Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo

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zawevo

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #480 em: Fevereiro 18, 2020, 03:11:59 pm »
Alberto Souto de Miranda.  “Os pássaros não são estúpidos e é provável que se adaptem”. Em artigo de opinião, o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações desvaloriza as críticas dos ambientalistas que têm alertado para o facto de dezenas de milhares de aves de médio e grande porte se cruzarem na zona de proteção especial do estuário do Tejo junto ao local onde será construído o novo aeroporto do Montijo, e defende que “não há aeroportos sem impactos”. Público, 18/02/2020

https://expresso.pt/politica/2020-02-18-Os-passaros-nao-sao-estupidos-e-e-provavel-que-se-adaptem.-A-defesa-do-aeroporto-do-Montijo-pelo-secretario-de-Estado-das-Comunicações

Mas que fraca defesa!!!!
Com estes politicos tão inteligentes estamos feitos ao bife, para não dizer que estamos f**idos.
« Última modificação: Fevereiro 18, 2020, 04:02:25 pm por zawevo »
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #481 em: Fevereiro 18, 2020, 03:16:20 pm »
“Os pássaros não são estúpidos e é provável que se adaptem”. A defesa do aeroporto do Montijo pelo secretário de Estado das Comunicações

https://expresso.pt/politica/2020-02-18-Os-passaros-nao-sao-estupidos-e-e-provavel-que-se-adaptem.-A-defesa-do-aeroporto-do-Montijo-pelo-secretario-de-Estado-das-Comunicações

Mas que fraca defesa!!!!
Con estes politicos tão inteligentes estamos feitos ao bife, para não dizer que estamos f**idos.

Por acaso já tive um defensor do projecto a dizer isso mesmo. Já agora o senhor em questão foi Presidente de um Aeroclube regional.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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dc

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #482 em: Fevereiro 18, 2020, 05:14:43 pm »
Pronto, aqui temos a nossa versão do Trump/Pompeo. "É provável adaptem", mas que belo argumento, se por algum motivo demorarem algum tempo a se "adaptar", ou não se consigam "adaptar" de todo, temos aqui um belo desastre ambiental, de aviação, social, económico, turístico prestes a acontecer, tudo porque querem é despachar o processo.  :N-icon-Axe:
Cambada de atrasados mentais, brinca-se com vidas (humanas e não só) como quem constrói castelos de areia na praia, tudo para quê? Pressa? Tachos?

"É provável que se adaptem"... esta ficará para a história, completamente sem noção... quando há um incêndio, também é provável que os animais e pessoas se adaptem, porque não são estúpidos, podem muito bem fugir do fogo, certo?
 

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MATRA

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #483 em: Fevereiro 18, 2020, 05:18:26 pm »
Em tempos o Sr. Ministro viu um documentário da National Geographic, em que pássaros adaptavam-se a novas condições.

« Última modificação: Fevereiro 18, 2020, 06:05:58 pm por Lightning »
“Hard times create strong men. Strong men create good times. Good times create weak men. And, weak men create hard times.”
G. Michael Hopf, Those Who Remain
 

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oi661114

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #484 em: Fevereiro 18, 2020, 05:32:49 pm »
Alberto Souto de Miranda.  “Os pássaros não são estúpidos e é provável que se adaptem”. Em artigo de opinião, o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações desvaloriza as críticas dos ambientalistas que têm alertado para o facto de dezenas de milhares de aves de médio e grande porte se cruzarem na zona de proteção especial do estuário do Tejo junto ao local onde será construído o novo aeroporto do Montijo, e defende que “não há aeroportos sem impactos”. Público, 18/02/2020

https://expresso.pt/politica/2020-02-18-Os-passaros-nao-sao-estupidos-e-e-provavel-que-se-adaptem.-A-defesa-do-aeroporto-do-Montijo-pelo-secretario-de-Estado-das-Comunicações

Mas que fraca defesa!!!!
Com estes politicos tão inteligentes estamos feitos ao bife, para não dizer que estamos f**idos.

Cada vez mais me entristecesse ser português e ter representantes ou governantes deste calibre...

Será que os pássaros também se adaptam a receber uns trocos? Até pode ser que com o dinheiro comecem a ir comer a outro lado...
 
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #485 em: Fevereiro 19, 2020, 09:41:18 am »
Regulador da aviação obrigado a chumbar novo aeroporto no Montijo. ANAC já recusou um anteprojeto

Artigo de um Decreto-Lei indicado pelo regulador da aviação civil não deixa dúvidas: é preciso parecer positivo de todos os municípios afetados. Empresa que gere aeroportos diz que está em análise regulação específica, só para o Montijo.

Com a legislação atual e com a recusa categórica de duas câmaras municipais ambientalmente afetadas em darem o aval ao projeto, vai ser impossível à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) licenciar o novo aeroporto do Montijo.

Num documento enviado à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no fim de agosto de 2019, no âmbito do estudo de impacto ambiental, a ANAC explica que a ANA - Aeroportos de Portugal ainda "não deu cumprimento" à legislação nacional, sendo citado, nomeadamente, um artigo do Decreto-Lei de 2010 que impõe que a construção, ampliação ou modificação de um aeroporto comece através de um requerimento a apresentar junto da ANAC para que esta faça uma apreciação prévia da viabilidade.
 
Regulador chegou a recusar anteprojeto
 
Nesse mesmo documento, consultado pela TSF e com data prévia à aprovação do estudo de impacto ambiental, a ANAC explica que já comunicou à ANA que "aguarda" por esse pedido de apreciação prévia "em conformidade com o definido na legislação".
Questionada agora pela TSF, seis meses depois, a ANA confirma que contínua "a preparar o requerimento de apreciação prévia", garantindo que "a preparação deste procedimento apenas pôde prosseguir após a emissão da Declaração de Impacte Ambiental e consequente estabilização do projeto".

No documento de agosto de 2019 a ANAC acrescentava que chegou a receber, em agosto de 2018, um "masterplan" e um "anteprojeto" para o novo aeroporto que não mereceu aprovação da ANAC por falta de conformidade com outros artigos ou normativos legais.

 A ANAC diz ainda que algumas soluções do anteprojeto apresentado não cumpriam parte da regulamentação europeia.
 
Sem ok das autarquias regulador tem de chumbar
 
No entanto, além das falhas anteriores, o artigo referido pela ANAC na posição enviada à APA sobre a "apreciação prévia da viabilidade" do aeroporto é muito claro, exigindo elementos que é certo que nas atuais circunstância são impossíveis de obter pela ANA.
Nomeadamente pareceres favoráveis de todas as câmaras municipais dos concelhos potencialmente afetados por razões ambientais.
O artigo não deixa margem para dúvida: é "fundamento para indeferimento liminar" a falta de parecer favorável de todas as câmaras municipais dos concelhos potencialmente afetados.
A única alternativa está num recurso, também previsto na legislação, para o membro do Governo responsável pelo setor da aviação civil, mas nesse caso o Executivo teria de contrariar, à posteriori, a decisão da ANAC.
 
Novo regulamento a caminho, só para o Montijo
 
Nos comentários que enviou à APA, respondendo aos problemas levantados pela ANAC, a ANA, empresa com a concessão do Estado para gerir os aeroportos nacionais, respondeu à falta de requerimento de apreciação prévia com a garantia de que a certificação do Montijo seguirá os requisitos legais aplicáveis.
Contudo, a ANA também diz que sendo este "um projeto de natureza e dimensão sem precedentes em Portugal" está em análise a necessidade de criar um enquadramento regulatório específico.
Falta de respostas
 
A TSF fez várias questões, há uma semana, à ANA e ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação sobre o objetivo desta nova regulação em estudo e se esta irá, na prática, contornar a exigência atual de pareceres prévios positivos de todas as autarquias.
O Governo não enviou qualquer resposta e a ANA apenas respondeu que está a preparar o requerimento de apreciação prévia e que este não podia ser fechado antes da avaliação ambiental da APA.
Do lado da ANAC, o regulador da aviação civil prefere não comentar o assunto.
 
Seixal recusa dar parecer positivo
 
Pelas autarquias afetadas ambientalmente pelo projeto, Moita e Seixal têm sido os municípios que têm contestado a construção do aeroporto complementar de Lisboa no Montijo.

O presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos, adianta à TSF que "não há qualquer possibilidade de darem um parecer positivo", "nunca o farão", pois o aeroporto no Montijo causa fortíssimos impactos negativos sobre as populações", sublinhando que existe uma muito melhor alternativa no Campo de Tiro de Alcochete.
 
O autarca recorda que nunca ninguém do Governo lhes pediu a opinião e que também os juristas do município consideram que pela atual legislação não é possível o aeroporto no Montijo ser aprovado pelo regulador.

Sobre a posição da ANA que diz que está a ser feito um novo regulamento, Joaquim Santos diz "não querer acreditar que perante uma lei que remete para um parecer positivo dos municípios, que representam as populações, isso seja afetado por qualquer manobra que limite esta capacidade que a lei e a democracia nos dão, adensando o mistério do porquê de construir um aeroporto no Montijo". A Câmara do Seixal pede assim ao Governo que esclareça aquilo que está a pensar fazer para que o aeroporto avance.
 
Moita também recusa parecer positivo
 
Na Moita o presidente também é claro a dizer que não vê qualquer hipótese de mudarem a posição que têm defendido até agora.
Rui Garcia explica à TSF que o seu concelho "é o mais afetado pelo novo aeroporto com cerca de 35 mil pessoas que serão afetadas por poluição sonora e atmosférica em circunstâncias que não são mitigáveis para níveis aceitáveis".
O autarca da Moita não consegue ver "como é que um município responsável que defenda as suas populações possa dar um parecer positivo" ao aeroporto no Montijo.

O presidente da Moita avança os argumentos do município.

Reagindo às explicações da ANA enviadas à APA, Rui Garcia admite que possa existir uma tentativa pela ANA e pelo Governo de "contornar" a atual legislação sobre o licenciamento dos aeroportos, à semelhança do que já foi feito, até agora, noutras instâncias, para avançar com um projeto que a Moita considera um erro.

https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/regulador-da-aviacao-obrigado-a-chumbar-novo-aeroporto-no-montijo-anac-ja-recusou-um-anteprojeto-11836944.html

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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dc

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #486 em: Fevereiro 19, 2020, 01:36:06 pm »
Há cada vez mais vozes contra a decisão do aeroporto. Só falta a FAP destacar 4 F-16 para o Montijo para "defender os interesses das entidades regionais", assim até ficava bem vista pelo povo contra o governo.
 

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Get_It

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #487 em: Fevereiro 20, 2020, 12:14:06 am »
Já se vai criar legislação específica só para o Montijo. ;)  ;) ;) c56x1 :-P

E se for preciso ainda se cria um novo município para a zona do aeroporto/BA6 só para dar o OK à construção.

Mas mais, se for preciso aquilo passa a ser região autónoma do Montijo ou até mesmo se dá independência.

Isto é algo que se resolve burocraticamente, aconteça o que acontecer.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Lightning

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #488 em: Fevereiro 20, 2020, 12:44:32 am »
Há cada vez mais vozes contra a decisão do aeroporto. Só falta a FAP destacar 4 F-16 para o Montijo para "defender os interesses das entidades regionais", assim até ficava bem vista pelo povo contra o governo.

Mas ai é sempre ao contrário, a FAP é sempre nacional, nunca regional.
Faz-me lembrar quando o governo regional dos Açores queria que nas unidades militares colocassem a bandeira da região ao lado da bandeira nacional.
« Última modificação: Fevereiro 20, 2020, 12:58:47 am por Lightning »
 

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mafets

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #489 em: Fevereiro 20, 2020, 09:21:06 am »
Alberto Souto de Miranda.  “Os pássaros não são estúpidos e é provável que se adaptem”. Em artigo de opinião, o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações desvaloriza as críticas dos ambientalistas que têm alertado para o facto de dezenas de milhares de aves de médio e grande porte se cruzarem na zona de proteção especial do estuário do Tejo junto ao local onde será construído o novo aeroporto do Montijo, e defende que “não há aeroportos sem impactos”. Público, 18/02/2020

https://expresso.pt/politica/2020-02-18-Os-passaros-nao-sao-estupidos-e-e-provavel-que-se-adaptem.-A-defesa-do-aeroporto-do-Montijo-pelo-secretario-de-Estado-das-Comunicações

Mas que fraca defesa!!!!
Com estes politicos tão inteligentes estamos feitos ao bife, para não dizer que estamos f**idos.

Cada vez mais me entristecesse ser português e ter representantes ou governantes deste calibre...

Será que os pássaros também se adaptam a receber uns trocos? Até pode ser que com o dinheiro comecem a ir comer a outro lado...

 A passarada versus BA6 :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:





Cumprimentos  :-P :-P
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Daniel

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #490 em: Fevereiro 20, 2020, 10:16:49 am »
Pedro Nuno Santos avisa que se legislação impede aeroporto no Montijo há que alterá-la
https://sol.sapo.pt/artigo/686744/pedro-nuno-santos-avisa-que-se-legislacao-impede-aeroporto-no-montijo-ha-que-altera-la

Citar
Com a atual legislação, a ANAC não pode dar luz verde à nova infraestrutura se duas câmaras não derem aval ao projeto.O aeroporto do Montijo corre o risco de não avançar. As câmaras do Seixal e da Moita recusam dar luz verde ao novo projeto e, sem esse parecer positivo, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) pode não licenciar a infraestrutura. Em causa está um decreto-lei de 2010 que impõe que a construção, ampliação ou modificação de um aeroporto comece através de um requerimento a apresentar junto da ANAC para que esta faça uma apreciação prévia da viabilidade.

Esta situação ainda ontem foi confirmada por Pedro Nuno Santos ao garantir que “o quadro legal que regula estas matérias tem obviamente de ser revisto, porque é absolutamente incompreensível que fosse o presidente da Câmara da Moita a negar” uma oportunidade que afeta o país. E foi mais longe: “Não deve ser o presidente da Câmara Municipal da Moita a decidir pelo país, pela região de Lisboa e, já agora, se quisermos aproximar-nos mais, por Alcochete, Barreiro e Montijo”, acrescentou o ministro das Infraestruturas e da Habitação.


Contactada pelo i, Ana Borges, advogada da Antas da Cunha Ecija & Associados, lembra que “um dos requisitos previstos na apreciação prévia de viabilidade de um pedido de construção de um aeródromo é justamente o parecer favorável de todas as câmaras municipais dos concelhos potencialmente afetados, quer por superfícies de desobstrução quer por razões ambientais”, e, como consequência, sanciona com um “indeferimento liminar” a inexistência desses mesmos pareceres. Quer isto dizer que o pedido de apreciação nem sequer ultrapassa a fase da apreciação liminar, de confirmação se se encontram ou não reunidos os elementos/documentos essenciais à apreciação da questão de fundo, ou seja, do próprio projeto”.

De acordo com Ana Borges, neste momento, e considerando esta exigência legal, “não existe outra forma de a ultrapassar que não seja a da alteração da legislação no que respeita a esta matéria, ou pela via da sua eliminação ou pela via da concretização dos conceitos, por forma a concretizar em que termos devem ser emitidos os pareceres”.


Já Nuno Maldonado Sousa, sócio da Kennedys, lembra que “há apenas declarações produzidas em ambiente político, que não é aquele em que o direito se manifesta”, acrescentando que “quando a questão se puser, determinar-se-á então qual é, nessa altura, a norma aplicável e qual é o seu concreto sentido. A apreciação não dependerá de decisores políticos nem de discussões mais ou menos acaloradas, mas apenas dos agentes da administração pública e, em última instância, dos tribunais”.

 

Petição

A Associação para a Defesa das Aves da Holanda avançou entretanto com uma petição em defesa do maçarico-de-bico-direito – uma ave símbolo daquele país e que estará em risco por causa da construção do aeroporto –, que já conta com 26 mil assinaturas. O abaixo-assinado, promovido pela Vogelbescherming Nederland, tem por título “Maçarico Sim! Aeroporto Não!” e visa proteger as centenas de milhares de aves do estuário do rio Tejo e, em particular, o maçarico-de-bico-direito. “Ficámos chocados, francamente. É um estuário que é essencial para o maçarico migrar de África para a Holanda. Os campos de arroz do Tejo são vitais para a sobrevivência da espécie”, disse o responsável.

O cenário é desvalorizado pelo secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, que, apesar de não se referir à petição, revelou que “os pássaros não são estúpidos e é provável que se adaptem”. O governante acrescenta ainda que os pássaros estarão em condições de encontrar “outras rotas migratórias [e] outras paragens
estalajadeiras”, revelou num artigo de opinião no Público.
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #491 em: Fevereiro 20, 2020, 12:24:31 pm »
Há cada vez mais vozes contra a decisão do aeroporto. Só falta a FAP destacar 4 F-16 para o Montijo para "defender os interesses das entidades regionais", assim até ficava bem vista pelo povo contra o governo.

Mas ai é sempre ao contrário, a FAP é sempre nacional, nunca regional.
Faz-me lembrar quando o governo regional dos Açores queria que nas unidades militares colocassem a bandeira da região ao lado da bandeira nacional.

Este caso transcende o regional e nacional, é um autêntico atentado ainda para mais quando até se fala em mudar/contornar leis só para aprovar o aeroporto.
 
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #492 em: Fevereiro 20, 2020, 12:37:35 pm »
Pedro Nuno Santos avisa que se legislação impede aeroporto no Montijo há que alterá-la
https://sol.sapo.pt/artigo/686744/pedro-nuno-santos-avisa-que-se-legislacao-impede-aeroporto-no-montijo-ha-que-altera-la

Citar
Com a atual legislação, a ANAC não pode dar luz verde à nova infraestrutura se duas câmaras não derem aval ao projeto.O aeroporto do Montijo corre o risco de não avançar. As câmaras do Seixal e da Moita recusam dar luz verde ao novo projeto e, sem esse parecer positivo, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) pode não licenciar a infraestrutura. Em causa está um decreto-lei de 2010 que impõe que a construção, ampliação ou modificação de um aeroporto comece através de um requerimento a apresentar junto da ANAC para que esta faça uma apreciação prévia da viabilidade.

Esta situação ainda ontem foi confirmada por Pedro Nuno Santos ao garantir que “o quadro legal que regula estas matérias tem obviamente de ser revisto, porque é absolutamente incompreensível que fosse o presidente da Câmara da Moita a negar” uma oportunidade que afeta o país. E foi mais longe: “Não deve ser o presidente da Câmara Municipal da Moita a decidir pelo país, pela região de Lisboa e, já agora, se quisermos aproximar-nos mais, por Alcochete, Barreiro e Montijo”, acrescentou o ministro das Infraestruturas e da Habitação.


Contactada pelo i, Ana Borges, advogada da Antas da Cunha Ecija & Associados, lembra que “um dos requisitos previstos na apreciação prévia de viabilidade de um pedido de construção de um aeródromo é justamente o parecer favorável de todas as câmaras municipais dos concelhos potencialmente afetados, quer por superfícies de desobstrução quer por razões ambientais”, e, como consequência, sanciona com um “indeferimento liminar” a inexistência desses mesmos pareceres. Quer isto dizer que o pedido de apreciação nem sequer ultrapassa a fase da apreciação liminar, de confirmação se se encontram ou não reunidos os elementos/documentos essenciais à apreciação da questão de fundo, ou seja, do próprio projeto”.

De acordo com Ana Borges, neste momento, e considerando esta exigência legal, “não existe outra forma de a ultrapassar que não seja a da alteração da legislação no que respeita a esta matéria, ou pela via da sua eliminação ou pela via da concretização dos conceitos, por forma a concretizar em que termos devem ser emitidos os pareceres”.


Já Nuno Maldonado Sousa, sócio da Kennedys, lembra que “há apenas declarações produzidas em ambiente político, que não é aquele em que o direito se manifesta”, acrescentando que “quando a questão se puser, determinar-se-á então qual é, nessa altura, a norma aplicável e qual é o seu concreto sentido. A apreciação não dependerá de decisores políticos nem de discussões mais ou menos acaloradas, mas apenas dos agentes da administração pública e, em última instância, dos tribunais”.

 

Petição

A Associação para a Defesa das Aves da Holanda avançou entretanto com uma petição em defesa do maçarico-de-bico-direito – uma ave símbolo daquele país e que estará em risco por causa da construção do aeroporto –, que já conta com 26 mil assinaturas. O abaixo-assinado, promovido pela Vogelbescherming Nederland, tem por título “Maçarico Sim! Aeroporto Não!” e visa proteger as centenas de milhares de aves do estuário do rio Tejo e, em particular, o maçarico-de-bico-direito. “Ficámos chocados, francamente. É um estuário que é essencial para o maçarico migrar de África para a Holanda. Os campos de arroz do Tejo são vitais para a sobrevivência da espécie”, disse o responsável.

O cenário é desvalorizado pelo secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, que, apesar de não se referir à petição, revelou que “os pássaros não são estúpidos e é provável que se adaptem”. O governante acrescenta ainda que os pássaros estarão em condições de encontrar “outras rotas migratórias [e] outras paragens
estalajadeiras”, revelou num artigo de opinião no Público.

Impressionante o que se faz ou pretende fazer para contentar os lobbies e os amigalhaços, estes senhores, estão-se a marimbar para a segurança dos pax e habitantes das zonas limítrofes do apeadeiro do Montijo !!

Onde já se chegou nesta pseudo e MUITO FRACA democracia, até se vai tentar alterar a lei para que o apeadeiro seja construído, os interesses que movem esta medida só podem ser muito poderosos e corruptos, isto é do melhor não há um pingo de vergonha, verticalidade, responsabilidade e competência nesta gente que nos vai desgovernando, são mesmo uns especialistas e iluminados dos melhores que há !!!

Abraços
« Última modificação: Fevereiro 20, 2020, 12:39:11 pm por tenente »
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #493 em: Fevereiro 20, 2020, 12:40:56 pm »
Há cada vez mais vozes contra a decisão do aeroporto. Só falta a FAP destacar 4 F-16 para o Montijo para "defender os interesses das entidades regionais", assim até ficava bem vista pelo povo contra o governo.

Mas ai é sempre ao contrário, a FAP é sempre nacional, nunca regional.
Faz-me lembrar quando o governo regional dos Açores queria que nas unidades militares colocassem a bandeira da região ao lado da bandeira nacional.

Este caso transcende o regional e nacional, é um autêntico atentado ainda para mais quando até se fala em mudar/contornar leis só para aprovar o aeroporto.

A corrupção no seu melhor, quando dá jeito faz-se o que se tem de fazer custe o que custar para se atingirem os objectivos, para quê mais comentários está tudo muito bem explicado !!!

Abraços
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #494 em: Fevereiro 20, 2020, 01:09:27 pm »
Não bastasse a demonstração óbvia de que têm interesses à mistura, demonstram um descurar autêntico pela vida como um todo.

Este tipo de afirmações são expectáveis de um chefe de Estado ou membro do governo de uma Rússia, China, dos países árabes, etc... não de um país da Europa Ocidental.