Sarkozy prestou homenagem a soldados mortosO presidente francês Nicolas Sarkozy deslocou-se hoje a Cabul onde prestou homenagem aos 10 soldados franceses mortos segunda-feira em combates contra os talibãs, naquele que foi o ataque mais mortífero contra tropas internacionais no Afeganistão.
O chefe de estado francês, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kouchner, e pelo ministro da Defesa, Hervé Morin, chegou às 08:00 (04:30 em Lisboa) ao aeroporto de Cabul, viajando imediatamente de helicóptero para o campo Warehouse, quartel-general do comando regional de Cabul da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF) da NATO.
Depois de ter passado as tropas em revista, o presidente francês e os dois ministros recolheram-se junto dos cadáveres dos 10 soldados franceses em câmara ardente.
Nicolas Sarkozy esteve reunido com militares do 8º Regimento Pára-quedista de Infantaria da Marinha que lhe contaram como foi a emboscada e os combates contra os talibãs, no vale de Uzbeen do distrito de Saroubi, 50 quilómetros a este de Cabul.
Uma centena de rebeldes islamitas fez uma emboscada a uma unidade de reconhecimento que se deslocava a pé, matando nove soldados franceses.
Foi necessária a intervenção de uma força de reacção rápida e um apoio aéreo para conseguir resgatar os restantes militares da unidade.
Três dezenas de rebeldes terão sido mortos, segundo o ministro Hervé Morin.
Um décimo soldado francês morreu terça-feira na mesma zona, quando o seu veículo blindado foi atingido.
Este foi o ataque mais mortífero para o exército francês desde o atentado contra o imóvel do Drakkar em Beirute em 1983, que provocou 58 mortos).
Cerca de 3.000 militares franceses estão actualmente destacados no Afeganistão, no seio da ISAF, principalmente em Cabul e na província de Kapisa, a nordeste da capital.
Antes do ataque de segunda-feira, 13 militares franceses tinham morrido no Afeganistão desde 2001, em acidentes, operações de combate ou atentados.
O último soldado francês tinha morrido a 21 de Setembro de 2007, num atentado suicida com uma viatura armadilhada em Cabul.
Lusa
