Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER

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alouette10

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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #105 em: Julho 15, 2022, 11:47:11 am »
Mas afinal o que se sabe sobre o atual estado de arte dos “Canadair” vou assim chamá-los pese as mudanças de nomes e modelos que já sofreu.
Capítulo 1
Sabe-se que, a Viking Air somente tem estado a transformar anteriores e antigas versões (CL-215, CL-215T e CL-415) em nova versão, a CL-415EAF (Enhanced Aerial Firefighter) vendidas entretanto a um valor de cerca de 33 milhões de dólares por unidade. Esta versão foi adquirida pela empresa Bridger Aerospace em número de 6 unidades, sendo entregues as duas últimas este ano. Igualmente Marrocos adquiriu 3 unidades desta versão para completar a frota de cinco CL-415 que já dispunha.
Sabe-se, por isso, que a transformação dos modelos antigos nesta nova, obriga a aquisição no mercado de usados do Canadair, a sua completa transformação e um valor final a rondar os 33 milhões de dólares por unidade.
Sabe-se que, a Viking projetou o desenvolvimento de uma nova versão designada por Canadair 515 ou DHC-515 com novas tecnologias de pilotagem e navegação, em duas versões. Uma unicamente para o combate aos fogos designada por “Fire Fighting” com maior capacidade de transporte de água (cerca de 7.000 litros) e outra mais polivalente, podendo assegurar missões de combate aos fogos, mas igualmente a busca e salvamento e evacuações sanitárias designada por “First Responder”.
Sabe-se que, em junho de 2019 a Indonésia assinou uma carta de intenções para a aquisição de 6 DHC-515 das duas versões referidas. Sabe-se que, sendo este número insuficiente para relançar a linha de fabrico, nada foi entregue até agora.
Sabe-se que, em março de 2022 a Viking Air anunciou em Bruxelas ter obtido uma nova carta de intenções para a compra de 22 unidades do DHC-515, sendo que o primeiro aparelho somente será entregue a partir da segunda metade deste decénio prolongando-se as entregas até 2030.
Sabe-se que, os contratos relativos às unidades de cada país terão de ser ratificados pelo respetivo estado-membro, sendo que 12 destes aviões serão financiado por fundos europeus. 2 aviões para Portugal, 2 aviões para Espanha, 2 aviões para França, 2 aviões para Itália, 2 aviões e 2 dos 7 a adquirir pela Grécia. Os restantes cinco não foi possível obter a confirmação do seu destino ou se ficarão como reserva à ordem do RescEU criado 2019.
Sabe-se, de acordo com algumas fontes, que o custo unitário rondará os 50 milhões de dólares.
Aqui chegados importa saber, fale quem sabe, que aviões irá o Estado Português obter: upgrades de aviões usados e reconfigurados em CL-415EAF; ou os novos, DHC 515, cuja linha de produção ainda não se iniciou?
Em próximos capítulos abordarei outros aspetos ligados a este tema.
 
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alouette10

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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #106 em: Julho 15, 2022, 12:23:08 pm »
Capítulo 2
Canadair versus Fireboss e o artigo do Expresso

Antes dos comentaristas do costume virem escrever que o autor é contra os Canadair, importa dizer de forma clara para não haver dúvidas, que sou completamente a favor do Estado português dispor de meios próprios pesados e ligeiros que satisfaçam e ajudem a combater a praga que não terá fim dos incêndios rurais. Agora se são os Canadair ou outros que devem ser adquiridos, a palavra deverá ser dada aos verdadeiros especialistas que analisem todas as variáveis e possam livremente optar.
A título de exemplo de que nem sempre os exemplos estrangeiros são a melhor resposta para os problemas de cada país. A França avaliou a utilização dos Firecat (equivalente terrestre dos Fireboss) tendo para isso disposto de dois AT-802F cedidos temporariamente pelos espanhóis. Após uma longa avaliação chegaram à decisão que a capacidade (3.000 litros) era insuficiente face à extrema lentidão de voo do Firecat numa perspetiva da imensidão do território francês a cobrir, o que obrigaria a uma multiplicação excessiva de aeronaves colocadas no território para fazer face a essa dimensão e tempo necessário para cobrir essas distâncias com o respetivo aumento do custo hora/homem. Convém ter presente que um dos aspetos a avaliar é quantidade de litros transportados e descarregados por hora de voo. 
Quando agora, no artigo do Expresso alguém compara utilização, em Portugal, do Canadair contra  os Fireboss, apontando como exemplo que o custo de aquisição de um Canadair dá para comprar 10 Fireboss, o que até pode não ser verdade se a opção for pelo DHC-515, onde daria para adquirir 15, exemplificando ainda que o Canadair tem de ter 2 tripulantes e o Fireboss somente 1, é conveniente alguém dizer a esses especialistas, ao jornalista será tempo perdido, que no mesmo espaço horário que serve para exemplificar a quantidade litros despejados, o Canadair terá dois pilotos e o os Fireboss 10 pilotos, aumentando exponencialmente o custo hora de voo versus a quantidade de litros despejados, sem falar do custo da manutenção de 10 Fireboss  versus um Canadair.
Por isso qualquer comparação de anulação de um meio pesado por múltiplos meios ligeiros é um exercício intelectualmente desonesto que certamente só decorre de falta de conhecimento e não da defesa porventura enfeudada de lobies que andam por aí.
Quanto ao meio pesado que devemos ter, se deve ser de asa fixa, e neste caso terrestre ou anfíbio, ou somente de asa móvel, ou se os dois fica para o próximo capítulo.
 
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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #107 em: Julho 15, 2022, 12:36:49 pm »
Os Canadair podiam ser operados pela TAP

Já agora, lembram-se quem é que extinguiu a Guarda Florestal?



P44 não inventes, não metas mais lenha nesta fogueira chamada TAP SA.
O COA da TAP permite ter essa categoria de aeronaves ??
Não me parece.

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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PereiraMarques

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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #108 em: Julho 15, 2022, 03:32:48 pm »
Como alguns foristas mais esclarecidos têm referido o ideal é um misto de aeronaves (ligeiras e pesadas, de asa fixa e de asa rotativa)...essa questão da orografia não é assim tão linear....o relevo na Grécia é bastante acidentado na maioria do território e fazem bom uso dos Canadair.
 
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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #109 em: Julho 15, 2022, 05:54:29 pm »
E, se queremos dinheiro da UE e pertencer à rescEU (?) deve ser necessário ter Canadair, presumo.
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 
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Lightning

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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #110 em: Julho 16, 2022, 06:51:13 pm »
Os Canadair podiam ser operados pela TAP

Já agora, lembram-se quem é que extinguiu a Guarda Florestal?



P44 não inventes, não metas mais lenha nesta fogueira chamada TAP SA.
O COA da TAP permite ter essa categoria de aeronaves ??
Não me parece.

Abraços

Acho que é para transformar em aviões de passageiros e as pessoas terem a experiência de voar num hidroavião, como na época de ouro dos anos 30, os turistas iam adorar. A CP também têm o comboio histórico na linha do Douro.

« Última modificação: Julho 16, 2022, 06:52:06 pm por Lightning »
 

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Lusitaniae

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Charlie Jaguar

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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #112 em: Agosto 15, 2023, 09:22:42 am »
Os 2 Viking CL-515 da FAP só contarão, em princípio, para o DECIR 2027.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #113 em: Julho 04, 2024, 09:34:59 am »
7º - Por incrível que pareça, não há planos para comprar mais aeronaves DHC-515, não de imediato pelo menos. Deverão ser 2 e apenas 2 durante uns bons anos, o que já de si é um verdadeiro milagre, mas que por força de acidente, avaria, manutenção ou obrigação de ajuda a outras nações que compõem o mecanismo rescEU da União Europeia, poderão significar 0.
Eu ficaria era surpreendido era se a esta altura existissem planos para aumentar a frota de DHC-515. Quantas décadas já passaram desde que falaram e estudaram adquirir os Canadair para a FAP? Três? Sem falar que quando ocorreu o incêndio em Pedrógão Grande, que já foi em si uma grande tragédia, ninguém se mexeu para adquirir mais meios e vieram com a narrativa que estava tudo bem. Não fizeram nada nem para mostrar obra feita. Só compramos os DHC-515 por causa do apoio da União Europeia, caso contrário não havia nada para ninguém.

Cumprimentos,
Entretanto, os espanhóis já aprovaram o programa para a compra dos seus sete DHC-515 e a modernização da restante frota:

Defensa tiene vía libre a la compra de siete apagafuegos DHC-515 y la actualización de la flota actual por 375 millones
(4 de Julho de 2024)
Citação de: InfoDefensa
El programa para la renovación de la flota de apagafuegos del Ejército del Aire y del Espacio ha superado el último trámite, tres meses después del anuncio por parte de los ministerios de Transición Ecológica y Defensa.

El Gobierno ha aprobado esta semana en el Consejo de Ministros el contrato para la compra siete nuevos aviones modelo DHC-515, los equipos, sistemas e infraestructuras necesarios para su entrada en servicio y el soporte logístico integrado; así como acciones de actualización de la actual flota de aviones anfibios apagafuegos operados por los 'corsarios' del 43 Grupo.

Con esta autorización, el Ministerio de Defensa ya tiene el camino despejado para la firma del contrato. El valor estimado del programa asciende a 375,5 millones de euros y tendrá una duración de ocho años.

Este programa se enmarca en el acuerdo de colaboración suscrito en abril por los ministerios de Transición Ecológica y Defensa. Ambas partes han adquirido el compromiso de lanzar un proceso conjunto para la adquisición de los siete aviones DHC-515 y la actualización de la flota actual.

Transición Ecológica colaborará en la definición de las necesidades y proporcionará la financiación necesaria, mientras que Defensa se encargará de la dirección del proceso acordado y gestión de la adquisición de las aeronave que recaerá, en concreto, sobre la Dirección de Adquisiciones del Mando del Apoyo Logístico del Ejército del Aire y del Espacio.

El modelo DHC-515 ha sido elegido por el Mecanismo de Protección Civil de la UE para la creación a nivel europeo de una capacidad permanente para la extinción de incendios, financiando la adquisición de 12 unidades, dos a cada uno de los estados miembros del arco mediterráneo (Portugal, España, Francia, Italia, Croacia y Grecia).

La Comisión Europea y los estados miembros implicados han negociado un acuerdo de compra base con la agencia gubernamental Canadian Commercial Corporation (CCC) y el fabricante DHC (De Havilland Aircraft Canadair) para la adquisición de un conjunto de unidades de DHC-515, y que deberá particularizarse y concluirse de manera bilateral entre CCC y cada estado miembro. En el caso de España, el acuerdo bilateral, una vez se formalice, contempla la adquisición de siete aviones, incluidos los dos financiados por la UE, junto a un conjunto de servicios complementarios.

La sustitución de los apagafuegos del Ejército del Aire y del Espacio es necesaria debido a la antigüedad de la flota. Junto con la compra de la versión DHC-515, el programa incluye una actualización de los aviones en servicio para asegurar su plena operatividad, especialmente, de los CL-415. Los nuevos DHC-515 estarán disponibles a partir de 2026, según el calendario del programa.

La actual flota española de apagafuegos está formada por 14 aviones CL-215 y CL-415, de los que 11 son propiedad de Transición Ecológica (10 C-215 y 1 CL-415) y 3 (CL-415) de Defensa.
[continua]
Fonte: https://www.infodefensa.com/texto-diario/mostrar/4902089/defensa-tiene-via-libre-renovar-apagafuegos-siete-dhc-515-actualizacion-flota-actual-375-millones

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #114 em: Julho 04, 2024, 10:00:11 am »
Os tucanos apagam fogos? Podem dizer que sim
 

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Charlie Jaguar

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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #115 em: Julho 04, 2024, 10:54:46 am »
Os tucanos apagam fogos? Podem dizer que sim

Os Gripen podem, mas não sei até que ponto esta tática por cá seria muito viável ou aconselhável.  :mrgreen:

https://www.popularmechanics.com/military/aviation/a22550688/sweden-dropped-a-laser-guided-bomb-on-a-forest-fire/
« Última modificação: Julho 04, 2024, 10:59:56 am por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #116 em: Julho 04, 2024, 11:29:01 am »
Temos os Ov10, que ainda podem fazer uma perninha no Cas... :mrgreen:



Saudações  :mrgreen:

P.S. Curioso Artigo.  ;)

https://www.portugalresident.com/portugal-to-buy-two-canadair-water-bombers/


Citar
For the price of one Canadair, Portugal could purchase 10 Fire Boss planes
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #117 em: Julho 04, 2024, 02:41:41 pm »
Os tucanos apagam fogos? Podem dizer que sim

Os Gripen podem, mas não sei até que ponto esta tática por cá seria muito viável ou aconselhável.  :mrgreen:

https://www.popularmechanics.com/military/aviation/a22550688/sweden-dropped-a-laser-guided-bomb-on-a-forest-fire/

Isso até outros que temos com os meios adequados.
Mas é mais uma justificação que se esqueceram para os tacanhitos. Já tivemos a de atacar e destruir avionetas da droga e uma vez até a de atacar navios com misseis. É só acrescentar
 

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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #118 em: Julho 18, 2024, 10:33:00 am »
Assinatura do contrato:

Portugal recebe apoio de Bruxelas na compra de aviões para evitar fogos como em 2017
(18 de Julho de 2024)
Citação de: Lusa
A assinatura do contrato de aquisição à Canadair de dois aviões bombardeiros pesados DHC-515 realiza-se no Museu do Ar, em Sintra, com a presença dos ministros da Defesa Nacional, Nuno Melo, e da Administração Interna, Margarida Blasco.

A Comissão Europeia espera que os dois aviões de combate a incêndios que Portugal vai esta quinta-feira formalmente adquirir, por 100 milhões de euros em verbas comunitárias, permita reforçar a frota e evitar fogos florestais como os de 2017.

Em causa está um acordo que será hoje formalizado pelo Executivo para compra de dois aviões bombardeiros pesados de combate a incêndios que estarão baseados em Portugal e farão parte da reserva estratégica da Protecção Civil da União Europeia (UE), num total de 12 que Bruxelas financia com um orçamento total de 600 milhões de euros (para Portugal, Espanha, França, Grécia, Itália e Croácia).

«Tudo remonta a Portugal, em 2017, quando ocorreram incêndios muito grandes em que morreram cerca de 100 pessoas e quando se percebeu que não temos na Europa capacidades suficientes», afirma em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic.

Numa alusão aos fogos florestais de Junho e Outubro de 2017 no país, que causaram mais de 100 mortos e 500 mil hectares de área ardida, Janez Lenarcic diz à Lusa que, nesse ano, «Portugal não tinha essa capacidade própria», nem pôde contar com apoio de outros Estados-membros por falta de disponibilidade de meios.

Por essa razão, desde então, a Comissão Europeia apostou na preparação contra fogos florestais e, após as necessárias negociações entre os colegisladores da UE (por a Protecção Civil ser competência nacional), esteve em conversações com a fabricante canadiana Canadair, que foram recentemente concluídas, para reforçar a frota europeia e dos países "mais vulneráveis".

«Com as assinaturas [entre os governos destes seis países e a empresa] que esperamos que ocorra este ano, devemos concluir este processo. [...] Dois Estados-membros já assinaram contratos deste tipo em Março, a Grécia e a Croácia, e esperamos que Portugal o faça [...] e que, em breve, também Espanha, Itália e França o façam para assim ser possível iniciar a produção», indica Janez Lenarcic à Lusa.

Está em causa uma verba de 600 milhões de euros para a aquisição de 12 novos aviões de combate a incêndios que serão repartidos, a partir de 2027, por seis Estados-membros, incluindo Portugal.

A ideia é, precisamente, que as 12 aeronaves aumentem a capacidade de combate aéreo a incêndios da reserva estratégica rescEU, com o comissário europeu a falar de aeronaves anfíbias médias que são «populares nos países mediterrânicos» por permitirem um reabastecimento de água no mar, em lagos ou rios.

«Se fosse necessário ir ao aeroporto para reabastecer, isso levaria muito mais tempo e o tempo e a rapidez são essenciais quando lidamos com incêndios florestais», assinala Janez Lenarcic, falando em aviões que são «a melhor opção possível» pois estes países «nunca estão longe do mar ou de outra massa de água». Previsto está que a primeira aeronave demore mais três anos a ser construída, daí que só chegue a partir de 2027.

Janez Lenarcic adianta à Lusa que, apesar de duas aeronaves ficarem baseadas em Portugal (cabendo ao Estado português a sua manutenção e estacionamento), poderão ser mobilizadas para outros países da UE, por fazerem parte da reserva europeia, acontecendo o mesmo com as restantes.

[continua]
Fonte: https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/portugal-recebe-apoio-de-bruxelas-na-compra_6698b7df7022cd32b0334002

É de mim ou o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, disse que a UE teve de agir e se chegar à frente devido à incompetência e falta de capacidade dos políticos portugueses que passam a vida à espera da ajuda dos outros?

Cumprimentos,
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Re: Os BOMBARDIER 415 MP QUE PORTUGAL DEVERIA TER
« Responder #119 em: Julho 18, 2024, 12:40:06 pm »
Assinatura do contrato:

Portugal recebe apoio de Bruxelas na compra de aviões para evitar fogos como em 2017
(18 de Julho de 2024)
Citação de: Lusa
A assinatura do contrato de aquisição à Canadair de dois aviões bombardeiros pesados DHC-515 realiza-se no Museu do Ar, em Sintra, com a presença dos ministros da Defesa Nacional, Nuno Melo, e da Administração Interna, Margarida Blasco.

A Comissão Europeia espera que os dois aviões de combate a incêndios que Portugal vai esta quinta-feira formalmente adquirir, por 100 milhões de euros em verbas comunitárias, permita reforçar a frota e evitar fogos florestais como os de 2017.

Em causa está um acordo que será hoje formalizado pelo Executivo para compra de dois aviões bombardeiros pesados de combate a incêndios que estarão baseados em Portugal e farão parte da reserva estratégica da Protecção Civil da União Europeia (UE), num total de 12 que Bruxelas financia com um orçamento total de 600 milhões de euros (para Portugal, Espanha, França, Grécia, Itália e Croácia).

«Tudo remonta a Portugal, em 2017, quando ocorreram incêndios muito grandes em que morreram cerca de 100 pessoas e quando se percebeu que não temos na Europa capacidades suficientes», afirma em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic.

Numa alusão aos fogos florestais de Junho e Outubro de 2017 no país, que causaram mais de 100 mortos e 500 mil hectares de área ardida, Janez Lenarcic diz à Lusa que, nesse ano, «Portugal não tinha essa capacidade própria», nem pôde contar com apoio de outros Estados-membros por falta de disponibilidade de meios.

Por essa razão, desde então, a Comissão Europeia apostou na preparação contra fogos florestais e, após as necessárias negociações entre os colegisladores da UE (por a Protecção Civil ser competência nacional), esteve em conversações com a fabricante canadiana Canadair, que foram recentemente concluídas, para reforçar a frota europeia e dos países "mais vulneráveis".

«Com as assinaturas [entre os governos destes seis países e a empresa] que esperamos que ocorra este ano, devemos concluir este processo. [...] Dois Estados-membros já assinaram contratos deste tipo em Março, a Grécia e a Croácia, e esperamos que Portugal o faça [...] e que, em breve, também Espanha, Itália e França o façam para assim ser possível iniciar a produção», indica Janez Lenarcic à Lusa.

Está em causa uma verba de 600 milhões de euros para a aquisição de 12 novos aviões de combate a incêndios que serão repartidos, a partir de 2027, por seis Estados-membros, incluindo Portugal.

A ideia é, precisamente, que as 12 aeronaves aumentem a capacidade de combate aéreo a incêndios da reserva estratégica rescEU, com o comissário europeu a falar de aeronaves anfíbias médias que são «populares nos países mediterrânicos» por permitirem um reabastecimento de água no mar, em lagos ou rios.

«Se fosse necessário ir ao aeroporto para reabastecer, isso levaria muito mais tempo e o tempo e a rapidez são essenciais quando lidamos com incêndios florestais», assinala Janez Lenarcic, falando em aviões que são «a melhor opção possível» pois estes países «nunca estão longe do mar ou de outra massa de água». Previsto está que a primeira aeronave demore mais três anos a ser construída, daí que só chegue a partir de 2027.

Janez Lenarcic adianta à Lusa que, apesar de duas aeronaves ficarem baseadas em Portugal (cabendo ao Estado português a sua manutenção e estacionamento), poderão ser mobilizadas para outros países da UE, por fazerem parte da reserva europeia, acontecendo o mesmo com as restantes.

[continua]
Fonte: https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/portugal-recebe-apoio-de-bruxelas-na-compra_6698b7df7022cd32b0334002

É de mim ou o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, disse que a UE teve de agir e se chegar à frente devido à incompetência e falta de capacidade dos políticos portugueses que passam a vida à espera da ajuda dos outros?

Cumprimentos,

A MAI andava a apanhar maças, segundo disse e, o MDN andava a experimentar  as cadeiras dos tucanos a ver se o rabo ficava aconchegado