Táticas de guerrilha

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dremanu

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Táticas de guerrilha
« em: Novembro 19, 2004, 12:38:21 am »
Táticas de guerrilha...

Será que anda alguém, do exército Português, a observar como os Iraquianos estam a lutar contra os Americanos?

Acho que se pode aprender várias lições do que se deve e não se deve fazer, do ponto de vista do guerrilheiro, numa luta contra um poder bélico superior, que seriam importantes para o exército Português assimilar, e depois ensinar aos nossos militares que têm a missão de treinar o povo Portugues em caso de invasão do país.

Quando eu vejo as imagens na televisão, imagino o que seria se o nosso país estivesse debaixo da bota de um invasor, e que nós tivéssemos que lutar nas cidades para conseguir expelir o mesmo daqui p'ra fora. Não é tarefa fácil para se fazer. Outro exemplo dessa dificuldade é a situação na Chêchnia.

Vejo alguns padrões que se repetem:

- A luta é predominantemente urbana, e só em alguns casos se estende a ambientes ruraís
- O uso de snipers é constante, tanto de um lado quanto do outro
- O uso de armas do tipo RPG é bastante mais importante para o lado dos guerrilheiros
- As tropas de ocupação fazem a guerra psico através da entrada na casa de civís, indo porta-a-porta, e extraíndo e aprisionando os homens, sempre no meio da noite, e sem dar indicações à família a onde estes se encontram
- Uma das vantagens dos guerrilheiros é o emprego das bombas em emboscadas
- A superioridade aérea do invasor é uma das maiores ameaças, visto que podem atacar inpunentemente do ar em suporte às ações terrestes

Podiamos fazer aqui um pouco de "brainstorm", e identificar o tipo de ações e contra-ações neste tipo de cenário de guerra urbana que podem ser empregues por uma força de guerrilha.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Luso

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« Responder #1 em: Novembro 29, 2004, 11:49:03 pm »
Esse tema é perigoso e colocar informações sobre isso pode dar origem a sabe-se lá o quê.
Como sabe, eu tenho um particular predilecção por armas ligeiras e por isso posso dizer-lhe por experiência própria que o tema é (deve ser?) versado como um tema isotérico, só acessível a iniciados muito depois do "adepto" ter mostrado que é de confiança. E mesmo assim...
Apenas posso dizer-lhe: procure e encontrará.
Sugiro-lhe algo: comece do comecinho e não deixe pedra por mexer.

E isto vale para toda a gente. Se a coisa tiver que se saber - sabe-se!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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NotePad

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« Responder #2 em: Novembro 30, 2004, 09:35:55 pm »
...
« Última modificação: Fevereiro 25, 2007, 05:23:54 am por NotePad »
 

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Luso

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« Responder #3 em: Novembro 30, 2004, 09:55:14 pm »
Notepad, a única selva que aqui temos são eucaliptais sujos. E não é nada fácil andar por lá. Nem é possível viver do eucaliptal.  :wink:
Guerra urbana aprende-se no Iraque, na Chechenia, na Jugoslavia, em Estalinegrado...
A situação nacional é que não há recursos dispersos pela população. Umas caçadeiras e pouco mais.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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dremanu

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« Responder #4 em: Novembro 30, 2004, 11:22:10 pm »
Notepad:

Não é pedir instruções aos Americanos, é observar as tácticas utilizadas tanto pelos invasores, quanto pelos resistentes, e aprender com elas. Assim é possível ter uma atitude pró-ativa no constante desenvolvimento, e aperfeiçoamento, de soluções que possam ver a ser utilizadas num hipotético futuro conflito.

E sim, eu sei que se lutou em África, só que as situações de guerra são quase sempre diferentes umas das outras. Lutar no meio urbano não é a mesma coisa que lutar na selva.

Antes dos Americanos atacarem o Iraque, já as vozes do negativismo começavam a predizer um novo Vietnam, mas a realidade é que não é, e os Americanos estam a ter muito mais sucesso alí do que tiveram no Vietnam. Porque será?

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Luso:

Interessante o que você escreveu...e vou seguir as suas sugestões...:D
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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typhonman

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« Responder #5 em: Dezembro 26, 2004, 08:25:45 pm »
Fácil.. serviço militar com voluntários..melhor inteligência. .não existe ameaça de sams( excepção do SA7)..o terreno é muito menos irregular...
 

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Sgt Guerra

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« Responder #6 em: Maio 24, 2005, 05:33:18 pm »
O Brasil desenvolve essa estrategia de guerra de resitencia a varios anos.
 

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Yosy

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« Responder #7 em: Maio 24, 2005, 08:09:44 pm »
Citar
Esse tema é perigoso e colocar informações sobre isso pode dar origem a sabe-se lá o quê.

O quê? Nada do que possamos dizer é classificado ou perto disso.  Não há problemas.

Citação de: "Sgt Guerra"
O Brasil desenvolve essa estrategia de guerra de resitencia a varios anos.


Então Portugal já dever ter dado uma vista de olhos neste tema. Afinal, há tantos contactos militares entre os dois países.
 

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TOMKAT

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« Responder #8 em: Maio 25, 2005, 01:36:21 am »
Citação de: "dremanu"
Antes dos Americanos atacarem o Iraque, já as vozes do negativismo começavam a predizer um novo Vietnam, mas a realidade é que não é, e os Americanos estam a ter muito mais sucesso alí do que tiveram no Vietnam. Porque será?



dremanu, os americanos alguma coisa devem ter aprendido no Vietnam,
e depois são realidades completamente distintas, mesmo esquecendo as datas.
 
Para qualquer guerra de guerrilha ser eficaz há duas permissas fundamentais:
  - Ter apoio duma parte significativa da população
  - Aproveitar ao máximo as caracteristicas do terreno

E nas caracteristícas do terreno é que deve estar a diferença.
O tipo de guerra de guerrilha que os Vietcongs fizeram aos americanos
não é possível no Iraque. Dum lado floresta tropical, no outro deserto.
Um dos grandes problemas que a floresta tropical põe aos militares é que podemos estar a pouca distância do IN e não o ver, e não falo de 1 ou 2 homens emboscados, possível em zonas desérticas.
A emboscada em zona de floresta permite todo o tipo de opções, quer materiais, quer humanas.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Yosy

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« Responder #9 em: Maio 25, 2005, 03:55:23 pm »
Bem dito TOMKAT. Se queremos entender a guerrilha ou o terrorismo iraquianos, convém é olhar para o conflito entre a Argélia e a França.
 

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Sgt Guerra

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« Responder #10 em: Maio 31, 2005, 02:34:31 pm »
Citação de: "Yosy"
Citar
Esse tema é perigoso e colocar informações sobre isso pode dar origem a sabe-se lá o quê.

O quê? Nada do que possamos dizer é classificado ou perto disso.  Não há problemas.

Citação de: "Sgt Guerra"
O Brasil desenvolve essa estrategia de guerra de resitencia a varios anos.

Então Portugal já dever ter dado uma vista de olhos neste tema. Afinal, há tantos contactos militares entre os dois países.

  Com certeza os Oficiais portugueses devem estar vendo a parte doutrinaria na Escola de Esatdo-Maior, mas a parte pratica, desenvolvida no CIGS, é restrita aos brasileiros. Não existe segredo nenhum na estrategia. A ordem é atacar quando o inimigo recuar, recuar quando o inimigo atacar e inquieta-lo quando estiver estacionado.
 

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Sgt Guerra

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« Responder #11 em: Maio 31, 2005, 04:44:49 pm »
Citação de: "TOMKAT"
Citação de: "dremanu"
Antes dos Americanos atacarem o Iraque, já as vozes do negativismo começavam a predizer um novo Vietnam, mas a realidade é que não é, e os Americanos estam a ter muito mais sucesso alí do que tiveram no Vietnam. Porque será?


dremanu, os americanos alguma coisa devem ter aprendido no Vietnam,
e depois são realidades completamente distintas, mesmo esquecendo as datas.
 
Para qualquer guerra de guerrilha ser eficaz há duas permissas fundamentais:
  - Ter apoio duma parte significativa da população
  - Aproveitar ao máximo as caracteristicas do terreno

E nas caracteristícas do terreno é que deve estar a diferença.
O tipo de guerra de guerrilha que os Vietcongs fizeram aos americanos
não é possível no Iraque. Dum lado floresta tropical, no outro deserto.
Um dos grandes problemas que a floresta tropical põe aos militares é que podemos estar a pouca distância do IN e não o ver, e não falo de 1 ou 2 homens emboscados, possível em zonas desérticas.
A emboscada em zona de floresta permite todo o tipo de opções, quer materiais, quer humanas.

 

   Concordo com você TOMKAT, na guerrilha o terreno é o grande ditador, e não existe terreno melhor para se desenvolver uma guerrilha do que a selva. O melhor campo de tiro que conseguimos num ambiente de selva é de 30 metros. Equipamentos como GPS, visão noturna etc não funcionam. Acho que não exite um terreno melhor que o iraquiano para o exercito americano fazer sua maquina de guerra render 100%. Maquina de guerra que passou por uma total reforma depois do Vietnan. isso sem contar a situação socio-economica do Iraque totalmente favoral ao invasor. O Iraque também não se preparou para uma guerra de resistencia. Pelo o que vemos, não existe uma estrutura para a força de sustentação, a força de guerrilha esta desorganizada e a força subterranea eu acho que nem existe. No vietnam, os americanos encontraram toda essa estrutura
inimiga já pronta, e operando a anos contra os franceses, e com um apoio de uma grande potencia da epoca. O Iraque vai levar anos para desenvolver uma força equivalente a do Vietnan, e mesmo se conseguir, jamais vai conseguir partir para um combate regular como no Vietnan devido as caracteristicas do tereno.
   Como pode ver, são duas situações totalmente diferentes, mas exsite algo em comum nessas duas histórias. Durante as negociações de paz do Vietnan, o representante americano disse: "vocês nunca nos derrotaram no campo de batalha" O representante do Vietnan respondeu: "Isso é irrelevante". Do jeito que as coisas andam no Iraque, visto que até os iraquianos aliados dos americanos são contra a presença deles no pais, se no final das contas, os americanos tiverem que sair, a vitória tera sido dos iraquianos.
 

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nestor

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« Responder #12 em: Julho 02, 2005, 02:54:34 am »
No creo que Portugal puede importar la tactica de guerrillas iraquies puesto que ellas se basan, principalmente, en atentados suicidas. Ello forma parte de su cultura y religión, cosa que los portugueses, y demas europeos, no pueden llevar a cabo puesto que sus valores son otros.

Una cosa es arriesgar la vida en la comisón de atentados y otra cargarse de explosivos para destruir una unidad militar.

Saludos.