A ideia inicial era o AT1 transitar (com alguma lógica, diga-se de passagem) para o Montijo; Sintra, pura e simplesmente, não tem capacidade para isso, esqueçam. No entanto, e como a própria BA6 permanece na corda bamba, a futura localização para o AT1 é agora de certa forma uma incógnita, havendo algumas vozes que começam a falar na possibilidade da Ota.
Na minha opinião, mesmo que o Montijo não venha a ser a localização do NAL, ou pelo menos tornar-se num aeroporto complementar ao Humberto Delgado, a reestruturação do AM1 em BA8 "obriga" a que a unidade passe a ter meios aéreos em permanência, e porventura para além das já faladas aeronaves de combate a incêndios florestais (UH-60A, a que mais tarde se juntarão os DHC-515). Isto poderia significar um esvaziamento total ou parcial das Esquadras da BA6 para outras unidades como já foi aqui discutido anteriormente (com a 501 a seguir para Ovar, por exemplo), o que colocaria assim em causa a hipotética futura deslocalização do AT1 para o Montijo.
Aliás, isto seria ouro sobre azul para o Governo e classe política em geral, que relativamente a este assunto são da opinião que os militares continuam a controlar e ocupar demasiado espaço (aéreo e igualmente terrestre), prejudicando assim o desenvolvimento do turismo e actividades de lazer (e até mesmo do "progresso", conforme opinião privada do Ministro das Infraestruturas) em toda a região da Grande Lisboa, e não só.
Juntando a isto um CEMFA agora claramente enfraquecido, que se sente traído por ter sido preterido para CEMGFA, mas que apesar disso continua a acenar afirmativamente com o possível encerramento da Base Aérea do Montijo (sendo um homem da casa, ainda para mais), e que se dane a consequente perda de capacidades, e diria que estão reunidas as condições perfeitas para que em breve a Força Aérea Portuguesa seja corrida do espaço aéreo da capital, mantendo apenas Sintra devido à localização da Academia da Força Aérea, e Alverca onde está o DGMFA.