Sem dúvida, a capacidade de combate está em mínimos, faltam pilotos e aviões, mais detalhadamente:
-Possuímos caças de 4º geração, em pouca quantidade ( 25);
-Não se antevê a compra do F-35A, nos próximos tempos;
-Não possuímos armamento em quantidade e qualidade para os mesmos ( AIM-9X,AIM-120D,GBU-39,AGM-84,JSOW,HARM etc);
-Não possuímos helis de ataque/apoio táctico/evacuação (Tiger e UH-60M por exemplo);
-Não possuímos capacidade de AAR ( KC-767 ou MRTT);
-Não possuímos capacidade de transporte estratégico ( A-400M), ( visto a possibilidade de países onde poderá ser necessário, como por exemplo, Venezuela,Angola,Moçambique,Timor etc);
-Não possuímos capacidade CSAR, ou está morta..;
-Não possuímos capacidade de defesa aérea das bases mais importantes ( a baixa e média altitude), por exemplo contra os Kalybr ( mísseis russos de cruzeiro);
-Não possuímos capacidade CI4;
-Não possuímos ER, nos Açores;
-Não possuímos capacidade de ELINT,EW ( a não ser alguma com os P-3C);
-Não há armamentos stand-off;
-Treino Básico e Avançado ( uma lástima);
Agora pergunto como é que temos 6000 pessoas na FAP para capacidades tão limitadas...
Cumprimentos,
O "problema" é que muitas destas lacunas poderiam ser resolvidas recorrendo a meios em segunda-mão. Houvesse vontade para tal.
Outros teriam de ser meios novos, mas mesmo nestas situações nem sempre fazemos as aquisições mais inteligentes e lógicas.
Começando por cima:
-Os F-16 são o melhor que temos na FAP, e ficariam muito bem com um upgrade para V.
-Os F-35 não me parecem realistas nos próximos 10 anos, no entanto não é de descurar a operação de 12 unidades a partir de 2030 como forma de transição/obtenção de valências (operando em conjunto com os F-16V do PA I)
-Além da qualidade e quantidade, falta também variedade. Querermos usar JDAM para atacar todo o tipo de alvos terrestres e navais, parece-me imprudente. Existem armas especializadas por alguma razão, e mesmo que não fossem adquiridas quantidades astronómicas, pelo menos as suficientes para se criar rotinas em torno do seu uso, e como meio dissuasor.
-Os Tiger julgo que seriam muito caros, mas para nós bastava e sobrava uns quantos AH-1Z. Podem inclusive ser operados a partir de navios tipo LPD/LHD. O UH-60 parece-me a escolha mais executável, especialmente havendo em segunda-mão. Eu até iria mais longe, em vez dos UH-60, adquirir-se logo SH-60, assim a mesma esquadrilha de helicópteros estaria apta para dar resposta aos três ramos.
-Não há dúvidas quanto à necessidade de um MRTT ou semelhante. E a capacidade de transportar pessoal é uma mais valia.
-A-400 + KC-390 ou C-130 seria a opção mais favorável, apesar de originar duas linhas de manutenção.
-CSAR, passaria por: primeiro fazer um upgrade a todos os Merlin para esta capacidade e segundo, partilhar esta missão com os UH/SH-60.
-Capacidade AA, parece-me executável com meios em segunda-mão. Mais concretamente uns Patriot PAC-2, uns M-167 Vulcan e eventualmente uns Avenger. Em alternativa, e havendo dinheiro, podia-se optar por meios novos como o Nasams, entre outros. Igualmente importante, radares 3D móveis, como o Sentinel.
-1 ou 2 aeronaves AEW também dariam jeito.
-Mísseis de cruzeiro para os F-16 e P-3, excelentes meios dissuasores.
-UAVs, de diversas dimensões, e incluindo UCAVs. 6/8 Predator C Avenger, 2 MQ-4 Tritton, 6 UAVs de média dimensão... assim se combate a falta de pilotos em certos domínios.