
Gostei bastante das notas do Sr. Europatriota.
Fiquei a saber que afinal os terroristas são muito boa gente, que afinal assassinam á morteirada, e que é uma coisa muito pró-europeia amandar morteiros sobre os nossos compatriotas da GNR, que matar portugueses é uma coisa muito patriótica.

Fiquei a saber que o regime assassino do Sr. Saddam Hussein, era muitissimo bom e que toda a corja de criminosos que o apoiava e que enchia o c* com o dinheiro do petroleo, deixando um dos países mais ricos do mundo na mais abjecta miséria, afinal era um regime muito patriótico.

Embora tenha entendido a opinião, pessoalmente continuo a achar o que sempre achei.

O regime de Saddam era um regime odioso.
Nem todos os algozes que mataram e assassinaram estão na cadeia.
Os assassinos que ainda andam na rua a matar e a assassinar iraquianos, são o equivalente á PIDE, se em 1974 não tivesse sido “desmobilizada”

A PIDE tería certamente resistido (como organização patriótica que era) a esta coisa anti-patriótica que é o direito de votar, por muito imperfeita que a democracía seja em muitos aspectos. A PIDE tería certamente morto portugueses á morteirada, como alguns confirmaram, que chegaram a pensar nisso, mas não tinham morteiros á mão.

Os bandidos e os assassinos não são, nem nunca foram patriotas, nunca lutaram pela liberdade ou pelo direito do povo, lutam para que a sua Máfia chule, e roube o mais possível. Estiveram habituados a chular e a roubar durante décadas e agora não querem deixar que as coisas estabilizem, porque os chulos têm mais dificuldade em arranjar trabalho num país normal.

Defender os terroristas iraquianos é objectivamente a mesma coisa que defender assassinos.

Mas o Sr. “euro”-Patriota, tem o direito de defender a PIDE iraquiana, porque a democracia (em que o senhor não acredita e da qual desdenha) lhe dá esse direito.

Tenho muitas duvidas de que  algum militar da GNR tenha feito o que é referido na noticia do pasquim “castelhano” (neste caso o termo castelhano aplica-se).

Cumprimentos
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europatriota

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« Responder #114 em: Junho 15, 2004, 04:06:15 pm »
Thyphonman:

Essa dos 6 milhões foi antes da constituição da CEE, não foi ? Pois, é que hoje uma guerra entre Estados-membros seria imposível na Europa e França e Alemanha (que se chacinaram aos milhões em 3 guerras em menos de 70 anos) são aliados e pensam mesmo em fusionar os dois países (para além da Grande Fusão que é a Grande Europa). A UE pôs termo à guerra civil europeia que durou quase sem interrupções quase um milénio... Acha pouco ? Acha que aí não há coração ? Lembre-se que Portugal é um país periférico que quase não participou nas Grandes guerras e em todo o seu cortejo de horrores. Para milhões de europeus (a maioria esmagadora dos 700 milhões que somos) a Grande Europa é o projecto do novo século. Ou a Grande Europa ou então a total irrelevância mundial. Dentro de 30/50 anos a China será a maior potência mundial, e há ainda a Rússia, Índia, Brasil, Nação árabe unida, alem dos decadentes EEUU... A Europa unida poderá dirigir por consensos e sabedoria (além do poderio militar, just in case...) o mundo, evitando a catástrofe nuclear para que os neo-nazis busho-sharonescos nos pretendem arrastar...
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Lince

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« Responder #115 em: Junho 15, 2004, 04:07:16 pm »
europatriota:

Não é a primeira vez que utiliza palavras obscenas neste fórum. Parece ser que o não leu as Regras ou então faz caso omisso delas. Caso este tipo de linguagem continue da sua parte, seremos obrigados a tomar as medidas adequadas para manter a boa educação, os debates sérios e a cordialidade no nosso fórum.

P.S. Antes de pedir desculpas temos que ter a certeza que erramos. Penso que não é o caso, mas se tiver as provas das referidas afrontas faça o favor de as aqui colocar. :roll:
Cumprimentos

 

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Ricardo Nunes

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« Responder #116 em: Junho 15, 2004, 04:39:52 pm »
Caro europatriota, estou curioso para ver essas referidas provas. E já agora, a resposta que dá ao nosso membro papatango.
Ricardo Nunes
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europatriota

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« Responder #117 em: Junho 15, 2004, 04:47:00 pm »
Caro Papatango:

Primeiro: não está em causa a democracia no Iraque, mas o seu petróleo e a subjugação da Nação árabe para tentar assegurar a impunidade dos roubos de petróleo e de terras (na Palestina). É sobretudo uma guerra por procuração de SSharon (o estado fundamentalista israelita é a pior ditadura da região, tipo apartheid sul africano, em que só 40% dos residentes de jure têm direito a voto e a cidadania (7 milhões de palestinianos estão privados desse direito e ainda sofrem massacres e humilhações diárias... até que a Palestina seja libertada pela nação árabe e um novo Saladino).

Sadam é um agente dos americanos (invadiu por conta deles o Irão em 1980...) e sempre recebeu armas deles (tal como Noriega e Bin Laden, que a partir de certa altura deixaram de ser úteis). Aliás, protegem-no da justiça iraquiana que o quer julgar...

Mas vamos a um exemplo: durante a ditadura salazarista, nós que por hipótese tínhamos muito petróleo, eramos invadidos por americanos que destruiam todas as nossas infraestruturas, massacravam 15.000 civis com bombardeamentos selváticos (shock and awe) e outros tantos soldados das Forças armadas portuguesas (nacionais e não "salazaristas", note-se). Diziam que vinham libertar-nos da ditadura e chamavam terroristas às forças da resistências que heróicamente lhes armavam emboscadas com meios rudimentares.

Que posição tomava você ? Seria patriota ou colaboracionista ? E acha que os patriotas seriam "salazaristas" ? Ou você desconhece que a maioria esmagadora da oposição democrática  pegaria em armas contra o invasor e lutaria ao lado de quaisquer outras forças nacionalistas ? Não sabe distinguir sórdidos desígnios imperialistas de subjugação e rapina da grotesca propaganda ? Democracia ? Quantas centenas de ditaduras não apoiaram e continuam a apoiar os EEUU, como hoje a de Musharraf, do Koweit e de Israel ?

Sabe que as invasões francesas também nos queriam impôr "as luzes e o liberalismo" ? Isso era a propaganda para enganar tolos... De facto, queriam-nos anexar e roubaram todo o ouro das igrejas e conventos que encontraram... E os patriotas que os repeliram não eram anti-liberais, eram apenas patriotas.  A prova é que dez anos depois tinhamos uma revolução liberal...

Conclusão: a resistência iraquiana defende heróicamente a sua Pátria de ocupantes estrangeiros (mercenários, ladrões de petróleo e torcionários) que tratam ostensivamente os patriotas presos "como cães" !!!  A soldadesca ocupante só têm que se queixar de si mesma. As leis da guerra ordenam abater todo o ocupante e ladrão de terras. Um ocupante é um terrorista e deve ser tratado como tal, seja na França ou Rússia dos anos 40, seja na Palestina e Iraque de hoje. Quanto à nossa GNR, foi atraída com vencimentos principescos (1200 contos por mês) e vendeu a alma ao diabo, esquecendo a honra e a dignidade militar (segundo a qual a sua função deveria ser apenas defender a Pátria, não subjugar a dos outros). Quando defendemos a Pátria vencemos sempre (Aljubarrota), mesmo em inferioridade numérica, quando tentamos oprimir os outros (Toro, Alcácer-Quibir...) fomos derrotados... e bem.

Acresce que 70% dos portugueses criticaram violentamente a invasão do Iraque e o envolvimento anti-patriótico das nossas autoridades e forças militarizadas nessa aventura de irresponsáveis militaristas... a soldo de Washington. A nossa Pátria é a Europa e Portugal, cujas bandeiras flutuam ao vento na nossa terra... não os EEUU imperiais e arrogantes e criminosos de guerra... Esses acabarão em Haia no TPI... e, espero, na forca, tal como os seus modelos nazis em Nuremberga. Viva a Europa !
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Tiger22

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Terrorista diz que vida está difícil no Iraque
« Responder #118 em: Junho 15, 2004, 05:21:14 pm »
Portugal Diário 2004/06/15

Citar
Carta, divulgada na Internet e cuja autenticidade não foi possível apurar, terá sido escrita por um jordano.

O líder de um grupo de terroristas iraquianos escreveu alegadamente uma carta a Bin Laden afirmando que as forças da coligação estão a apertar cada vez mais o cerco e a vida a tornar-se mais difícil.

A carta, divulgada segunda-feira em sites da Internet e cuja autenticidade não foi possível apurar, terá sido escrita por Abu Musab al-Zarqawi, um jordano cujo grupo reivindicou a responsabilidade pela decapitação do norte-americano Nicholas Berg.

O líder terrorista acrescenta que os combatentes iraquianos estão a correr contra o tempo numa tentativa de formar batalhões que possam tomar conta do país «quatro meses antes da formação do prometido governo iraquiano, esperando estragar os seus planos».

Al-Zarqawi refere-se alegadamente à constituição do governo saído das eleições previstas para Janeiro do próximo ano.

Está prevista a intensificação dos ataques terroristas aos soldados e polícias iraquianos, considerados como «o olho, o ouvido e a mão dos ocupantes», no que será uma nova fase do combate, antes que «eles tomem o controlo totalmente».

As autoridades norte-americanas consideram que al-Zarqawi é o líder de uma organização terrorista independente, embora seja aliado de Bin Laden.


 :P  :lol:  :lol:
Só espero que após isto, se vá à procura dos cúmplices dos assassinos que cá na Europa (com a França à cabeça) lhes deram cobertura, tanto no momento actual como no passado à custa de chorudos contratos para a exploração de petróleo e grupo onde sem dúvida alguma podemos incluir a Rússia. Enfim, aqueles que poderíamos chamar de euroassassinos, eurooportunistas ou eurocorruptos.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #119 em: Junho 15, 2004, 05:24:07 pm »
Caro europatriota permita-me tecar alguns comentários à sua intervenção.

Você chega a uma conclusão politicamente correcta e que à primeira vista é bastante tentadora. Contudo esquece-se de referir alguns factos importantes baseando-se apenas na sua interpretação pessoal do assunto.

Comecemos pelo mais simples: concordar e apoiar a estratégia de um país, qualquer que ele seja, não significa que se siga a política desse país cegamente, como alguns ramos políticos tanto tentam passar para opinião pública. Tal como eu não aceitaria que nos chamassem "cãezinhos" de Chirac, se a posição do nosso governo tivesse sido contra o conflito iraquiano, também não aceito que nos chamem seguidores de Bush. Afinal de contas  numa questão que tem apenas 2 lados, é difícil que todos, excepto um, se coloquem de um dos lados não é?
A facilidade com que incrimina os norte-americanos por um apoio a certos regimes, até certo ponto compreensível mas não justificável pela Guerra fria que se vivia, contrapõe com a sua indisponibilidade de criticar, por exemplo, o governo francês pela venda de armamento, tecnologia nuclear e apoio ao governo de Saddam Hussein, do qual a ELF gerou a maior fortuna alguma vez vista. Claro, não lhe convém criticar a França.  (*) ( ler o artigo no final deste post )
Notei que nestes aspectos o senhor é bastante faccioso.

Quando vossa excelência diz:
Citar
A nossa Pátria é a Europa e Portugal

Porque coloca 1º a Europa e só depois Portugal? Peço desculpa, é óbvio que não fez isso de propósito estou certo mas devo-lhe dizer que a minha pátria é Portugal. Apenas e só Portugal. A união europeia, por agora, não passa apenas disso - uma união. E, como deve saber, foram mais os países da Europa a 25 que apoiaram os EUA do que aqueles que não o fizeram. Logo, o senhor está a contradizer-se.

Quanto à sua comparação com o regime salazarista, ela é justificável, embora sejam situações completamente diferentes. O mesmo se passou com a Sérvia durante a crise do Kosovo, em 1999. Mas nem Salazar, nem Milosevic, se comparou a Saddam que representa um grau de brutalidade incomparável.

Uma pequena nota antes de continuarmos:
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Democracia ? Quantas centenas de ditaduras não apoiaram e continuam a apoiar os EEUU, como hoje a de Musharraf, do Koweit e de Israel ?
Eu devo ser o membro mais ignorante e desatento deste fórum. Não fazia a mínima ideia que Israel tinha passado de uma democracia parlamentar para um regime déspota.  :roll:

Quanto à situação Iraquiana em si. Gosto da sua argumentão que, subjectivamente, é de facto correcta. Agora, após uma análise objectiva da situação, posso concluir que o senhor só diz disparates.

Começando pelo mais simples:
A luta pela suposta liberdade iraquiana é absurda. A transição dar-se-á a 30 de Junho e, como espero que entenda, não se entende porque é que uma luta armada surgiria antes do momento crucial para a democracia iraquiana. Esta é de facto uma luta pelo poder dentro das diversas facções iraquianas.
Outra das coisas que não entendo é que nenhum dos grupos que lutam contra as forças da coligação referem nos seus comentários a liberdade iraquiana e a democracia iraquiana. A única razão que apontam para a sua luta é a presença dos infiéis em solo iraquiano. A mim parece-me que existe uma maior fumentação religiosa e fanática nesta luta do que propriamente o interesse na democracia e liberdade iraquiana? Não concorda?
Avaliando agora aqueles que lutam, podemos entender que no geral são estrangeiros ( os autores de atentados suícidas ) e normalmente seguidores de alguma fação ( Al-Sadr por exemplo, que não tem qualquer interesse num Iraque livre ).

O que eu não entendo é que se a luta armada está assim tão interessada no bem estar do povo iraquiano porque é que não esperou pela transição de poder? Afinal de contas aqui está a grande diferença: a coligação nunca entrou no Iraque com o intuito de o conquistar e lá permanecer. Será que é capaz de entender isso?

Outro ponto em que estamos totalmente em desacordo é a morte de vidas civis iraquianas que, quando provocadas pelos americanos são martires, e quando provocadas pelos "terroristas" são colaboracionistas.
Um homem, sua mulher e 2 filhas são colaboracionistas apenas por estarem, casualmente, a passar em frente de um blindado americano quando um bombista suicida se decide explodir?
Isto é para si um colaboracionista? Por amor de Deus.

Outra questão interessante é a GNR, e a sua motivação. Eu vejo-a como soldados que após a ordem de ida para o Iraque se ofereçam como voluntários, sendo claro o dinheiro uma das motivações. Você vê-os como mercenários ocupantes. Está no seu direito. Eu prefiro pensar que muitos dos que para lá foram, foram mentalizados que estavam lá para ajudar a estabilizar a situação e para apoiar o povo iraquiano.

Espero que compreenda as diferenças. Formular opiniões politcamente correctas sob um ponto de vista subjectivo é fácil europatriota. Mas por outro lado ignorante e irresponsável. Pessoalmente detesto visões bi-polares do mundo. Ou se está bem ou mal. As coisas não são assim. Tal como a coligação muitas vezes agiu incorrectamente também as mílicias iraquianas que de momento existem são grupos sem qualquer respeito pela vida humana guiadas por um anti-americanismo cego e um ódio aos ocidentais. Nenhuma destas facções tem como objectivo a implementação de uma democracia nem muito menos a liberdade no Iraque. Se o tivessem então não teriam qualquer problema em esperar e negociar até ao 30 de Junho.

Despeço-me como vossa excelência se despediu no seu post, mas com uma pequena modificação: viva Portugal!


==========================

(*) - Artigo interessante, em que a França se recusa a perdoar a dívida iraquiana. Este artigo não pretende de maneira nenhuma criticar a posição da França face a este assunto, mas mesmo assim não deixa de ser curioso.

Citar
Bush Fails to Gain G-8 Agreement on Amount of Iraq Debt to Cut

June 9 (Bloomberg) -- U.S. President George W. Bush failed to reach agreement with other Group of Eight leaders on the amount of Iraq's estimated $120 billion in debt to be cut after France pressed to limit relief to 50 percent.

Bush wanted an agreement to write off the ``vast majority'' of Iraq's debt, a U.S. official said yesterday. France sought a G-8 endorsement for ``substantial'' relief, defined by the Paris Club group of creditor nations as 50 percent, a French official said today. Both spoke on condition of anonymity.

German Deputy Economics Minister Alfred Tacke said G-8 leaders want to grant ``substantial'' debt relief. The official G-8 statement included no indication on the amount to be cut and said details would be worked out by the Paris Club. The U.S. expects the amount to be more than half, a Bush administration official said, speaking on condition of anonymity.

``Debt reduction is critical if the Iraqi people are to have the opportunity to build a free and prosperous nation,'' the G-8 statement said.

France doesn't want to write down more than half of Iraq's debt because the nation's oil reserves, second- largest in the world, make it better able to pay than some other nations seeking debt relief, Catherine Colonna, a spokeswoman for French President Jacques Chirac, said yesterday.

Iraq's Resources

``Iraq is a country which has resources,'' Colonna said. ``There are very strong points leading us to believe that treating 50 percent of Iraq's debt would be appropriate.''

More discussion is needed on the amount of debt to forgive, said a Japanese official who spoke on condition he not be named.

The 19 nations in the Paris Club, including the U.S., Japan, Russia and France, hold $42 billion in Iraqi debt, the IMF reported in May.

Iraq owes Japan $4.11 billion, of which almost nine- tenths is insurance payments related to trade. Late payment charges bring the total to about $7 billion, according to Japan's foreign ministry.

Canada is prepared to forgive the C$750 million ($552 million) it is owed by Iraq once the Paris Club forges an agreement. Canada also has promised C$300 million over five years to help Iraq rebuild.

Canadian Prime Minister Paul Martin, 65, said he wouldn't send troops to Iraq because he has none to spare after deployments in Afghanistan and Haiti. He said Canada, which is already helping to train Iraqi police officers, may do more to help the country establish democratic institutions such as courts.

``We are certainly prepared to participate,'' Martin said at press conference. ``I do not believe we will be participating with further troop movements, but we are certainly going to participate with expertise.''
« Última modificação: Junho 15, 2004, 05:37:39 pm por Ricardo Nunes »
Ricardo Nunes
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