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Dados do PRR atualizados.
Não acreditem completamente nesses dados, já tive contacto com o funcionamento de uma CCDR (entidades que gerem parte dos fundos comunitários) e existe vários patamares.
AS CCDRs são entidades altamente politizadas, em que num patamar superior apenas se trabalha (inventa-se procedimentos para maximizar os números) para os números parecerem bonitos e a execução do fundo andar o mais alto possível. Depois num nível inferior onde os Técnicos trabalham a coisa costuma andar vários meses senão anos atrás.
O mais importante é o valor pago e mesmo este por vezes sofre aldrabices pois paga-se adiantado (para entrar nos relatórios) sem que o processo burocrático tenha chegado a essa fase, e no final chega-se ao cumulo que a entidade que recebeu o dinheiro não consegue comprovar a utilização do mesmo para o que está documentado na candidatura e tem de devolver parte do dinheiro que recebeu (mas atenção que isto tb não é o normal)
O Contratado são valores de candidaturas que entraram (é feita a candidatura) e ainda não foram aprovadas (validados se as candidaturas cumprem requisitos), mesmo depois de aprovado há depois um sem fim de burocracia, na altura que lá estive havia prazos a terminar para entregar um conjunto de documentos burocráticos e o sistema ainda nem tinha desenvolvidos as funcionalidades para aceitar e validar/processar esses documentos.
Asalves? Trabalho com fundos comunitários e conheço a enormíssima carga burocrática que estes exigem (refiro mesmo que só quem tem muitos conhecimentos nas áreas de economia, gestão ou contabilidade é que conseguem perceber a teia burocrática que nós impomos na máquina administrativa). Aliás, deve ser rara a obra em Portugal que não tenha fundos comunitários por trás!
Mas o problema nem é esse, é que os fundos são tantos que não temos capacidade para esgotar as verbas (principalmente devido à componente nacional! Traduzido por miúdos, as finanças nacionais não têem dinheiro para a comparticipação nacional, que no caso das autarquias, obras públicas e ensino, anda pelos 15%! Os 85% da União Europeia existem, o nosso estado não tem é os outros 15% para avançar com os projectos......... e normalmente temos de devolver dinheiro que não é gasto!!!!!!!!). Agora imagino candidaturas com taxas de comparticipação nacional mais elevada (40, 50%.......)
Por exemplo, o Portugal2030 supostamente está a funcionar de 2021 até 2027, com 24 mil milhões de euros de financiamento (fora o PRR)............ mas neste momento o ensino está ainda a ser financiado pelas sobras do Portugal 2020!!!!!!! E em princípio só em Setembro é que vamos começar a utilizar o Portugal2030!!!!!!
Mas posso dizer-lhe que alguns sectores públicos nunca faltam verbas (autarquias, CIM........), agora vá lá o Asalves cortar nas 50 rotundas que o senhor autarca tem programadas por ano!!!!!! (apesar de que agora as obras estão numa crise inédita, são raros os construtores que aceitam obras com preços fixos........ porque os materiais das obras sobem a cada dia que passa!!!!!! Muitas obras públicas ficam sem concorrentes........................ só aceitam se houver revisão de preços!!!!!!
Nós não temos falta de dinheiro, ele é é mal gerido! Não me lembro de nenhum quadro comunitário que tenhamos esgotado todas as verbas!!!!!
A Alemanha e a Holanda agradecem quando devolvemos o que não gastamos depois do fase out de cada quadro!!!!!