Mas afinal o que se sabe sobre o atual estado de arte dos “Canadair” vou assim chamá-los pese as mudanças de nomes e modelos que já sofreu.
Capítulo 1
Sabe-se que, a Viking Air somente tem estado a transformar anteriores e antigas versões (CL-215, CL-215T e CL-415) em nova versão, a CL-415EAF (Enhanced Aerial Firefighter) vendidas entretanto a um valor de cerca de 33 milhões de dólares por unidade. Esta versão foi adquirida pela empresa Bridger Aerospace em número de 6 unidades, sendo entregues as duas últimas este ano. Igualmente Marrocos adquiriu 3 unidades desta versão para completar a frota de cinco CL-415 que já dispunha.
Sabe-se, por isso, que a transformação dos modelos antigos nesta nova, obriga a aquisição no mercado de usados do Canadair, a sua completa transformação e um valor final a rondar os 33 milhões de dólares por unidade.
Sabe-se que, a Viking projetou o desenvolvimento de uma nova versão designada por Canadair 515 ou DHC-515 com novas tecnologias de pilotagem e navegação, em duas versões. Uma unicamente para o combate aos fogos designada por “Fire Fighting” com maior capacidade de transporte de água (cerca de 7.000 litros) e outra mais polivalente, podendo assegurar missões de combate aos fogos, mas igualmente a busca e salvamento e evacuações sanitárias designada por “First Responder”.
Sabe-se que, em junho de 2019 a Indonésia assinou uma carta de intenções para a aquisição de 6 DHC-515 das duas versões referidas. Sabe-se que, sendo este número insuficiente para relançar a linha de fabrico, nada foi entregue até agora.
Sabe-se que, em março de 2022 a Viking Air anunciou em Bruxelas ter obtido uma nova carta de intenções para a compra de 22 unidades do DHC-515, sendo que o primeiro aparelho somente será entregue a partir da segunda metade deste decénio prolongando-se as entregas até 2030.
Sabe-se que, os contratos relativos às unidades de cada país terão de ser ratificados pelo respetivo estado-membro, sendo que 12 destes aviões serão financiado por fundos europeus. 2 aviões para Portugal, 2 aviões para Espanha, 2 aviões para França, 2 aviões para Itália, 2 aviões e 2 dos 7 a adquirir pela Grécia. Os restantes cinco não foi possível obter a confirmação do seu destino ou se ficarão como reserva à ordem do RescEU criado 2019.
Sabe-se, de acordo com algumas fontes, que o custo unitário rondará os 50 milhões de dólares.
Aqui chegados importa saber, fale quem sabe, que aviões irá o Estado Português obter: upgrades de aviões usados e reconfigurados em CL-415EAF; ou os novos, DHC 515, cuja linha de produção ainda não se iniciou?
Em próximos capítulos abordarei outros aspetos ligados a este tema.