As caricaturas de Maomet

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mamifero

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« Responder #15 em: Fevereiro 04, 2006, 11:57:28 am »
Citação de: "Miguel"
Eu ODEIO esses malucos

Eu QUERO limpar essa escumalha

ISLAMISMO é NAZISMO

ISLAMISM is NAZISM

 :Soldado2:

E viva os Estados Unidos.


ignorancia não tem limites !

ignorance has no limits !!



 :roll:
 

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Miguel

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« Responder #16 em: Fevereiro 04, 2006, 12:34:39 pm »
:lol: o mamifero, sente-se mal?
 

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mamifero

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« Responder #17 em: Fevereiro 04, 2006, 12:38:43 pm »
Citação de: "Miguel"
:lol: o mamifero, sente-se mal?
e se me sentir ? estou no meu direito , certo ? isto ainda é supostamente um país "livre e democrático" !
 

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JoseMFernandes

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« Responder #18 em: Fevereiro 04, 2006, 03:07:55 pm »
Citação de: "emarques"
as caricaturas de Maomé publicadas são provocação barata e na maioria nem sequer são grande coisa. Não sei como são as leis de liberdade de expressão na Dinamarca, mas creio que em alguns sítios poderiam ser consideradas incitação à discriminação religiosa.


Existe um nome para isso BLASFEMIA, como boa parte dos jornais e revistas europeus salientaram durante a semana, a 'blasfémia' deixou ha muito de ser crime na Europa, e no Ocidente em geral(no minimo desde o fim da Inquisiçao), mas esse crime existe na maior parte dos paises muçulmanos que o condenam severamente, mesmo até com pena capital.
Nao me parece e nao aceito  que por causa dos muçulmanos se va voltar atras neste aspecto fundamental dos direitos...sendo certo que a critica desbragada as outras religioes, especialmente a crista é uma das suas caracteristicas.Embora num outro plano, nao houve memoria de aquando da destruiçao dos Budas gigantes no Afeganistao (um crime contra o patrimonio mundial de resto) ter havido alguma reacçao visivel do mundo muçulmano, condenando e tentando impedir o facto, apenas o Ocidente se manifestou e a meu ver de modo nao demasiado firme.

Por outro lado nao devemos confundir com a caricatura critica de pessoas que pode estar sujeita a queixa dos visados por erro, ma-fé ou denegrimento pessoal, e mesmo assim muito raramente é sancionado, ou sendo-o limita-se a condenaçoes quase simbolicas.Repito que estamos sempre falando de caricaturas.Imaginem queixas contra o 'Contra-Informaçao'...por ex...o limite com o ridiculo poderia ser muito ténue.
 

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papatango

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« Responder #19 em: Fevereiro 04, 2006, 05:59:52 pm »
Estou de acordo com o que escreveu o JoseMFernandes.
Os protestos que vemos nas ruas são feitos por pessoas que nunca viram os cartoons, (porque não podem ser publicados) e são dirigidas e manietadas por imãs e mulahs analfabetos, que na sua maioria são tão atrasados e retrógrados que também não sabem o que estão a dizer.

O problema do Islão, é a cultura, ou a falta dela.

O comportamento dos jornais europeus pode configurar efectivamente uma situação que poderiamos chamar de "Blasfémia".

O problema, não é o que o cartoon diz ou se é desrespeitoso ou não, mas sim o facto de ser proíbido para a fé muçulmana a representação de Maomé (de facto não é só Maomé, mas sim qualquer figura himana).

Se continuamos neste caminho, dentro de alguns anos, os muçulmanos europeus, vão não só considerar que as suas mulheres têm o direito de andar com a cara destapada, como também vão começar a alegar que as mulheres cristãs não deveriam ter a cara destapada porque o Islão diz que as mulheres não podem ter a cara destapada.

Há fronteiras que não podem ser ultrapassadas e uma das marcas civilizacionais daquilo a que chamamos ocidente, é a liberdade de expressão.

Eu aceito que pode haver limites. Mas num mundo em que há filmes como "A última tentação de Cristo" ou obras como as de Saramago, que são para muitos cristãos ofensivas, mas mesmo assim têm o direito de passar nos cinemas e de ser impressas, com que direito os representantes de uma religião com origem na arábia têm o direito de me dizer a mim o que é que eu posso ver ou não?

O que vemos neste triste caso é um aproveitamento. Da mesma forma que os neonazis aproveitam os portugueses mortos na África do Sul para venderem a sua banha da cobra, também os fundamentalistas islâmicos fazem o mesmo com este tipo de situação, aproveitando para vender as suas Jihads e as suas orgias exposivas.

Os pobres de espirito são sempre os mais facilmente "orientáveis".

As pessoas nos países do ocidente não podem ficar reféns desta gente.

Os "cartoons" nem têm em si nada de ofensivo. Ao que consta o que incendiou os ânimos foi o editorial do jornal dinamarquês que publicou a noticia, mas como eu não li o editorial, não posso dizer se há ou não razão por parte dos muçulmanos na origem.

Mas tenham ou não tenham razão, a questão extrapolou para coisas muito sérias como a liberdade de expressão e o próprio direito à liberdade.

Não podemos aceitar as regras dos Mulahs, como também não devemos aceitar as regras de qualquer Seita cristã, quando elas colocam em causa o direito à liberdade dos cidadãos.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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ragnarok

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« Responder #20 em: Fevereiro 04, 2006, 06:25:50 pm »
Noto que existe uma certa intolerância nos participantes desta discussão...há uma imensa comunidade islâmica por essa europa fora, e portugal não é excepção, esses muçulmanos SÃO PORTUGUESES, como tal têm que ser respeitados, portanto, quando acharem por bem institucionalizar a poligamia, teremos que aceitar, sob pena de ficarem ofendidos, quando pretenderem retirar os direitos às mulheres e transformá-las em autênticas escravas, teremos que aceitar, afinal de contas eles são portugueses, porque PORTUGUÊS É QUEM O QUER SER!!!!!!! temos que nos adaptar aos costumes de quem nos invade, ups, de quem nos vem enriquecer culturalmente, se essas pessoas querem vir para cá, temos de os acolher, sujeitando-nos à sua cultura, desde que queiram ser portugueses, por favor sejam tolerantes

cumprimentos
 

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papatango

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« Responder #21 em: Fevereiro 04, 2006, 07:35:15 pm »
O que define as pessoas de uma nação, não é a cor da pele, mas sim os códigos a que essa pessoa obedece.
Eu não esperarei de um muçulmano português que se indigne com os cartoons de Maomé, mais que um católico se indigna com cartoons sobre Jesus Cristo.

Eu esperarei que em Portugal um muçulmano siga as mesmas regras que um cristão, se quiser protestar contra aquilo que está no direito de achar incorrecto. Para lá das marcas civilizacionais, que evidentemente são cristãs, eu aceito que o Estado é, e deve ser laico.

Por isso, seguindo as regras e os códigos que são nossos, de todos os portugueses, qualquer cidadão tem o direito de estar indignado.

O que não tem é o direito de exigir que se institua a censura, apenas porque não gosta do que está escrito.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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mamifero

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« Responder #22 em: Fevereiro 05, 2006, 12:48:26 am »
As forças da ordem sírias impediram hoje ao princípio da noite que várias pessoas que se manifestavam contra a publicação de caricaturas de Maomé pela imprensa europeia se aproximassem da embaixada da França, em Damasco.

As forças da ordem dispersaram os manifestantes com a ajuda de gás lacrimogéneo e canhões de água.

Entretanto, a Noruega, a exemplo da Dinamarca, instou hoje os seus cidadãos a abandonarem imediatamente a Síria, depois de a sua embaixada ter sido incendiada por manifestantes.

"Confirmo que apelámos aos noruegueses para abandonarem a Síria", disse Oeystein Boe, funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros norueguês, minutos depois de idêntica tomada de posição por Copenhaga.

Dezenas de manifestantes em protesto pela publicação das caricaturas do profeta Maomé na imprensa europeia entraram nas embaixadas dos dois países nórdicos, saquearam-nas e lançaram-lhes fogo em seguida.

Centenas de pessoas manifestaram-se contra a publicação de caricaturas do Maomé na Dinamarca, na Suécia e Grã-Bretanha, enquanto dirigentes europeus tentam que os protestos não se desenvolvam.

Militantes de extrema-direita manifestaram-se na cidade dinamarquesa de Hilleroed, enquanto grupos de esquerda e de muçulmanos organizavam uma contra-manifestação.

Durante cerca de hora e meia, cinquenta manifestantes de extrema-direita gritaram "A Dinamarca para os dinamarqueses" e troçaram de cerca de cem muçulmanos que, por trás de um cordão de polícia, ajoelharam no chão para as orações da tarde.

Os extremistas de direita, incluindo membros do Movimento Social-Nacionalista da Dinamarca, deixaram depois a cidade em autocarros providenciados pelas autoridades. Pouco depois, os manifestantes de esquerda e os muçulmanos confrontaram-se com a polícia, quando esta tentava encaminhá-los para comboios. Pelo menos 112 pessoas foram detidas.

Horas antes, em Copenhaga, cerca de três centenas de muçulmanos contestaram também a publicação das caricaturas do Profeta, no jornal dinamarquês Jyllands-Posten. Houve pequenos confrontos com a polícia, quando esta os impediu de embarcarem em comboios para Hilleroed e alguns atiraram pedras e garrafas à polícia, tendo sido detidos quarenta.

A polícia disse que, ao todo, foram detidas 140 pessoas, em relação com os protestos de Copenhaga e Hilleroed, algumas delas por vandalizarem um comboio. Também em Londres, cerca de 700 manifestantes demonstraram o seu desagrado pela publicação das caricaturas, que consideraram insultuosas para a sua religião.

Em Atenas, várias centenas de muçulmanos (egípcios, iraquianos, paquistaneses) desfilaram em grupos, durante a tarde, em direcção da Embaixada da Dinamarca, mas foram impedidos de se aproximarem do edifício, cercado por um cordão policial.

Entretanto, os dirigentes europeus empenham-se em que os protestos não ganhem novas dimensões. A chanceler alemã Angela Merkel lembrou hoje que a liberdade de imprensa é "uma componente da democracia" mas que a liberdade de religião também o é.

Javier Solana, responsável pelas relações externas da União Europeia, defendeu que a "tolerância e o respeito mútuo" têm um papel social de destaque, tal como a liberdade de opinião.

O primeiro-ministro da Polónia, Kazimierz Marcinkiewicz, criticou o jornal Rzeczpospolita, que republicou duas caricaturas, considerando que se tratou de uma decisão ofensiva para os muçulmanos e para todos os defensores da tolerância religiosa. O jornal italiano Il Giornale cita um dirigente do Hamas como tendo afirmado que as caricaturas são "um insulto inesquecível" que deve ser punido com a morte.

"Devíamos matar todos aqueles que ofendem o Profeta mas, em vez disso, estamos a protestar pacificamente", terá dito Mahmoud Zahar.
 

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Leonidas

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IMAGENS
« Responder #23 em: Fevereiro 05, 2006, 03:23:00 pm »
Suadações guerreiras.

Este tópico está bastante interessante. Eu aproveito a embalagem e que vai das minhas.

É um assunto polémico, as imagens lançadas acerca do Maomé e etc. Acho mesmo difícil de ser um assunto que gere consensos, assim como acho difícil para qualquer pessoa fazer uma análise interpretativa de cada imagem e dizer se são ou não ofensivas, porque se para uns pode ser ofensivo para outros pode não o ser, ou seja há um elevado grau de subjetividade nestas coisas. Pessoalmente não tenho uma opinião formada porque vejo sinais contraditórios quando analiso as imagens. todo vai depender do recetor.

Penso que dá para toda a gente perceber que há uma diferença muito grande a nível organizacional entre o Islamismo e o Catolicismo (aqui não posso falar do Cristianismo porque não há um líder, uma voz central, uma opinião central e formal que responda por todos os cristãos, porque quer nos cristãos ortodoxos, quer os cristãos protestantes utilizam os Bispos como chefes máximos, havendo assim, uma semelhança entre o Islamismo no geral. Quero dizer com isto que aquilo que eventualmente se possa estar a atacar não é o Islão, ou nunca foi, mas somente o clero muçulmano.

No Catolicismo é diferente, porque existe o Papa (um líder), e um estado católico que é o Vaticano, ou seja há um centralismo, uma voz que emite a/uma doutrina e disso faz lei, ou seja, tem poderes para tornar a voz do Papa/Vaticano/Igreja Católica (como instituição) como voz oficial, quer perante os católicos, quer perante o resto das comunidades a nível universal.
(Atenção que nem todo as mensagens do Vaticano são de caráter religioso, mas tambérm não quero dizer que seja de caratér político,porque não o é, a interpretação é que pode ser de carater político)  

Há sempre problemas quando algum país não muçulmano emite algo sobre o tema religião muçulmana e quando fala, na grande maioria dos casos, deve gerar problemas. Das duas, uma, ou quem emite não sabe daquilo que estão a falar e isso é causa da ira e revolta deles, ou então pode-se interpretar como uma avaliação demasiado extremista daquilo que se está a passar por parte dos atingidos. (caso por exemplo do Salman Rushdie e os sues “Versículos Satânicos”, lembram-se?)

Temos que ver que, também que há, como em todo o lado e até mesmo no seio dos muçulmanos muitos que não concordam com as atitudes emanadas dos seus líderes religiosos. Estas questões também se colocam a qualquer religião, atenção, mesmo até ao Catolicismo.
Vou aproveitar a imagem que o Emarques postou para continuar com o meu raciocínio.



Esta imagem para mim é só provocadora, mas pode ser considerada e ofensiva somente para a pessoa que o autor quis visar ou instituição, nada mais. Aqui o que há da parte do autor do desenho é a sátira da condenação do uso do preservativo por parte do Papa ou Igreja, mas somente com instituição e não todos os católicos, em si, que, como eu, que discordam da posição oficial da instituição. Quero dizer também que se fosse a imagem de Jesus Cristo então o caso mudava de figura e aí até eu “lançava” uma jihad ao autor do quadro. Se fosse o José Vilhena esse, pela sátira porno e ofensiva que fazia (porque já morreu) era autêntica blasfémia da mais pura, porque provavelmente o quadro sairia 1 milhão de vezes pior. E não duvidaria que antes de morrer ficasse a apodrecer atrás das grades, condenado em tribunal por isso mesmo. É preciso estabelecer comparações e limites.  


Outra coisa que quero deixar bem claro, é o seguinte: uma coisa são as Leis de Deus e nessas são sagradas e não se podem alterar (porque senão passamos a ser protestantes sem querer). Outra coisa são as regras/leis que são feitas pelos homens, mas que obrigatoriamente têm que ser baseadas naquilo que são as Leis Divinas, porque essas são perfeitas e a referência (mais um dogma). Em relação ás leis feitas pelo homem, mesmo sendo baseadas nas Leis de Deus, essas podem e devem ser contestadas/discutidas/alteradas vezes sem conta, porque não são as próprias Leis de Deus. (desculpem se estar sempre a perguntar, mas se não entenderem dêem um toque, ok? Não levem a mal).

Penso que é necessário fazer um pequeno esforço para entendê-los, também. Se para eles se é blasfémia a reprodução ou invocação do Profeta seja onde for então acho que deve ser respeitada. O preofeta é como se fosse o "próprio" Deus deles. A sua imagem vale tanto como se de Jesus Cristo se tratasse para os cristãos. A questão é que eles não entendem o que é fazer humor com a religião deles, partindo do principio que não existe nenhuma intencionalidade maléfica por parte de quem faz humor, a questão também pode ser essa. Justa ou não penso que não me cabe dizer isso. Agora não me venham com histórias, não têm razão quando lançam as jihads só por causa disto, mas têm-na quando se sentem ofendidos e se manifestam. Pessoalmente acho que há razões para eles se chatearem, não com todas as fotos, mas com algumas só.

Outra coisa que se tem que ver é o seguinte, a maneira como se faz humor e o que se pretende emitir e eventualmente tentar averiguar o que possa estar por detrás disso todo. Lembrem-se que o clima para atear mais um fogo é muito propício por causa da questão do Irão e todos nos sabemos o que a casa gasta com isso mesmo. Pode haver manipulação intencional desfarçada, também (não é nenhum dogma são só as minhas teorias da conspiração). Estas duas imagens por ex. são completamente inofensivas, para mim, no entanto lidam com coisas muito sérias. Há aqui algo que se possa dizer blasfémia ou heresia? Eu julgo que não. Mas lá está tudo dependerá do recetor.



Existe o livro pequeno de BD já pá aí com 15 anos, ou até mais. Tem como tema a morte de J. Cristo crussificado e retratando-o de diverssas formas. O livro está de tal maneira engraçado que só dá mesmo para rir e feito sem qualquer tipo de exagero, revelando-se muito inteligente e imaginativo. É tipo Quino, só que meis ou menos em formato A5. Vou tentar digitalizar algumas imagens. O livro não é meu e pertence a uma instituição ligada á Igreja Católica.

Agora olhando para as imagens em questão:

(A) (B)
Estas duas poderei considerá-las ofensivas. Tenho que saber o que está escrito. No entanto, caso o que está escrito na (A) seja inofensivo, a imagem, em si, pode ser muito bem ofensiva, somente, para eles e não para os cristãos caso estivesse lá o J.Cristo e porquê? Porque o p´roprio J. Cristo antes de ser crussificado foi misturado com a ralé, dado como criminoso, julgado e condenado como tal. Daí poder-se ir muito mais longe, do que em relação ao Islão que não tevo o seu J. Cristo. Tevo o Profeta, mas que não passou os vexames a que J. Cristo passo, mesmo sendo o filho de Deus na terra. Mas lá está, tudo depende também como as coisas são feitas.

(C)(D)
(C)Acho esta ofensiva, porque liga diretamente o Islão ao terrorismo. Nesta, para mim, têm razão para se chatearem.
(D) Nesta, por exemplo. já não vejo qualquer razão para escandalo

Cumprimentos
 

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JoseMFernandes

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« Responder #24 em: Fevereiro 05, 2006, 06:26:16 pm »
Transcrevo Jean François Clément,( especialista em islamismo, e particularmente da imagem no Islao, autor de varios livros, nomeadamente do conhecido' L'Islam' com Olivier Roy) numa entrevista ao jornal frances LE MONDE em 4/2/2006.
Citar
(...)
Le Monde:- Nas actuais manifestaçoes a argumentaçao é sobretudo religiosa ou politica ?

JFClément:- Mais politica que religiosa.Estas caricaturas sao consideradas como um ultrage aos muçulmanos num cenario de 'choque de civilizaçoes', imaginado nos Estados Unidos, mas que os paises muçulmanos também integraram perfeitamente desde o 11 de Setembro.Esta questao de caricaturas faz parte de uma mentalidade de 'vitimizaçao': a imprensa europeia e os ocidentais em geral nao os compreendem, nao os amam, achincalham graças a sua liberdade de expressao, o que tem de mais precioso - a sua fé - e estabelecem leis contra os muçulmanos.Dizem também que assimilar Islao e islamismo violento é dar uma imagem terrorista do Profeta.
Mas ha tres argumentos especificamente religiosos, todos eles falsos ou absurdos: o Corao proibe a representaçao do Profeta; que  o Profeta nunca foi representado ao longo da historia do Islao; e enfim se representamos o Profeta, estaria a tentar criar-se um idolo.
Acrescentemos que os muçulmanos nao compreendem que ataques contra judeus sejam punidos pelas leis europeias, mas nao quando atingem muçulmanos.Enfim, para muitos, Maomé nao é apenas o profeta dos muçulmanos, mas de todos os homens e a esse titulo deve ser respeitado.

Le Monde: - Pensa que as proclamaçoes, na Europa, em defesa da liberdade de imprensa e do direito a caricatura e ao ridiculo possam fazer avançar uma tomada de consciencia nos paises arabes ?

JFClément:- As criticas provem especialmente de paises nos quais a imprensa em geral esta subjugada aos governos.O Ocidente conseguiu fazer coabitar o direito a expressao e ao escarnio com o respeito das diferentes  crenças, mas foi o preço de longas batalhas historicas.Estamos perante paises que nao se desenvolvem economicamente, que vivem num universo dominado pela ideia que é por culpa dos outros que eles sao pobres.
O verdadeiro problema - e la voltamos a imagem -  é na representaçao que eles tem deles proprios e da que fazem dos outros.
 


De resto, ao longo da entrevista JFClément explica que a caricatura existe no mundo muçulmano (relembra desenhos do papa com imagem enegrecida e nariz retorcido apontando o Libano a soldados ocidentais  vestidos de cruzados, além de outras figuras ocidentais, e obviamente judeus), salientando que a partida o Corao nao proibe especificamente a imagem do Profeta, ao contrario do que se podera pensar, sendo apenas nos séc. IX-XIII que os teologos endureceram as disposiçoes iniciais, que tinham mais a ver com os idolos do paganismo, especialmente  Muhammad al-Bukhari (séc. IX), que escreveu que Deus censura aos criadores de imagens tentarem equiparar-se a Ele, quando nao eram capazes de dar alma a matéria, ou seja lembrando que apenas Ele tinha o monopolio da criaçao completa.Isto nao impediu que ao longo dos tempos se fizessem inumeras representaçoes, contornando o interdito de varios modos: uso de miniaturas(uma figura reduzida nao se poderia confundir com uma real), ou entao retirando-lhe o rosto da figura ou tapando-o com um véu...Curiosamente esta representaçao do Profeta nao teve continuaçao nos sécs XVII e XVIII(poderia ter sido a Renascença muçulmana), sendo apenas retomada ja no fim do séc. XIX, no Egipto,  com imagens dos profetas Adao, Noé, Abraao ou mesmo Ali (genro de Maomé) e seus filhos, mas ja nao o proprio Profeta.
Curiosamente o culto da imagem expandiu-se extraordinariamente nos ultimos tempos no mundo muçulmano, sendo paradoxal que  muitos islamitas, que pretendem a pureza das 'origens' fazem hoje um uso abundante da imagem figurativa.Na Faixa de Gaza por ex. vendem-se milhares de exemplares de fotos de 'martires' palestinianos, para nao falar de Ben-laden, Zawahiri ou Zarqaoui...

Para finalizar um cronologia destes acontecimentos:

30-9-2005 - JYLLANDS-POSTEN publica as 12 imagens de Maomé

19-10-2005-Protesto de doze embaixadores de paises muçulmanos, mas  o PM dinamarques recusa-se a recebe-los

2-12-2005 - A 'cabeça' dos desenhadores dinamarqueses é posta a prémio, por islamistas paquistaneses

29-12-2005 - A Liga Arabe cebsura fortemente o governo dinamarques.

10-1-2006 -  Um jornal noruegues publica os desenhos

23-1-2006 - Boicote aos produtos dinamarqueses e o movimento espalha-se em todo o Proximo Oriente., com manifestaçoes e ameaça de atentados.

1-2-2006 - FRANCE-SOIR publica os desenhos, logo seguido por outros jornais europeus.

5-2-2006 - O Consulado da dinamarca em Beirute é incendiado, depois de na véspera o mesmo ter acontecido em Damasco aos consulados dinamarques e noruegues..Ordem de evacuaçao da zona para todos os nacionais destes paises.Manifestaçoes em varias cidades europeias com forte presença muçulmana.

Esperemos uma acalmia para breve, mais dificil sera esquecer o que se passou...
« Última modificação: Fevereiro 05, 2006, 06:55:30 pm por JoseMFernandes »
 

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Luso

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« Responder #25 em: Fevereiro 05, 2006, 06:48:01 pm »
Leonidas, não me lembro de nenhum sururu planetário sobre esta obra...
http://en.wikipedia.org/wiki/Piss_Christ


"Piss Christ
From Wikipedia, the free encyclopedia
 
Piss ChristPiss Christ is a controversial photograph by American photographer Andres Serrano. It depicts a small plastic crucifix submerged in a glass of the artist's urine. Some have suggested that the glass may also contain the artist's blood. The piece was underwritten by the National Endowment for the Arts, which offers support and funding for projects that exhibit artistic excellence.

The piece caused a scandal when it was exhibited in 1987, with detractors accusing Serrano of blasphemy and others raising this as a major issue of artistic freedom. On the floor of the United States Senate, Senators Al D'Amato and Jesse Helms expressed outrage that the piece was supported by the National Endowment for the Arts, since it is a federal taxpayer-financed institute.

Serrano produced other similar works to much less controversy; Madonna and Child II (1989), for example, in which the subject is similarly submerged in urine, is not nearly so well known as "Piss Christ".

Piss Christ is often used as a test-case for the idea of freedom of speech, and was described in the journal Arts & Opinion as "a clash between the interests of artists in freedom of expression on the one hand, and the hurt such works may cause to a section of the community on the other." [1] It is referred to in many popular publications including the book by Bill Maher When You Ride Alone You Ride with Bin Laden.

"Piss Christ" is also said to highlight the humanity of Jesus. While some see the submersion of the crucifix in urine as debasement of Christ, some supporters see it as an illumination of Jesus' connection to man. They contend that "Piss Christ" reminds viewers of the most basic and biological functions that made Christ human and the fact that during the crucifixion, Jesus would probably have voided his bowels; therefore reinforcing the connection between Christ and man."

Espantosa a interpretação descrita no último parágrafo, própria de uma mente doentia.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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JoseMFernandes

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« Responder #26 em: Fevereiro 05, 2006, 07:23:41 pm »
Leonidas :
Citar
Estas duas poderei considerá-las ofensivas. Tenho que saber o que está escrito. No entanto, caso o que está escrito na (A) seja inofensivo, a imagem, em si, pode ser muito bem ofensiva, somente, para eles e não para os cristãos caso estivesse lá o J.Cristo e porquê? Porque o p´roprio J. Cristo antes de ser crussificado foi misturado com a ralé, dado como criminoso, julgado e condenado como tal.

 


A= "Hmm...I don't recognize him "

B= Lars Refn nao desenha o Profeta, mas um aluno dinamarques Muhammad que escreveu no quadro, em persa: - "Os jornalistas do Jyllands-Posten sao um bando de provocadores reaccionarios "

http://face-of-muhammed.blogspot.com   com atençao aos links que ali constam

 e também

petiçoes on-line : a favor do jornal :  www.petitiononline.com/danmark/petition.html
                       e  contra o jornal: www.petitiononline.com/mod_perl/signed.cgi?prophet

Cumprimentos
 

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mamifero

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Re: IMAGENS
« Responder #27 em: Fevereiro 06, 2006, 07:03:01 pm »
Citação de: "Leonidas"
Suadações guerreiras.

Pessoalmente não tenho uma opinião formada porque vejo sinais contraditórios quando analiso as imagens. todo vai depender do recetor.

para quem não tem opinião formada , dás uns grandes sermões ! :lol:
 

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fgomes

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« Responder #28 em: Fevereiro 06, 2006, 09:05:50 pm »
Sobre as manifestações de muçulmanos, ocorrem-me algumas algumas reflexões:

- As caricaturas foram publicadas em Setembro de 2005, os problemas ocorrem em Fevereiro de 2006.
- Num estado policial como o sírio, há manifestações que ficam fora de controlo! Portanto tudo muito "espontâneo".
- É surpreendente a velocidade com que aquela gente arranjou bandeiras dinamarquesas para queimar, por este andar ainda se esgotam primeiro que as virgens!
- Onde estão os nossos defensores do laicismo, tão preocupados com crucifixos em salas de aula? O seu silêncio começa a ser ensurdecedor.
- Estas caricaturas estão pura e simplesmente a mostrar que o multiculturalismo não passa de fantasia.
- O Ocidente está perante o maior desafio civilizacional, desde que os turcos chegaram às portas de Viena.
 

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Leonidas

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« Responder #29 em: Fevereiro 06, 2006, 09:53:18 pm »
Arte

Saudações guerreiras.

Citação de: "Luso"
Leonidas, não me lembro de nenhum sururu planetário sobre esta obra...

Caro Luso, eu desconhecia por completo o que colocou. Por não se ter dado nenhum alarido sobre este assunto não quer dizer que tenha passado despercebido ao Vaticano. Aliás, tenho uma teoria, digo que o Vaticano de ter uma rede de informações bem melhor que a CIA ou a Mossad.  :roll:  :conf:  Foi uma excelente ideia ter postado o blog. Fiquei assim com uma ideia muito mais clara sobre o assunto. Eu vi ontem á noite na tv todo aquele espectáculo das manifestações e mesmo assim continuei com dúvidas.

Mas se agora estiver a olhar para um puzzle com as peças completas e bem encaixadas, então acho que os de turbante têm razão em protestar. Agora perdem-na porque não souberam ter o sangue frio para civilizadamente, pacificamente e inteligentemente (através dos tribunais, por exemplo) apelar para a sua causa.    
Pessoalmente acho que os muçulmanos têm razão para a indignação e revolta, mas também há nisso muita hipocrisia e aproveitamento há mistura da parte deles, atenção.

Se o objetivo era contar piadas, então foram de muito mau gosto e puseram ainda mais gasolina na fogueira . Falta de subtileza, na mensagem, mas há excepções (*). Esta espantou-me pelo argumento? (**)
Resumindo... Se não havia uma intenção deliberadamente provocatória, o que não deixa de ser um facto é que ela tá lá e, para mim, isso é claro.
Falta de tacto e bom senso.

(*)Esta até pode ter um efeito pedagógico sobre aqueles que acreditam piamente que depois de lutarem e morrerem nas "jihads" as suas virgens irão estar lá à espera.(**) Será que estão a pedir clemência ou a tentarem-se desculpabilizar? :mrgreen: Chico-espertos  :wink:  

Cumprimentos a ambos