Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -

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lexivia

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #45 em: Abril 18, 2012, 05:31:19 pm »
No post anterior ao meu fez-se o pedido de se voltar ao tópico em questão. Dai ter arriscado a pedir uma contribuição dos floristas para quem sabe pouco. Em vez disso continuaram com respostas que pertencem a quase todos os outros tópicos relativos a marinha portuguesa.
Até eu sei que um EH101 não aterra nas nossas fragatas, corvetas ou no berrio. Já se sabe que fazem falta imensos meios, todos sabem disso, dai o meu pedido se conseguiam explicar que capacidade teríamos nesta FRI.
Pois a capacidade de "velhos do Restelo" já eu sei que temos :p
Lexivia
 

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Lightning

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #46 em: Abril 18, 2012, 05:58:52 pm »
Citação de: "lexivia"
Será que alguém pode explicar um pouco que capacidade operacional é que tem esta FRI, isto é, para alguém que apenas é um curioso e não entendido que missões e capacidades em termos de números (resgate de pessoas, tomada de porto e/ou aeroporto, por exemplo) realmente temos capacidade de executar?
Grato,
Lexivia

A força naval tem capacidade de controlar o mar da região, também é por isso que lá está o P-3C, é um avião com grande autonomia, vai aumentar os "olhos" da força naval dando-lhe informação do que se passa mais longe para que não haja surpresas.

A nivel de combate. não é para isso que lá estamos, mas acho que naquela zona de áfrica ninguém tem capacidade de fazer frente à Vasco da Gama, nem há submarinos para o P-3 "caçar",  se não existirem problemas os navios de superficie serão mais para servir de plataforma maritima de onde partem os Lynx e botes de Fuzileiros para recuperar os civis portugueses que assim o desejem.

Os Fuzileiros também não devem ser muitos, por isso, não tem capacidade de tomar um porto ou aeroporto, será tudo em acordo com as autoridades da Guiné.
 

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typhonman

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #47 em: Abril 18, 2012, 06:20:21 pm »
O pior é que não sei se conseguiamos tomar uma ponta de praia...Muito menos tomar um aeroporto...Para evacuação.

No dia que isso seja mesmo necessário e as FA´s não o conseguirem, vão ser "executados" em praça pública...
 

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Lightning

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #48 em: Abril 18, 2012, 06:49:33 pm »
Em relação à possibilidade dos helicopteros EH101 aterrarem numa Fragata Vasco da Gama, eu diria já à partida que é impossivel, mas o melhor é ver valores.

Dimensões do Lynx
http://helicopteros.marinha.pt/PT/Helic ... nsoes.aspx

Dimensões do EH101
http://www.emfa.pt/www/includes/ampliaI ... _eh101.gif

Não encontro as dimensões da zona de aterram nas Vasco da Gama, mas não parece que seja grande demais para o Lynx e o EH101 tem mais do dobro do comprimento do Lynx.

Além disso, os pilotos do EH101 nunca treinaram tal coisa mesmo que fosse possivel, e também, acho que nunca se viu uma Fragata a utilizar helicopteros de transporte, as Fragatas só costumam levar os helicopteros orgânicos que habitualmente fazem parte do seu sistema de armas, levar helicopteros de transporte ou de outro tipo qualquer costuma ser em navios LPD /LHD, mas já se sabe que quem não tem cão caça com o gato e se nesta missão de resgate fosse possivel transportar um EH101 numa Fragata todos nós diriamos que teria sido uma grande ideia já que não possuimos LPD.

Como teoria nova pergunto? Caso quisessemos operar os EH101 Merlin na Guiné seria mesmo necessario embarca-los? É que aquele bicho tem uma autonomia maluca, além disso talvez seja possivel colocar um deposito de combustivel suplementar no compartimento de carga (O Puma levava isso sempre que fazia viagens dos Açores para o continente), entre a Madeira e Cabo Verde talvez só fosse necessário abastecer uma vez, depois passava a utilizar Cabo Verde como base avançada e em caso de necessidade abastecia a partir dos navios da Armada com o sistema "Hovering In Flight Refueling” (HIRF).
 

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Camuflage

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #49 em: Abril 18, 2012, 07:20:35 pm »
E porquê levar para Cabo Verde e não para o Senegal ou Guiné?
 

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ACADO

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #50 em: Abril 18, 2012, 11:05:25 pm »
Citação de: "Get_It"
Citação de: "ACADO"
Eu nao penso que Portugal tenha necessidade de tal Navio.
Se Portugal não tem necessidade de tal navio então porquê é que está a fazer falta agora e porquê é que já fez falta para transportar pessoal e material de auxilio para a Madeira?

Cumprimentos,

Não tá a fazer falta agora nem fez falta antes.
Fez e faz falta Navios melhores do que temos actualmente. O que não quer dizer que seja o Navio que pretendem como Navio Polivalente não sei quantos, que se trata realmente de um Navio Plataforma Amfibia e que é carissimo e que para um País como Portugal não existe essa necessidade.

Atenção que eu adorava ter esse Navio em Portugal, mas conscientemente não posso concordar com o projecto que está previsto.
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ACADO

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #51 em: Abril 18, 2012, 11:19:38 pm »
Citação de: "lexivia"
Até eu sei que um EH101 não aterra nas nossas fragatas, corvetas ou no berrio.

Não aterra?? não tenho tanta certeza

Estes são os nossas:







E estas são outros navios que levam EH101









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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #52 em: Abril 18, 2012, 11:50:36 pm »
Citação de: "Lightning"

Além disso, os pilotos do EH101 nunca treinaram tal coisa mesmo que fosse possivel,

Pois, mas não se percebe porque é que nunca treinaram.
Pelo menos no Berrio deviam ter treinado, um Heli com tantas capacidades só pode ser uma grande mais valia para usar em qualquer tipo de missão.

É que temos um Helicoptero brutal mas não são capazes de pensar em usar todas as suas capacidades. Estão preocupados é em po-lo a aparecer nas noticias quando salvam uns pescadores...
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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #53 em: Abril 19, 2012, 12:20:11 am »
Será que enviar uma força militar para as águas da Guiné, ou perto, com este alarido todo , será, pergunta a CACINE,  uma acção de bom senso?
Será , digamos que infelizmente, que quando for necessário intervir poderemos sofrer um vexame internacional?
Será, dizemos nós,que os Chefes Militares foram ouvidos neste tipo de procedimento, ou só o foram na constituição da Força??
É que estas coisas, e aprendemos isso desde cedo, fazem-se muito,muito discretamente e nunca nos demos mal com isso.
Se fôr preciso lá estamos. Se não fôr preciso nunca lá estivemos.
Ai , ai senhor ministro.

http://nrpcacine.blogspot.pt/

A FRI tem meios dos três ramos das Forças Armadas que variam consoante o tipo de missão, pode ser deslocada em 72 horas e é comandada pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

Não sei se o Bérrio tem estrutura que aguente receber um Merlin. É perguntar à Marinha.

O caro Acado confunde tipos de navios

http://pt.wikipedia.org/wiki/NRP_Vasco_da_Gama_(F330)
http://en.wikipedia.org/wiki/FREMM_multipurpose_frigate
http://en.wikipedia.org/wiki/HMS_Westminster_(F237)

deslocamento    VG 3200t   Aquitaine  6,000 tonnes  Westminster 4,900 tonnes
isto para não falar da certificação de resistência do pavimento para receber os helis.

Uma Marinha como a nossa não pode dar-se ao luxo de ter navios muito especializados. Tudo o que tiver tem que servir para vários cenários. Mas querer ter um reabastecedor que ao mesmo tempo seja um navio de projecção e um navio de protecçãp civil é já querer demais.
O NPL projectado para a nossa Armada penso que seja mais um navio de protecção civil com algumas valências militares de construção quase civil e estaria pago só pela utilização agora nesta e nas anteriores crises da Guiné e nos sismos dos Açores e enchurradas na Madeira.
Assim agora permitia à Marinha levar 2/3 Merlin o que daria à força muitos graus de liberdade na tarefa que possivelmente terão de efectuar e mais um Linx se bem que as VG possam tranportar 2 Linx. Até porque um navio deste tipo não é muito caro de construir. O que fica caro são os sensores e algum armamento que lhe queira meter.
 Cumprimentos,

z
 

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LuisC

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #54 em: Abril 19, 2012, 01:09:07 am »
Jugo que o Bérrio pode receber o Merlin…os Sea King da Royal Navy aterravam neste tipo de navios.
 

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Trafaria

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #55 em: Abril 19, 2012, 01:22:54 am »
Citação de: "Get_It"
Citação de: "ACADO"
Eu nao penso que Portugal tenha necessidade de tal Navio.
Se Portugal não tem necessidade de tal navio então porquê é que está a fazer falta agora e porquê é que já fez falta para transportar pessoal e material de auxilio para a Madeira?

Cumprimentos,
O que levou para a Madeira não foi absolutamente nada que um qualquer navio da marinha mercante não levasse, não acho que isso seja argumento. Mas eu acho que deveríamos ter um bom navio polivalente com alguma capacidade para acolher uma força de fuzileiros, algum material pesado e um pequeno hospital. Isto para além do habitual neste tipos de navios ...
::..Trafaria..::
 

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chaimites

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #56 em: Abril 19, 2012, 02:19:46 am »
Boas!

Nao tem nada a ver com espaço!!!
è questão de cargas, ! saber se o dechk esta preparado para o peso do heli em quetão.
 por exemplo a plataforma do NPO pode levar heli ate  5000kg  

Abraço!
 

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #57 em: Abril 19, 2012, 02:49:33 am »
Citação de: "chaimites"
Boas!

Nao tem nada a ver com espaço!!!
è questão de cargas, ! saber se o dechk esta preparado para o peso do heli em quetão.
 por exemplo a plataforma do NPO pode levar heli ate  5000kg  

Abraço!

Dá para o Lynx que pesa entre 3 a 3,5 toneladas, mas o EH101 já não dá, esse pesa 10 toneladas.
 

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Lightning

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #58 em: Abril 19, 2012, 02:53:32 am »
Citação de: "Camuflage"
E porquê levar para Cabo Verde e não para o Senegal ou Guiné?

Os governos desses paises é que sabem se nos autorizam a operar a partir do seu territorio. Podem não deixar.
Ou a Força Aerea prefere por outras razões Cabo Verde, melhores relações entre os paises, mais seguro para as aeronaves no solo, melhores condições para operar aeronaves, coisas assim.
 

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zawevo

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Re: Golpe na Guiné-Bissau - Intervençao da Marinha -
« Responder #59 em: Abril 19, 2012, 01:09:21 pm »
"Trafaria
O que levou para a Madeira não foi absolutamente nada que um qualquer navio da marinha mercante não levasse, não acho que isso seja argumento."


Penso que não tem razão porque quando há uma catástrofe ou acidente eles não são anunciados. Para se recorrer a mercantes primeiro tem que haver um disponível, segundo tem que se carregar com o material, terceiro tem que se pagar o frete ou o aluguer e quarto há os seguros que também custam dinheiro.

Com um navio militar tirando o tempo que o navio está em manutenção ele em princípio está imediatamente disponível, tem já parte do material embarcado (faz parte do equipamento do navio), possui hospital, tem meios de desembarque sem necessitar de acostar (lanchas de desembarque) e pode operar helis o que lhe confere várias opções que nenhum mercante tem.
 Mas como nunca há dinheiro para o que é mesmo necessário havemos sempre de continuar a atamancar. É a vida.

z