Invasão da Ucrânia

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Fraz

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2220 em: Março 10, 2023, 03:31:03 pm »


E informares-te?

Os Nashi são uma organização de juventude ao serviço do estado semelhante ao que foi a juventude hitleriana

Bem sei, que sou desinformado....  :mrgreen:

Sub-Saharan Europe? Azov Battalion: A Ukraine based Neo-Nazi organization is employing child soldiers

https://tfiglobalnews.com/2022/04/24/sub-saharan-europe-azov-battalion-a-ukraine-based-neo-nazi-organization-is-employing-child-soldiers/

Estes comparo com quem, os escuteiros???

E estão ao serviço de quem?
Os "maus" desse batalhão saíram todos.
Foram para o Wagner.
Só não digo que agora só lá estão padres porque a coisa também não anda fácil para eles...
Se os "maus" desse batalhão eram tão maus e tão neo-nazis que até justificaram a invasão de um pais soberano, o senhor Lampuka consegue-me explicar porque é que as forças armadas russas depois de terem conseguido esse grande objectivo, libertaram todos os comandantes desse batalhão (regimento à altura) em troca com prisioneiros russos normais?
 
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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2221 em: Março 10, 2023, 04:24:34 pm »


Já nem os russos acreditam na patranhada dos nazistas ucranianos, apenas o pessoal do partido, ou devo dizer da embaixada da federação russa com representação parlamentar.


Quando em 2014 os grupos nazistas russos tomaram a Crimeia e declararam a independência de Donetsk e Lughansk, houve outras "revoltas" em outros lugares da UCrânia.

Alegadamente Putin, achava que (e é aparentemente algo confirmado em obras publicadas sobre o tema) as revoltas na Ucrânia contra os europeistas em Kiev, seriam essencialmente de Kharkiv e Odessa.

Putin não estaria à espera que a oposição tivesse sucesso em Donetsk e Lughansk. Mas foi o que aconteceu...

No entanto, o que normalmente está esquecido, é que em Kharkiv ocorreu um movimento parecido, com a tomada do palácio do governo e a declaração da independência da República Popular de Kharkiv, R.P.K..

Porém, em Donetsk e Lughansk, os nazistas russos estavam armados, emquanto que os que tentaram tomar o palácio governamental em Kharkiv estavam desarmados. Desta dorma, a  R.P.K durou cinco horas, findas as quais a polícia os removeu do palácio e os prendeu.

Os movimentos neonazis por detrás das republicas populares de Donetsk e Lughansk, tinham uma grande participação de adeptos de clubes de futebol.

Em Kharkiv, o principal clube de futebol, o Metalist Kharkiv, tinha um grupo organizado de ultras, chamado Sector-82, o qual tinha até relações com os ultras neonazis do Spartak Moscovo.
Porém, na sequencia do sucesso dos ultras do futebol em Donetsk e Lughansk, resultado de estarem armados, levou os ultras do Sector-82 a formar um grupo paramilitar, que viria a ser conhecido como Batalhão Azov.

Não há duvida de que o batalhão Azov teve membros extremistas.
Mas os factos mostram-nos que este tipo de problemas tem caracteristicas pan-eslavas, e a esmagadora maioria destes movimentos abertamente nazistas estão na Russia e sempre estiveram na Russia. Também os há na Ucrânia, na Romenia, Bulgária e Sérvia. Mas pelo menos 80% deles estão na Russia.

Olhar para o lado, e fingir que não se vê nada

Os governantes russos sempre olharam para o lado, perante o gigantesco numero de movimentos nazistas no país. Um dos principais partidos da DUMA, o Partido Liberal Democrático de Vladimir Zhirinovsky era basicamente o partido nazista russo.

No caso dos paramilitares, às vezes a policia removia os simbolos, às vezes aparecia para fingir que agia, mas a esmagadora maioria dos grupos nazis russos continuou a existir, nomeadamente o Movimento Imperial Russo, que foi declarado organização terrorista.
https://en.wikipedia.org/wiki/Russian_Imperial_Movement

Perante as tiradas cada vez mais militaristas deste grupo e de outros, surgiu na Russia a ideia de canalizar as energias destes grupos para qualquer coisa que pudesse ser aproveitada, mas sem criar problemas internos dentro da Russia.
É aí, que surge a ideia de criar uma empresa paramilitar privada para enquadrar os elementos mais criminosos destes grupos nazistas.

O organismo criado, terá o nome do compositor preferido de Adolf Hitler.

Grupo Wagner.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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P44

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2222 em: Março 10, 2023, 04:42:42 pm »
Duas famílias estão disputando a identidade do soldado ucraniano executado. O vídeo de sua execução foi divulgado na internet no começo da semana e causou muita comoção. Também compartilhamos na página, mas censuramos para respeitar as regras do Facebook.

O corpo de Matsievskyi foi trocado por restos mortais de soldados russos mortos em Bakhmut em janeiro, e enterrado no cemitério de Nizhyn.

O corpo de Shadura continua desaparecido.

Para resolver a disputa, autoridades militares ucranianas cogitam fazer a exumação de Matsievskyi e analisar se os ferimentos correspondem ao que pode ser observado no vídeo da execução.

O veredicto final não trará nenhum dos dois de volta, mas irá escrever seu nome na história ucraniana.



Fonte:
-https://www.theguardian.com/world/2023/mar/10/symbol-of-resistance-inquiry-launched-identity-heroic-ukraine-pow
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Lusitano89

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2223 em: Março 10, 2023, 04:50:36 pm »
 

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dc

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2224 em: Março 10, 2023, 05:49:50 pm »
A maioria dos mísseis de cruzeiro, utilizados nesta guerra, não são capazes de manobras evasivas. O mesmo não se passa com os caças. As forças aéreas da NATO têm tácticas para evadir SAM e, claro, SEAD. Obviamente, que um F-16 ou um Typhoon não iriam passear impunes sobre as planícies da Ucrânia, mas teriam mais chances de sobrevivência do que um caça russo, operando sobre a doutrina soviética/russa.

Pegando novamente na conversa dos caças ocidentais para a Ucrânia. Os russos tiveram muitas aeronaves abatidas, por estarem a invadir um país com fortes defesas aéreas, e não tendo eles verdadeira capacidade SEAD. Já os ucranianos, até poderiam, em teoria, usar caças até determinadas zonas do país, onde não há defesas aéreas russas, remetendo-se então a ser utilizados para lançamento de armas de longo-alcance (diria vá, alcances de 100km ou mais). CAS não me parece exequível para nenhum dos lados.

Não esquecer que mesmo um S-400, que dependendo do míssil, pode atingir alvos a 400km de distância, este alcance vai varia com o alvo, nomeadamente com o RCS deste.  Se calhar aqueles 400km, aplicar-se-ão a AWACS e outras aeronaves de grande dimensão, e não a caças muito mais pequenos.

De notar também que, aqui entraríamos no debate de "qual o melhor caça a fornecer". Se olharmos para o F-15 ou Su-27, estes têm RCS consideravelmente superiores ao de um F-16, F-18, Typhoon, Rafale e Gripen.

Os verdadeiros problemas, além do tempo necessário para formar pilotos e pessoal de terra, seria, de onde é que estas aeronaves poderiam operar e a própria aquisição de alvos para disparos a grande distância.
 

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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2225 em: Março 10, 2023, 06:15:01 pm »
Citação de: dc
Os russos tiveram muitas aeronaves abatidas, por estarem a invadir um país com fortes defesas aéreas, e não tendo eles verdadeira capacidade SEAD.
Eu não teria tanta certeza quando às capacidades russas.
Já vi vários comentários de especialistas na questão, afirmarem que os russos fizeram tudo conforme estava no livrinho, e destruiram tudo quanto era radar e sistema de radar ucraniano conhecido.

As primeiras imagens a correr mundo, depois daquelas imagens de Kiev com engarrafamentos e com pessoas a fugir, foram imagens de radares ucranianos destruidos.

Diz-se no entanto, que os ucranianos in extremis, tinham removido parte dos seus melhores sistemas, mas que não foi uma remoção organizada, foi mais uma debandada.
Durante os primeiros três ou quatro dias, as coisas no lado ucraniano estavam caóticas e só ao fim da primeira semana é que os sistemas ucranianos voltaram a estar operacionais.

Durante este periodo, os russos pensaram que tinham destruido tudo o que os ucranianos poderiam ter e cometeram o erro trágico de começar a utilizar helicópteros.
Eles estavam convencidos, por exemplo, de que não havia capacidade de defesa anti-aérea a norte de Kiev, o que explica as operações aerotransportadas que foram tentadas contra o aeroporto de Gostomel.
Na mesma altura, começaram a perder helicopteros em número, porque não entenderam a quantidade de mísseis anti-aéreos de curto alcance que os ucranianos tinham.


Citar
Os verdadeiros problemas, além do tempo necessário para formar pilotos e pessoal de terra, seria, de onde é que estas aeronaves poderiam operar e a própria aquisição de alvos para disparos a grande distância.
Esta questão foi colocada pelas mesmas pessoas que referiram a situação acima, afirmando que, o F-16 tem um trem de aterragem inadequado, porque precisa de uma pista quase perfeita para poder ser utilizado continuamente.
Segundo os mesmos, o Grippen, faria por isso muito mais sentido que o F-16.

E se a operação não for próxima à frente, a utilidade das armas de maior alcance pode ser menor.
Se a ofensiva ucraniana, a existir, for em direção a sul, então a ponte de Kerch terá que ser destruida, não apenas danificada.
É para operações desse tipo que os ucranianos precisam de aviões, não necessariamente para combates contra a aviação russa.
« Última modificação: Março 10, 2023, 06:16:25 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Malagueta

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2226 em: Março 10, 2023, 07:34:14 pm »
Varios jornais e televisões falam em pausa tactica em bakhmut

https://tvi.iol.pt/noticias/guerra/ucrania/grupo-wagner-faz-pausa-tatica-e-ucrania-prepara-contraofensiva-o-que-se-passa-em-bakhmut/20230310/640b67df0cf2dce741aef693

Depois de várias semanas a pressionar a linha de frente ucraniana, o Grupo Wagner vai fazer uma “pausa tática temporária” em Bakhmut. A informação foi avançada pelo Institute for the Study of War (ISW), um think thank norte-americano, que não registou quaisquer ofensivas na parte este da cidade por parte dos mercenários que estão ao serviço do Kremlin desde 7 de março, quando disseram ter capturado a margem oriental do rio Bakhmutka.

O ISW acredita que o grupo, liderado por Yevgeny Prigozhin, que ultimamente tem sido muito crítico das ações da Rússia, estará à espera da chegada de reforços do exército russo, passando então depois para uma nova ação para tentar tomar a cidade.

“A chegada de um grande número de forças russas à zona pode sugerir que as forças russas pretendem alcançar o culminar das operações do Grupo Wagner com tropas convencionais”, pode ler-se no relatório, que deixa em aberto quais serão os próximos passos do grupo de mercenários.

https://www.publico.pt/2023/03/10/mundo/noticia/grupo-wagner-faz-pausa-tactica-bakhmut-instituto-norteamericano-2041857

Grupo Wagner faz “pausa táctica” em Bakhmut, após queixas sobre falta de munições
Mercenários aguardam tropas e reabastecimentos após semanas de combate feroz. Yevgeny Prigozhin inaugura centros de recrutamento em 42 cidades russas.

Para Yevgeny Prigozhin, responsável máximo do grupo Wagner, as “pinças estão a fechar-se” sobre Bakhmut. Nos últimos dias, as forças russas conquistaram terreno na cidade da região de Donetsk, apesar da forte resistência ucraniana e de uma alegada falta de recursos denunciadas pelo “número um” do grupo paramilitar. Analistas norte-americanos dizem que os mercenários estão agora a fazer uma “pausa táctica”, enquanto aguardam pela chegada de reforços e abastecimentos após semanas de combates intensos.

O grupo Wagner está, nos últimos dias, sem actividade especialmente activa. Tendo ocupado o leste de Bakhmut, entidades como o Institute for the Study of War têm questionado a capacidade de o grupo Wagner conseguir uma ofensiva significativa sobre a cidade. Argumentam que o enorme emprego de forças e meios que o Wagner tem desenvolvido ao longo dos últimos nove meses desgastou-os de tal forma que, neste momento, o grupo não consegue atravessar o rio Bakhmutka e chegar ao centro da cidade", diz Pedro Sousa, professor de Relações Internacionais da Universidade Portucalense e investigador no Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI-Nova).

Enquanto o Kremlin considera a conquista de Bakhmut um passo importante na tentativa de cercar a região do Donbass e um objectivo fundamental na “operação militar especial”, os países ocidentais dizem que a Rússia está disposta a sacrificar vidas para dar a Putin a sua primeira vitória desde a mobilização massiva de reservistas em Dezembro do ano passado.

Yevgeny Prigozhin, responsável pelo grupo Wagner, lidera as tropas em batalha nesta cidade, tendo avançado na quarta-feira que as suas forças controlavam toda a zona oriental da cidade.

Citados pela Al Jazeera, responsáveis da Casa Branca apontam a morte de 30 mil soldados deste grupo paramilitar desde o início do conflito. Esta sexta-feira, Yevgeny Prigozhin anunciou a abertura de centros de recrutamento em 42 cidades russas.

Na rede de mensagens Telegram, Prigozhin deixou críticas ao Ministério da Defesa russo, queixando-se de não ter munições suficientes para prosseguir a ofensiva e conquistar o que falta da cidade. O “número um” do grupo Wagner confirmou ainda ter endereçado uma carta ao comandante da campanha militar russa na Ucrânia, o comandante das Forças Armadas Valery Gerasimov, sobre esta alegada carência de recursos.

"Não temos dados para dizer se essa situação é definitiva ou apenas temporária, ou se essa falta de recursos se confirma, ou se é uma forma de Prigozhin pressionar o governo russo para a disponibilização de mais meios, ou até como pressão política. Mas a falta de munições a que Prigozhin se refere não é inédita, a Ucrânia está a passar pelo mesmo problema, e é provável que esta dificuldade de escalar a produção de munições também se verifique na Rússia", refere Pedro Sousa.

Esta sexta-feira, durante a inauguração de centros de recrutamento, Prigozhin voltou a carregar sobre o Ministério da Defesa russo. "Apesar dos obstáculos que colocam a cada curva do nosso caminho, vamos ultrapassar isto juntos", afirmou, citado pelo The Moscow Times.

A sobreposição do grupo Wagner ao exército e alguns êxitos obtidos nos últimos meses causaram mal-estar nas Forças Armadas russas. As acusações de sabotagem feitas pelo fundador do movimento paramilitar só vieram agravar as tensões com o Ministério da Defesa
« Última modificação: Março 11, 2023, 09:41:56 pm por Malagueta »
 

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dc

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2227 em: Março 10, 2023, 09:03:29 pm »
Eu não teria tanta certeza quando às capacidades russas.
Já vi vários comentários de especialistas na questão, afirmarem que os russos fizeram tudo conforme estava no livrinho, e destruiram tudo quanto era radar e sistema de radar ucraniano conhecido.

As primeiras imagens a correr mundo, depois daquelas imagens de Kiev com engarrafamentos e com pessoas a fugir, foram imagens de radares ucranianos destruidos.

Diz-se no entanto, que os ucranianos in extremis, tinham removido parte dos seus melhores sistemas, mas que não foi uma remoção organizada, foi mais uma debandada.
Durante os primeiros três ou quatro dias, as coisas no lado ucraniano estavam caóticas e só ao fim da primeira semana é que os sistemas ucranianos voltaram a estar operacionais.

Durante este periodo, os russos pensaram que tinham destruido tudo o que os ucranianos poderiam ter e cometeram o erro trágico de começar a utilizar helicópteros.
Eles estavam convencidos, por exemplo, de que não havia capacidade de defesa anti-aérea a norte de Kiev, o que explica as operações aerotransportadas que foram tentadas contra o aeroporto de Gostomel.
Na mesma altura, começaram a perder helicopteros em número, porque não entenderam a quantidade de mísseis anti-aéreos de curto alcance que os ucranianos tinham.


Citar
Os verdadeiros problemas, além do tempo necessário para formar pilotos e pessoal de terra, seria, de onde é que estas aeronaves poderiam operar e a própria aquisição de alvos para disparos a grande distância.
Esta questão foi colocada pelas mesmas pessoas que referiram a situação acima, afirmando que, o F-16 tem um trem de aterragem inadequado, porque precisa de uma pista quase perfeita para poder ser utilizado continuamente.
Segundo os mesmos, o Grippen, faria por isso muito mais sentido que o F-16.

E se a operação não for próxima à frente, a utilidade das armas de maior alcance pode ser menor.
Se a ofensiva ucraniana, a existir, for em direção a sul, então a ponte de Kerch terá que ser destruida, não apenas danificada.
É para operações desse tipo que os ucranianos precisam de aviões, não necessariamente para combates contra a aviação russa.

Os russos não têm capacidade SEAD. Essa foi logo uma das questões levantadas no início do conflito. Depois sim, não conseguiram destruir tudo o que era defesas aéreas.

Mas o que eu estava a dizer, é que os russos, como força invasora, tiveram que enfrentar o adversário no seu território e com as suas defesas aéreas, já os ucranianos, operam no seu próprio território, só tendo que se preocupar com defesas aéreas de longo-alcance, nomeadamente na Bielorrússia, Transnístria se lá houverem, nas zonas controladas pelos russos, e sistemas de curto e médio alcance perto da linha da frente. Isto permitiria aos ucranianos dar algum uso aos caças, se equipados com armas de alcance suficientemente longo. O que não podiam fazer, era aproximar-se muito da linha da frente, da Bielorrússia, Transnístria (hipoteticamente) e obviamente das regiões controladas pelos russos.

Definidas estas limitações, chegamos ao problema de onde operam. A maior ameaça que os russos colocariam, é de pura e simplesmente atacar constantemente as bases aéreas, aeroportos, aeródromos ucranianos, não só danificando a pista e restante infraestrutura, como destruindo os caças no solo.

A questão do trem de aterragem já tinha ouvido falar, tendo sido também mencionado o F/A-18 Hornet por essa mesma razão.

Isto entretanto leva-nos a duas possibilidades:
-ou se arrisca e envia-se tudo o que é F-16, que há aos montes e são relativamente simples, sabendo desde logo da questão da pista.
-ou se envia algo com trem mais reforçado, que existe em menores números, o Hornet e Gripen.
-ou se envia especificamente um modelo de caça que foi desenhado para operar a partir de estradas, Gripen (não sei se a Ucrânia terá estradas em condições para isso, para tornar viável esta opção)
-ou vão pela alternativa pouco ou nada falada, de uma aeronave STOVL/VTOL, Harrier, que possa ser operado de praticamente qualquer lado (mas cujo treino de pilotos e creio que manutenção da aeronave é mais complicado).

Em alternativa, largas dezenas de um ou mais modelos de caça, a operar a partir da Polónia e/ou Roménia, sabendo dos riscos que isso traz para um alastramento do conflito.

Depois destas questões, há a questão do treino, que demoraria tempo, e, claro está, das armas a serem empregues por qualquer aeronave que fosse cedida, sendo esta a principal razão de sequer fornecer caças em primeiro lugar.
 

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Lampuka

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2228 em: Março 10, 2023, 09:53:22 pm »


E informares-te?

Os Nashi são uma organização de juventude ao serviço do estado semelhante ao que foi a juventude hitleriana

Bem sei, que sou desinformado....  :mrgreen:

Sub-Saharan Europe? Azov Battalion: A Ukraine based Neo-Nazi organization is employing child soldiers

https://tfiglobalnews.com/2022/04/24/sub-saharan-europe-azov-battalion-a-ukraine-based-neo-nazi-organization-is-employing-child-soldiers/

Estes comparo com quem, os escuteiros???

E estão ao serviço de quem?
Os "maus" desse batalhão saíram todos.
Foram para o Wagner.
Só não digo que agora só lá estão padres porque a coisa também não anda fácil para eles...
Se os "maus" desse batalhão eram tão maus e tão neo-nazis que até justificaram a invasão de um pais soberano, o senhor Lampuka consegue-me explicar porque é que as forças armadas russas depois de terem conseguido esse grande objectivo, libertaram todos os comandantes desse batalhão (regimento à altura) em troca com prisioneiros russos normais?
Meu caro, para começar sabe bem que não foi esse o argumento principal para a invasão. Existe sim uma tentativa dos Russos de aproveitamento da situação para denegrir os Ucranianos.
Segundo, provavelmente existiu troca de prisioneiros,  portanto cada um entrega o que tem.
Agora, quem pôs em causa o Azov e as suas ligações aos Nazis foram por exemplo os congressistas dos EUA.
Mas ainda lhe digo mais, se o Azov é realmente Nazi ou não nem me parece o mais importante aqui. É apenas um pormenor. Mais um.  Que também ajuda a revelar a hipocrisia...
João Pereira
 

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dc

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2229 em: Março 10, 2023, 10:08:19 pm »
Hipocrisia? De quem, da parte do país que apoia Nazis, que invadiu o vizinho por ter alegados Nazis algures nas suas fileiras?  :mrgreen:

Esta lógica da batata pró-russa é, no mínimo, fascinante.
 

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Lampuka

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2230 em: Março 11, 2023, 11:37:22 am »
Não.  Hipocrisia de quem nos quer convencer de que há naziis bons e maus, conforme o lado.
Uns não podem de forma alguma ser tolerados, e bem.
Outros, fazemos de conta que não existem,  alteramos ou excluímos determinados parágrafos em documentos para permitir a continuidade dos apoios a um país. Alguns até têm honras de estado e são condecorados.
São essas as nossos hipocrisias.
Abraço
P.S. - Ao menos não falem disso, é mais honesto.
« Última modificação: Março 11, 2023, 12:27:24 pm por Lampuka »
João Pereira
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2231 em: Março 11, 2023, 12:58:45 pm »
Alguns até têm honras de estado e são condecorados.

 

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Fraz

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2232 em: Março 11, 2023, 01:37:25 pm »


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Os Nashi são uma organização de juventude ao serviço do estado semelhante ao que foi a juventude hitleriana

Bem sei, que sou desinformado....  :mrgreen:

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E estão ao serviço de quem?
Os "maus" desse batalhão saíram todos.
Foram para o Wagner.
Só não digo que agora só lá estão padres porque a coisa também não anda fácil para eles...
Se os "maus" desse batalhão eram tão maus e tão neo-nazis que até justificaram a invasão de um pais soberano, o senhor Lampuka consegue-me explicar porque é que as forças armadas russas depois de terem conseguido esse grande objectivo, libertaram todos os comandantes desse batalhão (regimento à altura) em troca com prisioneiros russos normais?
Meu caro, para começar sabe bem que não foi esse o argumento principal para a invasão. Existe sim uma tentativa dos Russos de aproveitamento da situação para denegrir os Ucranianos.
Segundo, provavelmente existiu troca de prisioneiros,  portanto cada um entrega o que tem.
Agora, quem pôs em causa o Azov e as suas ligações aos Nazis foram por exemplo os congressistas dos EUA.
Mas ainda lhe digo mais, se o Azov é realmente Nazi ou não nem me parece o mais importante aqui. É apenas um pormenor. Mais um.  Que também ajuda a revelar a hipocrisia...
Sr Lampuka, está a tentar tomar-nos por miúdos de 5 anos?
no discurso de Putin houve 3 justificativas para a 'operação militar especial':
-A necessidade de proteger o Dombass
-A necessidade de desnazificar a Ucrânia
-A necessidade de desmilitarizar a Ucrânia

segundo, existiu mesmo uma (várias) troca de prisioneiros, mas essa do "portanto cada um entrega o que tem" não é bem assim, os Ucrânianos não estão a entregar russos contra os quais tenham provas de crimes de guerra e seria de esperar que os russos, tendo cumprido parte de um dos seus objectivos anunciados também não entregassem nenhum dos "nazis", se é que aquilo é "nazis"...

"Agora, quem pôs em causa...."   ERRADO, está outra vez a tentar tratar-nos como miúdos de 5 anos, quem pôs em causa o Azov e tentou condicionar os apoios dos países ocidentais a um país cujo exercito albergava de alguma forma uma unidade que era nazi... foram todos os lideres russos com alguma notoriedade.
Isto é mesmo na linha da hipocrisia comunista, a Rússia grita, clama, chama diáriamente neo-nazis e nazis aos elementos do AZOV (nos primeiros meses da invasão foi assim), mas não foram eles que puseram "em causa o Azov e as suas ligações aos Nazis"... quem pôs em causa, quem trouxe isso para a lida publica foi um ou dois congressistas dos EUA que aproveitou o alarido russo para fazer pressão lá na política deles sobre o outro partido.
Pura hipocrisia sua.

E depois o senhor Lampuka termina a declarar que o assunto ao qual se agarra como uma lapa até nem tem importância, é apenas uma hipocrisia do ocidente...
Isto é risivel senhor Lampuka, quem trouxe este assunto para as noticias todos os dias foi o Kremlin e todos os seus tentáculos que todos os dias chamam Nazis a todo e qualquer pais ocidental e a toda ou qualquer unidade ucraniana, portanto segundo o senhor Lampuka devíamos criar cordões sanitários (e não apoiar) à volta primeiro do batalhão AZOV, depois do exercito ucraniano, depois da Lituânia, depois da Polónia, depois (...) (...) para não sermos hipócritas.
Isto porque o Kremlin diz que eles são nazis... deixe-me dar-lhe uma novidade senhor Lampuka, a mentira é uma grande amiga lá do seu pessoal do Kremlin.
 
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papatango

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« Responder #2233 em: Março 11, 2023, 01:59:03 pm »
Entretanto, e segundo o último boletim do “The Telegraph” conhecido como “Ukraine, the latest”

Os combates continuam embora os ucranianos tenham afirmado que há uma alteração tática por parte dos russos.

As forças do grupo Wagner estarão a ser pelo menos parcialmente substituídas por um lado por forças do exército regular e com novos recrutas do grupo Wagner.

Embora os ucranianos tenham afirmado que continuariam a defender Bakhmut, há indicações no sentido de que não serão enviados grandes reforços para a região, já que os ucranianos afirmam que pretendem colocar forças noutro lugar...

Bluff, versus Bluff, que deixam os analistas perplexos, pois os dirigentes ucranianos deveriam ser mais reservados nas suas afirmações.

Os russos terão nas últimas 24 horas sido afastados da última estrada que abastece Bakhmut, mas a retirada pode ter a ver como o fato de o grupo Wagner ter praticamente parado a ofensiva nas últimas horas.
Ou seja, provavelmente não foram os ucranianos que avançaram, foram os russos que abandonaram posições difíceis de defender.

Os ucranianos afirmam que os ataques continuam, mas por parte dos restos de algumas unidades regulares russas.


Sobre o ataque com misseis  russos de há dois dias, o total de mortos foi de 11 (onze)
Os números foram dissecados e no total terão sido lançados 81 misseis.

28 x AS-15 (KH101 / 555)  - Cruzeiro
20 x SSN-27 (Kalibr) - Cruzeiro
6 x AS-4 Kitchen (Kh)-22 anti-navio
2 x AS-17 Kripton / Kh-31P – anti-navio Supersónicos
6 x AS-24 Killjoy /  Kinzhal, ou Kinjal hipersonicos
6 x AS-13 Kingbolt /  KH-59 (guiado por câmara de TV)
13 x SA-10 (S-300) anti-aéreos de longo alcance modificados para ataque ao solo

Os mísseis que causaram mais mortos terão sido os SA-10 (família S300). Em muitos casos são sistemas mais antigos, adaptados para tentar atingir alvos no solo. No entanto, a precisão destes mísseis acaba por ser mínima, ficando apenas restringidos à sua função de armas de terror, como as V-2 alemãs sobre Londres em 1943/1944.

Adicionalmente, os drones iranianos estão a ser utilizados como atacantes de vanguarda, para tentar fazer os ucranianos gastar mísseis...

Considerando informações de várias outras fontes, isto não parece estar a funcionar. Os sistemas de radar, a partir do momento em que recebem os dados necessários para identificar os alvos, pura e simplesmente não reagem a estes sistemas.

Como é de esperar, os mísseis de cruzeiro e mísseis anti-navio são maioritariamente destruidos, mas os mísseis mais rápidos, tanto os AS-24 hipersónicos como os SA-10 supersónicos, não podem ser destruidos.
Os sistemas Patriot poderão servir para interceptar os SA-10 (embora não tenha sido desenvolvidos para isso) mas não têm capacidade para interceptar mísseis hipersónicos. O Patriot só poderia atingir um míssil hipersónico russo, num tido de grande, grande sorte.
De resto, não pode perseguir o míssil russo, que é mais rápido.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Icterio

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #2234 em: Março 11, 2023, 02:29:33 pm »
Há muito informação solta e sem sentido em relação ás capacidades dos misséis - principalmente a velocidade e perfis de intercepção.

Os misséis hipersónicos (ou outros) atingem a sua velocidade máxima a grande altitude mas, ao descer para atingir o alvo, vão desacelerar fortemente.

Acontece o mesmo com os aviões; comparem a velocidade máxima de um MiG-25 ou F-16 com a velocidade máxima a... 1000 metros de altitude.

Além disso os perfis de intercepção são programados para atingir o alvo (míssil ou avião) de frente ou de lado, para maximizar o alcance e a gestão de energia.
Só numa intercepção "tail-chase" (coisa rara) é que a velocidade será determinante. 
« Última modificação: Março 11, 2023, 02:30:06 pm por Icterio »