A C.I.A. volta a por Olivença na Lista (Em 16-05-2006)

  • 136 Respostas
  • 45585 Visualizações
*

Lancero

  • Investigador
  • *****
  • 4213
  • Recebeu: 83 vez(es)
  • +74/-3
(sem assunto)
« Responder #75 em: Julho 11, 2007, 07:24:19 pm »
Citação de: "Aponez"
¿Que tratado anulou o de Viena? é o de Paris de 1814, non o de Viena o que anula os tratados de Madrid entre Portugal, Francia e España e o de Badajoz entre Francia e Portugal, o de Badajoz entre España e Portugal NUNCA foi anulado. De non nos ter traicionado agora non estarían a chorar por perder Olivenza, mala sorte señores :roll:

Essa é boa...

Citar
O Tratado de Badajoz estipulava que a violação de qualquer um dos seus artigos, por qualquer uma das partes contratantes, conduziria à sua anulação, o que veio a suceder com a assinatura do Tratado de Fontainebleau em 27 de Outubro de 1807 e subseqüente invasão franco-espanhola de Portugal. O Princípe-regente, ao chegar ao Brasil, declarou nulo o diploma de Badajoz a 1 de Maio de 1808, deixando, por conseguinte, de reconhecer a ocupação espanhola de Olivença.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

*

Aponez

  • Membro
  • *
  • 289
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #76 em: Julho 11, 2007, 07:30:18 pm »
Citação de: "Lancero"
Citação de: "Aponez"
¿Que tratado anulou o de Viena? é o de Paris de 1814, non o de Viena o que anula os tratados de Madrid entre Portugal, Francia e España e o de Badajoz entre Francia e Portugal, o de Badajoz entre España e Portugal NUNCA foi anulado. De non nos ter traicionado agora non estarían a chorar por perder Olivenza, mala sorte señores :twisted:

Ademáis de que como ja disse antes foi Portugal o primeiro en non respeitar o tratado ja que como vocé diz o Tratado de Fontainebleau é de 1807 e ja fazía máis de 2 anos que Portugal incumpría o art II ademáis de fazer 6 anos dende o fin da guerra e Portugal ainda non se retirara dos territorios de Sete Povos de Misions, ja sei que os portugueses som lentos para soltar as coisas ¿pero tan lentos como para tardar 6 anos en devolver un territorio que eles mesmos reconheceran en Badajoz que pertencía a España? :roll:
 

*

Lancero

  • Investigador
  • *****
  • 4213
  • Recebeu: 83 vez(es)
  • +74/-3
(sem assunto)
« Responder #77 em: Julho 11, 2007, 07:50:42 pm »
^^^

Caríssimo, a ver se com a minha cabeça lenta lhe consigo explicar de forma curta.

Esta conversa nem devia estar a ter lugar já que tratados assinados sob coacção (caso do de Badajoz) são considerados nulos.

Ah, e não diga que é teoria, porque já se viu o mesmo argumento do lado espanhol, dizendo que o Tratado de Utrecht foi assinado sob coacção e logo Gibraltar é espanhola.  :wink:
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

*

Aponez

  • Membro
  • *
  • 289
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #78 em: Julho 11, 2007, 07:56:16 pm »
Citação de: "Lancero"
^^^

Caríssimo, a ver se com a minha cabeça lenta lhe consigo explicar de forma curta.

Esta conversa nem devia estar a ter lugar já que tratados assinados sob coacção (caso do de Badajoz) são considerados nulos.

Ah, e não diga que é teoria, porque já se viu o mesmo argumento do lado espanhol, dizendo que o Tratado de Utrecht foi assinado sob coacção e logo Gibraltar é espanhola.  :roll:
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #79 em: Julho 11, 2007, 07:57:30 pm »
Citação de: "Lancero"
^^^

Caríssimo, a ver se com a minha cabeça lenta lhe consigo explicar de forma curta.

Esta conversa nem devia estar a ter lugar já que tratados assinados sob coacção (caso do de Badajoz) são considerados nulos.

Ah, e não diga que é teoria, porque já se viu o mesmo argumento do lado espanhol, dizendo que o Tratado de Utrecht foi assinado sob coacção e logo Gibraltar é espanhola.  :wink:



X2
 

*

zocuni

  • Especialista
  • ****
  • 1055
  • Recebeu: 22 vez(es)
  • Enviou: 46 vez(es)
  • +30/-4
Civilidade
« Responder #80 em: Julho 11, 2007, 08:09:20 pm »
Tudo bem,

Aponez,estive a fazer umas breves consultas interneticas e constatei que tem uma turma onde você por acaso se inclui,que vem aqui neste fórum lançar desavenças e depois vai noutros fóruns,chamar a nós portugueses de pacóvios e parolos,podemos até ser mas temos orgulho nisso,pode crer.O que me move a responder a tantas imprecisões não é uma questão supra-nacional,e porque o meu dever de patriota me obriga,nada disso,apenas o bom senso e uma questão de cidadania.Não tenho nada contra a Espanha ou quem quer que seja,pode ter certeza,volto a repetir que nada vos falte e que sejam muito felizes.O sucesso dos outros não me ofusca.
Volto a reforçar,ainda não traduziu tal texto é que acho que estamos falando de coisas diferentes.
Insiste em afirmar que desrespeitamos o art.ºII do Tratado de Badajoz,volta a reforçar,quem perde não tem legitimidade para dar ultimatos a quem quer que seja,para lembrar foram novamente dizimados pelos ingleses Batalha de Trafalgar 1805,não confunda com a vossa ridicula derrota em que vosso Rei,que andava de amores com a Rainha da Inglaterra e como não aguentou a indiferença da Dama,se refugiou no Escorial e ficou arquitectando uma invasão à Inglaterra,por puro despeito,deu no que deu,ouxa vocês são uns colecionadores de insucessos,agora têm de aprendera viver com eles,Portugal não tem nada haver com isso.
Agora e tipico de quem está perdendo a Batalha quer dispersar o tema,você arrumou não sei de onde a história dos Sete Povos das Missões,até nisso você dá azar,não é o seu dia,eu vivo no Brasil e tive de estudar sua história para entrar na universidade e ainda por cima minha mão é da região gaúcha (São Borja),que galo.
Esse Tratado de Madrid a que se refere é de 1750 e nada tem haver com a nossa questão,por esse Tratado Portugal ficaria com a região de Sete Povos das Missões e renunciariamos à cidade fundado por nós Colónia de Sacramento,e retificado no Tratado de Badajoz de 1801,isto remonta à época do Marquês do Pombal e ao célebre filme "A Missão",para ilustrar melhor tal tratado.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Madrid_(1750)

Pode também ler seus artigos:

http://historiaaberta.com.sapo.pt/lib/doc016.htm


Quando estamos desorientados,perdemos a direção do que nos move.Já sei que após isto irá invocar a segunda guerra mundial como percussora de tal litigio.Começo a estar cansado.
Se quiserem de uma vez por todas e pela primeira vez na vida,abram um referendo,têm muitas possibilidades de nos esmagarem,com esses argumentos insipientes não chegarão lá,se fosse como os senhores dizem,este assunto não duraria dois séculos,sim dois séculos.
Por último não me venham com essa lenga-lenga de não cumprirmos o que assinamos,sinceramente não têm legitimidade e credibilidade alguma,nós respeitamos o Tratado de Badajoz,nós devolvemos para vocês Vigo,Tuy e Guarda,vocês é que foram desonestos,sim a palavra é esta desonestos,mas isso não me surpreende.Pior dois séculos depois constato que além disso acrescentaria,falta de ética e classe,mas seria pedir muito.Que tristes vizinhos temos,podiam melhorar essa imagem,nunca é tarde.Referendo em Olivença,já.

Abraços,
zocuni
 

*

Lancero

  • Investigador
  • *****
  • 4213
  • Recebeu: 83 vez(es)
  • +74/-3
(sem assunto)
« Responder #81 em: Julho 11, 2007, 08:10:29 pm »
Citação de: "Aponez"
¿Pódeme dizer vocé que tratados hai firmados nos que un país cede algo a outro que non seja sob coacción? Pois ja que os tratados así firmados son nulos, nos encantados cederemos Olivenza quando se nos restituan Flandes, Milanesado, Reino de Napoles, Reino de Cerdeña, Reino de Sicilia, Gibraltar, Trinidad e Tobago, Jamaica, Cuba, Filipinas, Porto Rico e a Florida :roll:

Vá lá reclamá-los então. Não é problema meu nem de Portugal.

Já estou um pouco cansado do seu disco riscado...

Citar

Nulidade do Tratado de Badajoz
Desde o término da Campanha do Rossilhão (1793-95) que a França e a Espanha planeavam invadir Portugal e reparti-lo entre si. Dos acordos celebrados entre estes dois países resultou a invasão de Portugal por tropas espanholas, auxiliadas por forças francesas. Consumada a investida sobre o Alentejo, a 20 de Maio de 1801 o governador da Praça de Olivença entrega-se ao exército ocupante, sem esboçar resistência, o mesmo fazendo o governador de Juromenha. Em situação de fraqueza diplomática e sob ameaça de força, o governo português teve de ceder à exigência de Carlos IV de Espanha, assinando o duplo Tratado de Badajoz de 6 de Junho e de Madrid de 29 de Setembro de 1801. Para além de se submeter às gravosas pretensões francesas, Portugal viu-se sujeito a reconhecer à Espanha a posse da «Praça de Olivença, seu território e povos desde o Guadiana», passando este rio a constituir fronteira entre os dois países, na referida região. Se a Espanha possuísse algum argumento válido para justificar a sua ocupação do Território de Olivença fundamentá-lo-ia no Tratado de Badajoz de 1801. Acontece que este tratado, juntamente com o Tratado de Madrid do mesmo ano, perdeu o seu valor jurídico, considerando-se nulo e de nenhum efeito. O Tratado de Badajoz foi negociado entre as duas partes no conflito: Portugal, na condição de estado invadido; a França e a Espanha, conjuntamente, como estados invasores.

Pondo fim às negociações, foi redigido um duplo tratado de paz que seria assinado alternadamente entre Portugal e a Espanha e entre Portugal e a França, valendo ambos como um só tratado como textos diplomáticos conexos. Tal se afirma no Preâmbulo do tratado onde se diz:

Havendo-se concordado entre si os Plenipotenciários das três Potências beligerantes, convieram em formar dois Tratados, sem que na parte essencial seja mais do que um, pois que a garantia é recíproca, e não haverá validade em algum dos dois quando venha a verificar-se a infracção em qualquer dos Artigos que neles se expressam.

Reforçando o princípio da unicidade dos Tratados de Badajoz e fundamentando as reivindicações portuguesas sobre a sua nulidade está o Artigo IV, onde se estipula o seguinte:

Se neste ou outro Artigo houver infracção, se dará por nulo o Tratado que agora se estabelece entre as três Potências, compreendida a mútua garantia, segundo se expressa nos Artigos do presente.

A reciprocidade da validade ou da invalidade dos dois tratados é claramente expressa no Artigo VIII do texto francês, ao afirmar-se que «toute infraction à ce Traité será regardée par le Premier Consul comme une infraction au Traité actuel» o que significa que qualquer infracção ao tratado luso-francês constituía infracção ao tratado luso-espanhol, já que ambos constituíam um único tratado.

São várias as razões da nulidade do Tratado de Badajoz. Para além do incumprimento do prazo de ratificação por parte da França, conforme se estipulava no Artigo IX, o que levou à assinatura do Tratado de Madrid de 29 de Setembro de 1801, são as seguintes as causas da nulidade do Tratado de Badajoz:


Falta de manifestação da livre vontade de Portugal
As circunstâncias em que Portugal assinou o Tratado de Badajoz, com os exércitos franceses e espanhóis a ameaçarem incrementar as acções de força contra o nosso território que tinham parcialmente ocupado, violam o princípio segundo o qual os negócios jurídicos só são válidos verificando-se a livre manifestação da vontade das partes. Portugal assinou o Tratado de Badajoz, não no exercício da sua plena liberdade, mas coagido a fazê-lo sob ameaça de força.


Tratado de Fontainbleau e a violação da Paz
O Tratado de Badajoz de 1801 era um «Tratado de Paz», o que expressamente ficou definido no seu preâmbulo. No Artigo I estipulava-se:

Haverá paz, amizade e boa correspondência entre Sua Alteza Real o Príncipe Regente de Portugal e dos Algarves, e Sua Majestade Catholica El Rei de Hespanha, assim por mar como por terra, em toda a extensão dos seus Reinos e Domínios.

Apesar de ter sido agredido e invadido pelas forças franco-espanholas, sem qualquer motivo que não fosse a sua decisão de se recusar a abandonar a sua aliança com a Grã-Bretanha, Portugal teve de aceitar a Paz em circunstâncias desonrosas e humilhantes. Em troca da aceitação da Paz, que se verificou sob ameaça de maiores represálias, Portugal anuiu às exigências da Espanha e da França, entre as quais se encontrava o reconhecimento da posse espanhola de Olivença. Conforme se estipulava no seu Artigo IV, a violação da Paz implicava a nulidade do Tratado de Badajoz. E, com efeito, tal veio a suceder em 1807, quando a Espanha e a França assinaram o Tratado de Fontainbleau, pelo qual previam a divisão de Portugal em três partes, ocupando o nosso país poucos meses depois, para dar execução a esse projecto. Se a Espanha pudesse afirmar algum direito à posse do Território de Olivença, perdia-o irrevogavelmente, ao anular, por sua responsabilidade, o único documento de valor jurídico em que poderia fundamentar a sua soberania sobre aquela nesga de terra alentejana. Em resultado da invasão de Portugal por forças franco-espanholas, o que levou a Família Real a transferir a sede da Monarquia Portuguesa para o Brasil, o Príncipe Regente, D. João, fez publicar um Manifesto, com data de 1 de Maio de 1808, considerando «nullos e de nenhum vigor» os Tratados de Badajoz e de Madrid de 1801.


Tratado de Paris de 1814
A 31 de Março de 1814 as forças aliadas entravam em Paris, obrigando à abdicação de Napoleão. As hostilidades resultantes das guerras napoleónicas foram suspensas por uma convenção assinada a 23 de Abril, à qual aderiu o Príncipe D. João em 8 de Maio do mesmo ano. A 30 de Maio de 1814 é assinado o Tratado

«Les Puissances, reconnaissant la justice des réclamations formées par S. A. R. le prince régent de Portugal e du Brésil, sur la ville d’Olivenza et les autres territoires cédés à Espagne par le traité de Badajoz de 1801, et envisageant la restitution de ces objets, comme une des mesures propres à assurer entre les deux royaumes de la péninsule, cette bonne harmonie complète et stable dont la conservation dans toutes les parties de l’Europe a été le but constant de leurs arrangements, s’engagent formellement à employer dans les voies de conciliation leurs efforts les plus efficaces, afin que la rétrocession desdits territoires en faveur du Portugal soi effectuée ; et les puissances reconnaissent, autant qu’il dépend de chacune d’elles, que cet arrangement doit avoir lieu au plus tôt».
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

*

Aponez

  • Membro
  • *
  • 289
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #82 em: Julho 11, 2007, 08:39:19 pm »
Tratado errado Zocuni:

http://www.geocities.com/CapitolHill/2382/fundirpc.htm

http://en.wikipedia.org/wiki/Olivenza:

Os Tratados de Badajoz, a instancia de Napoleón foron firmados novamente como un único Tratado en septembro de ese ano en Madrid ja que Francia non ratificara o seu no seu debido momento, pero en nenhum momento se especifica que o de Madrid anule o de Badajoz, disso ja se encargou o "amigo" Godoy.

En quanto a ser deshonestos, ¿quem foi o que asinou que fecharía os seus portos ós navios da Gran Bretaña e non os fechou por que despois de Trafalgar España e Francia non estaban en condicions de ameazar a ninguem?  :roll:

Muita hipocresía meu senhor
 

*

Aponez

  • Membro
  • *
  • 289
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #83 em: Julho 11, 2007, 08:41:31 pm »
Citação de: "Lancero"

Vá lá reclamá-los então. Não é problema meu nem de Portugal.

Já estou um pouco cansado do seu disco riscado...

Citar

Nulidade do Tratado de Badajoz
Desde o término da Campanha do Rossilhão (1793-95) que a França e a Espanha planeavam invadir Portugal e reparti-lo entre si. Dos acordos celebrados entre estes dois países resultou a invasão de Portugal por tropas espanholas, auxiliadas por forças francesas. Consumada a investida sobre o Alentejo, a 20 de Maio de 1801 o governador da Praça de Olivença entrega-se ao exército ocupante, sem esboçar resistência, o mesmo fazendo o governador de Juromenha. Em situação de fraqueza diplomática e sob ameaça de força, o governo português teve de ceder à exigência de Carlos IV de Espanha, assinando o duplo Tratado de Badajoz de 6 de Junho e de Madrid de 29 de Setembro de 1801. Para além de se submeter às gravosas pretensões francesas, Portugal viu-se sujeito a reconhecer à Espanha a posse da «Praça de Olivença, seu território e povos desde o Guadiana», passando este rio a constituir fronteira entre os dois países, na referida região. Se a Espanha possuísse algum argumento válido para justificar a sua ocupação do Território de Olivença fundamentá-lo-ia no Tratado de Badajoz de 1801. Acontece que este tratado, juntamente com o Tratado de Madrid do mesmo ano, perdeu o seu valor jurídico, considerando-se nulo e de nenhum efeito. O Tratado de Badajoz foi negociado entre as duas partes no conflito: Portugal, na condição de estado invadido; a França e a Espanha, conjuntamente, como estados invasores.

Pondo fim às negociações, foi redigido um duplo tratado de paz que seria assinado alternadamente entre Portugal e a Espanha e entre Portugal e a França, valendo ambos como um só tratado como textos diplomáticos conexos. Tal se afirma no Preâmbulo do tratado onde se diz:

Havendo-se concordado entre si os Plenipotenciários das três Potências beligerantes, convieram em formar dois Tratados, sem que na parte essencial seja mais do que um, pois que a garantia é recíproca, e não haverá validade em algum dos dois quando venha a verificar-se a infracção em qualquer dos Artigos que neles se expressam.

Reforçando o princípio da unicidade dos Tratados de Badajoz e fundamentando as reivindicações portuguesas sobre a sua nulidade está o Artigo IV, onde se estipula o seguinte:

Se neste ou outro Artigo houver infracção, se dará por nulo o Tratado que agora se estabelece entre as três Potências, compreendida a mútua garantia, segundo se expressa nos Artigos do presente.

A reciprocidade da validade ou da invalidade dos dois tratados é claramente expressa no Artigo VIII do texto francês, ao afirmar-se que «toute infraction à ce Traité será regardée par le Premier Consul comme une infraction au Traité actuel» o que significa que qualquer infracção ao tratado luso-francês constituía infracção ao tratado luso-espanhol, já que ambos constituíam um único tratado.

São várias as razões da nulidade do Tratado de Badajoz. Para além do incumprimento do prazo de ratificação por parte da França, conforme se estipulava no Artigo IX, o que levou à assinatura do Tratado de Madrid de 29 de Setembro de 1801, são as seguintes as causas da nulidade do Tratado de Badajoz:


Falta de manifestação da livre vontade de Portugal
As circunstâncias em que Portugal assinou o Tratado de Badajoz, com os exércitos franceses e espanhóis a ameaçarem incrementar as acções de força contra o nosso território que tinham parcialmente ocupado, violam o princípio segundo o qual os negócios jurídicos só são válidos verificando-se a livre manifestação da vontade das partes. Portugal assinou o Tratado de Badajoz, não no exercício da sua plena liberdade, mas coagido a fazê-lo sob ameaça de força.


Tratado de Fontainbleau e a violação da Paz
O Tratado de Badajoz de 1801 era um «Tratado de Paz», o que expressamente ficou definido no seu preâmbulo. No Artigo I estipulava-se:

Haverá paz, amizade e boa correspondência entre Sua Alteza Real o Príncipe Regente de Portugal e dos Algarves, e Sua Majestade Catholica El Rei de Hespanha, assim por mar como por terra, em toda a extensão dos seus Reinos e Domínios.

Apesar de ter sido agredido e invadido pelas forças franco-espanholas, sem qualquer motivo que não fosse a sua decisão de se recusar a abandonar a sua aliança com a Grã-Bretanha, Portugal teve de aceitar a Paz em circunstâncias desonrosas e humilhantes. Em troca da aceitação da Paz, que se verificou sob ameaça de maiores represálias, Portugal anuiu às exigências da Espanha e da França, entre as quais se encontrava o reconhecimento da posse espanhola de Olivença. Conforme se estipulava no seu Artigo IV, a violação da Paz implicava a nulidade do Tratado de Badajoz. E, com efeito, tal veio a suceder em 1807, quando a Espanha e a França assinaram o Tratado de Fontainbleau, pelo qual previam a divisão de Portugal em três partes, ocupando o nosso país poucos meses depois, para dar execução a esse projecto. Se a Espanha pudesse afirmar algum direito à posse do Território de Olivença, perdia-o irrevogavelmente, ao anular, por sua responsabilidade, o único documento de valor jurídico em que poderia fundamentar a sua soberania sobre aquela nesga de terra alentejana. Em resultado da invasão de Portugal por forças franco-espanholas, o que levou a Família Real a transferir a sede da Monarquia Portuguesa para o Brasil, o Príncipe Regente, D. João, fez publicar um Manifesto, com data de 1 de Maio de 1808, considerando «nullos e de nenhum vigor» os Tratados de Badajoz e de Madrid de 1801.


Tratado de Paris de 1814
A 31 de Março de 1814 as forças aliadas entravam em Paris, obrigando à abdicação de Napoleão. As hostilidades resultantes das guerras napoleónicas foram suspensas por uma convenção assinada a 23 de Abril, à qual aderiu o Príncipe D. João em 8 de Maio do mesmo ano. A 30 de Maio de 1814 é assinado o Tratado

«Les Puissances, reconnaissant la justice des réclamations formées par S. A. R. le prince régent de Portugal e du Brésil, sur la ville d’Olivenza et les autres territoires cédés à Espagne par le traité de Badajoz de 1801, et envisageant la restitution de ces objets, comme une des mesures propres à assurer entre les deux royaumes de la péninsule, cette bonne harmonie complète et stable dont la conservation dans toutes les parties de l’Europe a été le but constant de leurs arrangements, s’engagent formellement à employer dans les voies de conciliation leurs efforts les plus efficaces, afin que la rétrocession desdits territoires en faveur du Portugal soi effectuée ; et les puissances reconnaissent, autant qu’il dépend de chacune d’elles, que cet arrangement doit avoir lieu au plus tôt».


Pois vá tu tambem a reclamar a onde te pareza, total aqui o que vas obter é un simples, "si hombre, el día menos pensado" :twisted:
 

*

André

  • Investigador
  • *****
  • 3555
  • Recebeu: 2 vez(es)
  • +110/-1
(sem assunto)
« Responder #84 em: Julho 11, 2007, 08:53:10 pm »
Citação de: "Aponez"
Pois vá tu tambem a reclamar a onde te pareza, total aqui o que vas obter é un simples, "si hombre, el día menos pensado" :twisted:


Ohhh Aponez ainda não te cansaste. Tens que te resignar, Espanha têm que devolver o que ROUBOU e ponto final. Não adianta tar a mandar vir.
Nos não tamos a pedir a Galiza só tamos a pedir uma vila que nos roubaram.

 

*

Aponez

  • Membro
  • *
  • 289
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #85 em: Julho 11, 2007, 08:58:16 pm »
Citação de: "André"
Citação de: "Aponez"
Pois vá tu tambem a reclamar a onde te pareza, total aqui o que vas obter é un simples, "si hombre, el día menos pensado" :twisted:

Ohhh Aponez ainda não te cansaste. Tens que te resignar, Espanha têm que devolver o que ROUBOU e ponto final. Não adianta tar a mandar vir.
Nos não tamos a pedir a Galiza só tamos a pedir uma vila que nos roubaram.


André voces foron os que buscaron a guerra, tiverom guerra, perderon e perderon Olivenza, mala sorte, para a proxima vez pensen 2 veces antes de ir a unha guerra, e quando o decidan fazer será melhor que conten só coas suas forzas non esperen que os seus aliados os ajudem por que os brits ja se sabe como som, se non tem nada a ganhar nao mexem un dedo.

Nos NON roubamos nada, voces quixerom a guerra, agora aguanten coas suas consecuencias e a falta de valor do seu ejercito que prefireu render a cidade sem loita.
 

*

SSK

  • Investigador
  • *****
  • 1519
  • Recebeu: 15 vez(es)
  • +11/-0
(sem assunto)
« Responder #86 em: Julho 11, 2007, 09:00:53 pm »
E que tal bloquear este tópico, já se apresentaram todos os argumentos agora cada um tira as suas conclusões. Pode ser que parem com estas acusações mesquinhas de parte a parte. Pelo menos é a minha humilde opinião :wink:
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

*

zocuni

  • Especialista
  • ****
  • 1055
  • Recebeu: 22 vez(es)
  • Enviou: 46 vez(es)
  • +30/-4
Rendição.
« Responder #87 em: Julho 11, 2007, 09:05:51 pm »
Tudo bem,

Aponez,você é que veio com a questão dos sete povos das missões,celebrado em 1750.
Você está confuso,suas fontes lhe desmentem a melhor coisa que tem a fazer é se render às evidências para sair com nobreza de um militar.Não apresenta nada,não traduz,não explica,não se fundamenta quando solicitado,seus coceitos estão vencidos.Não perco mais tempo consigo,você não existe.Tudo que escreve já não possui credibilidade alguma,mude de tema e assunto.Todos saíremos vitoriosos.
Até sempre.

Abraços,
zocuni
 

*

Aponez

  • Membro
  • *
  • 289
  • +0/-0
Re: Rendição.
« Responder #88 em: Julho 11, 2007, 09:11:52 pm »
Citação de: "zocuni"
Tudo bem,

Aponez,você é que veio com a questão dos sete povos das missões,celebrado em 1750.
Você está confuso,suas fontes lhe desmentem a melhor coisa que tem a fazer é se render às evidências para sair com nobreza de um militar.Não apresenta nada,não traduz,não explica,não se fundamenta quando solicitado,seus coceitos estão vencidos.Não perco mais tempo consigo,você não existe.Tudo que escreve já não possui credibilidade alguma,mude de tema e assunto.Todos saíremos vitoriosos.
Até sempre.

Abraços,


Vocé falaba do Tratado de Madrid de 1750 e ahí tem 2 enlaces NON ESPAÑOLES que lhe lembran que en 1801 houbo OUTRO tratado en Madrid firmado entre España, Francia e Portugal. Así que ja me dirá en que "desmenten". Isto é o que firmaron en Madrid tanto se gosta como se non

Entre las partes se acordó lo siguiente:

    * Portugal restituiría a España todas las conquistas hechas en Galicia (Tuy, Vigo, La Guardia...);
    * asimismo cedería algunas colonias en América del Sur:
          o en relación a España, reconocía definitivamente el derecho de posesión de la colonia de Sacramento, y de la de Siete Pueblos de las Misiones, situadas en la margen oriental del Río Uruguay, cuya posesión fue ya motivo de disputas entre portugueses y españoles a lo largo del siglo XVIII, que se intentó solucionar a través de los Tratados de Madrid de 1750, y del de San Ildefonso de 1777;
          o en relación a Francia, se comprometía a aceptar como frontera entre Brasil y la Guayana Francesa, el río Arawani hasta su desembocadura;
    * debería cerrar todos sus puertos al comercio con el Reino Unido.
    * debería aceptar la entrada de los textiles franceses en el país, y prohibir las lanas inglesas.
    * debería pagar una indemnización de guerra: 15 millones de libras tornesas.
    * a cambio a Portugal le serían restituidas todas las plazas alentejanas conquistas por España (Arronches, Castelo de Vide, Campo Maior, Juromenha e Portalegre), con excepción de Olivenza, que quedaría para España.

El Tratado también estipulaba que la violación de cualquiera de sus artículos conduciría a su anulación

Problema, é o mesmo que en Badajoz :twisted:
 

*

manuel liste

  • Especialista
  • ****
  • 1032
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #89 em: Julho 11, 2007, 09:32:32 pm »
Citar
Entre las partes se acordó lo siguiente:

* Portugal restituiría a España todas las conquistas hechas en Galicia (Tuy, Vigo, La Guardia...);


Que yo sepa, eso fue en 1665 y no en 1801  :shock: