Também quero frisar, Paisano, que não há qualquer animosidade de minha parte, relativamente ao que você escreveu. A questão da razão de ser das forças armadas, é muito importante e de extrema relevância.
Não podemos aceitar de ânimo leve uma teoria de unificação das forças armadas, e ainda por cima com a Espanha, sem analisar as implicações que isso tem.
Acho que, a distância, desde o Brasil, faz com que algumas das características portuguesas sejam esquecidas. As questões entre Portugal e Espanha, são seculares e quase milenares. Não se pode passar uma esponja sobre a História, e por isso, não se pode aceitar uma ideia sem grande lógica, como a da união de forças armadas, das duas nações da Europa, (Portugal e Castela) que se degladiam à mais tempo.
Aliás, como você mesmo concordará, a junção das forças do Brasil e dos Estados Unidos da América, por muito razoável que possa parecer, também sería rejeitada no Brasil, e com toda a razão.
O Luso, tocou num ponto que me pareceu lógico, e que devemos considerar, porque não é a primeira vez que é referido, e que está expresso na seguinte frase:
O que parece é que o desejo de ver uma parada com muito soldadinhos e com material moderno e em quantidade supera todas as outras implicações.
Ou seja, é mais uma questão de achar que nas paradas, uns quantos tanques modernos e armas mais modernas, faziam melhor vista.
Acho que o Miguel fica impressionado com as paradas militares dos Espanhois.
Eu recomendaría ao Miguel para ler a Cronica de Froissart sobre Aljubarrota, para ele ver qual é a ideia que a Europa tinha dos castelhanos, já no século XIV.
Mesmo que o exército português estivesse apenas armado de G-3, mesmo assim, continuaria a ser uma força a considerar.
Não precisamos de ter tanques para as paradas militares.
Precisamos é de forças armadas com capacidade operacional, capazes de desferir com o menor numero de meios possivel, um golpe eficaz nas "partes baixas" do inimigo. Para isso, não precisamos de grandes unidades.
Caro amigo se vocé vive em permanencia com os demonios do passado, então nunca mais vamos evoluir.
Eu sou, por formação, a favor de
toda a evolução. Sou a favor da discussão de tudo, e coloco tudo em causa. Sou uma mente aberta que aceita a discussão e o confronto de ideias. Mas mesmo eu, assumo que há limites que não devem nem podem ser pisados. Esses limites são a fronteira que nos define a todos como portugueses. É aquela fronteira onde deixa de haver sulistas, nortistas, madeirenses, benfiquistas, portistas ou sportinguistas, para passar a haver apenas portugueses
Você passou essa fronteira!
Nenhum português que se preze e se orgulhe do seu país a pode passar.
A unica coisa que posso dizer-lhe Miguel, é que de todas as evoluções que são possíveis, a que você propõe é a unica que eu estou absolutamente seguro que não é a certa.
Fico-me pelas palavras de Ary dos Santos:
Não sei por onde vou, mas sei que não vou por aí.Cumprimentos