Governo quer alargar direitos marítimos

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TOMSK

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« Responder #60 em: Maio 28, 2009, 08:59:00 pm »
Afinal Salazar sempre tinha razão:



 :anjo:  :P
 

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Ataru

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« Responder #61 em: Maio 28, 2009, 09:05:04 pm »
Fixe fixe era haver uma erupção vulcanica no meio do atlantico norte que criasse uma ilha e a nossa ZEE aumentava mais uns milhões lol
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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zocuni

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #62 em: Novembro 01, 2009, 11:06:44 pm »
Muito bom.Tem havido continuidade nas pesquisas?Haveria alguma novidade.

Abs,
zocuni
 

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Jorge Pereira

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #63 em: Março 18, 2010, 12:51:42 pm »
Citar
Portugal explica à ONU ambição de mais mar

Reivindicação de soberania sobre fundo oceânico é defendida em Abril
00h30m

No próximo dia 13 de Abril, em Nova Iorque, é feita a apresentação formal das pretensões portuguesas de soberania sobre mais de dois milhões de quilómetros quadrados de fundo marinho. O país está, como mais outros 50, na corrida aos recursos lá escondidos.

Cabe ao coordenador da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) sintetizar numa hora o conteúdo de cerca de 28 mil páginas de estudos elaborados nos últimos anos. Trata-se de fundamentar as pretensões de Portugal a ver reconhecida soberania sobre fundos oceânicos que sejam a continuação morfológica do continente e dos arquipélagos. Pinto de Abreu terá essa tarefa perante a Comissão sobre Limites da Plataforma Continental, um órgão que entregará o processo a uma sub-comissão técnica que, por sua vez, o submeterá a um plenário. São os meandros complexos a cumprir à luz da Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar, a qual prevê precisamente que os países requeiram o reconhecimento da extensão da plataforma continental.

Até agora, deram entrada nas instâncias da ONU 51 pedidos de reconhecimento por parte de outros tantos países. O pedido de Portugal tem o número de ordem 44. As decisões sobre o processo só deverão ser tomadas depois de 2012.

Para fundamentar as suas pretensões, Portugal tem mantido a funcionar um núcleo de 24 pessoas e, através de parcerias com institutos científicos, mais cerca de 150 especialistas em diversos domínios. Nos diversos cruzeiros para reconhecimento do fundo do Atlântico foram recolhidas amostras geológicas e biológicas, algumas requerendo análises nucleares que demoram mais de um ano a revelar resultados. Também foi adquirido um veículo robotizado (ROV) que permite, com imagem, direccionar a recolha de amostras a grande profundidade. Os trabalhos têm dado já como fruto uma série de artigos científicos, um dos quais suscitou o maior interesse a nível mundial, sobre as origens de uma cratera marinha em forma de ovo estrelado, descoberta perto dos Açores. Impacto de meteorito ou estrutura de gás, a questão pode alterar teorias sobre a formação dos oceanos.

Segundo disse Pinto de Abreu ao JN, a prospecção de riquezas naturais só agora vai passar a ser mais central. Mas foi possível recolher amostras com bom teor em cobalto, níquel e terras raras, estas utilizáveis em novas ligas e em material informático. O topo de um sedimento recolhido revelou uma multitude de material vivo. As expectativas dirigem-se mais para os recursos naturais vivos, por exemplo através da revelação de moléculas com interesse para a indústria farmacêutica.

Fonte

 
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Jorge Pereira

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #64 em: Março 19, 2010, 12:44:26 pm »
Citar
Área portuguesa de fundo marinho é das mais vastas



Portugal deverá ficar com a segunda mais extensa plataforma continental do mundo, logo a seguir aos EUA, admitiu ontem o responsável pela missão científica com a tarefa de recolher dados para fundamentar o reconhecimento de mais território por parte da ONU.

Pinto de Abreu acrescentou que o estudo já feito dos fundos submarinos revela potencialidades sobretudo no domínio da biotecnologia e energia.

Cerca de 10% das riquezas a explorar nos fundos oceânicos do mundo poderão caber a Portugal se a iniciativa de prospecção, exploração e desenvolvimento for sobretudo direccionada para aplicações no domínio da saúde, cosmética e energia. Já há exemplos de moléculas retiradas de esponjas e outros seres do fundo marinho que deram origem a medicamentos para o herpes , o VIH-sida e para anti-cancerígenos. Um mercado de milhares de milhões de euros por ano. No Pacífico, onde não há extensões de plataforma, países como os EUA e a Índia já implantaram explorações destes recursos naturais vivos, o que é feito até 800 metros de coluna de água. Ora, segundo Pinto de Abreu, a exploração portuguesa já recolheu material a mil metros e está dotada dos melhores meios para ir até mais fundo com o pequeno submarino robotizado.

Foram estas potencialidades que também o secretário de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar evocou ontem, numa sessão nas instalações do Instituto Hidrográfico. Disse Marcos Perestrello que esta "conquista territorial" fornece bases para que a iniciativa de empresas sintetizada no documento Hypercluster do Mar se concretize em actividades económicas de vanguarda. Portugal reivindicou dois milhões e 150 mil quilómetros quadrados de extensão da sua plataforma continental.

Fonte

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Lusitano89

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #65 em: Março 19, 2010, 01:18:02 pm »
Ó mar salgado, quanto do teu sal são... euros para Portugal


Numa pequena área a norte dos Açores, as profundezas do mar escondem cobalto suficiente para 25% das necessidades mundiais do metal. Um pequeno tesouro que pode representar 217 milhões de euros/ano de valor líquido para a economia lusa, metade do rendimento de uma das maiores minas do mundo.

É uma área de 1600 quilómetros quadrados, onde, além de cobalto, há níquel e cobre. Para pôr esta dimensão em perspectiva: Portugal ambiciona ter uma plataforma de 4 milhões de quilómetros quadrados - mais de duas vezes o território da Península, França, Alemanha, Reino Unido e Itália.

O exemplo do cobalto, dado por Manuel Pinto de Abreu, responsável pela missão portuguesa encarregada de garantir a extensão da plataforma continental do país [infografia], serve para ilustrar a importância da última guerra na Terra: a soberania sobre o mar. "O Brasil está preocupado porque há navios alemães e russos na fronteira da plataforma continental brasileira à procura de hidrocarbonetos [petróleo]", relatou o responsável. Na zona em que Portugal procura estender a sua plataforma, há também uma hipótese de encontrar petróleo. "Assim esperamos", diz.

Neste campo, Portugal parece não estar para brincadeiras. "A nossa equipa está no top 5 das mais bem equipadas a nível mundial", assegurou o responsável. O caso não é para menos. "Está em jogo um novo mapa de soberanias, que vai alterar por completo a geopolítica mundial", diz. Juntando as soberanias das nações de língua portuguesa, a influência deste grupo de países pode disparar. "Domingo vamos discutir com os países da CPLP os processos de extensão", apontou Marcos Perestrello, secretário de Estado da Defesa.

A equipa portuguesa que prepara este dossiê vai, a 13 de Abril, apresentar os fundamentos nacionais à ONU. A requisição pode demorar 3/5 anos a ser oficializada. Portugal conta com uma plataforma de 1,85 milhões de quilómetros quadrados, querendo estendê-la mais 2,15 milhões.

Ionline
 

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sergio21699

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #66 em: Março 19, 2010, 01:59:05 pm »
Se isto for aceite e Portugal ficar efectivamente com mais mar, teremos meios suficientes para patrulhar as águas ou iremos precisar de mais meios (isto na vossa opiniao claro)?
« Última modificação: Março 19, 2010, 05:09:07 pm por sergio21699 »
-Meu General, estamos cercados...
-Óptimo! Isso quer dizer que podemos atacar em qualquer direcção!
 

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Duarte

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #67 em: Março 19, 2010, 03:20:09 pm »
Com mais costa não, ficamos é com mais mar  :D

A concretizar-se este alargamento, a opção pelo 3o. submarino deverá ser tomada, e pelo menos mais uma série de 4 NPOs (melhorados, com hangar para heli) e mais 2 fragatas, de preferência novas, senão corremos o riscio de ficar com uma frota de escolatdores que em 18-20 anos tem que ser toda substituída ao mesmo tempo..
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

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sergio21699

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #68 em: Março 19, 2010, 05:11:58 pm »
Citação de: "Duarte"
Com mais costa não, ficamos é com mais mar  :D
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Jorge Pereira

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #69 em: Abril 15, 2010, 06:40:31 pm »
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Portugal explica pretensão ao solo no fundo oceânico

Proposta à ONU de extensão da plataforma continental é hoje defendida em Nova Iorque. País maior após 2013

2010-04-13
EDUARDA FERREIRA

Numa hora, pela voz do oceanógrafo Pinto de Abreu, Portugal apresenta hoje à Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas as linhas definidoras do solo marinho que quer acrescentar à sua soberania.São mais de dois milhões de Km2.

Para além das 200 milhas que envolvem o seu território com oceano (Zona Económica Exclusiva), Portugal pretende reivindicar cerca de dois milhões e 150 mil quilómetros quadrados de fundos oceânicos que são o prolongamento natural da estrutura geológica do continente das ilhas. Hoje, o país dá mais um passo junto da comunidade internacional para ver reconhecida essa soberania. Já havia, no ano passado, apresentado às Nações Unidas alguma da fundamentação. Mas hoje arranca o ciclo de passagem pela comissão que vai, à luz do direito internacional do mar.

A última corrida

Potugal "corre o risco" de ficar com a segunda plataforma continental mais extensa do Mundo, a seguir aos EUA. Segundo Pinto de Abreu, coordenador da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), este processo está a ser seguido por 51 países, sendo que "a derradeira corrida na Terra é aos oceanos". Se as pretensões nacionais forem atendidas, "poderão caber a Portugal mais de 10% da exploração potencial de riquezas no solo e subsolo marinhos". E este "é um jogo duro, com muitos interesses", já que estão em causa recursos de muita natureza, desde os biológicos, interessantes para a área da biomedicina, aos energéticos. A exploração de gás metano, para não falar do petróleo e de metais (cobalto, níquel e cobre), é uma das probabilidades.

Missão para muitos anos

A fundamentação jurídica e científica entregue por Portugal às Nações Unidas já em Maio do ano passado traduziu-se em dossiês de quase 30 mil páginas. Muitas delas, a que recentemente mais documentos foram acrescidos, traduzem os resultados de cruzeiros científicos feitos ao longo dos últimos anos. Foram recolhidas amostras de solo e subsolo marinhos e feito o levantamento do relevo sob o oceano que fica à frente do continente e em redor da madeira e Açores. Com a ajuda de um submarino robotizado que pode descer a seis mil metros de profundidade, o último ano e meio de pesquisas revelou algumas surpresas, como a de uma formação geológica marinha em forma de ovo estrelado e que levanta a hipótese de ali estarem presentes hidrocarbonetos.

"O país pode estar a caminho dos quatro milhões de quilómetros quadrados", sendo o território a seco a menor porção. A conta assim feita por Pinto de Abreu ainda terá que ser sujeita a longo exame por uma comissão da ONU e pelo plenário da mesma comissão que reúne apenas duas vezes ao ano, com eleições de permeio. Assim, só talvez depois de 2012 a proposta de Portugal comece a ser analisada. Entretanto, não cessam os trabalhos científicos da EMEPC que, até 2014 mantém a verba estatal de quatro a cinco milhões de euros. Até esta fase, os trabalhos científicos visaram sobretudo mostrar até onde se prolonga a base do continente. A prova de recursos naturais com interesse vai ter, a partir de agora, maior peso na prospecção.

Fonte

 
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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typhonman

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #70 em: Abril 15, 2010, 10:04:40 pm »
Espero que os UAV´s de "long endurance" para vigilância destas riquezas sejam uma opção de futuro...
 

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nelson38899

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #71 em: Abril 15, 2010, 10:22:42 pm »
Citação de: "typhonman"
Espero que os UAV´s de "long endurance" para vigilância destas riquezas sejam uma opção de futuro...

Espera sentado porque de pé cansas-te!
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Vicente de Lisboa

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #72 em: Maio 01, 2010, 01:39:32 am »
Agora a questão é: quem é que neste momento realiza trabalho mais interessante? A Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar, ou a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental?
 

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P44

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #73 em: Maio 03, 2010, 08:23:38 pm »
do Expresso do passado sábado


"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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dc

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Re: Governo quer alargar direitos marítimos
« Responder #74 em: Maio 04, 2010, 10:23:15 am »
Boas

Porque é que o governo ainda não começou a investir na economia do mar?
É que eles devem ser burros, pois investem na construção de auto-estradas, querem construir o
TGV que são coisas que quase não dão lucro nenhum e são carissimos, em vez de investir em coisas que dão
verdadeiro lucro. :evil:
Será que é preciso fazer-lhes um desenho.

Cumps