O NFS é, essencialmente, um projecto italiano concebido para o Mediterrâneo. Para nós fazia mais sentido o projecto germano-norueguês 212 CD, mais orientado para o Atlântico.
Certo todos variantes do 212. Já até tinha sido abordado esse modelo CD e pelas razões que diz.
O 212CD seria o indicado para o atlântico e foi o encomendado pela Noruega para breve. Era ir na onda
Esta versão do U212 será bastante diferente e na realidade outro submarino. Não há dados suficientes sobre ele para tirar conclusões.
A verdade é que a operação de mais que um tipo de submarino é complicada, especialmente numa marinha que tem dificuldade em fazer reparações rapidamente ou em tempo útil.
Lembro que a Estória de que o U214 é uma versão de exportação do U212 é uma invenção que não parece ter nada a ver com a realidade.
O U212 também poderia ser exportado. A Italia comprou o U212 porque não havia U214 para comprar.
O U212 precisa de utilizar aço amagnético, porque o mar báltico tem uma profundidade média muito baixa, de apenas 60 metros.
Para fugir, um submarino deve mergulhar tão profundamente quanto possível, evitando a deteção. No Báltico isto não é possivel e por isso a única forma de escapar, é assentar nu fundo. É por isso que os submarinos alemães têm o leme em X.
No Atlantico, Mediterrâneo ou Mar Negro, a profundidade é muito maior e por isso um submarino não precisa assentar no fundo.
O aço dos U214 não é amagnético, mas tem uma rigidez muito maior, o que permite a um U214 merguilhar mais fundo que um U212.
A única aquisição que foi mencionada, foi a possibilidade de Portugal adquirir um ou dois submarinos gregos do tipo U214, que os gregos ameaçavam recusar. A proposta chegou a ser feita a Portugal, mas não só não havia interesse político, como mesmo os submarinos gregos eram diferentes dos portugueses, mesmo sendo do tipo U214.
Manter classes de navios diferentes, é sempre um problema.
As marinhas que vivem de "debicar um-de-cada" têm custos de manutenção maiores e por isso a aquisição de mais classes de navios é sempre um problema.
Na aquisição dos submarinos, Portugal viu-se pela primeira vez perante a realidade dos altos custos das aquisições militares. Esse problema é muito maior hoje, e o custo dos equipamentos assume uma dimensão que assusta.
Os dois partidos comunistas vão se atirar como feras feridas a qualquer aquisição militar. E o Costa hoje como ontem, é um cobarde.
A começar pelo medo que tem dos 25% de deputados do Bloco de Esquerda (que estão no PS por causa do acesso à teta ) que vão bloquear ( e estão a bloquear HOJE ) quaisquer aquisições de equipamento militar.