Indústria Aeroespacial

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #45 em: Abril 09, 2021, 04:28:10 pm »
Porto espacial de Santa Maria? "Ou arranca agora ou não arranca", diz ministro da Ciência


O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, disse hoje que o porto espacial de Santa Maria, nos Açores, tem de arrancar ainda este ano, sem avançar com prazos para a adjudicação do projeto.

“O Plano de Recuperação e Resiliência Europeu é uma oportunidade única para fazermos avançar o projeto. O projeto ou arranca agora ou não arranca”, avançou, acrescentando que “a janela de oportunidade não está sempre aberta”.

Manuel Heitor falava, em Angra do Heroísmo, nos Açores, numa conferência de imprensa sobre os projetos futuros do Centro Internacional de Investigação para o Atlântico, Air Centre.

No início deste ano, o executivo açoriano, da coligação PSD/CDS-PP/PPM, revelou, em comunicado, que o concurso para a construção, operação e exploração de um porto espacial na ilha de Santa Maria, que permitirá o lançamento de microssatélites, tinha recebido duas propostas.

Questionado hoje sobre o facto de os dois concorrentes terem sido excluídos do concurso, Manuel Heitor disse que ainda decorre um processo de negociação.

“Pode ser sempre aberto um processo de negociação para poder identificar os parceiros. A dificuldade era não haver candidatos interessados e temos a garantia – quer através da Agência Espacial Europeia, quer em colaboração com empresas portuguesas e grandes operadores estrangeiros - de que há um interesse em fazer nos Açores algo que seja verdadeiramente inovador a nível do mundo e dê à Europa uma nova alavancagem”, salientou.

O ministro disse esperar que as atividades relacionadas com o porto espacial de Santa Maria possam ser relançadas “em curtas semanas”, revelando que visitará a ilha no final deste mês.

“O processo negocial está em curso. O meu papel foi atrair concorrentes de todo o mundo, agora é a parte daqueles que têm o foro jurídico-legal de concluir o processo e estou certo que o processo irá ser bem concluído”, acrescentou.

Reiterando estar confiante de que o projeto avançará, assim que for ultrapassado o percurso no campo jurídico-legal, Manuel Heitor frisou que o porto espacial de Santa Maria será um projeto “verdadeiramente inédito”.

“Este projeto é importante para demonstrar ao mundo que é possível lançar satélites com baixo impacto ambiental. Não queremos fazer um projeto igual a outros, queremos fazer um projeto novo, com novas tecnologias, que demonstrem ao mundo que através dos Açores se podem lançar pequenos satélites de baixo impacto ambiental, que nos darão mais informação para as nossas atividades económicas e sociais diárias”, afirmou.

O ministro salientou, no entanto, que o plano em curso para a ilha de Santa Maria “vai para além de um porto espacial”.

“Há outros projetos europeus, nomeadamente, o futuro vaivém europeu, o chamado Space Rider, para montar um laboratório de microgravidade, e são projetos destes que podem dar uma centralidade aos Açores particularmente nova, trazendo jovens de todo o mundo para trabalhar nos Açores”, apontou.

O Governo da República aprovou em março de 2019 a criação da agência espacial portuguesa Portugal Space, com sede na ilha de Santa Maria.

Inicialmente estava previsto que o contrato para a instalação e funcionamento do porto espacial de Santa Maria fosse assinado em junho de 2019, para que os primeiros lançamentos de pequenos satélites ocorressem no verão de 2021.


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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #46 em: Abril 24, 2021, 07:17:48 pm »
Portuguesa GeoSat compra dois satélites a canadiana falida e investe 20 milhões

A Global Earth Observation Satellites, criada já este ano, é a primeira empresa nacional a deter e operar satélites de observação da Terra, tornando-se assim à nascença um dos maiores operadores de satélites da Europa.
Citar
A empresa não revela o valor da compra dos dois satélites, o Deimos 1 e o Deimos 2, que tinham sido avaliados, há já cerca de meia dúzia de anos, em mais de 70 milhões de euros.   

Com escritórios em Évora, Monte da Caparica, Porto, Valladolid e Puertollano, a empresa portuguesa conta com 50 colaboradores na operação e processamento de imagens de satélite para produção de informação e serviços de elevado valor acrescentado.



https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/tecnologias/detalhe/portuguesa-geosat-compra-dois-satelites-a-canadiana-e-investe-20-milhoes?fbclid=IwAR0YLEtiPlUfHoMdCFSClT6yuNwiz2OfV5CbsfiEKprOtr1j5znp_tLN3M4
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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #47 em: Maio 27, 2021, 12:32:18 am »


Venha é a bazuca....  ::)
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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #49 em: Julho 21, 2021, 03:12:44 am »
(...) O Atlantic Spaceport Consortium (ASC) tem o prazer de anunciar o seu primeiro contracto com a Agência Espacial Europeia.
O projecto hoje anunciado tem como objectivo garantir que será possível agilizar o lançamento de pequenos satélites, coordenando toda a cadeia de valor logística.
Com um valor global de 1.9M€, conta com um significativo investimento privado das seguintes empresas:
D-Orbit, Skyrora, Virgin Orbit, Sky and Space Company, Optimal Structural Solutions, Ilex Space e claro da Atlantic Spaceport Consortium.

O ASC continua a trabalhar para a capacitação da operação de um porto espacial em Santa Maria. Este projecto vem acelerar o desenvolvimento de alguns dos componentes necessários. No entanto, o mais relevante é a solidificação de parcerias internacionais e o posicionamento do ASC e dos Açores na cadeia de valor da logística espacial, e claro, a validação, por parte da Agência Espacial Europeia e dos nossos parceiros, do modelo de negócio que propomos para Santa Maria.

O projecto terá ainda o contributo da Escola Básica e Secundária de Santa Maria, no âmbito de um protocolo já assinado com o Atlantic Spaceport Consortium, com vista à criação de mecanismos de formação local e regional necessários ao futuro desenvolvimento das actividades espaciais na Região Autónoma dos Açores.
O Atlantic Spaceport Consortium envia às redações nota em anexo com todos os detalhes sobre o projecto, para publicação imediata. (...)

https://www.facebook.com/download/220885246577605/ASC-PR002-2021-PT-V5-final.pdf?av=100001561092062&eav=AfZIKqpWxPd5nQdMZd1yzybpOF2vVDQ-h9gWxEqY14VXFbL-3nDGX_nJwFYOiZBDHxI&hash=AcpQAPKiKcEtgDFgCaI&__cft__
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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #50 em: Dezembro 25, 2021, 03:06:37 pm »
Guerra aberta entre a República e os Açores por causa do porto espacial

O ministro da Ciência diz que houve incompetência e falta de humildade dos governos regionais no processo de construção do porto espacial de Santa Maria.

Em vídeo:
 :arrow: https://www.rtp.pt/acores/politica/guerra-aberta-entre-a-republica-e-os-acores-por-causa-do-porto-espacial-video_74242?fbclid=IwAR3Qj0PMqUxTmgh3r2G1qHO3saDsvPSW-HwYLt0RYdDY6Bu8SbsCqIu_SeA



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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #51 em: Fevereiro 15, 2022, 04:03:08 pm »
Concurso para Porto Espacial na ilha de Santa Maria em março


O novo concurso para a construção do Porto Espacial na ilha de Santa Maria, nos Açores, vai ser lançado em março, revelou hoje a secretaria Regional da Cultura, da Ciência e Transição Digital.

Num comunicado divulgado na página oficial do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) escreve-se que a secretária regional “aponta para março o lançamento do novo concurso para a construção do Porto Espacial na ilha de Santa Maria”.

Citada na nota de imprensa, Susete Amaro, refere que, ao longo dos últimos dois meses, o executivo açoriano, através da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço, “tem trabalhado com especialistas em matéria jurídica e espacial, no sentido de encontrar o modelo adequado para o novo concurso, cujos pressupostos e respetivo caderno de encargos estão a ser ultimados”.

O Governo da República aprovou em março de 2019 a criação da agência espacial portuguesa Portugal Space, com sede na ilha de Santa Maria, nos Açores, estando previsto que o contrato para a instalação e funcionamento fosse assinado em junho de 2019, para que os primeiros lançamentos de pequenos satélites ocorressem no verão de 2021.

Houve um primeiro concurso público, mas as duas propostas que chegaram à fase final do procedimento foram excluídas pelo júri do concurso público.

Para além disso, um dos consórcios impugnou a decisão em tribunal, solicitando, para além da admissão da sua proposta, que não possa ser lançado novo concurso para o mesmo efeito, explicou, em novembro de 2021, o coordenador da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço, em declarações aos jornalistas à margem da apresentação da Estratégia dos Açores para o Espaço.

Citada hoje pelo comunicado do Governo, Susete Amaro ressalva que “é importante ter em conta que, em relação ao concurso anterior, a primeira decisão do tribunal foi em novembro e a notificação ao Governo Regional em dezembro” de 2021.

Desde então, tem-se trabalhado “para adequar as peças nos termos e de acordo com a orientação do tribunal, ouvindo vários consultores e com o apoio de um gabinete jurídico externo”.

De acordo com a titular da pasta da Ciência, “não há nenhuma possibilidade de comparação entre a construção do ‘Space Port’ nos Açores e o que se encontra em atividade na Nova Zelândia”, uma vez que este “foi inaugurado em setembro de 2016 e, portanto, muito antes de este assunto ter sido falado na região”.

“É a localização e qualidade do projeto do ‘Space Port’ na ilha de Santa Maria que é a marca distintiva e não a lógica de quem chega primeiro”, refere a governante.

Susete Amaro pretende que o projeto seja “efetivamente uma mais-valia para a ilha de Santa Maria em particular, e para os Açores em geral, ponderados todos os fatores, desde logo técnicos, ambientais, económicos entre outros”,

“Não estamos reféns das agendas de ninguém. Queremos o melhor para Santa Maria e para os Açores”, frisou a responsável política.

A 16 de dezembro, o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, disse que o executivo tem procurado agir com “rapidez” e “sentido muito estratégico” no processo de instalação do porto espacial de Santa Maria, lembrando o contencioso judicial que impediu avanços.

“Fomos confrontados com um legado e estamos a procurar agir com rapidez, mas sobretudo com sentido muito estratégico”, afirmou, na ocasião, o chefe do executivo açoriano da coligação PSD/CDS-PP/PPM, José Manuel Boleiro.

No mesmo dia, nos Açores, o ministro da Ciência, Manuel Heitor, explicou ter proposto um regime jurídico das atividades espaciais porque houve “incompetência” dos governos regionais dos Açores para avançar com o porto espacial de Santa Maria.

“Na Nova Zelândia demorou dois anos. Foi decidido em dezembro de 2015, o porto espacial estava pronto em setembro de 2016 e os primeiros lançamentos foram em 2017. Era possível fazer um porto espacial e lançar em dois anos. O projeto que lançámos em 2018 está ainda parado no papel. Não houve capacidade local”, afirmou o ministro.

O parlamento dos Açores manifestou-se na ocasião, por unanimidade, “contra a aprovação” do regime jurídico das atividades espaciais proposto pelo Governo da República, considerado um ataque à autonomia regional e uma violação da Constituição.

Na legislação em vigor, consultada na ocasião pela Lusa, “os procedimentos de licenciamento das atividades espaciais, de qualificação prévia e de registo e transferência de objetos espaciais relativos a atividades a desenvolver nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, bem como o respetivo regime económico e financeiro, são definidos por decreto legislativo regional”.

A alteração proposta pela República prevê que “o licenciamento das atividades espaciais que sejam desenvolvidas a partir das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira” seja “objeto de consulta ao respetivo Governo Regional”.

 :arrow: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/concurso-para-porto-espacial-na-ilha-de-santa-maria-em-marco
 

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #52 em: Fevereiro 28, 2022, 11:07:34 pm »
Estratégia dos Açores para o Espaço

Citar
Em 2019, a OCDE estimou que o investimento público feito pelos países do G20 no setor aeroespacial se situava em torno dos 79 mil milhões de dólares1, sendo que havia então cerca de 80 países que mantinham satélites a operar em orbitas terrestres.
Além de um número crescente de investimentos por parte de mais países, nas últimas décadas tem-se assistido a uma maior participação de entidades privadas e intraestatais, tanto no desenvolvimento da tecnologia para aceder ao Espaço, como na utilização de dados gerados no Espaço para fins científicos, sociais e económicos.

Este processo, que alguns têm vindo a caracterizar como a evolução do sector industrial espacial de uma versão 3.0 – ainda maioritariamente dominada por investimentos públicos e do Estado – para uma versão 4.0 – com a presença de entidades infraestatais, privadas ou de outra natureza, conduzirá a uma maior participação direta e “comercialização” do Espaço. Esta tendência abre também possibilidades para a participação de países2 e regiões com menos experiência no sector aeroespacial na cena internacional

 :arrow: https://portal.azores.gov.pt/documents/3729727/856c3c4a-7f34-5649-60b4-586db26c82cc

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #53 em: Abril 11, 2023, 01:45:08 pm »
ESA vai enviar sonda para Júpiter com ciência e tecnologia portuguesas


A missão da ESA foi concebida para averiguar se haverá sítios em redor de Júpiter e no interior das luas geladas com as condições necessárias (água, energia, estabilidade e elementos biológicos) para suportar vida.

A Agência Espacial Europeia (ESA) vai lançar na quinta-feira, 13 de abril, uma sonda que irá estudar Júpiter e três das suas maiores luas - Ganimedes, Calisto e Europa - usando ciência e tecnologia 'made in Portugal' e tendo um português como diretor de operações de voo.

O lançamento, a bordo de um foguetão europeu Ariane 5, está previsto para as 13:15 (hora de Lisboa) a partir da base espacial da ESA em Kourou, na Guiana Francesa.

Portugal estará representado pelo presidente da agência espacial Portugal Space, Ricardo Conde.

A missão, que esteve para ser lançada em 2022, tem Bruno Sousa como diretor de operações de voo e o satélite inclui componentes fabricados pelas empresas LusoSpace, Active Space Technologies, Deimos Engenharia e FHP - Frezite High Performance e um instrumento concebido em parte pelo LIP - Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas.

Estudar Júpiter e três das suas luas

JUICE (JUpiter ICy moons Explorer, Explorador das Luas Geladas de Júpiter) irá estudar o maior planeta do Sistema Solar e as luas Europa, Ganimedes e Calisto, onde os cientistas pensam que possa existir água líquida (elemento fundamental para a vida tal como se conhece) sob as crostas de gelo à superfície.

O satélite deverá chegar ao gigante gasoso passados oito anos, em julho de 2031, fazer 35 voos de aproximação às luas geladas e alcançar Ganimedes em dezembro de 2034.

Será a primeira vez que um satélite artificial orbitará uma lua de outro planeta.

Espera-se que a missão da ESA, que custou cerca de 1,6 mil milhões de euros e teve a colaboração das agências espaciais norte-americana (NASA), japonesa (JAXA) e israelita (ISA) em termos de instrumentação e 'hardware', termine em setembro de 2035.

Os primeiros dados científicos são expectáveis em 2032.

Gigante gasoso e luas geladas

Júpiter é 11 vezes maior do que a Terra e é composto maioritariamente por gás, como o Sol. Ganimedes é a maior das luas do Sistema Solar e tem um grande oceano sob a sua superfície.

A missão da ESA foi concebida para averiguar se haverá sítios em redor de Júpiter e no interior das luas geladas com as condições necessárias (água, energia, estabilidade e elementos biológicos) para suportar vida.

À Deimos Engenharia coube a tarefa de garantir que o satélite não atingirá "em circunstância alguma" nem o planeta Marte nem a lua Europa, que estão, segundo explicou a empresa à Lusa, na "categoria de proteção planetária máxima para corpos extraterrestres", que podem "potencialmente albergar vida".

Por outro lado, o trabalho da companhia "consistiu em melhorar a estratégia de navegação autónoma de base da missão durante o voo de passagem por Europa e durante a fase orbital de Ganimedes".

Monitor de radiação desenvolvido pelo LIP e Efacec

Um dos vários instrumentos que o satélite transporta é um monitor de radiação desenvolvido pelo LIP e Efacec, em cooperação com a empresa norueguesa Ideas e o instituto de investigação suíço Paul Scherrer.

A investigadora Paula Gonçalves, que coordenou no LIP o projeto, esclareceu à Lusa que o instrumento "serve para medir o ambiente de radiação ionizante" a que o satélite vai estar sujeito durante a sua trajetória, "podendo enviar sinais de aviso para que se possam proteger os outros detetores e sistemas" do satélite.

O monitor de radiação, sendo um detetor de partículas energéticas, "permite também efetuar medidas científicas e complementar as medidas de outros instrumentos" a bordo do satélite.

O LIP esteve, ainda, na liderança de um projeto da ESA de testes de irradiação de componentes eletrónicos que integram o satélite, por forma a assegurar que estavam preparados para "sobreviver às elevadas doses de radiação esperadas na magnetosfera de Júpiter".

LusoSpace colabora em aparelho que mede campo magnético de Júpiter

Outro dos instrumentos do JUICE é um magnetómetro, um aparelho que, no caso, vai caracterizar o intenso campo magnético de Júpiter e a sua interação com o da lua Ganimedes.

A LusoSpace desenvolveu uma bobina que, conforme sintetizou à Lusa o presidente-executivo da empresa, Ivo Yves Vieira, gera um campo magnético "que será uma referência para o instrumento de medida do campo magnético de Júpiter".

Além de escudos que protegem os componentes eletrónicos sensíveis da elevada radiação, de painéis solares de alimentação de energia e de uma camada isolante contra as temperaturas extremas, o satélite dispõe de uma antena para enviar dados para a Terra e de um computador para resolver alguns problemas de modo independente.

A antena tem um revestimento produzido pela empresa portuense FHP e o seu mecanismo de funcionamento foi desenvolvido pela Active Space Technologies, com sede em Coimbra.

O satélite JUICE será a última missão enviada pela ESA desde a Guiana Francesa a bordo de um foguetão Ariane 5, que será substituído pelo modelo Ariane 6.

Missão Juno da NASA para desvendar os segredos de Júpiter

Atualmente, o único satélite artificial em órbita de Júpiter é o Juno, da NASA. Lançada a 5 de agosto de 2011, a sonda Juno entrou na órbita de Júpiter a 4 de julho de 2016. Tem como missão sobrevoar o gigante gasoso e o maior planeta do sistema solar.

A maioria dos sobrevoos são feitos a uma distância entre 10 mil e 4.667 quilómetros acima das nuvens, muito mais próximos do que o precedente recorde de 43 mil quilómetros estabelecido pela sonda norte-americana Pioneer 11, em 1974.

 :arrow:  https://sicnoticias.pt/mundo/2023-04-11-ESA-vai-enviar-sonda-para-Jupiter-com-ciencia-e-tecnologia-portuguesas-4a32505c?fbclid=IwAR0p-P2YPBUzsQ7jUQ4VV7lCthxHpAJQodTHG3Iywz4VEkmnCJp-qR2Hr8k
 
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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #54 em: Junho 02, 2023, 02:17:50 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #56 em: Julho 11, 2023, 06:55:04 pm »
 

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #58 em: Setembro 25, 2023, 03:44:08 pm »
 

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #59 em: Setembro 26, 2023, 10:02:34 am »
Documentário | 30 Anos do PoSAT-1