Voltámos a esta discussão.
Rui Elias, nunca Portugal, com a sua situação económica e mesmo social de momento, poderia operar ( leia-se adquirir ) 80 F-16´s para a formação de mais 2 esquadras.
Sabe que, com 19 F-16´s, é raríssimo o dia em que a FAP tem 15 operacionais? Imagine com 80! A juntar a isto a falta de pilotos é também algo a considerar.
O importante para a FAP seria investir nos multiplicadores de força ( Awacs, Reabastecedores etc. ). O caça em si, embora barato, não é uma arma eficaz. É preciso rentabilizá-lo, e é por isso que uma operação de uma frota de caça acaba por ficar mais cara do que qualquer outra. Pois, para ser útil, é necessária a existência destes "multiplicadores".
Vamos tomar o caso Australiano. Podemos considerar que, dada a dimensão Australiana, uma frota de 70 F-18s não é a ideal para defesa do país. Embora não exista na região nenhuma força aérea com capacidade para desafiar tal aeronave em tais números não deixa de ser um número que à primeira vista é reduzido.
O que torna a Austrália uma potência de respeito é o facto de que para além desses F-18 irão existir os Boeing 737 AEW&C ( o primeiro dos quais já se encontra pronto e irá iniciar a fase de testes em breve ) e agora os MRTT encomendados com capacidade de reabastecimento. O que temos aqui é uma força de 70 caças, que por si só não é nada de por ali além, a tornar-se numa máquina bem oleada e equipada de projecção de força.
Sendo assim, penso que, em vez de disctutirmos a aquisição de mais caças, deveríamos discutir a forma de rentabilizar aqueles que já temos.
Mas, e como eu digo sempre, é primeiro preciso observar o dinheiro disponível na LPM, que, como sabe, não é muito.