Economia Mundial

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legionario

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Re: Economia Mundial
« Responder #75 em: Março 09, 2020, 12:16:35 am »
Na minha opinião, o estouro vai ser Global.  Os paises que têm mais recursos naturais, mais industria diversificada , maiores reservas de metais preciosos, mais terras agricolas, melhores condições sanitarias, melhores serviços de Policia e de Proteção Civil, vão-se sair melhor do que os demais.
Vamos rezar para que as pessoas não fiquem todas doentes ao mesmo tempo porque ninguem tem instalada uma capacidade suficiente para gerir milhares de casos nos cuidados intensivos (5 a 10% dos infectados precisam de internamento nos cuidados intensivos).

O que fazer a nivel pessoal como parada à crise financeira que sucede à crise sanitaria :

- Preparar-se para situações de desemprego e de ruptura duravel da normalidade.
- Krach da Bolsa, que ja foi aqui evocado : falências, desemprego.
- antecipar os problemas derivados de uma interrupção dos fornecimentos , por exemplo dos frescos (50% dos frutos e legumes vêm da Espanha).  Estamos na altura de plantar ; quem tem, nem que seja um pequeno jardim ou uma varanda para pôr vasos, não hesite em pôr mãos à obra.
- Dispôr de dinherio vivo ao seu alcance e porque não de metais preciosos sob forma de moedas de prata ou de ouro.
- fazer reservas dos bens que consumimos regularmente preparando-nos para periodos de quarentena prolongados.

Racicionando em termos de economia isto é o que eu penso , saindo de palavreado inutil e entrar nos aspectos praticos.
Se as coisas se complicarem mais vamos ter que reflectir dentro de uma outra area, a do sobrevivencialismo, mas aqui ja estou a sair do topico "economia".
« Última modificação: Março 09, 2020, 12:24:08 am por legionario »
 

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Re: Economia Mundial
« Responder #76 em: Março 09, 2020, 09:48:04 am »
Na minha opinião, o estouro vai ser Global.  Os paises que têm mais recursos naturais, mais industria diversificada , maiores reservas de metais preciosos, mais terras agricolas, melhores condições sanitarias, melhores serviços de Policia e de Proteção Civil, vão-se sair melhor do que os demais.
Vamos rezar para que as pessoas não fiquem todas doentes ao mesmo tempo porque ninguem tem instalada uma capacidade suficiente para gerir milhares de casos nos cuidados intensivos (5 a 10% dos infectados precisam de internamento nos cuidados intensivos).

O que fazer a nivel pessoal como parada à crise financeira que sucede à crise sanitaria :

- Preparar-se para situações de desemprego e de ruptura duravel da normalidade.
- Krach da Bolsa, que ja foi aqui evocado : falências, desemprego.
- antecipar os problemas derivados de uma interrupção dos fornecimentos , por exemplo dos frescos (50% dos frutos e legumes vêm da Espanha).  Estamos na altura de plantar ; quem tem, nem que seja um pequeno jardim ou uma varanda para pôr vasos, não hesite em pôr mãos à obra.
- Dispôr de dinherio vivo ao seu alcance e porque não de metais preciosos sob forma de moedas de prata ou de ouro.
- fazer reservas dos bens que consumimos regularmente preparando-nos para periodos de quarentena prolongados.

Racicionando em termos de economia isto é o que eu penso , saindo de palavreado inutil e entrar nos aspectos praticos.
Se as coisas se complicarem mais vamos ter que reflectir dentro de uma outra area, a do sobrevivencialismo, mas aqui ja estou a sair do topico "economia".

E se a profecia do Legionário se concretizar, diga-me lá que país está melhor preparado para sobreviver? :)

Referiu a Rússia. Pois a Rússia para já vejo no grupo de países que mais perde com esta crise. Porquê? Veja a cotação do petróleo. Só hoje cai 20% o Brent (Mar do Norte). https://pt.investing.com/commodities/brent-oil   (cái mais de 19% só hoje e já está em metade do valor do início de Dezembro de 2019!!!!!)

Tem aqui a lista dos maiores exportadores mundiais: https://oec.world/en/profile/hs92/2709/

Todos os países que dependam das exportações do petróleo, vão ter uma época difícil, e a Rússia está nesse grupo.

Quem sobrevive melhor a uma crise destas? Quem é obviamente auto-suficiente em produtos agrícolas!!!!

Nesse aspecto da auto-suficiência dou-lhe razão. Mas por exemplo uma crise dessas em Portugal vai afectar onde se concentra a população (Lisboa e arredores e grande Porto).
Eu moro no interior e posso dizer-lhe que entre os meus pais e sogros, não preciso de comprar nenhuma verdura, nem batatas, nem azeite, nem vinho, nem leguminosas, somos excedentários nessas áreas todas :)

Uma ideia maluca que sempre tive para o país, seria a construção de enormes reservatórios de água, junto da Serra da Estrela, que serviriam para abastecer o país todo nas épocas de seca. E de onde vinha essa água toda? Do Douro e afluentes que no inverno inferniza quem vive perto do rio com caudais enormes, que chegam a ultrapassar os 10 000 m3 de água por segundo!!!!!! Esse excesso de água a bombear nos meses de inverno e utilizando as eólicas que produzem em excesso à noite (nem que tivesse de encher o extinto glaciar na Estrela), serviria para revitalizar a agricultura de todo o país, em especial no sul (nada de regar campos de golfe) e garantia que não existia falta de água nem alimentos!

Abraço
 

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Viajante

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Re: Economia Mundial
« Responder #77 em: Março 09, 2020, 10:56:03 am »
Coronavírus abre "guerra" entre Arábia Saudita e Rússia. Preço do petróleo com maior descida desde a Guerra do Golfo

No meio da crise do novo coronavírus, a Arábia Saudita ameaçou despejar petróleo no mercado, em conflito com a Rússia. Decisão está a afundar as bolsas e o preço do petróleo.

O preço do barril de petróleo (Brent) caiu 30%, para 31,02 dólares, logo na abertura do mercado, atingindo um mínimo de 2016, naquela que é a maior queda diária desde a primeira Guerra do Golfo. Tudo porque a Arábia Saudita, líder informal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), avançou para uma “guerrilha” de preços, depois de ter sido contrariada pela Rússia. Esta é uma quebra de preços que está a derrubar, também, os mercados acionistas.

Os sauditas queriam que a Rússia acompanhasse o cartel do petróleo, que junta 14 países, no corte de produção em mais 1,5 milhões de barris por dia até ao fim do ano. Uma estratégia vista como necessária por Riade para fazer face à queda dos preços provocada pela crise do novo coronavírus, que está a afetar a procura de combustível para transportes, em particular na China.

Como Vladimir Putin não concordou, a Arábia Saudita decidiu retaliar, esmagando os preços e, dessa forma, empurrando contra a parede os exportadores de petróleo com menos quota de mercado. Riade tira partido da sua posição como maior exportador mundial de crude (16% do total em 2018) e detentor das maiores reservas mundiais.

O Financial Times cita esta segunda-feira analistas que questionam se esta foi a melhor decisão, tendo em conta que a economia saudita não é imune a choques de preços, mas também lembra que o príncipe Mohammed bin Salman, líder da Arábia Saudita, tem habituado o mundo a jogadas de risco sempre que sentiu necessidade de se afirmar no palco mundial.

Do lado da Rússia, Putin quer ver o impacto da crise em toda a sua extensão antes de tomar decisões, mas o jornal britânico entende que entra também na equação a rivalidade com os EUA. Moscovo acreditará que cortar ainda mais a produção significaria ajudar os EUA, que já se tornou no maior produtor de petróleo do mundo. Esta seria uma oportunidade para a Rússia criar danos na indústria petrolífera americana, que tem tido dificuldades em obter lucros, apesar do crescimento verificado na última década.

Barril de petróleo pode chegar aos 20 dólares e procura deverá cair

Esta guerra entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia poderá provocar perdas ainda mais acentuadas, de acordo com a Goldman Sachs. O banco de investimento americano estima que o Brent possa cair até aos 20 dólares por barril. Ou seja, o mínimo de sobrevivência para vários países produtores de petróleo.

O Goldman Sachs não tem dúvidas de que “a guerra de preços entre a OPEP e a Rússia começou este fim de semana”, sublinhando que as perspetivas para o mercado petrolífero são agora piores do que em novembro de 2014, quando também existiu uma guerra de preços. Agora, no entanto, a queda nos preços é acompanhada de “um colapso significativo do lado da oferta, devido ao coronavírus”.

Já esta segunda-feira, a Agência Internacional de Energia confirmou uma revisão em baixa das estimativas de procura por petróleo, a nível mundial. A procura deverá cair de um ano para o outro, o que, a confirmar-se, acontecerá pela primeira vez desde 2009, o ano da ressaca da crise financeira cujo símbolo foi a falência do banco Lehman Brothers.

O organismo apontava para um aumento da procura petrolífera na ordem dos 800 mil barris de petróleo por dia, em 2020, uma previsão que foi, esta segunda-feira, modificada para uma descida média de 90 mil barris por dia, ao longo deste ano.

Neste enquadramento, as bolsas mundiais abriram a semana em forte queda, com o índice pan-europeu Stoxx 600 a cair mais de 5,5%, aproximando-se rapidamente dos valores mais baixos fixados em 2019 – ou seja, dissipando quase toda a recuperação que se registou à medida que se atenuaram os receios de uma “guerra comercial” entre os principais blocos económicos.

Em termos de praças nacionais, a bolsa portuguesa está a perder 5,75%, com a Galp Energia a perder, a dada altura esta manhã, cerca de 25%. O índice FTSE 100 da bolsa de Londres, que tem um forte peso de petrolíferas, perde mais de 6,5%.

Também se antecipa uma abertura muito negativa das bolsas dos EUA, com os contratos futuros sobre o índice S&P 500 a baixarem cerca de 5% e a levarem à ativação dos chamados “circuit breakers“, isto é, o mecanismo de proteção que limita a descida máxima de um índice acionista.

Já nos mercados asiáticos várias bolsas tinham entrado em território de correção negativa – o chamado bear market –, que se define como uma quebra súbita de pelo menos 20% face ao valor máximo recente. “A guerra saudita no mercado do petróleo surgiu numa altura de grande fragilidade nos mercados”, comentou à Bloomberg um analista da AMP Capital Investors, em Sydney, Nader Naeimi.

Uma das primeiras consequências desta crise, para a zona euro, será o lançamento de novas medidas de estímulo monetário por parte do Banco Central Europeu, na reunião da próxima quinta-feira. Isso é o que o mercado está a antecipar, já, com os contratos swap de taxas de juro na zona euro em terreno negativo em todos os prazos até 30 anos.

https://observador.pt/2020/03/09/petroleo-cai-30-para-31-dolares-nao-se-via-nada-assim-desde-a-primeira-guerra-do-golfo/

Ora aqui está. Quem exporta petróleo vai ter de fazer muitos orçamentos rectificativos este ano!!!!

 

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goldfinger

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Re: Economia Mundial
« Responder #78 em: Março 09, 2020, 01:36:27 pm »
A España servir hasta morir
 

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FoxTroop

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Re: Economia Mundial
« Responder #79 em: Março 09, 2020, 08:23:34 pm »
Há uma coisa me confunde. Se uma economia tem de importar quase tudo o que precisa para se manter, como é que raio é que a economia que lhe vende esses produtos sofre mais?! Acredito que uma Rússia ou China possa perder mais dinheiro, pois não vende, mas e os que compram, vivem de quê?
Com as cadeias logísticas a começarem a chiar por falta de componentes "made in China, quem fica pior na jorda? As montadoras na Europa e EUA ou os fabricantes desses componentes no Sudoeste Asiático?
 

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legionario

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Re: Economia Mundial
« Responder #80 em: Março 09, 2020, 09:59:27 pm »
As empresas portuguesas que vendem para Angola vão ver as suas encomendas reduzidas e os prazos de pagamento ainda mais demorados. 
 
 

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Re: Economia Mundial
« Responder #81 em: Março 09, 2020, 11:01:48 pm »
Há uma coisa me confunde. Se uma economia tem de importar quase tudo o que precisa para se manter, como é que raio é que a economia que lhe vende esses produtos sofre mais?! Acredito que uma Rússia ou China possa perder mais dinheiro, pois não vende, mas e os que compram, vivem de quê?
Com as cadeias logísticas a começarem a chiar por falta de componentes "made in China, quem fica pior na jorda? As montadoras na Europa e EUA ou os fabricantes desses componentes no Sudoeste Asiático?

Muito fácil.
Quem são os maiores exportadores agrícolas do mundo?
https://humboldt.global/top-agricultural-exporters/
Portanto, os EUA como os maiores exportadores agrícolas, não devem morrer à fome, pois não?

Petróleo. Já lá vai o tempo em que os EUA eram deficitários, neste momento são auto-suficientes e até um dos maiores exportadores do mundo de petróleo e gás.
https://www.forbes.com/sites/joshuarhodes/2020/02/10/will-the-explosive-growth-of-the-us-oil-and-gas-sector-continue/#37cc93333530
Portanto não dependem de países estrangeiros para funcionarem!

Água também não me parece que precisem!

Em termos militares, são também o maior exportador mundial:
https://en.wikipedia.org/wiki/Arms_industry

A produção industrial, apesar de um parte considerável estar na China, as grandes multinacionais têem sempre fábricas nos EUA, desde o sector da electrónica/informática, automóvel, aeronautica, ....

O facto de importarem mais do que exportarem, vai apenas diminuír o seu modo de vida, mas como pode ver, não vão morrer à fome.

Agora olhe para a China, um país deficitário em matéria-prima, que depende e muito das exportações para prosperar, fechando as fábricas, os chineses vivem do quê?  Ainda por cima os chineses precisam de dólares para comprarem matérias-primas......
Consegue imaginar o que vai acontecer à China quando terminar esta crise?

Agora a Rússia. Veja com os seus próprios olhos a execução orçamental Russa: https://www.minfin.ru/en/statistics/fedbud/
Em cima e à direita, faça download do "Monthly report on execution of the federal budget (starting from January 1, 2011) "
Repare, (se não me enganei nos múltiplos do Rublo), de um orçamento de estado de 127 000 biliões de Rublos (em 2019), as receitas relativas ao petróleo e gás são de 52 000 biliões de rublos!!!!!! Ou seja, o  petróleo e gás representaram 41% do orçamento de estado Russo em 2019!!!!! Consegue prever o buraco em 2020 com o colapso do preço do petróleo!?!?! É que o consumo cai a pique assim como o valor do barril, uma desgraça nunca vem só!!!!!!

Resumindo, entre os EUA, a China e a Rússia, quer apostar que os americanos saem melhor desta crise?
 

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Re: Economia Mundial
« Responder #82 em: Março 09, 2020, 11:03:28 pm »
As empresas portuguesas que vendem para Angola vão ver as suas encomendas reduzidas e os prazos de pagamento ainda mais demorados.

Sim, sem dúvida nenhuma!!!!

Eu se fosse ao estado português, resgatava as dívidas angolanas em troca das empresas portuguesas. Só tínhamos a ganhar!
 

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Re: Economia Mundial
« Responder #83 em: Março 15, 2020, 03:23:40 pm »
O economista e gerente de fundos Michael Pento sugere esquecer o mercado de ações por um tempo, porque tudo se está a aguentar agora , graças a uma impressão monetária global maciça.

Aqui está o que Michael Pento explica:
 “Vamos olhar os fatos com cuidado. A dívida global atingiu hoje US $ 250 trilhões. Vamos examinar o assunto por um momento, essa dívida mundial representa uma porcentagem recorde, ou 330% do PIB mundial. Portanto, esta é a primeira vez que vimos uma dívida num nível tão alto, sem precedentes  !
 
Finalmente, os banqueiros centrais entenderam que estavam encurralados. Não há como escapar da monetização maciça da dívida global ... Há a China, o Japão, a Europa ... e até a nossa reserva federal está de volta com seu QE (Quantitative Easing : criação de moeda) . Existem injeções permanentes de liquidez no mercado interbancário americano.  Portanto, a única maneira de imaginar ser capaz de pagar essa montanha gigantesca de dívida, é com a criação de dinheiro (falso) e, portanto, com monetização maciça da dívida, ..."

"Tenho 10% do meu portfólio investido em ouro e aumentarei esse percentual. Eu acho que  precisamos de ter pelo menos 10% de ouro, e eu quero dizer ouro físico. Se não fizermos isso, no futuro as coisas serão complicadas .
Quando falo de metais preciosos, incluo ouro, prata e platina ...
Vamos ter um RESET gigantesco, e toda essa dívida irá colapsar ... "
« Última modificação: Março 15, 2020, 03:26:49 pm por legionario »
 
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Re: Economia Mundial
« Responder #84 em: Março 15, 2020, 06:55:34 pm »
O Legionário se vir o post do Clausewitz, lá refere um dos passos do Trump para implodir com a UE e desviar a atenção dos seus problemas:

- Depois de colocar em causa a NATO;
- Agora fecha as fronteiras com os 27 da UE;
- Tenta comprar um laboratório alemão e ficar com os direitos da vacina do COVID-19 e ainda vir a chular-nos mais tarde;
- Quer dinamitar o EURO para comporar-mos todos os bens mundiais com dólares (e quem é que imprime dólares?)....

O Trump e companhia que se F.....
 
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Re: Economia Mundial
« Responder #85 em: Março 15, 2020, 10:29:34 pm »
in  BusinessBourse B&B

Escassez de ouro e prata - restrições de fornecimento

O enorme aumento da procura está a  pressionar as nossas cadeias de suprimentos. A BullionStar mantém relações com os seus fornecedores e com a maioria das principais refinarias, emissores e atacadistas de moedas do mundo todo. A maioria de nossos fornecedores não possui estoque de metais preciosos e, atualmente, não está a receber pedidos.
A US Mint  "Casa da Moeda dos EUA", por exemplo, anunciou na quinta-feira que todas as moedas "American Silver Eagle" foram vendidas. Os principais atacadistas dos Estados Unidos não têm mais nada, TODO o ouro e TODA a prata foram vendidos e, portanto, não podem reabastecer.

Escassez de ouro físico no mercado interbancário A alta demanda e o padrão do mercado de “papel” criarão uma escassez maciça de ouro.

Os nossos estoques já estão esgotados e muitos de nossos produtos estão afetados..."

Ouro de papel vs. ouro físico

Como dissemos muitas vezes ao longo dos anos, apenas o ouro físico é um porto seguro.

Deve-se notar que o preço do ouro de papel, embora tenha subido 5,7% desde o início do ano, denominado em SGD (dólar de Singapura), tem apresentado tendência de baixa nos últimos dias.
« Última modificação: Março 15, 2020, 10:30:54 pm por legionario »
 

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Daniel

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Re: Economia Mundial
« Responder #86 em: Março 22, 2020, 01:28:09 pm »
Economia. China pode aproveitar ‘preços de saldo’
https://ionline.sapo.pt/artigo/689927/economia-china-pode-aproveitar-precos-de-saldo-?seccao=Dinheiro_i

Citar

A China foi o primeiro país a sofrer com o surto do novo coronavírus e deixou o mundo colado à televisão para assistir a uma epidemia nunca antes vista que rapidamente se alastrou pelo resto do mundo. Contudo, cerca de três meses depois, o país parece estar a recuperar e pronto para encarar a nova realidade que agora enfrenta: recuperar a economia.

Para Nuno Caetano, analista da corretora Infinox, a recuperação não será fácil, uma vez que as quedas foram maiores que o esperado: «Será difícil partindo do atual quadro económico global, até porque a China sofreu uma quebra maior do que era esperada quando o vírus surgiu, tanto a nível industrial como de vendas, assim como de empregabilidade», diz o analista ao SOL, relembrando o que tem sido referido por alguns bancos de investimento: «A economia da China provavelmente depreciará 9% no primeiro trimestre, sendo que também se prevê uma redução anual de 5,5% para 3% de crescimento». Esta é a primeira vez que o PIB chinês contrai nos últimos 20 anos, alerta Nuno Caetano.

Mas, mesmo em crise, há a grande possibilidade de a China ser a primeira economia do mundo afetada pelo vírus a recuperar, uma vez que foi também a primeira a conseguir minimizá-lo. Poderá a China aproveitar agora novas oportunidades de negócio?

André Pires, analista da XTB, não tem dúvidas: «A recuperação antecipada da China pode dar-lhe uma grande vantagem económica». Até porque o país é um grande comprador de petróleo e outras commodities, que pode agora adquirir «a preço de saldo», destaca o analista. E vai mais longe: «Com a liquidação que temos observado na bolsa de valores, a China pode aumentar a sua participação em empresas ocidentais, adquirindo um grande número de ações. Julgo que, por isso, poderemos ver um aumento dos investimentos chineses na Europa e na economia portuguesa».

Uma opinião corroborada por Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, que desenha ao SOL um quadro global favorável a uma nova vaga de investimentos chineses nos mercados europeu e norte-americano: «A economia chinesa começa gradualmente a regressar à normalidade», o que, a confirmar-se - e se o país evitar um ressurgimento do surto através de casos importados -, permite à China «começar lentamente a retomar a sua atividade, e as suas fábricas produzirem para a reposição de stocks».

Segundo as estimativas da JP Morgan, é expectável que o PIB no 2.º trimestre contraia 22% na Zona Euro, 14% nos Estados Unidos e 30% no Reino Unido. Números acima do terramoto económico sentido no próprio epicentro da covid-19. «Em recuperação, é bastante plausível que a China tire partido do atual cenário. Se a China era, há um ou dois meses, o foco de todas as atenções e preocupações, atualmente elas concentram-se na Europa e, provavelmente, nos Estados Unidos, até ao final do mês de março e início de abril», refere Paulo Rosa. A confirmarem-se estas estimativas, o analista não tem dúvidas de que a China «tem uma enorme vantagem para aquisições ‘baratas’» tal como aconteceu na sequência da crise de 2008.

Por outro lado, Nuno Caetano não se mostra tão otimista quanto a esta questão, pelo menos nesta fase inicial de recuperação, uma vez que a produção industrial na China afundou 13,5% no conjunto de janeiro e fevereiro em comparação com o ano anterior. Já as vendas a retalho caíram 20,5% e a taxa de desemprego subiu para um recorde de 6,2% em fevereiro, analisa Nuno Caetano. «Nesta fase, o capital chinês deverá ser alocado a arrumar a casa».

Mas, arrumada a casa, tudo pode acontecer: «Não se descarta a possibilidade de entrada de capital oriental nos Estados Unidos e na Europa, nomeadamente pelo facto do mercado bolsista estar a preços de saldos, o que porventura esteja a levar os chineses a aumentarem posições em determinados setores e empresas estratégicas».

Nos últimos anos, a China tem investido em vários setores em Portugal, investimentos que têm sido importantes para a economia nacional. Questionado sobre se, a partir de agora, esses investimentos irão continuar ou se, pelo contrário, poderá existir a possibilidade de uma retração, Nuno Caetano não tem dúvidas: «Não creio que haja uma retração significativa naquilo que tem sido o investimento  institucional chinês em diversos setores da economia nacional, nomeadamente no imobiliário, nas energéticas, assim como na banca e seguros», diz ao SOL, acreditando mesmo que a dinâmica de investimento é para manter. «Até porque poderão aparecer novas oportunidades face à situação económica atual em que nos encontramos». No entanto, a retração não é descabida em alguns setores: «Poderá haver alguma retração sim, é no pequeno investidor e turista chinês, que comprava imóveis e consumia em Portugal», explica o analista da Infinox.

Quanto aos setores onde a China poderá vir a investir, existem algumas incertezas, apesar de o investimento poder ir de encontro àreas onde a China já tem apostado até aqui: banca, energia, seguros, saúde, entre outros (ver texto ao lado). Na opinião de André Pires, o caminho será por aqui: «Julgo, embora seja apenas uma opinião, que a China procurará setores chave como transportes (aéreos e marítimos) e energia».

Novos horizontes

Mas o interesse chinês tem mostrado outros horizontes: «Tem-se alargado a vários setores, desde o setor financeiro ao farmacêutico. De forma genérica, não parece haver uma preferência, mas sim um desejo de diversificação de investimentos fora da China, para aumentar a resiliência daquele país a impactos económicos. A China procura assim aumentar a sua presença e influência no Ocidente. E Portugal (e muitos outros países europeus) têm recebido de braços abertos os investimentos chineses», finaliza.

Mário Martins, analista da ActivTrades, também identifica dificuldades globais e não acredita que a China possa, nesta fase, reunir as condições necessárias para se destacar numa corrida pelo domínio económico mundial. O analista admite que, «se a China não conhecer um retrocesso» na eliminação do surto do novo coronavírus, «irá, seguramente, regressar à normalidade muito antes da Europa e dos Estados Unidos».

«De facto, a China está dois meses à frente da Europa e três meses à frente dos Estados Unidos» neste combate, embora, contudo, considere que «dificilmente irá retirar qualquer vantagem do atual quadro económico». «Embora a economia chinesa nos últimos anos tenha deixado de estar tão dependente da exportação e tenha aumentado o consumo interno, continua dependente dos seus principais mercados importadores, pelo que irá ser grandemente afetada durante os próximos dois trimestres», refere.

Mário Martins acrescenta que a China, desde o início da guerra comercial com os Estados Unidos, tem procurado suster a economia via consumo interno. E isso poderá constituir um obstáculo.

«Este crescimento é ainda incipiente e não é significativo o suficiente para, sozinho, impulsionar o crescimento económico que a China necessita para continuar a melhorar as condições de vida dos seus cidadãos. Dificilmente a China irá aumentar, ou mesmo manter, o nível de investimento direto no estrangeiro que tem injetado noutros países», conclui o analista.

Mas ninguém tem duvidas disso, essa foi a jogada da China exatamente igual como nas outras crises, saio sempre por cima e nos anos seguintes cresceu mais ainda.
Tenho dito o mundo anda a dormir ao sol da bananeira.
 

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perdadetempo

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Re: Economia Mundial
« Responder #87 em: Março 23, 2020, 05:46:36 pm »
À conta da Boeing e das companhias aéreas americanas terem ido para Washington de mão estendida, um artiigo e infografia com os custos de manter uma companhia aérea a voar. Deverá ser semelhante para as outras companhias aéreas incluindo a TAP.

nota: Se se clicar nas setas ao fundo da página, abre em écran inteiro e é mais fácil ver os gráficos.

https://airinsight.com/understanding-us-airline-operating-costs/

Cumptimentos,
 
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Daniel

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Re: Economia Mundial
« Responder #88 em: Março 24, 2020, 11:31:55 am »
FMI. Recessão mundial pode ser pior do que a da crise de 2008
https://sol.sapo.pt/artigo/690177/fmi-recessao-mundial-pode-ser-pior-do-que-a-da-crise-de-2008

Citar
A recessão mundial em consequência da pandemia de coronavírus pode ser pior do que a registada após a crise financeira de 2008. O alerta é da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), numa teleconferência com o G20.

Georgieva afirmou que preveniu os ministros das Finanças e os governadores de bancos centrais que as perspetivas de crescimento mundial para 2020 eram "negativas" e indicou que se espera uma recessão "pelo menos tão grave como a da crise financeira mundial ou até pior".
Em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial baixou 0,6%, segundo dados do FMI. Nas economias avançadas, o recuo foi de 3,16% e de 4,08% nos países da zona euro.

"Mas esperamos uma recuperação em 2021", acrescentou, mais otimista. No entanto, "para conseguir isso, é preciso dar prioridade ao isolamento e reforçar os sistemas de saúde" em todo o mundo.

"O impacto económico é e será grave, mas quanto mais depressa o vírus for travado, mais rápida e forte será a recuperação", considerou.

A pandemia de covid-19 obrigou muitos países a suspenderem ligações aéreas, encerrar lojas, bares e restaurantes e limitar as movimentações de milhões de pessoas, isoladas em casa, parando a atividade económica mundial.

O FMI afirmou que apoia "vigorosamente as medidas orçamentais extraordinárias já aprovadas em vários países para reforçar os sistemas de saúde e proteger os trabalhadores e empresas afetados".

A diretora-geral da instituição defendeu ainda mais esforços, lembrando que as economias mais avançadas estão "geralmente melhor colocadas para responder à crise", enquanto os mercados emergentes e os países mais pobres enfrentam "desafios importantes".

Georgieva lembrou que os investidores já retiraram 83 mil milhões de dólares dos mercados emergentes desde o início da crise, "a maior saída de capitais de sempre".

O FMI tem intensificado "o financiamento de urgência", numa altura em que perto de 80 países dos 189 países membros solicitaram assistência financeira e reiterou que pode mobilizar um bilião de dólares, o equivalente a toda a sua capacidade de financiamento.

O título é enganador, pois não é pode ser pior, mas sim, vai ser pior mas muito pior.
 

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Daniel

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Re: Economia Mundial
« Responder #89 em: Março 24, 2020, 05:46:50 pm »
Recessão a caminho? Indústria automóvel deverá ser a principal vítima
https://executivedigest.sapo.pt/recessao-a-caminho-industria-automovel-devera-ser-a-principal-vitima/
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Não existem precedentes para crises económicas com base em emergências sanitárias como aquela que o Mundo atravessa – tanto em natureza como em alcance. Quem o diz é Bernat Figueras, da Strategy&, num artugo publicado no jornal espanhol CincoDías. O especialista dá conta de um guia sobre a forma como a próxima recessão deverá afectar diferentes sectores e empresas.

Segundo Bernat Figueras, o mais semelhante que os mercados já enfrentaram foi a epidemia de SARS, em 2003. No entanto, como a propagação foi relativamente limitada, não se poderá comparar ao que acontece neste momento.

No caso da SARS, registaram-se oito mil casos a nível mundial. O COVID-19, por seu turno, soma já mais de 382 mil casos de pessoas infectadas em mais de 100 países.

No entanto, embora de dimensão mais reduzida, o surto de SARS roubou 1% do PIB da China e 2,5% do PIB de Hong Kong, entre outros.
 Olhando para o futuro, as consequências da pandemia de COVID-19 deverão ser ainda mais severas. Só no último mês, já se verificaram descidas acumuladas de entre 30 e 40% nas principais bolsas.

A marioria dos especialistas, indica Bernat Figueras, aponta para uma crise transitória, de apenas algumas semanas ou meses. Mas a recuperação económica das empresas poderá ser mais longa, uma vez que sentirão dificuldades em regressar ao ritmo a que estavam antes da epidemia. Tudo dependerá da eficácia das medidas de prevenção e da resposta económica que os vários países já estão a implementar.

Na vizinha Espanha, onde o número de infectados ronda os 40 mil, os sectores mais afectados deveão ser aqueles que estão ligados directa ou indirectamente ao Turismo e Consumo. O mesmo é expectável que aconteça nos restantes mercados, especialmente os ocidentais.

«A intensidade da queda do PIB dependerá, em boa parte, da duração da fase aguda da pandemia: se a campanha turística de Verão se desenvolver com relativa normalidade, e o consumo e o investimento se aguentarem firmes, as perspectivas melhoram significativamente», sublinha Bernat Figueras.

A nível mundial, o sector automóvel deverá ser o mais afectado. De acordo com uma análise da Strategy& com base em dados da Bloomberg, esta indústria apresenta os dois principais riscos: por um lado, verifica-se uma previsão de forte quebra na procura por parte dos consumidores; por outro, deverá haver uma interrupção da disponibilidade de matérias-primas.

Logo ao lado, surge o sector da distribuição e retalho (não alimentar), que deverá enfrentar uma situação semelhante (descida na procura e limitações por parte dos fornecedores).

O turismo e transportes também deverão sofrer com a pandemia, embora neste caso o problema esteja sobretudo do lado da procura. As restrições actuais (proibição de festas e viagens, por exemplo) deverão continuar.

Por outro lado, os sectores empresariais que deverão ser menos expostos serão o do imobiliário e o das telecomunicações, especialmente porque se mostram mais protegidos do que os restantes relativamente a um possível limitação de matérias-primas. Também a procura não deverá descer tanto.