Muito sinceramente, a opinião que tenho do senhor alm. Melo, tem vindo a degradar-se com o tempo.
É claro, que o almirante tem várias redundâncias, e não se afunda à primeira, mas vai chegar a um ponto, em que nem a boa prestação que teve no caso das vacinas o safa.
Creio que a primeira manipulação tem a ver com a continua afirmação de que os navios militares têm muitas redundâncias...
Ora isto, é absolutamente verdade. Não são só os navios militares, e se o senhor almirante soubesse o que é necessário para certificar um navio civil, com mais de 24 metros, talvez não referisse estes factos tantas vezes.
Ainda assim, continua a ser verdade que os navios militares têm normalmente mais redundâncias.
Ainda que os navios do tipo Stanflex - dizem os americanos - abusam da utilizção de material "off the shelf" ou seja, material de utilização civil, que para os americanos não está sequer certificado para operação.
Esta foi uma das razões porque as fragatas dinamarquesas nem foram consideradas para o programa americano de aquisição de navios que levou à compra das FREMM.
Os navios militares e as vidas do gato
Dito isto, e para facilitar as coisas, o que o almirante nos diz é que um navio da marinha, é como se fosse um gato com sete vidas. Mesmo que perca uma, não morre logo, porque ainda tem vidas de reserva. As vidas adicionais, são a redundância dos navios.
O que agora nos diz o almirante, é que um gato se recusou a subir à árvore, porque tinha medo de morrer...
Vem o almirante Melo aos gritos de Aqui D'el rei, que os gatos têm sete vidas...
O problema no caso do navio NRP Mondego, é que o gato já tinha gasto seis vidas ... A redundância já não existia ...
O mais cretino e ridiculo, é que o que se passou a seguir, e que considero ser uma tentativa de insultar a inteligência de todo o país ...
A marinha foi investigar o tareco, e afirma que não havia problema nenhum, porque afinal, «fez-se uma inspeção ao gato ...» e certificou-se que o dito, afinal ainda estava vivo.