3 militares da GNR feridos no Iraque

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« Responder #15 em: Abril 07, 2004, 05:18:58 pm »
"Estes extremistas são o equivalente aos grupelhos de extrema esquerda, onde pontificava um certo Durão Barroso, cujo fervor revolucionário o levou mesmo a roubar os moveis da faculdade para mobilar a sede do glorioso partido do grande timoneiro Mau Tsé Tung."


A experiência de vida muda-nos muito, mas há certas coisas, ou melhor certas mudanças, que me são difíceis de aceitar.
O que me parece - acerca desse senhor que mencionou, e - desviando-me eu agora do tema que nos trouxe aqui - é que esse cavalheiro tem uma tendência natural para se ir aliando aos mais fortes ou pelo menos à ideia que ele tem dos mais fortes: a partir de 75 seriam certamente os esquerdelhos ruidosos e cheios de ímpeto. Depois vieram os $$$ e toca a mudar para o PSD. Não compreendo mudanças tão radicais de estar na vida, menos ainda de gente de formação dita "superior" que deveriam ver um pouco mais além, a não ser óbviamente que fossem meros dondocas e meninos mimados, alienados da realidade.
Com os Estados Unidos se passa o mesmo mas o mais danoso é com Espanha. Ele é sempre subserviente ao mais forte.
Porque é fraco.
E isso está à vista de toda a gente.
Afinal sempre é possível ser pior que o Gugu!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Luso

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« Responder #16 em: Abril 07, 2004, 05:34:04 pm »
"Olhe que essas suas afirmações não estão de acordo com o espírito deste fórum, em que devem ser banidas menções racistas, de descriminação cultural ou religiosa, ou xenófobas."

Rui, fica-lhe bem nutrir sentimentos tão "elevados".
Eu, pela minha parte aceito a violência e pode crer que a apoio - quando bem dirigida e justificada. Que isto fique claro. Aliás, se o Rui também não pensasse da mesma maneira que eu, não seria um membro deste fórum que versa sobre temas óbviamente violentos, métodos e materiais mais adequados para tramar o próximo, pois não?

E ninguém me pode obrigar a ter qualquer sentimento de admiração por uma "cultura" retrógrada, alienada, improdutiva e estúpidamente violenta que é a dessa "gente".
Eu não tenho problemas em ser políticamente incorrecto em afirmar-me como xenófobo e racista perante gente que me quer eliminar por eu não querer partilhar dos mesmos delírios. Tolerância é um conceito bonito, sonante e "in" mas só faz sentido quando praticado por ambas as partes.

Seja bem vindo quem vier por bem, por mais diferente que seja.
« Última modificação: Abril 07, 2004, 09:03:26 pm por Luso »
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« Responder #17 em: Abril 07, 2004, 07:12:09 pm »
"Se os ocupantes do Iraque estão a matar tantos resistentes iraquianos como se diz, tombados heroicamente em combate enquanto defendiam a soberania do seu país"

Para começar os tais "resistentes heróicos" não hesitam em matar indiscriminadamente a sua própria população civil em atentados bombistas. Depois acho que comparar o bando de energúmenos que os media ocidentais designam por "resistência" com os movimentos que combateram a ocupação estrangeira, nomeadamente na II Guerra Mundial, é inacreditável.
Aquela "gente" apenas pretende pura e simplesmente espalhar o terror, não se lhe podendo dar a mínima credibilidade. Aliás bastou ver as imagens do que foi feito a 4 civis em Fallujah para atestar o seu grau de "heroísmo" e de "civilização".
 

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Rui Elias

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« Responder #18 em: Abril 08, 2004, 11:02:57 am »
Papatango:

Em 1385 provavelmente a maioria da população rural portugesa também estaria de fora dos que se passava entre a Leonor Teles, o Andeiro e o Mestre de Avis.

Mas não fosse  a coragem desse grupo minoritário, Portugal poderia ter perdido ali a independência.

Nenhum povo gosta de se ver invadido e ocupado, ainda por cima por tropas de um país com uma cultura diferente.

Portanto a resistência ao ocupante é sempre legítima.

Quando a França se viu em parte ocupada pelos nazis, houve sondagens para saber o que os franceses pensavam da situação?

Mas nacionalistas como e Gaulle lutaram ao lado dos ingleses e também comunistas para que através das resistências fizessem a vida negra aos algozes alemães.

Vai agora afirmar que a resistência frabncesa ou a Padeira de Aljubarrota era terrorista e que de devia dar "pau neles"?

Olhe que nos estados ocupados os colaboracionistas nunca tiveram um futuro brilhante.
 

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Luso

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« Responder #19 em: Abril 08, 2004, 02:45:09 pm »
Se quer que lhe diga, prefiro o Ocupador Americano ao alienado indígena.
E na guerra não há meias tintas.
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papatango

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« Responder #20 em: Abril 08, 2004, 03:11:30 pm »
Citação de: "Rui Elias"
Papatango:

Em 1385 provavelmente a maioria da população rural portugesa também estaria de fora dos que se passava entre a Leonor Teles, o Andeiro e o Mestre de Avis.
Tenho que discordar, porque, se olharmos para a História, verificamos que uma grande parte da população rural estava do lado do Mestre de Avis. (Que na altura de Aljubarrota, já não era mestre de Avis, era já D. João I de Portugal).

As tropas Castelhanas não vieram a Portugal com o intuito de impor um sistema em que o povo português pudesse decidir de sua livre vontade. As tropas Castelhanas vinham para, impondo os direitos de D. Beatriz, uma princesa de 11 anos de idade, casada com o rei de Castela, impor os direitos do rei de Castela sobre Portugal.

Como já referi noutros tópicos, é o povo (e naturalmente a maior parte deste, é rural) que apoia o mestre de Avis e o Condestável D. Nuno Alvares Pereira.

Não devemos fazer confusões. O que se debate no iraque é um fundamentalismo anacrónico e medieval que está a destruir, como se fosse um cancro, as células cerebrais dos árabes.

Grande parte dos iraquianos não se manifesta. Pode até não estar de acordo com os americanos, mas muitos iraquianos são gente instruida. Essa gente instruída é um perigo para os fundamentalistas. Se amanhã os exércitos ocidentais sairem do Iraque, serão estes cidadãos instruidos os primeiros a serem passados pelas armas (vulgo assassinados).

Não preciso que me venham dizer que talvez não aconteça. No Afeganistão também havia uma classe média instruida. Vejam o que aconteceu.

O fundamentalismo islâmico, se ganhar terreno no Iraque, não se contentará. Não ficará pelo Iraque. Que ninguém tenha ilusões.

Embora seja verdade que há no Iraque muitas armas (demasiadas) nas mãos de civis, não acredito que os pais de familia tenham todos, em casa uma colecção de projecteis para RPG-7.

Se estes fanáticos ganharem, alguém no seu juizo acredita que haverá eleições no Iraque?

Haverá mais mortos, mais executados, mais torturados, mais exilados, e acima de tudo mais fanáticos prontos a se explodirem contra tudo o que lhes parecer infiél.

Posso parecer um pouco egoista neste aspecto. Mas se o conflito com os extremistas tiver que ocorrer em algum lugar, antes lá que cá.

Abandonar o Iraque e voltar para casa é o correspondente a recuar e voltar para dentro da nossa fortaleza, para aí, se necessário for, proceder á defesa.

Mas, Napoleão escreveu e a História militar o prova. O lado que escolhe refugiar-se por detrás das muralhas, é o lado que está condenado a perder a guerra.

É lá que os extremistas devem ser contidos. Se não forem contidos lá, teremos que lutar com eles cá. E nessa altura já estaremos a defender as muralhas. Poderá ser demasiado tarde.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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« Responder #21 em: Abril 08, 2004, 04:19:13 pm »
Perdoem-me, mas comparar Portugal em 1385 ou a resistência anti-nazi na II Guerra Mundial, com o bando de facínoras (mistura de restos do regime de Saddam Hussein, terroristas da Al-Qaeda e agora de extremistas xiitas) que se opõe às forças da coligação é algo de obsceno !!!!!!!
 

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Luso

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« Responder #22 em: Abril 08, 2004, 05:08:23 pm »
"O fundamentalismo islâmico, se ganhar terreno no Iraque, não se contentará. Não ficará pelo Iraque. Que ninguém tenha ilusões. "

Reparem que quem defende esta gente, esta minoria fanática mas ruidosa, são aqueles que também utilizam o mesmo "modus operandi" - a esquerda radical, que sonha em fazer-se confundir com a maioria.
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« Responder #23 em: Abril 08, 2004, 05:43:05 pm »
Papatango escreveu:

"(...) O que se debate no iraque é um fundamentalismo anacrónico e medieval que está a destruir, como se fosse um cancro, as células cerebrais dos árabes.

Grande parte dos iraquianos não se manifesta. Pode até não estar de acordo com os americanos, mas muitos iraquianos são gente instruida. Essa gente instruída é um perigo para os fundamentalistas. Se amanhã os exércitos ocidentais sairem do Iraque, serão estes cidadãos instruidos os primeiros a serem passados pelas armas (vulgo assassinados).

Não preciso que me venham dizer que talvez não aconteça. No Afeganistão também havia uma classe média instruida. Vejam o que aconteceu.

O fundamentalismo islâmico, se ganhar terreno no Iraque, não se contentará. Não ficará pelo Iraque. Que ninguém tenha ilusões.

(...) Se estes fanáticos ganharem, alguém no seu juizo acredita que haverá eleições no Iraque?

Haverá mais mortos, mais executados, mais torturados, mais exilados, e acima de tudo mais fanáticos prontos a se explodirem contra tudo o que lhes parecer infiél."

Tenho de concordar com este ponto de vista, aliás partilhado por muitos participantes no fórum. Não só a Coligação não deve abandonar o Iraque nos próximos tempos, como deve eliminar ou neutralizar todas as milícias e exércitos privados que, com o aproximar do dia 30 de Junho, se tornam mais agressivos, espalhando o caos e a violência.

Veja-se como, nos últimos 5 dias, Moqtada Sadr, um líder Shiita fanático de importância secundária (comparando com a influência do Ayatollah Ali Sistani), instigou ao ódio e ao levantamento armado, lançando a sua milícia privativa Mahdi contra os soldados da coligação. Que pretende ele? Que interesses o movem? Parece-me que acendeu uma fogueira na esperança que o vento espalhe as chamas à floresta, isto é, quer obter uma insurreição generalizado dos Shiitas iraquianos. Mas mais do que isso, Sadr quer afirmar-se dentro do próprio Shiismo, quer vir a ser o líder supremo e instalar no futuro um estado iraquiano islâmico, à imagem do Irão do Ayatollah Khomenei. Isto é, claramente, um perigo para toda a região - se os extremistas Shiitas dominarem o Iraque (coisa que uma retirada da Coligação só favoreceria) então veremos as "limpezas" de intelectuais e pessoas formadas e instruídas (como os Khmers Vermelhos fizeram no Cambodja) e só a palavra de Alá reinará. A população iraquiana será remetida para a "idade das trevas", as unicas palavras que poderão sair das sua bocas é "allah u akbar", e tudo o que for estrangeiro ou diferente é infiel ou apóstata.

Tudo o que está a acontecer no Iraque às vezes espanta-me: vemos cerimónias religiosas transformadas em comícios, em que os líderes mais fanáticos delineam a estratégia de terror para a semana seguinte, as mesquitas e as zonas densamente povoadas são usadas como fortes e bases militares e se morrerem civis (o que é inevitável) lá vêm os cortejos com os apelos inflamados à Jihad e os gritos de morte à América.

As autoridades da coligação, tanto as civis como as militares, têm de ter tacto e sensibilidade para entender que as camadas mais jovens da população iraquiana sentem-se frustradas por causa do desemprego e da pobreza e começam a perder a esperança (a ocupação já dura há um ano e os sinais de recuperação tardam). Mais importante do que a repressão militar das insurreições, é a batalha pelo coração dos iraquianos. Os EUA não se podem demitir dos seus deveres enquanto potência ocupante, mas os iraquianos têm de ter cabecinha para ver que os levantamentos populares em nada ajudam à reconstrução e à afirmação do Iraque com nação soberana e independente.

Espero que o Sr. Moqtada Sadr, que pelos vistos encomendou o assassinato de outro líder shiita moderado o ano passado, seja detido e responsabilizado por instigar a sublevação armada, e que acabem estes confrontos sangrentos. Espero também que o Ayatollah Ali Sistani se mantenha fiel à sua política de contenção e apaziguamento e que a grande maioria dos shiitas que só querem paz e sossego não alinhem na loucura extremista que só prejudica o futuro do Iraque.
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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europatriota

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Quem ataca quem e quem se defende de quem ?
« Responder #24 em: Maio 06, 2004, 03:24:36 pm »
Falar de ameaça islâmica é paranóia neo-conservadora. É histeria vinda do poderoso lóbi judaico americano e do Likud israelita (que pretendem atiçar o mundo contra aqueles a quem roubaram terras pela força e que pretendem naturalmente recuperá-las também pela força...).

De facto, os muçulmanos não ocupam nem têm planos para ocupar nenhuma terra cristã ou ocidental. Mas há  5 países islâmicos ocupados por invasores não-islâmicos: Palestina, Iraque, Afeganistão, Caxemira e Chechénia. São factos...

Ora, segundo o direito internacional, os ocupados têm o direito de legítima defesa armada contra os ocupantes, pelo que a resistência palestiniana e iraquiana é legítima. Já as agressões de israelitas e americanos são crimes de guerra contrários à lei internacional e passíveis do TPI.

É simples para quem não mistura alhos com bogalhos...
A Grande Europa, respeitadora do direito internacional, da dignidade dos povos e da paz mundial deve unir-se, rearmar-se e liderar o mundo rumo à Paz Perpétua kantiana
 

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Normando

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« Responder #25 em: Maio 06, 2004, 07:58:19 pm »
Caro Europatriota:

Eu até tinha prometido a mim mesmo que não voltava a abordar estas questões (pode ir explorar os vários tópicos para conhecer as minhas posições), mas visto que você é um recém-chegado, não queria que ficasse a pensar que ninguém lhe ligava.

Você escreve no final da sua intervenção "É simples para quem não mistura alhos com bogalhos..." A meu ver esse é precisamente o seu erro. Todas estas questões são extremamente complexas, não podendo você colocar tudo no mesmo saco. A sua visão maniqueísta assemelha-se ao discurso retrógado do presidente Bush quando vem falar do "Axis of Evil".

Então não há ameaça islâmica? Está a querer dizer-nos que dentro do Islão não há correntes doutrinárias fundamentalistas que alimentam o ódio contra o Ocidente? Que essas doutrinas inspiram presentemente grupos extremistas a atacar tudo o que estiver relacionado com o Ocidente? Que querem restaurar os grandes califados de outrora? Onde é que você tem estado homem?

Essa lenga-lenga da conspiração neo-conservador-judaica global é uma fórmula gasta, inventada pela extrema-esquerda e usada por quem não se quer dar ao trabalho de pensar pela sua própria cabeça.

Você enumerou aí 5 situações que você identifica como ocupação de países islâmicos por países não-islâmicos. Fico preocupado ao constatar que não é capaz ou não quer (o que é mais grave) ver as diferenças nas situações desses territórios. Faça umas pesquisas.

Não sei se já reparou que existe no Iraque resistência armada dirigida à coligação ocupante e também terrorismo que tanto visa soldados, como polícias, como civis, como trabalhadores estrangeiros, que não se importa de matar 30 civis inocentes para atingir 5 soldados e que depois lhes chama mártires.

Acho um piadão ao pessoal que vem para aqui (e com isto não estou a dizer que não participem, apenas que se informem antes de dar eco ao paleio de uma certa esquerda política) mandar bitaites àcerca de um assunto tão melindroso sem antes estudar as várias questões que se entrecruzam. E só sabem criticar, porque avançar soluções não é com eles.
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emarques

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« Responder #26 em: Maio 06, 2004, 08:54:05 pm »
E essa lista esquece pelo menos dois países que, segundo a Al Qaeda, são territórios muçulmanos ocupados. Portugal e Espanha. O Osama já fez declarações sobre a "grande tragédia de El Andalus"...
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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europatriota

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« Responder #27 em: Maio 06, 2004, 10:33:43 pm »
Caro Normando:

É claro que não há ameaça islâmica nos termos que referi (ou seja: um projecto de dominação politica religiosa e económica do Ocidente por muçulmanos, como existe no sentido inverso...). Existem, sim, ameaças (algumas já concretizadas) de retaliação a ocidentais e ao ocidente por causa dos ataques "cruzados" ao islão. O que é diferente. Essa de eles quererem recuperar o Al Andaluz é folclore (tal como o nosso de Olivença) e só referido por pessoas isoladas sem representatividade (ao contrário da retaliação anti-americana e aliados pelas agressões na Palestina e Iraque, que é defendida por 1,3 biliões de muçulmanos...). Não confunda legítima defesa com ataque preventivo e não provocado.  Não esperava decerto que 15.000 civis iraquianos assassinados nesta guerra ilegal de rapina não fossem vingados, mesmo que em escala muito inferior, pois não ? Ou meio milhão de crianças iraquianas mortas pelo embargo de 12 anos (números da UNICEF) ? Ou os 3000 palestinianos assassinados pelo ladão de terras Sharon ?

Lembre-se que à luz do direito internacional, a resistência armada e a retaliação sobte o ocupante é legal e que a ocupação é que é ilegal e crime de guerra passível do TPI. É você que mistura alhos com bogalhos...

Quanto à conspiração dos likudistas e do lóbi judaico americano para empurrarem os EEUU para uma guerra generalizada com o mundo árabe para evitar a justa reacção deste ao roubo de terras e ao genocídio lento dos irmãos palestinianos, só não o vê quem é cego. Nos EEUU político que critique SSharon e os roubos de terras vê a sua carreira imediatamente destruída pelo poderoso lóbi judaico que controla a finança e os media. E nos EEUU sem dinheiro nem media...

Os 5 países islãmicos que enumerei (havia mais: Ceuta e Melilla...) são efectivamente muito diferentes, mas têm em comum serem ocupados ilegalmente por países não islâmicos e foi só isso que eu disse. Mas, você não conseguiu apontar um único país cristão ocupado pelo Islão... Onde está então essa ameaça ? A unica ameaça é a "cruzada", e bem real e mortífera...

Toda a resistência ao ocupante no Iraque é patriótica e legítima (o patriotismo é um valor universal, ou não ?), mesmo a que usa atentados de eficácia discutível. E não mataram os EEUU 15.000 civis só para derrubarem um ditador ? Pois, dois critérios...

Finalmente, não seja "paranóico" a ponto de ver esquerdistas em todo o lado. Esta questão é transversal a esquerdas e direitas, mas, por acaso, até sou de direita, da direita patriótica, europeísta, neo-gaulista. Não da colaboracionista e neo-petainista... Como 70-80% dos europeus, sou anti-busho-sharonesco e defendo que a Europa deve rearmar-se para poder esmagar, caso necessário, as novas ameaças à paz mundial vindas dos projectos imperialistas e agressivos do eixo do mal busho-sharonesco que nos quer arrastar para uma guerra mundial apocalíptica com 1,3 biliões de muçulmanos por causa dos roubos de terras de 40.000 colonos  extremistas judeus...
A Grande Europa, respeitadora do direito internacional, da dignidade dos povos e da paz mundial deve unir-se, rearmar-se e liderar o mundo rumo à Paz Perpétua kantiana
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #28 em: Maio 06, 2004, 11:18:48 pm »
Devo confessar que também já começo a ficar ligeiramente farto de discutir esta questão que, me parece, está a monopolizar algumas secções essenciais do fórum.

Primeito que tudo seja muito bem vindo ao fórum defesa europatriota*.
Devo-lhe dizer que nesta questão estou em sintonia com o Normando. Tal como ele estive contra esta intervenção no Iraque e não reconheço à maior parte dos iraquianos que hoje combatem contra as forças da coligação o estatudo de resistentes pelos simples facto de lutarem por ideais e fins que pouco têm a ver com o Iraque e o seu bem estar.
Sinceramente não considero esta "ocupação" uma ocupação, pois, para mim ( e isto, claro, é relativo de cada um ) uma ocupação existe quando o invasor pretende manter-se e dominar o território durante um período indeterminado de tempo. Esse não é o caso. Como já tive oportunidade de referir nem os americanos nem os iraquianos iriam permitir uma presença prolongada das força norte-americanas.
É extremamente importante que compreenda que existem sempre 2 faces da mesma moeda. 43% dos Iraquianos desejam e querem que as forças americanas permaneçam no território.
Sou o primeiro a apontar os enormes erros da administração Bush nesta questão mas devo-lhe confessar que embora pense que o timing desta guerra tenha sido péssimo penso que ela seria inevitável. Não vale a pena comparações entre a Líbia e o Iraque. São países com despotismos bem diferentes e com atitudes bastantes diferentes.


Citar
Ou meio milhão de crianças iraquianas mortas pelo embargo de 12 anos (números da UNICEF) ?

Sem dúvida. Mas deve ter a noção que esses países europeus que tanto defende ( aliança militar contra os EUA hem? ) apoiaram sem qualquer dúvida essas resoluções, e, deixe-me acrescentar, também a esmagadora da opinião pública da altura ( 1991 ). Não vale a pena vir com hipocrisias em 2004 a deitar a culpa de tal coisa seja para quem for. Neste caso estamos todos no mesmo barco.

Aquilo que penso que o Normando tentou demonstrar foi que todos estes casos são lamentáveis e deveriam ser investigados e eventualmente punidos mas que eles não devem influenciar o bom julgamento das pessoas em questões tão importantes como esta.
Isto seria o mesmo que voltar a ouvir o Bernardino Soares ( ah, esse jovem idealista  :wink:  ).

Afinal de contas queremos ambos a mesma coisa - que Kerry ganhe as eleições no final deste ano - mas não posso concordar com as suas afirmações sobre esta questão.

Com os melhores cumprimentos,


* - nick curioso. Patriota depreende amante e defensor de um país. Europa é, hoje em dia, uma união de países e não um país. Contraditório!  :twisted: Mas isto já sou só eu a divagar! Um grande abraço!
Ricardo Nunes
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« Responder #29 em: Maio 07, 2004, 12:27:03 am »
Citação de: "europatriota"
Essa de eles quererem recuperar o Al Andaluz é folclore (tal como o nosso de Olivença) e só referido por pessoas isoladas sem representatividade

Infelizmente essa falta de representatividade do Osama bin Laden no mundo muçulmano não parece resultar numa redução de baixas aquando dos ataques terroristas do grupo dele...

Infelizmente, tal como muitos americanos insistem em misturar a invasão do Iraque com o "combate ao terrorismo", certos sectores europeus mais anti-americanos insistem em misturar o combate ao terrorismo com a invasão do Iraque. Não distinguir entre as acções no Afeganistão e no Iraque normalmente são um produto dessa forma de ver as coisas. O ataque ao Iraque não tem uma justificação, e como tal foi tratado por grande parte da população europeia, e uma boa parte da americana. Já a intervenção no Afeganistão teve muito mais apoio, porque foi vista como justificada.

Citar
Quanto à conspiração dos likudistas e do lóbi judaico americano para empurrarem os EEUU para uma guerra generalizada com o mundo árabe para evitar a justa reacção deste ao roubo de terras e ao genocídio lento dos irmãos palestinianos, só não o vê quem é cego. Nos EEUU político que critique SSharon e os roubos de terras vê a sua carreira imediatamente destruída pelo poderoso lóbi judaico que controla a finança e os media. E nos EEUU sem dinheiro nem media...

Francamente não gosto do governo de Israel, nem das atitudes que toma. Quanto ao apoio que tem e teve, não é so por parte dos americanos. Veja-se o caso da crise do Suez, em que foram os americanos que acabaram por pressionar a retirar da aventura a que o Reino Unido e a França os tinham levado.

Ultimamente, com o domínio da direita israelita têm-se extremado posições, e é preciso que sejam exercidas pressões por parte de todos os países (não basta queixar-se que os americanos não fazem nada). Mas também é preciso que o povo de Israel apoie a paz. Se por acaso a pressão internacional deitasse abaixo o governo de Sharon, o que acontecia era eles arranjarem um governante ainda mais extremista. O Sharon acaba por ser um moderado dentro do governo...

Quanto ao grande lobby judaico, não me parece que os EUA precisem de grande pressão de lobbies para fazer o que consideram do interesse estratégico deles: apoiar o único governo realmente pró-ocidental da região.

Quanto aos "irmãos palestinianos" e à piadinha do SS... :P). Além disso, em termos de política externa também não são flor que se cheire. E acho que sobreestima o anti-bushismo da população europeia. Primeiro, nem toda a Europa faz parte da União, e depois muitos dos que estão contra a guerra estão mesmo contra a guerra, e fora isso nem se importam muito com quem é que manda nos EUA.

Quanto ao rearmamento da Europa para esmagar as ameaças à paz, há uma frase muito interessante: "E quem toma conta dos guardas?" É exactamente essa mentalidade de polícia do mundo que se critica ocasionalmente nos americanos...
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.