Capacidade de carga do C130

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typhonman

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Capacidade de carga do C130
« em: Janeiro 11, 2004, 02:46:49 pm »
Uma questão que quero aqui levantar é se um C130H pode transportar um SA330 PUMA.
Eu acho que sim, embora desmontado porqûe num numero da Revista MAIS ALTO ,aquando das comemorações do aniversários da esquadra 501 vinha uma foto na revista, a meterem um SA330  sem as pás e com o rotor de cauda desmontado no porão de carga de um C130H-30...
Se alguem têm essa revista que confirme sff, porque eu já não sei da minha... :?
 

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FFAP

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« Responder #1 em: Janeiro 11, 2004, 05:45:39 pm »
Confirmo o que disse, essa fotografia está na página 5 da "Mais Alto" de Janeiro/Fevereiro de 2003.
   O Puma está sem as pás do rotor, sem o sitio onde estas acentam e também sem a cauda, é pena não ter scaner, se tivesse colocava aqui a fotografia.
Um abraço

EX MERO MOTU
 

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typhonman

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« Responder #2 em: Janeiro 12, 2004, 09:54:14 pm »
Caro FFAP, obrigado pela confirmação! :D
PS:Os nossos futuros C130 é que poderiam vir equipados com sondas para serem reabastecidos em voo e adquirir 2 ou 3 MC130J para missões especiais e reabastecimento de helicópeteros EH101, e eventualmente o MH60L caso venha para o GALE.
 

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komet

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« Responder #3 em: Janeiro 12, 2004, 10:13:38 pm »
Parece-me óptima ideia ter aviões de rebastecimento e um C-130 seria o bastante  :)

Para quando estão previstos os C-17? Ou ainda não está decidido?
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Ricardo Nunes

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« Responder #4 em: Janeiro 12, 2004, 10:19:20 pm »
A questão dos C-17 foi apenas uma proposta apresentada pela Boeing ( aquando da visita do Donald Rumsfeld  a Portugal ) ao MDN que previa a compra de 2 C-17 e a modernização por completo dos nossos C-130H.

Para mim era de longe o melhor negócio visto que para a compra de aviões de transporte estão reservados 506.634 milhões de euros na LPM e a proposta da Boeing era ligeiramente abaixo deste valor e nos daria uma capacidade espectacular.

Agora vamos ver o que é que o MDN tem a dizer sobre o assunto.

Aqui fica uma notícia da altura:



Citar
2003-06-13 00:00:00

Defesa - transporte estratégico colocado na mesa
EUA PROPÕE SUPERAVIÕES

Responsáveis da fábrica norte-americana de aviões Boeing propuseram a Portugal a venda de dois aviões de transporte estratégico C-17, aeronaves a reacção que têm inclusive a capacidade de transportar carros de combate, além de poderem também largar pára-quedistas.

A proposta foi feita anteontem durante uma reunião entre elementos da Boeing e o ministro da Defesa, Paulo Portas, que embora não tenha dado ainda qualquer resposta, vê, no entanto, vantagens na opção pelo transporte estratégico, uma das maiores lacunas nacionais. Aliás, ainda recentemente Paulo Portas chamou a atenção para a necessidade de a Europa reforçar a capacidade de transporte estratégico próprio, a propósito do acidente na Turquia em que morreram dezenas de militares espanhóis.

A Boeing, no entanto, estendeu também a proposta à feitura de um programa de modernização do seis C-130 H da Força Aérea, à semelhança do programa que está a executar na força aérea norte-americana. Curiosamente, os norte-americanos têm preferido modernizar os C-130 C e H que têm no seu inventário, ao invés de mergulharem apenas na aquisição dos C-130 J, uma questão que poderá trazer preocupações à Lockheed, que também está a sensibilizar Portugal para a substituição da versão H pela versão J. Portugal já também tinha desistido do A-400.
Ricardo Nunes
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Spectral

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« Responder #5 em: Janeiro 14, 2004, 12:04:23 am »
desculpem que vos diga , mas ainda acreditam no C-17 para Portugal?

Além de não ter a certeza se seria o que realmente a FAP necessita, só 2 aparelhos poderiam dar alguns problemas quanto à operacionalidade da frota. Acho mais interessante aqueles AIRBUS multi-role com capacidade para reabastecerem caças...

E sinceramente, isto continua a parecer-me mais uma manobra publicitária do que outra coisa. Tanto do Portas para se mostrar ao lado dos EUA, como estes para mostrarem que são simpáticos para os que têm obdecido às ordens vindas de Washnigton.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

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typhonman

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« Responder #6 em: Janeiro 14, 2004, 04:23:54 pm »
Desculpe lá Spectral ,mas não queira comparar a capacidade de carga de um C17 com a de um MRTT...
Eu gosto do MRTT para reabastecimento(apesar de não saber se possuem capacidade para reabastecer os F16 com a sonda extensível)...
Se não a possuem mais vale o KC767R...
Diga-me, um MRTT poderá levar 2 Helis de Combate? 6 Blindados de Rodas? 1 ou 2 MBT? ou mesmo uma Bateria de Misseis Patriot? Paraquedistas?
A melhor proposta era a da Boeing 2 C17 + 6 C130 modernizados como novos aviónicos, novos motores e revitalização das asas.. 8)
Em 1999 a intenção da FAP era adquiir 8 C130J/J30.Mas o Ex-Cemfa Vaz Afonso declarou-se apoiante incondicional da proposta da Boeing C17+ C130 Upgraded..
 

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Tiger22

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C-17
« Responder #7 em: Janeiro 14, 2004, 05:10:45 pm »
Eu também sou um apoiante incondicional do C-17 e penso que a avaliar pela actual equipa do MDN vamos ter uma agradável surpresa em breve. 8)
Um aparelho desse tipo para Portugal alem de ser prestigiante, seria de uma utilidade inestimável.










Sem comentários, só espero é que cheguem depressa  :twisted:
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-George W. Bush-
 

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Spectral

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re: C17
« Responder #8 em: Janeiro 14, 2004, 06:06:53 pm »
Respondendo aos apoiantes do C17 vem :

Prestigiante ? pois é! mas a quem serviriam os C17 ?

Não se esqueçam que a principal missão dos aparelhos de transporte é levar pessoal por uma via mais rápida e/ ou abastecer uma força no terreno a muitos kms de distância do nosso país. Para um C17 levar por exemplo 2 Abrams, quantos mais seriam preciso para levar as munições, combusrtível, pessoal, mateiras de reparação etc, para ter os dois- 2- Abrams a lutar por uma semana... Não caíamos na proapganda dos construtores...

Melhor dizendo para que nós queremos os C17s ? É para andar a trasnportar tanques ( nem os Americanos fazem isso )? É para apoiar logisticamente um batalhão mecanizado ou semlhante no Iraque ? nunca teríamos capacidade para o enviar para lá. O que estou a tentar dizer é que o C17, com as fenomenais capacidades ( não tanto de pessoas mas sim de carga) seria um pouco overkill para o que o nosso país precisa.



Typhoonman, é precisamente na comparação da capacidade do C17 com o MRTT que está a questão. É obvio que o MRTT não tem as capacidades de carga do C17, mas para que precisams nós delas ? O MRTT permitiria uma capacidade de reabasticimento em voo ( porque razão não poderia levar sonda para os F16 ? é uma questão de instalar esse tipo de sonda ou não ?) e daria uma muito útil capacidade secundária de trasnporte estratégico, principalemnte de pessoal, e de alguma carga, para não ter que se estar a recorrer tantas vezes às companhias ucranianas e aos seus Antonov. Aliás é isto o que quase todos os países NATO acabam por fazer, excepto os EUA . Porquê ? Porque manter uma grande forta de aparelhos de trasnporte estratégico é muito caro, e apenas aproveitável em tempos de crise como na Guerra do Golfo. Aliás nos tempos normais uma boa parte dos aparelhos de transporte dos EUA n fazem nada, porque a capacidade de transporte é muito grnade comparada com as necessidades.

Assim como não vejo no futuro a necessidade de suportar a milhares de km de distância uma força de tamanho considerável, acho que existem opções mais polivalentes e adequadas  do que a compra de 2 C17s. Mas continuo a dizer que nada de isto se vai realizar: os nossos C130 vão ser "upgradados" e mais nada. Espero estar enganado...

1 abraço a todos
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Ricardo Nunes

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« Responder #9 em: Janeiro 14, 2004, 06:45:24 pm »
Caro Spectral,

Permita-me que discorde.

O C-17 é, acima de tudo um avião de transporte ( estratégico ). Destaca-se face ao C-130 H ou J pelo seu alcance e capacidade de carga. O C-17 não existe apenas para apoiar uma força de grandes dimensões. Existe sim para apoiar qualquer força, de qualquer dimensão a uma distância enorme da sua base de origem.

E sim, nisso o C-17 seria bastante útil.

Observemos as seguintes situações:

- Os destacamentos portugueses em Timor-Lorosae. O C-17 conseguiria fazer todo o percurso apenas com uma escala. Os C-130H, como sabe, não. A carga transportável num C-17 seria sensivelmente o dobro da transportada num C-130H ( poupa-se 1 viagem ) economizando toda a operação.

- Os destacamentos portugueses na Bósnia-hergovina. Um C-17 pode transportar bem 4 Piranhas III ( por ex. ). Quantos cabem ou podem ser transportados num C-130 ? Com 2 C-17 a efectuar cada um digamos 4 voo´s teríamos ( 4x2x4 ) 32 Piranhas em, por exemplo, 4 dias. Parece-me uma brilhante melhoria nas nossas capacidades de transporte e deslocamento de forças.

- Lançamento de paraquedistas. Tive o prazer de trocar umas ideias com um familiar meu residente nos EUA à 15 anos que ingressou na USAF como NAV ( está nos C-130 e faz regularmente lançamentos de paraquedistas ) e sabe o que ele me disse: os lançamentos de paraquedistas no Iraque ( no norte, se não me engano a 107ª Brigada Aerotransporta que partiu de Itália ) foram efectuados a partir do C-17 porque o C-130 é tão lento que se arriscava, se a oposição anti-aérea fosse forte, a ser massacrado. Contudo no Afeganistão usou-se o C-130 porque não havia qualquer risco considerável de abate.
Daqui tiramos 2 conclusões: o C-17 é menos susceptível a fogo inimigo e podemos embarcar as forças a uma distância muito superior - neste caso sairam de Itália para saltar sobre o Iraque.

Pergunta para que precisamos de C-17? A verdade é que se continuarmos com este ritmo de missões no exterior ( somos o país da UE que mais participia em missões no estrangeiro ) o C-17 acaba por ser bastante mais eficiente e rentável à FAP e ao estado português em missões de longo alcance ou de transporte pesado. Assim, ao menos, já não precisariamos de fretar um Antonov sempre que precisamos de levar material pesado para Timor ( exemplo dos ALIII ) ou para os Balcãs ( Blindados ) ou para qualquer outra zona do globo. É um caso de auto-suficiência.

O MRTT também é necessário, mas no meu ponto de vista, mais como um complemento do C-17, pois as suas principais funções seriam o reabastecimento aéreo e o transporte de tropas, enquanto o C-17, complementado pelos C-130, trataria do transporte pesado e lançamento de paraquedistas.

E, admitamos, seria irónico ver Portugal como o 2º país com maior capacidade de transporte estratégico ( ou melhor um dos 2 únicos ) a seguir ao Reino Unido ( que alugou 4 C-17 - que têm sido de tal maneira prestáveis que ao que parece irão comprar alguns ).  Ficaria assim Portugal com melhor capacidade de transporte estratégico do que qualquer um dos seus parceiros da União ( excepto, como já disse, do  Reino Unido ).

O único incoveniente seria o preço. Mas como a proposta da Boeing era até ligeiramente inferior à verba presente na LPM, parece que por aí nenhum crítico pode pegar.

Que venham os C-17!  8)

( Isto se ainda existir alguma ponta de bom senso no MDN ...  :roll: ~)
Ricardo Nunes
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Ricardo Nunes

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« Responder #10 em: Janeiro 14, 2004, 06:59:14 pm »
Só para terem a comparação:

Um C-17 pode transportar 102 paraquedista completamente equipados. Um C-130 mal passa dos 60 ( 64, mas atenção a versão C-130J-30 leva mais ).

Curiosidade:

In 1998, eight C-17s completed the longest paratrooper airdrop mission in history, flying more than 8,000 nautical miles from the United States to Central Asia, dropping troops and equipment after more than 19 hours in the air, a feat repeated in 2000.

Não há comparação!  :wink:
Ricardo Nunes
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JNSA

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« Responder #11 em: Janeiro 14, 2004, 07:22:26 pm »
Citar
Lançamento de paraquedistas. Tive o prazer de trocar umas ideias com um familiar meu residente nos EUA à 15 anos que ingressou na USAF como NAV ( está nos C-130 e faz regularmente lançamentos de paraquedistas ) e sabe o que ele me disse: os lançamentos de paraquedistas no Iraque ( no norte, se não me engano a 107ª Brigada Aerotransporta que partiu de Itália ) foram efectuados a partir do C-17 porque o C-130 é tão lento que se arriscava, se a oposição anti-aérea fosse forte, a ser massacrado. Contudo no Afeganistão usou-se o C-130 porque não havia qualquer risco considerável de abate.
Daqui tiramos 2 conclusões: o C-17 é menos susceptível a fogo inimigo e podemos embarcar as forças a uma distância muito superior - neste caso sairam de Itália para saltar sobre o Iraque.


Ricardo, há qualquer coisa que me parece um pouco estranha no que disseste acerca do uso dos C-17 vs C-130 para largar paraquedistas no Iraque  :wink:  )

De qualquer modo, estou de acordo em afirmar que não se deve fazer comparações entre o C-17 e o A-310 - são aeronaves diferentes, para missões diferentes e fazem as duas muita falta na FAP...

Um abraço
JNSA
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #12 em: Janeiro 14, 2004, 07:31:30 pm »
João,

O que ele disse deve-se ao facto de o C-17 ter uma maior capacidade de subida/descida no circuito e no facto de levar mais 50 paraquedistas do que o C-130 o que permitia menos aviões, menor tempo de permanência em altitudes mais baixas, e melhor precisão.

Quando disse lento não me referia ao avião e à sua velocidade mas sim ao tempo de execução do "circuito de lançamento" dos paras.

Peço desculpas pelo mal-entendido.  :cry:

PS
Os paras portugueses largam um C-130 cerca de 2/5 mais rapidamente do que qualquer outro país da NATO ( em média ). Ao que parece temos reputação de "malucos" lá por fora!  :D
Ricardo Nunes
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re:c17s
« Responder #13 em: Janeiro 16, 2004, 12:01:07 pm »
Epa, vamos lá a ver se me faço entender:

Eu também gostava de ver os C-17 na FAP ( tal como gostava de ver Leos e CV90 no exército  :D  :D )

Ver para crer, ver para crer

Repito : não digo que seria um mau negócio, mas tenho dúvidas que seria o ideal. E principalmente, tenho muitas dúvidas que venha a realizar-se. Espero estar enganado :D

PS:
Citar
(Isto se ainda existir alguma ponta de bom senso no MDN ...  ~)
: tenho sérias dúvidas que exista ou alguma vez tenha existido!
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« Responder #14 em: Janeiro 17, 2004, 03:00:55 pm »
O MRTT poderá levar uma sonda para reabastecer os F16MLU, a ver pelo site : http://www.airforce-technology.com/proj ... index.html   , eu também sou defensor do MRTT e ao mesmo tempo do C17 e C130H ou J.
Como já disse os aviões devem-se complementar, o MRTT deve transportar tropas (cerca de 250), o que daria espaço para as verdadeiras aeronaves de carga transportarem veiculos blindados etc..
O C17 pode levar não 4 piranhas mas sim 6 Piranhas  III, um  C130J pode levar um, mas se o blindado de rodas escolhido fosse o MRAV o C130J-J30 poderia levar 2, pois o peso máximo de transporte do C130 é 18 toneladas e cada MRAV pesa 8 Toneladas.. :)
Cada vez acredito mais neste ministro da Defesa 8)  8)