Sector Bancário

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Re: Sector Bancário
« Responder #30 em: Março 17, 2023, 10:02:22 am »
Vamos lá ver se os mercados acalmam mesmo.
Hoje os mercados estão mais tranquilos e ainda bem.

Pode ser que se aproveitem estes sobressaltos para que a FED e o BCE travem as subidas das taxas de juros. Os 2 bancos centrais ficaram sem argumentos para continuarem a subir as taxas de juro só para combaterem a inflação. Agora perceberam que podem ter de acudir a gigantes bancários em apuros!

Vamos estar atentos às notícias do fim-de-semana. Podem haver compras secretas a serem preparadas para acudir a aflitos!!!!!

Depois da tempestade a bonança. Praças europeias regressam aos ganhos

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/mercados-num-minuto/detalhe/europa-aponta-para-negociacao-no-verde-asia-termina-sessao-com-ganhos
 

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Re: Sector Bancário
« Responder #31 em: Março 17, 2023, 12:44:11 pm »
Parece que estão a tentar arranjar um noivo (comprador, ou pelo menos comprador para uma parte dos activos do CS) à força para o Credit Suisse e..... a UBS que está a ser sondada não acha muita piada  :mrgreen:

Credit Suisse e UBS pedem fusão apenas como último recurso

Os dois bancos suíços não veem com bons olhos uma junção, ainda assim o governo suíço continua a estudar essa hipótese, incluindo outros cenários de venda de componentes de negócio do Credit Suisse.



O banco UBS e o Credit Suisse apenas admitem a possibilidade de uma junção como último recurso, noticia a Bloomberg, citando fontes conhecedoras do assunto. O cenário foi colocado em cima da mesa pelo governo suíço que continua, apesar da discordância das duas instituições bancárias, a estudar essa e outras possibilidades.

O UBS, liderado por Ralph Hamers, afirma que se prefere focar no negócio de gestão de património e está relutante em assumir riscos relacionados com o Credit Suisse. Por outro lado, o vizinho de Zurique diz que uma junção não é necessária, uma vez que tem liquidez - mais de 50 mil milhões de euros do Banco Nacional Suíço (SNB) - e se encontra já num processo de reestruturação.

Uma fusão entre os dois bancos traz, ainda assim, algumas questões em termos de sobreposição do negócio, daí que um dos cenários em cima da mesa seja a divisão do negócio, com a parte da gestão de riqueza a ser vendida ao UBS e a unidade suíça vendida a outro comprador, com a possibilidade das componentes de negócio de depósitos, gestão de ativos ou banca de investimento a poderem ser vendidos a diferentes instituições.

Ainda assim, as objeções a esta operação estendem-se além das duas instituições. O governo suíço está preocupado com a perda de empregos que resultaria de uma fusão entre o Credit Suisse e o UBS. E, em termos de regulação, a junção dos dois bancos levanta questões de concorrência. Ao mesmo tempo, o governo suíço tem também favorecido uma solução de dois grandes bancos, cuja rivalidade tem sido um dos condutores da competitividade dos serviços financeiros no país.

Já na passada quarta-feira, Ralph Hamers, CEO do UBS, tinha afirmado que não iria responder a questões "hipotéticas" sobre o Credit Suisse e que estava apenas focado na própria estratégia.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/credit-suisse-e-ubs-pedem-fusao-apenas-como-ultimo-recurso

Palpita-me que no fim de semana vai haver casório, mesmo que seja forçado pelas autoridades suíças  :mrgreen:
Outra hipótese que também ouvi, é o envolvimento de um banco de investimento americano (JP Morgan?)
Os helvéticos seguramente vão tentar forçar a que o CS fica nas mãos de outro banco Suíço e como a UBS tem o dobro dos activos do CS........

Aguardemos o próximo episódio!
 

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Daniel

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Re: Sector Bancário
« Responder #32 em: Março 17, 2023, 02:28:02 pm »
Daniel?
Acha que as autoridades Helvéticas anunciavam um empréstimo de 50 mil milhões para salvar o CS se este não precisasse?

O Daniel está aí e ouve ou vê mais notícias. Deve ser bombardeado a toda a hora com informações a tranquilizar os clientes, está tudo bem, bláblá blá.....

Veja só estes indícios e depois tire as suas ilações:
- O CS está hoje cotado a 2 francos suiços, na 6ª valia 2,5......
- Se esticarmos mais a linha temporal, em 2020 valia mais de 12fs e agora vale apenas 1/6!!!!!!!!!!!
- O CS está a apresentar prejuízos consecutivos!
- O CS tem sido bombardeado com escãndalos sucessivos de llavagem de dinheiro, branqueamento de capitais......
- O CS não está de baixo do crivo do BCE!
- Os maiores bancos centrais do mundo continuam a subir as taxas de juro para combaterem a inflação, e.... a Suiça terá de fazer o mesmo se não quer assistir a uma debandada de capitais!
- A subida das taxas de juro são péssimas para os bancos, porque reduzem o volume de negócios e potenciais negócios destes......

Posto isto tudo, acredita que o CS vai safar-se apenas como se fosse um mero acidente de percurso?
Não acredito que o maior accionista do CS seja um tolo, mas para vir a público dizer basta, que não mete mais 1 cêntimo no banco, o que acha que quer dizer?

Eu aposto numa venda rápida ou então vai ser alvo dos short-sellers.
Depois de um banco estar de baixo do holofote, dificilmente escapa e o CS tem muitos motivos de preocupação!!!!

Vamos por partes, eu não disse que o CS não precisava de dinheiro, disse que tem liquidez o que é diferente.
Sabe muito bem que esse anúncio por parte do BCS acerca do empréstimo de 50 mil milhões era necessário para acalmar os mercado finaceiros, o que veio a acontecer.
Segundo, o CS mesmo antes desta especulação financeira sobre o CS, o Banco já se encontrava em reestruturação, reduzindo cerca de 9000 postos de trabalho em todo o mundo etc etc.

Sabe como os mercados funcionam e toda e especulação em volta, que infelizmente, tem um enorme poder destrutivo, assim como em 2008, voltou novamente a começar num Banco nos USA, o que não deixa de ser interessante.

A questão de lavagem de dinheiro também estava resolvida, e o Banco estava no bom caminho, o mesmo já tinha acontecido com o UBS em que o BCS também teve de intervir, desde aí foi sempre a subir.

O BCE e o banco central americano continuam a subir os juros, mas não por muito mais tempo, e eles sabem disso, muito importante, a inflação na Suiça é apenas de 3%.
E não esquecer que a seguir ao dólor, a segunda moeda de refugio é o franco  suiço, e você melhor que eu, sabe o que isso quer dizer, será muito difícil haver debandada de capitais na Suiça, (CS) acontece exatamente o contrário, os milionários sabem que na Suiça o seu capital está seguro, por vários fatores, país seguro moeda forte etc, mais rápido desaparece o euro do que o franco suiço.

Acho que o CS vai safar-se só se o BCS não quiser, lembrado que o mesmo há uns anos atrás aconteceu no UBS, eu digo o que aqui já foi dito, o CS é grande demais para desaparecer, mais de 50 mil postos de trabalho em todo o mundo, e muitos muitos bilhões, a minha filha trabalha no CS, no dia que a bomba rebentou na quarta feira, todas as chefias estavam num grande evento, inclusive minha filha, o evento pura e simplemente nem chegou a começar.

Pelo que sei e pelo que vi aqui nos jornais, o Banco está bem infelizmente e como disse está a pagar o preço da especulação, até agora pelo menos na Suiça ninguém foi no CS a correr para levantar o seu dinheiro, ao contrário do que se viu nos USA, filas enormes na frente do Banco, como disse, o CS tem liquidez, por aqui e por agora tudo na paz.


« Última modificação: Março 17, 2023, 02:44:48 pm por Daniel »
 

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Re: Sector Bancário
« Responder #33 em: Março 17, 2023, 03:08:54 pm »

Vamos por partes, eu não disse que o CS não precisava de dinheiro, disse que tem liquidez o que é diferente.
Sabe muito bem que esse anúncio por parte do BCS acerca do empréstimo de 50 mil milhões era necessário para acalmar os mercado finaceiros, o que veio a acontecer.
Segundo, o CS mesmo antes desta especulação financeira sobre o CS, o Banco já se encontrava em reestruturação, reduzindo cerca de 9000 postos de trabalho em todo o mundo etc etc.

Sabe como os mercados funcionam e toda e especulação em volta, que infelizmente, tem um enorme poder destrutivo, assim como em 2008, voltou novamente a começar num Banco nos USA, o que não deixa de ser interessante.

A questão de lavagem de dinheiro também estava resolvida, e o Banco estava no bom caminho, o mesmo já tinha acontecido com o UBS em que o BCS também teve de intervir, desde aí foi sempre a subir.

O BCE e o banco central americano continuam a subir os juros, mas não por muito mais tempo, e eles sabem disso, muito importante, a inflação na Suiça é apenas de 3%.
E não esquecer que a seguir ao dólor, a segunda moeda de refugio é o franco  suiço, e você melhor que eu, sabe o que isso quer dizer, será muito difícil haver debandada de capitais na Suiça, (CS) acontece exatamente o contrário, os milionários sabem que na Suiça o seu capital está seguro, por vários fatores, país seguro moeda forte etc, mais rápido desaparece o euro do que o franco suiço.

Acho que o CS vai safar-se só se o BCS não quiser, lembrado que o mesmo há uns anos atrás aconteceu no UBS, eu digo o que aqui já foi dito, o CS é grande demais para desaparecer, mais de 50 mil postos de trabalho em todo o mundo, e muitos muitos bilhões, a minha filha trabalha no CS, no dia que a bomba rebentou na quarta feira, todas as chefias estavam num grande evento, inclusive minha filha, o evento pura e simplemente nem chegou a começar.

Pelo que sei e pelo que vi aqui nos jornais, o Banco está bem infelizmente e como disse está a pagar o preço da especulação, até agora pelo menos na Suiça ninguém foi no CS a correr para levantar o seu dinheiro, ao contrário do que se viu nos USA, filas enormes na frente do Banco, como disse, o CS tem liquidez, por aqui e por agora tudo na paz.

Vamos lá a ver, como diz o sorna do Costa  :mrgreen:

O Daniel está a confundir conceitos, o CS estava mesmo sem liquidez. Liquidez é dinheiro vivo ou activos de venda rápida para transformar em dinheiro. Outra coisa são activos que demoram mais do que uma semana a desfazerem-se deles. Por exemplo, os bancos são donos indirectos de milhares de casas particulares, mas esses bens não contam para a liquidez imediata, porque demoram tempo a vender e terem liquidez disponível.

Precisamente pelo CS ter falta de liquidez, o Banco Central Suíço emprestou de emergência ou disponibilizou ao CS para usar de imediato 50 mil milhões de euros!!!! Não são trocos! Porque tinha falta de liquidez!

Outro assunto, a moeda de refúgio. Bem, a 2ª moeda de refúgio e bem isolado do 1º e do 3º, é sem qualquer dúvida o Euro! Em 1º lugar temos o dólar com cerca de 45% do mercado mundial, e em 2º lugar temos o Euro com 1/3 do mercado mundial. Estas 2 moedas representam quase 80% de todas as reservas e negócios mundiais!

Se quiser confirmar: https://www.statista.com/statistics/1189498/share-of-global-payments-by-currency/

Lamento dizer-lhe que o franco suíço nem chega a 2%!!!!!

O que o Daniel deveria querer dizer, e é o motivo que coloca o CS em apuros, é o facto dos bancos Suíços serem um enorme depósito de lavagem de dinheiro. Julgo que quer referir-se a isso, mas envergonhadamente  :mrgreen:
É verdade que é um dos países para quem quer fugir com dinheiro aos impostos ou aos legítimos donos  :mrgreen:
Porque a Suíça tem o sigilo acima da lei..... já na 2ª Guerra Mundial assim foi  :mrgreen:
Eu sempre referi aqui no Fórum, que a Suíça enriquecia, não era apenas com a venda de chocolates e relógios.......  :mrgreen:

Agora por fim, o mercado americano e o banco a que se refere.
Daniel? Não tem comparação, o banco americano é muito mais pequeno e fechou mesmo as portas!
E mesmo os clientes desse banco, têem os depósitos garantidos até 250 000 dólares e acima desse valor têem uma grande probabilidade de receberem a totalidade do dinheiro lá guardado.
Já não digo o mesmo dos accionistas (donos dos bancos que perderam tudo)!

O caso do CS ainda não chegou a esse ponto.
Mas não ataque os especuladores, porque esses só procuram as vítimas que mentem a afirmar que está tudo bem e afinal não está!!!!!
Eu bem sei que os boatos podem arrasar qualquer banco, por mais sólido que ele seja!
Mas não foi isso que se passou com o CS. Tem de perguntar ao maior accionista, os sauditas, com 10% do capital, que esta 2ª Feira vieram a público afirmar que não metem mais nenhum cêntimo no CS!!!!!! É ao accionista que têem de apontar o dedo. O que veio a seguir é a desconfiança. Os bancos emprestam à base de dados factuais e confiança. Sem confiança nada feito!

Por fim, que o testamento já vai longo.
Se a inflação na Suiça já está baixa, porque é que normalmente o banco central acompanha as subidas de juros da FED e do BCE?
Eu digo-lhe, porque sabem que se os 2 controlam 80% das divisas mundiais (à data de Janeiro de 2023), e sabendo que o franco suíço representa menos de 2% do mercado mundial de comércio, se não acompanhar as subidas dos juros, os clientes estrangeiros e até suíços, vão procurar quem paga mais (quem tem taxas de juro mais elevadas).

Pelos rumores que leio, o CS vai ser amputado este fim-de-semana de alguns activos ou no limite vão engolir o CS na totalidade! Pelo menos o regulador Suíço não esconde que está a negociar a resolução do problema!
« Última modificação: Março 17, 2023, 03:13:22 pm por Viajante »
 

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Daniel

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Re: Sector Bancário
« Responder #34 em: Março 17, 2023, 03:18:50 pm »

Vamos por partes, eu não disse que o CS não precisava de dinheiro, disse que tem liquidez o que é diferente.
Sabe muito bem que esse anúncio por parte do BCS acerca do empréstimo de 50 mil milhões era necessário para acalmar os mercado finaceiros, o que veio a acontecer.
Segundo, o CS mesmo antes desta especulação financeira sobre o CS, o Banco já se encontrava em reestruturação, reduzindo cerca de 9000 postos de trabalho em todo o mundo etc etc.

Sabe como os mercados funcionam e toda e especulação em volta, que infelizmente, tem um enorme poder destrutivo, assim como em 2008, voltou novamente a começar num Banco nos USA, o que não deixa de ser interessante.

A questão de lavagem de dinheiro também estava resolvida, e o Banco estava no bom caminho, o mesmo já tinha acontecido com o UBS em que o BCS também teve de intervir, desde aí foi sempre a subir.

O BCE e o banco central americano continuam a subir os juros, mas não por muito mais tempo, e eles sabem disso, muito importante, a inflação na Suiça é apenas de 3%.
E não esquecer que a seguir ao dólor, a segunda moeda de refugio é o franco  suiço, e você melhor que eu, sabe o que isso quer dizer, será muito difícil haver debandada de capitais na Suiça, (CS) acontece exatamente o contrário, os milionários sabem que na Suiça o seu capital está seguro, por vários fatores, país seguro moeda forte etc, mais rápido desaparece o euro do que o franco suiço.

Acho que o CS vai safar-se só se o BCS não quiser, lembrado que o mesmo há uns anos atrás aconteceu no UBS, eu digo o que aqui já foi dito, o CS é grande demais para desaparecer, mais de 50 mil postos de trabalho em todo o mundo, e muitos muitos bilhões, a minha filha trabalha no CS, no dia que a bomba rebentou na quarta feira, todas as chefias estavam num grande evento, inclusive minha filha, o evento pura e simplemente nem chegou a começar.

Pelo que sei e pelo que vi aqui nos jornais, o Banco está bem infelizmente e como disse está a pagar o preço da especulação, até agora pelo menos na Suiça ninguém foi no CS a correr para levantar o seu dinheiro, ao contrário do que se viu nos USA, filas enormes na frente do Banco, como disse, o CS tem liquidez, por aqui e por agora tudo na paz.

Vamos lá a ver, como diz o sorna do Costa  :mrgreen:

O Daniel está a confundir conceitos, o CS estava mesmo sem liquidez. Liquidez é dinheiro vivo ou activos de venda rápida para transformar em dinheiro. Outra coisa são activos que demoram mais do que uma semana a desfazerem-se deles. Por exemplo, os bancos são donos indirectos de milhares de casas particulares, mas esses bens não contam para a liquidez imediata, porque demoram tempo a vender e terem liquidez disponível.

Precisamente pelo CS ter falta de liquidez, o Banco Central Suíço emprestou de emergência ou disponibilizou ao CS para usar de imediato 50 mil milhões de euros!!!! Não são trocos! Porque tinha falta de liquidez!

Outro assunto, a moeda de refúgio. Bem, a 2ª moeda de refúgio e bem isolado do 1º e do 3º, é sem qualquer dúvida o Euro! Em 1º lugar temos o dólar com cerca de 45% do mercado mundial, e em 2º lugar temos o Euro com 1/3 do mercado mundial. Estas 2 moedas representam quase 80% de todas as reservas e negócios mundiais!

Se quiser confirmar: https://www.statista.com/statistics/1189498/share-of-global-payments-by-currency/

Lamento dizer-lhe que o franco suíço nem chega a 2%!!!!!

O que o Daniel deveria querer dizer, e é o motivo que coloca o CS em apuros, é o facto dos bancos Suíços serem um enorme depósito de lavagem de dinheiro. Julgo que quer referir-se a isso, mas envergonhadamente  :mrgreen:
É verdade que é um dos países para quem quer fugir com dinheiro aos impostos ou aos legítimos donos  :mrgreen:
Porque a Suíça tem o sigilo acima da lei..... já na 2ª Guerra Mundial assim foi  :mrgreen:
Eu sempre referi aqui no Fórum, que a Suíça enriquecia, não era apenas com a venda de chocolates e relógios.......  :mrgreen:

Agora por fim, o mercado americano e o banco a que se refere.
Daniel? Não tem comparação, o banco americano é muito mais pequeno e fechou mesmo as portas!
E mesmo os clientes desse banco, têem os depósitos garantidos até 250 000 dólares e acima desse valor têem uma grande probabilidade de receberem a totalidade do dinheiro lá guardado.
Já não digo o mesmo dos accionistas (donos dos bancos que perderam tudo)!

O caso do CS ainda não chegou a esse ponto.
Mas não ataque os especuladores, porque esses só procuram as vítimas que mentem a afirmar que está tudo bem e afinal não está!!!!!
Eu bem sei que os boatos podem arrasar qualquer banco, por mais sólido que ele seja!
Mas não foi isso que se passou com o CS. Tem de perguntar ao maior accionista, os sauditas, com 10% do capital, que esta 2ª Feira vieram a público afirmar que não metem mais nenhum cêntimo no CS!!!!!! É ao accionista que têem de apontar o dedo. O que veio a seguir é a desconfiança. Os bancos emprestam à base de dados factuais e confiança. Sem confiança nada feito!

Por fim, que o testamento já vai longo.
Se a inflação na Suiça já está baixa, porque é que normalmente o banco central acompanha as subidas de juros da FED e do BCE?
Eu digo-lhe, porque sabem que se os 2 controlam 80% das divisas mundiais (à data de Janeiro de 2023), e sabendo que o franco suíço representa menos de 2% do mercado mundial de comércio, se não acompanhar as subidas dos juros, os clientes estrangeiros e até suíços, vão procurar quem paga mais (quem tem taxas de juro mais elevadas).

Pelos rumores que leio, o CS vai ser amputado este fim-de-semana de alguns activos ou no limite vão engolir o CS na totalidade! Pelo menos o regulador Suíço não esconde que está a negociar a resolução do problema!

Meu caro desculpe que lhe diga vc está a confundir tudo, sabe o que é considerado moeda de refugio, não faça confusão com a quota de mercado.

Moedas de refúgio
Você sabe o que é um porto seguro? Porto seguro é um lugar onde você está protegido contra o perigo.

Também há moedas que podem lhe proteger de perigos financeiros. Moedas de porto seguro são aquelas que tendem a se fortalecer em tempos de incerteza e medo no mercado, quando os investidores desejam encontrar um lugar seguro para suas poupanças.

Quais são essas moedas? Moedas de porto seguro pertencem a países com estabilidade política e econômica, baixa inflação e superávit da balança de pagamentos. Com o passar do tempo, diversas moedas exerceram o papel de refúgio e, no momento, essas moedas são o dólar dos EUA, o iene japonês e o franco suíço.

Claro que a Suiça não enriquece ou não é rica, só a custa de chocolates e relógios, é preciso conhecer melhor a sua indústria para saber.

Bem quanto ao resto nem vou comentar, uma vez que deu para perceber, que você faz às perguntas e dá logo a resposta, quer isso dizer, que já sabe tudo, logo não preciso dizer mais nada.
Vou apenas ficar com o que você escreveu no final, pelos rumores que leio, ou seja, mais especulação, mais uma vez o CS tem liquidez não dito por mim, ao contrário do Banco americano.
« Última modificação: Março 17, 2023, 03:41:39 pm por Daniel »
 

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Re: Sector Bancário
« Responder #35 em: Março 17, 2023, 03:41:26 pm »
Meu caro, um activo de refúgio é o contrário do que afirma e nem sequer tem a ver com notas.

Se quiser ter algo que esteja a salvo de um conflito e não perca valor, antes pelo contrário, então recomendo-lhe o ouro!
Depois tem as jóias, pedras preciosas, obras de arte, prata.......

Só no fim da lista é que vem o papel-moeda!
Meu caro acredite se quiser, basta um conflito e o papel-moeda deixar de ter imediatamente valor!

O franco suíço é estável porque a Suíça não entra nos conflitos, só na parte económica para ganhar com todos os lados :)
Mas também precisamos de países neutrais!

Quer que lhe conte a história de como é que a Suíça amealhou uma quantidade enorme de ouro (estou a falar daquele em barras ou moedas com 99,99% de pureza)?  :mrgreen:

Volto-lhe a referir, os maiores amealhadores mundiais não são pessoas, são os bancos centrais, são esses que têem gigantescos armazéns de moeda estrangeira. E para já o dólar e o euro têem 80% desse mercado.

E que é diferente já agora, do que afirma. Você ao ter x francos suíços num banco, acha que o Banco vai lá ter o seu dinheiro parado à sua espera?
Sabe quantos francos suíços circulam pelo mundo? E euros? E dólares?
« Última modificação: Março 17, 2023, 03:45:24 pm por Viajante »
 

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« Responder #36 em: Março 17, 2023, 03:49:15 pm »
Deixo-lhe um artigo Suíço, escrito por um Suíço e sobre os negócios obscuros Suíços a que eu sempre referi:

https://www.swissinfo.ch/eng/historical-book_from-nazis-to-refineries--how-switzerland-has-handled-the-world-s-gold/45037968

Está em inglês!
« Última modificação: Março 17, 2023, 03:49:53 pm por Viajante »
 

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Re: Sector Bancário
« Responder #37 em: Março 17, 2023, 03:52:26 pm »
Meu caro, um activo de refúgio é o contrário do que afirma e nem sequer tem a ver com notas.

Se quiser ter algo que esteja a salvo de um conflito e não perca valor, antes pelo contrário, então recomendo-lhe o ouro!
Depois tem as jóias, pedras preciosas, obras de arte, prata.......

Só no fim da lista é que vem o papel-moeda!
Meu caro acredite se quiser, basta um conflito e o papel-moeda deixar de ter imediatamente valor!

O franco suíço é estável porque a Suíça não entra nos conflitos, só na parte económica para ganhar com todos os lados :)
Mas também são países neutrais!

Volto-lhe a referir, os maiores amealhadores mundiais não são pessoas, são os bancos centrais, são esses que têem gigantescos armazéns de moeda estrangeira. E para já o dólar e o euro têem 80% desse mercado.

E que é diferente já agora, do que afirma. Você ao ter x francos suíços num banco, acha que o Banco vai lá ter o seu dinheiro parado à sua espera?
Sabe quantos francos suíços circulam pelo mundo? E euros? E dólares?

Caro Viajante você está a me fazer lembrar do General Agostinho, no posto anterior diz uma coisa, agora diz outra, acho que está a perder o fio à meada, mas tudo bem eu rendo-me.
Não sei qual é o seu conhecimento da economia Suiça, quer me parecer que não é muita, mas tudo bem, pois não importa para nada.

Basta ver os factos, se bem se lembra não faz muito tempo, Setembro 2022 até Janeiro de 2023 para saber o que aconteceu ao Euro, e o que alguns especialistas disseram na altura.
E disseram isto, se o euro continuar a desvalorizar desta maneira,  poderia vir a desaparecer, ao contrário sabemos o que aconteceu ao franco suiço e o que os investidores fizeram, enfim.

Quando você diz que os bancos centrais EU e do USA têem gigantescos armazéns de moeda estrangeira, então não queira saber a Suiça,  c56x1 em BARRAS de OURO então nem se fala, enfim um outro mundo, e um país tão pequeno.
« Última modificação: Março 17, 2023, 04:11:49 pm por Daniel »
 

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« Responder #38 em: Março 17, 2023, 04:11:17 pm »
Daniel? Onde é que estou a contradizer-me?
Se não perceber algum termo técnico que eu escreva, diga-me.

Mas o que é que tem a ver o valor de uma moeda com a sua aceitação mundial?
Sabe que o iene não vale grande coisa comparado com o Euro ou com o Franco Suíço, não sabe? No entanto o iene é a 4ª moeda mais transaccionada no mundo! E 3 vezes mais que o franco suíço!

Vou explicar-lhe da forma mais simples possível, o poder económico de uma moeda. O franco Suíço é utilizado para a negociação de activos, a nível mundial?
O dólar é, certo? E o dólar vale menos que o franco suíço, certo? Quer isso dizer que o dólar é então irrelevante aos seus olhos? Muito pelo contrário! A força da economia americana advém do facto de quase metade do comércio mundial ser feito em dólares!!!! E só os americanos imprimem dólares! Percebe o poder que dá aos americanos?

Quanto ao euro...... não sei se o Daniel apercebeu-se que o franco suíço segue a cotação do euro! Veja qual foi a variação no último ano! E mesmo com paridade quer isso dizer que o franco suíço tem o mesmo poder que o euro? Longe disso, há muitas vezes mais euros a circular e o euro é uma moeda mundial utilizada para transacção de activos. Se me disser que activos são transaccionados em francos suíços, fora da Suíça!

A Suíça está demasiado interdependente da UE, quer queira quer não queira, mas o tamanho da sua economia, apesar de ter um nível de desenvolvimento elevado e ser muito rica........ olhe, só a Alemanha tem um PIB 5 vezes maior que a Suíça! Obviamente que a moeda utilizada por ambos têem escalas totalmente diferentes.

Imagine esta escala, a nível mundial o Euro é um camião TIR, o franco suíço é um carro a pedais!

E... se há áreas do ensino que eu ainda não me esqueci é sobre economia!!!!!
« Última modificação: Março 17, 2023, 04:12:31 pm por Viajante »
 

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Re: Sector Bancário
« Responder #39 em: Março 17, 2023, 10:42:52 pm »
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Sector Bancário
« Responder #40 em: Março 19, 2023, 08:33:05 pm »
Pelos rumores que leio, o CS vai ser amputado este fim-de-semana de alguns activos ou no limite vão engolir o CS na totalidade! Pelo menos o regulador Suíço não esconde que está a negociar a resolução do problema!

Daniel? Recorda-se de eu ter dito que o Credit Suisse muito provavelmente não passava deste fim-de-semana?
Pois bem, acabou por ser engolido pela UBS, para evitar males maiores.

"Credit Suisse não teve capacidade de lidar com dificuldades". Banco vendido ao UBS com apoio até 100 mil milhões

O negócio histórico é a maior operação de consolidação na banca europeia desde a crise financeira. O UBS compra o Credit Suisse por 3,25 mil milhões de francos suíços. O supervisor alerta que a solução foi necessária ao sistema financeiro global.



A venda do Credit Suisse ao UBS está fechada. O governo e o supervisor financeiro da Suíça confirmaram o negócio histórico entre os dois maiores bancos do país numa conferência de principal conjunta este domingo, na qual explicaram que era necessária uma solução para fazer face à crise de confiança no Credit Suisse.

"Com a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, foi encontrada uma solução para assegurar a estabilidade financeira e proteger a economia suíça nesta situação de exceção", refere o comunicado do Banco Nacional da Suíça, que garante um empréstimo que pode ir até 100 mil milhões de francos suíços (equivalente a 101,2 mil milhões de euros) para apoiar a operação avaliada em 3,25 mil milhões.

Foram as autoridades suíças a conduzir as negociações para travar a sangria em bolsa do Credit Suisse. O UBS tinha inicialmente proposto a compra por mil milhões de francos suíços, tendo acabado por rever a oferta para 3,25 mil milhões - 0,76 francos suíços por ação, pagos em ações do UBS - para desbloquear o negócio.

Mesmo com este reforço da oferta, a aquisição da totalidade do capital do Credit Suisse representa um desconto expressivo face ao valor em bolsa. O banco tem uma capitalização de mercado de 7,43 mil milhões de francos suíços (equivalente a 7,5 mil milhões de euros).

Cada ação fechou a valer 1,86 francos suíços (1,87 euros) na sexta-feira, após ter caído 8% na sessão (acumula uma perda de 35% desde o início do ano). Já o UBS tem uma capitalização de 51,3 mil milhões de francos suíços (equivalente a 51,7 mil milhões de euros). As ações desvalorizaram 1,16% para 17,11 francos suíços (17,24 euros) na sexta-feira.

Foi, contudo, o negócio possível. "Na sexta-feira as saídas de liquidez e a volatilidade nos mercados mostraram que já não era possível restaurar a confiança do mercado e tornou-se absolutamente necessária uma solução de estabilização", explicou o presidente suíço Alain Berset.

A solução foi necessária depois de, na semana passada, o supervisor já ter disponibilizado um apoio de 50 mil milhões. "As decisões tomadas eram necessárias para restaurar a confiança nos mercados", justificou Thomas J. Jordan, presidente do Banco Nacional da Suíça na conferência de imprensa deste domingo.

O supervisor suíço "lamenta que o Credit Suisse não tenha tido capacidade de lidar com as suas dificuldades", nomeadamente a perda de confiança do mercado, tornando necessária uma intervenção para evitar "severas repercussões" não só para o sistema financeiro suíço, mas global.

No âmbito da operação, o Banco Nacional da Suíça concordou em prestar uma linha de liquidez com garantias pública ao UBS no valor de 100 mil milhões de francos suíços. O Governo do país irá também dar garantias com perdas até 9 mil milhões (condicionado à tomada de perdas na ordem dos cinco mil milhões pelo novo acionista, se necessário).

Obrigacionistas assumem perdas

É esperado que a aquisição esteja fechada até ao final do ano. Para o negócio entre as duas maiores instituições financeiras na Suíça avançar, as autoridades suíças terão de alterar a legislação nacional para evitar um bloqueio ao negócio por parte dos acionistas.

As negociações acontecem meses depois do Saudi National Bank e da Qatar Investment Authority terem injetado cerca de 3 mil milhões de francos suíços no Credit Suisse, como parte de um aumento de capital de 4 mil milhões. Estes são atualmente os dois maiores acionistas do banco, com 17% do capital. O primeiro deixou claro na semana passada que não estava disponível para pôr mais dinheiro.

Além dos acionistas, também os investidores que detêm obrigações de maior risco terão de assumir perdas totais. Já sobre os depositantes, a ministra das Finanças Karin Keller-Sutter garantiu que estão protegidos e sublinhou: "Isto não é um resgate, é uma solução comercial".

Quanto à atividade, o "chairman" do UBS, Ralph Hamers, explicou que quer manter a atividade doméstica, mas que irá diminuir o segmento de banca de investimento. "Vamos retirar o risco a muitos dos negócios que vamos herdar do Credit Suisse", referiu.

O banco contará também com menos funcionários, não se sabendo ainda a dimensão (o UBS avançou apenas pretender poupanças de sete mil milhões até 2027). O Credit Suisse tinha previsto, no plano de restruturação desenhado em outubro do ano passado, diminuir a força de trabalho em seis mil pessoas. O sindicato bancário na Suíça pediu este domingo a criação de uma "task force" por temer o despedimento de 10 mil pessoas.

Zona Euro e EUA validam decisão

Ao longo da conferência de imprensa as autoridades suíças foram ressalvando a necessidade de encontrar uma solução para o Credit Suisse para restabelecer a estabilidade financeira e a confiança nos mercados mundiais. Tanto o banco central da Zona Euro como dos EUA já validaram a decisão.

"Congratulo-me com a ação rápida e as decisões tomadas pelas autoridades suíças. Estas são fundamentais para restaurar condições ordeiras de mercado e garantir a estabilidade financeira", disse Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), em comunicado.

A responsável máxima da autoridade monetária reafirmou que o setor bancário da Zona Euro é "resiliente", com fortes posições de capital e liquidez. "De qualquer forma, o nosso conjunto de ferramentas de políticas está totalmente equipado para fornecer apoio de liquidez ao sistema financeiro da Zona Euro, se necessário, e para preservar a transmissão suave da política monetária", acrescentou.

Do outro lado do Atlântico veio a mesma garantia, num comunicado conjunto da Secretária do Tesouro Janet Yellen e do presidente da Reserva Federal Jerome Powell.

"Congratulamo-nos com os anúncios feitos hoje [domingo] pelas autoridades suíças para apoiar a estabilidade financeira. As posições de capital e liquidez do sistema bancário dos EUA são fortes e o sistema financeiro dos EUA é resiliente", afirmaram, acrescentando que têm mantido um "contacto próximo" com os pares internacionais.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/ubs-aumenta-oferta-pela-compra-do-credit-suisse-para-2-mil-milhoes

Como lhe referia, o CS estava ferido de morte por vários factores, perdeu 200 mil milhões de euros em activos e apresentou as contas de 2022 com um prejuízo superior a 7 mil milhões de euros!!!!!
Podia escapar se não estivessemos com a recente turbulência criada pela falência do SVB.

É um grande golpe para a Suíça, perder o seu 2º maior banco.
Eu sei que a sua filha trabalha no CS, mas com esta aquisição, seguramente que vai haver sangria de quadros, face à duplicidade da rede comercial das 2 instituições.

A venda do CS foi fechada por 3,25 mil milhões de euros...... pouco mais do que vale o nosso muito mais pequeno BCP. Os accionistas vão perder pelo menos 50% do valor das acções em relação a 6ª Feira.

E para a UBS comprar o CS, o Banco Central Suíço garante um empréstimo de 100 mil milhões para cobrir todos os buracos que encontrar.

Como lhe tinha dito, a Suíça não vive só da venda de relógios e de chocolates, guarda dinheiro de quase todos os bandidos à face da terra. Porque sabem que a Suíça não permite que haja repatriamento de capitais, excepto casos muito raros!!!!!

Não coloquei nenhuma notícia aqui, até haver a certeza absoluta da compra, mas se pesquisar, o CS foi falado este fim-de-semana em todo o mundo.
O desfecho era esperado, o Banco Central Suíço obrigou a UBS a comprar o CS. Vamos esperar que não contamine a solvência da UBS.
Foi muito bom para o mundo inteiro, caso contrário a madrugada desta 2ª Feira, seria uma mortandade no sector da banca! Assim evitou-se especulações.
Normalmente estes negócios acontecem no fim-de-semana........ para que o mercado seja apanhado desprevenido, porque funciona de 2ª a 6ª!!!! Por isso escrevi o que escrevi! Já são muitas décadas na área e já perdi muito dinheiro e já ganhei muito dinheiro também, por isso foi muito fácil cheirar a putrefacção do CS!

Espero que corra tudo bem para a sua filha!
« Última modificação: Março 19, 2023, 08:44:13 pm por Viajante »
 

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Daniel

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Re: Sector Bancário
« Responder #41 em: Março 19, 2023, 09:59:15 pm »
Caro Viajante, achei engraçado esta sua carta, quase que dirigida a minha pessoa :mrgreen: tipo a ensinar a missa ao Padre.
O que você escreveu não é nada do qualquer pessoa minimamente informada não tivesse há espera.
Como já tinha escrito antes, o CS só desaparecia se o BCS permitisse, o que veio a acontecer, apesar de haver várias cartas em cima da mesa.
Parece haver algum mau estar da sua parte contra o sistema bancário suíço, mais uma vez, nada que o mundo inteiro não saiba, mas você por 3 vezes fez questão de me mostrar  c56x enfim.
Quanto a minha filhota tudo a correr pelo melhor, pois quando se vive num país de 1 mundo são mais a vantagens do que às desvantagens, e neste país graças a Deus é assim.
Antes tinham um Bomba 💣 pequena agora ficaram com um bomba 💣 enorme.
Antes era Too big to fail agora vais ser Too big to rescue.
Pode ser que me engane mas amanhã às Ações da UBS vão cair um pouco vamos ver.
 

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Viajante

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Re: Sector Bancário
« Responder #42 em: Março 19, 2023, 11:01:52 pm »
Daniel?
Basta ver o que escreveu no dia 17, onde você afirmava sem dúvidas nenhumas que os problemas no CS estavam ultrapassados, que na Suíça estava tudo bem e ninguém acorreu a fazer levantamentos, que eu não faço ideia do poder e segurança Suíça, etc, etc.

Não fui eu, foi você que escreveu.

Agora está a afirmar o contrário!

Quem estudou na área financeira, sabe ler relatórios de contas, vê os políticos a toda a hora a defender um banco...... que apresentou um grande prejuízo em 2022 e tem o maior accionista da Arábia Saudita a afirmar que não mete lá nem mais um cêntimo.......
Das 2 uma, ou o Banco Central Suíço intervinha e obrigava a vender o banco ou na 2ª Feira não teriam descanso!!!!

Já agora, se reparou, o "seu" Banco Central ofereceu uma garantia bancária de 9 mil milhões de euros à UBS, para tapar eventuais buracos, se a UBS também contribuír com 5 mil milhões....... escusado será dizer que a garantia vai mesmo ser usada  ::)

E além disso ainda emprestaram mais 100 mil milhões!!!!!

Só estou de acordo quando diz que talvez possam ter envenenado um banco bom para salvar outro (apesar de que o próprio UBS foi resgatado à 13 anos atrás, assim como o CS tb foi).

Como você se considera o "padre" das Finanças (palavras suas  :mrgreen:
Diga-me lá o que acha que pode ter corrido mal para o colapso do CS conjugado com o início da guerra na Ucrãnia!
Obviamente que de fora não sabemos muita informação, só podemos especular, mas não deixa de espantar esta crise coincidente com o início da invasão!!!! E o desaparecimento de rios colossais de dinheiro!!!! Oligarcas a porem-se ao fresco? É que não me parece que sejam os próprios Suíços a levantarem tais montantes para..... comprarem pão para não morrerem À fome  :mrgreen:
« Última modificação: Março 19, 2023, 11:04:44 pm por Viajante »
 

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Viajante

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Re: Sector Bancário
« Responder #43 em: Março 19, 2023, 11:40:25 pm »
Bancos centrais juntam-se para reforçar liquidez em dólares no mercado

Para reforçar a eficácia do financiamento na divisa norte-americana, seis autoridades monetárias que atualmente oferecem operações em dólares decidiram aumentar a frequência das operações de curto prazo.



Seis bancos centrais - incluindo o da Zona Euro - juntaram-se para reforçar a liquidez em dólares no mercado. O anúncio foi feito este domingo, após um fim de semana em que as autoridades monetárias se desdobraram em encontros para acalmar os mercados.

"O Banco do Canada, o Banco de Inglaterra, o Banco do Japão, o Banco Central Europeu, a Reserva Federal [dos EUA] e o Banco Nacional da Suíça anunciam hoje [domingo] uma ação coordenada para aumentar a provisão de liquidez através de acordos de linhas 'swap' de liquidez", avançou o BCE em comunicado.

Para reforçar a eficácia do financiamento na divisa norte-americana, os bancos centrais que atualmente oferecem operações em dólares decidiram aumentar a frequência das operações com prazo a sete dias para diárias (sendo atualmente conduzidas semanalmente).

As operações diárias vão começar já na segunda-feira e irão decorrer a este ritmo "pelo menos até ao final de abril", explica a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde.

"A rede de linhas de 'swap' entre estes bancos centrais é um conjunto de facilidades permanentes disponíveis e serve como um importante apoio de liquidez para aliviar as tensões nos mercados financeiros globais, ajudando assim a mitigar os efeitos de tais tensões na oferta de crédito a famílias e empresas", acrescenta.

O BCE e a Fed já tinham expressado ao final deste domingo o apoio a outra decisão tomada pelo Banco Nacional da Suíça: de vender o Credit Suisse ao UBS para travar a turbulência nos mercados e o risco que a crise reputacional no banco representa a nível global.

Segundo o banco central dos EUA liderado por Jerome Powell, os vários governadores têm estado em contacto ao longo do fim de semana.

https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/bancos-centrais-juntam-se-para-reforcar-liquidez-em-dolares-no-mercado
 

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Daniel

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Re: Sector Bancário
« Responder #44 em: Março 20, 2023, 02:47:29 pm »
Daniel?
Basta ver o que escreveu no dia 17, onde você afirmava sem dúvidas nenhumas que os problemas no CS estavam ultrapassados, que na Suíça estava tudo bem e ninguém acorreu a fazer levantamentos, que eu não faço ideia do poder e segurança Suíça, etc, etc.

Não fui eu, foi você que escreveu.

Agora está a afirmar o contrário!

Quem estudou na área financeira, sabe ler relatórios de contas, vê os políticos a toda a hora a defender um banco...... que apresentou um grande prejuízo em 2022 e tem o maior accionista da Arábia Saudita a afirmar que não mete lá nem mais um cêntimo.......
Das 2 uma, ou o Banco Central Suíço intervinha e obrigava a vender o banco ou na 2ª Feira não teriam descanso!!!!

Já agora, se reparou, o "seu" Banco Central ofereceu uma garantia bancária de 9 mil milhões de euros à UBS, para tapar eventuais buracos, se a UBS também contribuír com 5 mil milhões....... escusado será dizer que a garantia vai mesmo ser usada  ::)

E além disso ainda emprestaram mais 100 mil milhões!!!!!

Só estou de acordo quando diz que talvez possam ter envenenado um banco bom para salvar outro (apesar de que o próprio UBS foi resgatado à 13 anos atrás, assim como o CS tb foi).

Como você se considera o "padre" das Finanças (palavras suas  :mrgreen:
Diga-me lá o que acha que pode ter corrido mal para o colapso do CS conjugado com o início da guerra na Ucrãnia!
Obviamente que de fora não sabemos muita informação, só podemos especular, mas não deixa de espantar esta crise coincidente com o início da invasão!!!! E o desaparecimento de rios colossais de dinheiro!!!! Oligarcas a porem-se ao fresco? É que não me parece que sejam os próprios Suíços a levantarem tais montantes para..... comprarem pão para não morrerem À fome  :mrgreen:

Mostre lá o poste onde eu escrevi que os problemas do CS estavam ultrapassados, no que diz respeito que ninguém correu para o banco para fazer levantamentos confirmo a 100%, hoje exatamente o mesmo, o povo por aqui não é burro.

É conhecido que alguns problemas do CS já vinham de trás, muito antes do COVID, má gestão, sem dúvida, todos por aqui estão de acordo sobre isso, Inclusive esteve o Horta Osório, que infelizmente teve muito pouco tempo no CS, pois tinha a esperança que ele fosse a pessoa certa para mudar às coisas, mas depois aconteceu aquela palhaçada.

O que eu disse e continuo a dizer é que o CS tem liquidez ou tinha  c56x1, ao que parece vc não quer perceber isso, assim como os mercados e às bolsas não quiseram, sabemos como tudo funciona.
Se aquele banco nos USA não tivesse falido, hoje não se falava no CS, dito isto, o CS na Suiça é maior que o UBS e nos últimos anos sempre deu mais lucro que o UBS na Suiça.

Claro que eu não sou o padre da finanças, uma coisa é certa, o caro Viajante é sem dúvida o Bispo  :mrgreen:

De todos às cartas em cima da mesa, não só eu, como a grande maioria por aqui, inclusive muitos políticos, acha que foi a pior cartada, mas a possível, derivado ao tempo disponível. Muito aperto por parte da França, Alemanha sobre o governo suiço para encontrar uma solução o mais rápido possível.
Tudo feito na correria por causa do mercado asiático onde o CS é forte, mercado esse que abriu há 01:00 hora Suiça e o mercado Europeu.

Agora também percebo, que você provavelmente só leia jornais portugueses, não sei digo eu.

Quanto aos 9 mil milhões, o estado assegurou o acordo, fornecendo uma garantia de 9 mil milhões sob a forma de um crédito de compromisso. No entanto, estes só entrariam em jogo se o UBS sofresse perdas de mais de CHF 5 mil milhões numa carteira específica de CS detida pelo banco de investimento CS, em resultado da aquisição.
Caso as perdas nesta carteira excedessem o montante mencionado, metade delas seriam suportadas pelo UBS e a outra metade pelos fundos fiscais acima mencionados. Por razões de segurança, o UBS também tinha por enquanto suspendido o seu programa de recompra de acções.

Quanto aos 100 mil milhões, para além da garantia do estado, o Banco Nacional Suíço concede aos dois bancos um empréstimo de assistência à liquidez de 100 mil milhões, que é garantido com um privilégio de falência. O CS também recebe um empréstimo de assistência à liquidez no valor máximo de 100 mil milhões, que é garantido por uma garantia em caso de incumprimento por parte da Confederação. O Conselho Federal suiço aprovou também um crédito de compromisso de 100 mil milhões de francos suíços para este fim. São cobrados juros de 1,5% sobre cada um dos empréstimos.

No entanto, esta garantia por defeito da Confederação (Governo) só poderia ser reclamada após a conclusão do processo de falência, o mais cedo possível. E apenas se o BNS sofrer um incumprimento e a reivindicar contra a Confederação (Governo).


Sabemos pelo menos por aqui, que os primeiros 50 mil milhões já era o sufuciênte para resolver toda a especulação lançada pelos mercados, mas também sabemos que os mesmos não perdoam, e que a credibilidade do CS estava infelizmente perdida.
« Última modificação: Março 20, 2023, 02:55:32 pm por Daniel »