Caro Paisano.
Eu entendo que a visão que muitas vezes se tem da Europa, desde outros lugares, pode sempre ser diferente, porque a cada cabeça corresponde uma sentença.
No entanto, e indo um pouco mais longe, para você como brasileiro entender melhor, imagine que alguém propõe que o exército dos Estados Unidos e do Brasil, se unifiquem sob um comando único.
O Brasil, só teria a ganhar. Acabaría a novela FX, com acesso brasileiro aos F-22. A marinha do Brasil deitava logo fora o São Paulo e podia operar um porta-aviões da classe Nimitz, equipado com F-18 Super-Hornet.
Claro, que tudo isto tem um pequeno detalhe. O comando, como é obvio pertenceria sempre à parte mais forte, ou seja ao Estados Unidos. Naturalmente os Estados Unidos estão muito melhor preparados que o Brasil para defender a Amazónia e têm muitos recursos para combater o trafico de drogas e a violência nas favelas do Rio e de São Paulo. Portanto essas unidades seriam instaladas em Manaus, Porto Velho, Rio Branco e por aí fora, sob comando conjunto, claro. Tería um general, dois brigadeiros e conco tenentes-coroneis americanos, e um tenente-coronel brasileiro.
Diga-me, Paisano, segundo o seu ponto de vista - que aceita tal coisa para Portugal - você aceitaria o que eu descrevo acima para o Brasil?
Como você mesmo já disse, há poucos povos tão parecidos quanto brasileiros e portugueses. Portanto, eu acho que você nem precisa responder à minha pergunta, porque eu acho que sei qual é a resposta.
Se eu fosse brasileiro e se me propusessem uma coisa dessas, eu diria que preferia passar fome, a ter os americanos a mandar nas forças armadas brasileiras. E que eles podem ser mais fortes, mais ricos, e mais o que quer que seja, mas que há coisas que não se vendem.
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A somar a tudo isto, temos o facto histórico de a Espanha ser o país à face da terra, que mais vezes nos invadiu, nos atacou, provocou fome, miséria, morte e desgraça. É o que diz a história, eu não invento nada, por muito que um certo participante do fórum, tente desacreditar-me.
Castela, o país que controla o Estado Espanhol, tem uma marca genética na sua formação. Eles acham, e continuam a achar que Portugal é um entrave ao seu domínio total sobre a península. A regra castelhana, é a de sempre. Atrair os portugueses, com ofertas que não possamos recusar. Até os poetas escrevem sobre esse assunto. Para eles, a Espanha, Una Grande Y Libre, é Castelhana, fala castelhano, é Torera, come paelha e canta aquelas musicas árabes da Andaluzia. Tudo o que não for como eles, é folclórico e anti-espanhol.
Cá por mim, diria onde acho que os castelhanos devem colocar a Paelha,
O objectivo de Castela, é um objectivo imperial. Outras nações ibéricas, mais ricas que Portugal, foram destruídas e descaracterizadas. A Portugal, não lhe restaria outro caminho.
Portanto a possibilidade de tal comando unificado, é, uma proposta feita depois de um jantar ou almoço, regado com muito generosas quantidades de vinho, e rematado com Conhaque de boa qualidade.
Quando passámos a ser um reino dos Habsburgos (Dinastía Filipina), a nossa esquadra foi descaracterizada. Os nossos principais (e poucos) navios foram-nos roubados pelos castelhanos.
Ainda hoje, quando se fala na derrota da armada invencível, se fala do “Galeón San Martín” como navio almirante da esquadra.
Esse galeão era o “SÃO MARTINHO”. Como o São Martinho, muitos outros navios foram castelhanizados. A bandeira do reino de Portugal (reino do qual Filipe II era rei), proibida.
Se quem começou este disparatado tema, lesse um bocadinho de história militar, teria vergonha de o ter começado!
Cumprimentos