China e Rússia suspeitas de fazerem ciberespionagem a PortugalRelatório Anual de Segurança Interna 2020, apresentado na semana passada, reconhecia aumento da ciberespionagem “de origem estatal”, mas não especificava os países que estariam por trás dela.
A ciberespionagem cresceu no ano passado em Portugal, como reconhece o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) 2020, apresentado na semana passada. O documento fala no aumento de “ameaças persistentes, tecnologicamente avançadas, de origem estatal”, mas não indica os países que serão os autores dos ataques informáticos. Quatro fontes contactadas pelo PÚBLICO....
https://www.publico.pt/2021/04/06/sociedade/noticia/china-russia-suspeitas-fazerem-ciberespionagem-portugal-1957275O jornal Público falou com quatro fontes que investigam e analisam este tipo de criminalidade e todos identificam a China e a Rússia como origem destas ações de ciberespionagem.
A China e a Rússia são suspeitas de fazerem ciberespionagem a Portugal. O Relatório Anual de Segurança Interna de 2020 já reconhecia o aumento da ciberespionagem de origem estatal sem revelar quais os países que estariam a fazê-la. O jornal Público garante agora que são ciberataques russos e chineses e a Polícia Judiciária já está a investigar.
O jornal Público falou com quatro fontes que investigam e analisam este tipo de criminalidade e todos identificam a China e a Rússia como origem destas ações de ciberespionagem.
Estas fontes explicam que é possível determinar a autoria dos ataques essencialmente pelo tipo de tecnologia utilizada e pela forma de atuar.
A China está mais associada a ciberataques contra instituições de saúde. Já a Rússia tem atuado junto de entidades ligadas ao Estado.
O Público contactou as embaixadas da China e da Rússia em Portugal que não confirmam a informação, mas também não negam de forma expressa terem estado por trás de ataques contra instituições portuguesas.
A embaixada chinesa sublinha que o governo chinês é um defensor firme da cibersegurança, mas também uma das maiores vítimas deste tipo de ataques e refere ainda que a China combate os ataques e espionagens cibernéticos sempre conforme as leis.
Já a embaixada russa considera que seria razoável apresentar provas, caso contrário não passa de uma mera especulação infundada, e lembra que o relatório de segurança interna não menciona qualquer país.
A Rússia afirma ainda estar disponível para resolver qualquer caso com países estrangeiros e recorda que Portugal está muito bem informado sobre como interagir com este organismo.
O Público contactou também o gabinete do primeiro-ministro e o centro nacional de cibersegurança que não quiseram fazer comentários.
José Tribolet , investigador e antigo presidente do INESC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores), em entrevista à TSF, fala da ciberespionagem como uma prática corrente à qual Portugal não está imune e recomenda que o país se prepare melhor para lidar com esta realidade.
https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/-china-e-russia-suspeitas-de-ciberespionagem-a-portugal-em-instituicoes-de-saude-e-estatais-13536947.htmlhttps://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/documento?i=relatorio-anual-de-seguranca-interna-2021