REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #345 em: Março 04, 2017, 09:07:06 pm »
Forças Armadas com metade dos recrutas necessários

03 mar, 2017 - 18:51 • Ana Rodrigues

Em 2016, houve 11.189 candidatos, mas acabaram por ser incorporados apenas 3.906.

Foto: NATO
As Forças Armadas precisam de seis mil militares para substituir os que agora vão sair, mas o recrutamento não está a dar resposta. O ano passado entraram 3.906 militares, ou seja, pouco mais de metade do necessário.
As incorporações foram elevadas, comparando com anos anteriores, mas não chegam para as necessidades dos três ramos das Forças Armadas.

Em 2016, o número de incorporações foi o maior dos últimos cinco anos, mas não chega para aquilo que as Forças Armadas precisam. Houve um reforço significativo, mas é preciso repor os efectivos face às saídas registadas.

Nos últimos cinco anos as entradas foram reduzidas, especialmente na Marinha, onde durante três anos não houve qualquer incorporação.

O número de efectivos tem vindo a reduzir-se. O Ministério da Defesa refere que isso acontece por culpa do recrutamento, mas também por questões orçamentais.

O certo é que, agora, com o fim de contratos surge o défice de pessoal, explica à Renascença António Cardoso, chefe de Divisão de Recrutamento e Efectivos Militares.

“O problema aqui é a necessidade de recrutamento, que é completamente diferente dos anos anteriores. Estamos a falar do regime de contrato, em que todos os anos, sensivelmente, 2.000 a 2.500 jovens saem para a vida civil, devido à caducidade do tempo de permanência. Se esse efectivo não é substituído durante alguns anos e se eu tenho incorporações de 900, 1.000 e 1.500, é óbvio que há uma altura em que já não é possível manter o nível de incorporações como estava. O desafio é em 2016 e 2017 substituir 50% do efectivo em RC [regime de contrato], aproximadamente 5.000 a 6.000 militares”, afirma António Cardoso.

Uma nota do Ministério da Defesa refere que o quadro de pessoal nesta altura garante as missões das Forças Armadas, mas o certo é que, em entrevista à Renascença, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, reconheceu que os números do recrutamento eram preocupantes porque há uma incapacidade de atingir o objectivo de garantir umas Forças Armadas eficientes.

Em 2016, houve 11.189 candidatos, mas acabaram por ser incorporados 3.906, pouco mais de três mil só no Exército. Se compararmos com 2010, em que foram admitidos mais de 6.700, vemos uma diferença enorme que agora tem efeitos, refere António Cardoso.

“Esta necessidade de recrutamento atípica, que não tem paralelo com os últimos cinco anos, vai colocando um bocadinho a nu as fragilidades do sistema. Se o sistema gera 12 mil candidatos e precisa de incorporar 1.000, é uma coisa, mas se precisa de incorporar 3,000, já é outra. É este patamar que temos de resolver”, sublinha.

“Não podemos é deixar os sistemas como têm estado, porque se não há incorporações, não há divulgação. Por outras palavras, se as Forças Armadas não estão presentes enquanto entidades empregadoras e não aparecem no universo simbólico dos jovens, não são consideradas. É necessário apostar na maior presença das Forças Armadas junto dos jovens, já que precisamos de um maior número de necessidade de incorporação e de candidatos”, defende o chefe de Divisão de Recrutamento e Efectivos Militares.

O Governo e as Forças Armadas querem inverter esta situação e começar a engrossar as fileiras.

Segundo o Ministério da Defesa, o número de efectivos nas Forças Armadas é de pouco mais de 32 mil elementos, sendo que os militares em regime de contrato são pouco mais de 12.500. Em 2016 entraram mais 3.400 voluntários.

As incorporações por via de voluntariado ou contrato podem ocorrer até aos 27 anos. Para praças e soldados o ingresso acontece entre os 18 e os 24 anos.

 http://rr.sapo.pt/noticia/77545/forcas_armadas_com_metade_dos_recrutas_necessarios

Lá vai sobrar uns milhões do orçamento das FFAA para alguns espertos do sistema.........mas que contentes eles agora estarão, não tarda nada teremos as FFAA mais baratas do planeta !!!!!!!
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #346 em: Março 05, 2017, 02:25:03 am »
Forças Armadas com metade dos recrutas necessários

03 mar, 2017 - 18:51 • Ana Rodrigues

Em 2016, houve 11.189 candidatos, mas acabaram por ser incorporados apenas 3.906.

Foto: NATO
As Forças Armadas precisam de seis mil militares para substituir os que agora vão sair, mas o recrutamento não está a dar resposta. O ano passado entraram 3.906 militares, ou seja, pouco mais de metade do necessário.
As incorporações foram elevadas, comparando com anos anteriores, mas não chegam para as necessidades dos três ramos das Forças Armadas.

Em 2016, o número de incorporações foi o maior dos últimos cinco anos, mas não chega para aquilo que as Forças Armadas precisam. Houve um reforço significativo, mas é preciso repor os efectivos face às saídas registadas.

Nos últimos cinco anos as entradas foram reduzidas, especialmente na Marinha, onde durante três anos não houve qualquer incorporação.

O número de efectivos tem vindo a reduzir-se. O Ministério da Defesa refere que isso acontece por culpa do recrutamento, mas também por questões orçamentais.

O certo é que, agora, com o fim de contratos surge o défice de pessoal, explica à Renascença António Cardoso, chefe de Divisão de Recrutamento e Efectivos Militares.

“O problema aqui é a necessidade de recrutamento, que é completamente diferente dos anos anteriores. Estamos a falar do regime de contrato, em que todos os anos, sensivelmente, 2.000 a 2.500 jovens saem para a vida civil, devido à caducidade do tempo de permanência. Se esse efectivo não é substituído durante alguns anos e se eu tenho incorporações de 900, 1.000 e 1.500, é óbvio que há uma altura em que já não é possível manter o nível de incorporações como estava. O desafio é em 2016 e 2017 substituir 50% do efectivo em RC [regime de contrato], aproximadamente 5.000 a 6.000 militares”, afirma António Cardoso.

Uma nota do Ministério da Defesa refere que o quadro de pessoal nesta altura garante as missões das Forças Armadas, mas o certo é que, em entrevista à Renascença, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, reconheceu que os números do recrutamento eram preocupantes porque há uma incapacidade de atingir o objectivo de garantir umas Forças Armadas eficientes.

Em 2016, houve 11.189 candidatos, mas acabaram por ser incorporados 3.906, pouco mais de três mil só no Exército. Se compararmos com 2010, em que foram admitidos mais de 6.700, vemos uma diferença enorme que agora tem efeitos, refere António Cardoso.

“Esta necessidade de recrutamento atípica, que não tem paralelo com os últimos cinco anos, vai colocando um bocadinho a nu as fragilidades do sistema. Se o sistema gera 12 mil candidatos e precisa de incorporar 1.000, é uma coisa, mas se precisa de incorporar 3,000, já é outra. É este patamar que temos de resolver”, sublinha.

“Não podemos é deixar os sistemas como têm estado, porque se não há incorporações, não há divulgação. Por outras palavras, se as Forças Armadas não estão presentes enquanto entidades empregadoras e não aparecem no universo simbólico dos jovens, não são consideradas. É necessário apostar na maior presença das Forças Armadas junto dos jovens, já que precisamos de um maior número de necessidade de incorporação e de candidatos”, defende o chefe de Divisão de Recrutamento e Efectivos Militares.

O Governo e as Forças Armadas querem inverter esta situação e começar a engrossar as fileiras.

Segundo o Ministério da Defesa, o número de efectivos nas Forças Armadas é de pouco mais de 32 mil elementos, sendo que os militares em regime de contrato são pouco mais de 12.500. Em 2016 entraram mais 3.400 voluntários.

As incorporações por via de voluntariado ou contrato podem ocorrer até aos 27 anos. Para praças e soldados o ingresso acontece entre os 18 e os 24 anos.

 http://rr.sapo.pt/noticia/77545/forcas_armadas_com_metade_dos_recrutas_necessarios

Lá vai sobrar uns milhões do orçamento das FFAA para alguns espertos do sistema.........mas que contentes eles agora estarão, não tarda nada teremos as FFAA mais baratas do planeta !!!!!!!

Podiam começar por deixar de imitar os camones e passarem a admitir pessoal com tatuagens, aumentavam logo o leque de potenciais candidatos para o dobro.  Actualmente não me parece que se consiga encontrar muita gente abaixo dos 30 sem algum tipo de pintura corporal ou piercing.

O jeito que estas normas tinham dado no tempo do serviço militar obrigatório...

Cumprimentos,
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #347 em: Março 05, 2017, 02:36:43 am »
Mas é que já admitidos à algum tempo. Até braços completamente tatuados.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #348 em: Março 05, 2017, 06:54:39 am »
Forças Armadas com metade dos recrutas necessários

03 mar, 2017 - 18:51 • Ana Rodrigues

Em 2016, houve 11.189 candidatos, mas acabaram por ser incorporados apenas 3.906.

Foto: NATO
As Forças Armadas precisam de seis mil militares para substituir os que agora vão sair, mas o recrutamento não está a dar resposta. O ano passado entraram 3.906 militares, ou seja, pouco mais de metade do necessário.
As incorporações foram elevadas, comparando com anos anteriores, mas não chegam para as necessidades dos três ramos das Forças Armadas.

Em 2016, o número de incorporações foi o maior dos últimos cinco anos, mas não chega para aquilo que as Forças Armadas precisam. Houve um reforço significativo, mas é preciso repor os efectivos face às saídas registadas.

Nos últimos cinco anos as entradas foram reduzidas, especialmente na Marinha, onde durante três anos não houve qualquer incorporação.

O número de efectivos tem vindo a reduzir-se. O Ministério da Defesa refere que isso acontece por culpa do recrutamento, mas também por questões orçamentais.

O certo é que, agora, com o fim de contratos surge o défice de pessoal, explica à Renascença António Cardoso, chefe de Divisão de Recrutamento e Efectivos Militares.

“O problema aqui é a necessidade de recrutamento, que é completamente diferente dos anos anteriores. Estamos a falar do regime de contrato, em que todos os anos, sensivelmente, 2.000 a 2.500 jovens saem para a vida civil, devido à caducidade do tempo de permanência. Se esse efectivo não é substituído durante alguns anos e se eu tenho incorporações de 900, 1.000 e 1.500, é óbvio que há uma altura em que já não é possível manter o nível de incorporações como estava. O desafio é em 2016 e 2017 substituir 50% do efectivo em RC [regime de contrato], aproximadamente 5.000 a 6.000 militares”, afirma António Cardoso.

Uma nota do Ministério da Defesa refere que o quadro de pessoal nesta altura garante as missões das Forças Armadas, mas o certo é que, em entrevista à Renascença, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, reconheceu que os números do recrutamento eram preocupantes porque há uma incapacidade de atingir o objectivo de garantir umas Forças Armadas eficientes.

Em 2016, houve 11.189 candidatos, mas acabaram por ser incorporados 3.906, pouco mais de três mil só no Exército. Se compararmos com 2010, em que foram admitidos mais de 6.700, vemos uma diferença enorme que agora tem efeitos, refere António Cardoso.

“Esta necessidade de recrutamento atípica, que não tem paralelo com os últimos cinco anos, vai colocando um bocadinho a nu as fragilidades do sistema. Se o sistema gera 12 mil candidatos e precisa de incorporar 1.000, é uma coisa, mas se precisa de incorporar 3,000, já é outra. É este patamar que temos de resolver”, sublinha.

“Não podemos é deixar os sistemas como têm estado, porque se não há incorporações, não há divulgação. Por outras palavras, se as Forças Armadas não estão presentes enquanto entidades empregadoras e não aparecem no universo simbólico dos jovens, não são consideradas. É necessário apostar na maior presença das Forças Armadas junto dos jovens, já que precisamos de um maior número de necessidade de incorporação e de candidatos”, defende o chefe de Divisão de Recrutamento e Efectivos Militares.

O Governo e as Forças Armadas querem inverter esta situação e começar a engrossar as fileiras.

Segundo o Ministério da Defesa, o número de efectivos nas Forças Armadas é de pouco mais de 32 mil elementos, sendo que os militares em regime de contrato são pouco mais de 12.500. Em 2016 entraram mais 3.400 voluntários.

As incorporações por via de voluntariado ou contrato podem ocorrer até aos 27 anos. Para praças e soldados o ingresso acontece entre os 18 e os 24 anos.

 http://rr.sapo.pt/noticia/77545/forcas_armadas_com_metade_dos_recrutas_necessarios

Lá vai sobrar uns milhões do orçamento das FFAA para alguns espertos do sistema.........mas que contentes eles agora estarão, não tarda nada teremos as FFAA mais baratas do planeta !!!!!!!

Podiam começar por deixar de imitar os camones e passarem a admitir pessoal com tatuagens, aumentavam logo o leque de potenciais candidatos para o dobro.  Actualmente não me parece que se consiga encontrar muita gente abaixo dos 30 sem algum tipo de pintura corporal ou piercing.

O jeito que estas normas tinham dado no tempo do serviço militar obrigatório...

Cumprimentos,

Que maravilha, nem necessitavamos de pinturas para nos camuflarmos.........era um mimo quase qual camaleão..........por aqui se tiveres tripulações com essas merdas em demasia, vá-se lá saber o que isso significa, tem de estar tapadas, pior que na TROPA,  :conf: :conf: :conf: :conf: :conf: :G-clever: :G-clever: :G-clever: :G-clever:

PS em 1982 incorporamos um gajo com o corpo todo tatuado, alcunha, Rod Stuart dos Olivais, esteve na recruta pouco mais de uma semana, depois claro, desertou, ainda o fomo buscar a casa, bem digo casa..............mais pardiero por duas vezes mas de nada valeu, esteve preso dez anos por ter roubado um carregador de G3 com munições e ameças de morte ao aspirante, cmdt de pelotão.
« Última modificação: Março 05, 2017, 06:59:20 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Lightning

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #349 em: Março 05, 2017, 12:08:01 pm »
Eu sei de alguns com piercing na Força Aérea, não podes é usar fardado. Mas quando estás em casa até podes usar os boxers na cabeça que ninguém quer saber.
 

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perdadetempo

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #350 em: Março 05, 2017, 02:48:31 pm »
É tudo uma questão de bom senso. De qualquer maneira duvido que quem faz decorações corporais completas esteja muito interessado em aderir às forças armadas. Nos outros casos  basta que estas se encontrem ocultas pelo uniforme, como aliás é a norma até em várias empresas por uma questão de apresentação.

Posso estar errado mas parece-me que é mais ou menos o que acontece nas restantes forças europeias, mais coisa menos coisa.

Cumprimentos,
 

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nelson38899

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #351 em: Março 07, 2017, 08:09:16 pm »
Citar
Contratos dos militares alargados até 18 anos
O Ministério da Defesa Nacional (MDN) está a preparar alterações aos contratos dos militares triplicando o seu tempo máximo de duração dos atuais seis para cerca de 18 anos. “Não faz sentido ter pessoas capacitadas que estão a prestar um bom serviço nas Forças Armadas e, ao fim de seis anos, obrigá-las a ir embora”, diz ao Observador fonte oficial do ministério liderado por José Azeredo Lopes.

O decreto-lei está a ser “consensualizado” com os três ramos das Forças Armadas. O objetivo é que, até ao final do primeiro semestre deste ano, o diploma esteja em condições de ser levado a conselho de ministros para que aí possa ser discutido. “O alargamento será estendido a todos os ramos — Marinha, Exército e Força Aérea — e a todas as categorias — praças, sargentos e oficiais”. Pretende-se “criar uma situação que permita às pessoas ter uma perspetiva de carreira mais longa na profissão militar ” e minimizar os “constrangimentos” temporais dos atuais contratos.
http://observador.pt/2017/03/06/contratos-dos-militares-alargados-ate-aos-18-anos/
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
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Clausewitz

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #352 em: Março 08, 2017, 02:59:59 am »
Citar
Contratos dos militares alargados até 18 anos
O Ministério da Defesa Nacional (MDN) está a preparar alterações aos contratos dos militares triplicando o seu tempo máximo de duração dos atuais seis para cerca de 18 anos. “Não faz sentido ter pessoas capacitadas que estão a prestar um bom serviço nas Forças Armadas e, ao fim de seis anos, obrigá-las a ir embora”, diz ao Observador fonte oficial do ministério liderado por José Azeredo Lopes.

O decreto-lei está a ser “consensualizado” com os três ramos das Forças Armadas. O objetivo é que, até ao final do primeiro semestre deste ano, o diploma esteja em condições de ser levado a conselho de ministros para que aí possa ser discutido. “O alargamento será estendido a todos os ramos — Marinha, Exército e Força Aérea — e a todas as categorias — praças, sargentos e oficiais”. Pretende-se “criar uma situação que permita às pessoas ter uma perspetiva de carreira mais longa na profissão militar ” e minimizar os “constrangimentos” temporais dos atuais contratos.
http://observador.pt/2017/03/06/contratos-dos-militares-alargados-ate-aos-18-anos/

Se nada mudar no seio do exército, receio que haja malta a tentar recomeçar a vida aos 40 anos no mundo civil "sem saber ler nem escrever" e sem ter a escapatória das forças de segurança.

"Pretende-se “criar uma situação que permita às pessoas ter uma perspetiva de carreira mais longa na profissão militar ” e minimizar os “constrangimentos” temporais dos atuais contratos."

Falso. Pretende-se reduzir os custos de formação e minimizar os efeitos da baixa atractividade da profissão militar para os jovens e da fraca qualidade/qualificação de boa parte dos candidatos. Esta é uma maneira de amenizar o problema sem pôr em causa o status quo militar: divisão férrea entre carreiras de oficiais, sargentos e praças e entre quadros permanentes e contratados.
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #353 em: Março 08, 2017, 11:36:04 am »
Isto é bom... para as Forças Armadas, não para os contratados! 

Se há QP para a classe de Sargentos e Oficiais, também devia haver para Praças.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #354 em: Março 08, 2017, 08:28:01 pm »
Atendendo a falta de Praças, porquê a limitação enorme na idade? Um tipo com 30 anos está velho?
 

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Trafaria

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #355 em: Março 09, 2017, 11:16:58 pm »
Pode eventualmente ser benéfico para uns poucos, muito poucos, e ilusório para mais alguns. No geral vai ser uma "argolada" para a malta, um enterrar de cabeça na areia, um adiar dos problemas que inevitavelmente se terão de enfrentar mais tarde, que tenderão a ser bem mais gravosos e combatidos por uma pessoa provavelmente bem menos capacitada. Vantagens também há, obviamente, mas vão (quase) todas para o lado da instituição militar. Iam lá eles mexer na lei a pensar no soldado ou só no soldado!

Um QP para praças nao é a solução. Mesmo que (hipoteticamente) o implementem ao lado terá de haver sempre um corpo de contratados bem maior, muito maior, e acabávamos por andar na mesma e eternamente a debater este assunto. E vamos andar, nao existem soluções milagrosas.
« Última modificação: Março 09, 2017, 11:23:38 pm por Trafaria »
::..Trafaria..::
 

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Lightning

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #356 em: Março 10, 2017, 11:26:14 am »
A vantagem que vejo para o praça é não estar "preso" ao limite máximo de 6 anos, se lhe der jeito mais um ou dois anos, por qualquer razão que ele achar, pode continuar, é mais flexível, ainda não há muito tempo, década de 2000, os contractos eram de 9 anos. Mas um militar deixar-se estar 18 anos a contracto acho mal para a pessoa, mas são todos adultos, cada pessoa tem esses anos para orientar a sua vida, concorrer ao QP, às Forças de Segurança, à Função Publica, estudar, etc.
« Última modificação: Março 10, 2017, 11:28:55 am por Lightning »
 

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Cabeça de Martelo

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #357 em: Março 10, 2017, 11:41:58 am »
Pode eventualmente ser benéfico para uns poucos, muito poucos, e ilusório para mais alguns. No geral vai ser uma "argolada" para a malta, um enterrar de cabeça na areia, um adiar dos problemas que inevitavelmente se terão de enfrentar mais tarde, que tenderão a ser bem mais gravosos e combatidos por uma pessoa provavelmente bem menos capacitada. Vantagens também há, obviamente, mas vão (quase) todas para o lado da instituição militar. Iam lá eles mexer na lei a pensar no soldado ou só no soldado!

Um QP para praças nao é a solução. Mesmo que (hipoteticamente) o implementem ao lado terá de haver sempre um corpo de contratados bem maior, muito maior, e acabávamos por andar na mesma e eternamente a debater este assunto. E vamos andar, nao existem soluções milagrosas.

Trafaria, eu queria ver como é que os Fuzos aguentavam sem os seus Praças QP. Se no Exército houve graves limitações nas vagas durante anos, no Corpo de Fuzileiros ainda pior. A solução não passa por uma medida, mas sim um conjunto de medidas, tais como:

- Contracto inicial de 3 anos;
- Aumento de 7 para 10 anos;
- Aumento nos benefícios para os militares contratados;
- Formação dos militares mais centralizada;
- Depois da IB e da IC, os militares deviam passar por uma espécie de sessão de aconselhamento onde veria-se onde o/a militar melhor se adequaria, dado às suas características físicas, psicológicas e intelectuais.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Crypter

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #358 em: Março 28, 2017, 11:49:29 am »
Fazendo uma listagem de todos os programas que estão a correr (previstos brevemente) de modernização/substituição nas FA

. MLU nas Bartolomeu Dias
. MLU (ligeiro) nas Vasco da Gama
. 2 NPO's
. 4/5 Patrulhas Classe Fisga
. Substituição parcial do armamento ligeiro (via Nato)
. Compra de 167 4x4 blindados (via Nato)
. Compra de 47 viaturas táticas médias blindadas e não blindadas (via Nato)
. Reforço do sistema de informação e comunicações tático do Exército
. Aquisição do equipamento Rádio Tático de Comunicações
. 5 helicópteros ligeiros para substituição do Alouette III (com possibilidade de mais 2)
. MLU nos c130 (cancelado entretanto??)

Estou-me a esquecer de alguma coisa?
 

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perdadetempo

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #359 em: Março 28, 2017, 06:13:20 pm »
Fazendo uma listagem de todos os programas que estão a correr (previstos brevemente) de modernização/substituição nas FA

. MLU nas Bartolomeu Dias
. MLU (ligeiro) nas Vasco da Gama
. 2 NPO's
. 4/5 Patrulhas Classe Fisga
. Substituição parcial do armamento ligeiro (via Nato)
. Compra de 167 4x4 blindados (via Nato)
. Compra de 47 viaturas táticas médias blindadas e não blindadas (via Nato)
. Reforço do sistema de informação e comunicações tático do Exército
. Aquisição do equipamento Rádio Tático de Comunicações
. 5 helicópteros ligeiros para substituição do Alouette III (com possibilidade de mais 2)
. MLU nos c130 (cancelado entretanto??)

Estou-me a esquecer de alguma coisa?

Há os 12 sistemas mini-UAV a decorrer de 2016-2021, mas por 6M de euros estamos a falar de trocos.