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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Força Aérea Portuguesa => Tópico iniciado por: Lightning em Setembro 25, 2022, 03:20:52 pm

Título: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Lightning em Setembro 25, 2022, 03:20:52 pm
Vamos ver afinal que opinião tem os foristas neste assunto polémico  :mrgreen:.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: HSMW em Setembro 25, 2022, 05:00:52 pm
(https://atalayar.com/sites/default/files/styles/foto_/public/noticias/Atalayar_Un%20avi%C3%B3n%20teledirigido%20MQ-9%20Reaper.jpg?itok=ExjzhlPB)

Drones. Muitos drones.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Lightning em Setembro 25, 2022, 05:54:09 pm
Boa HSMW, realmente faltava essa opção dos UAV :G-beer2:.

Quem escolheu "outra opção" foi só UAV, ou há mais ideias?
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Red Baron em Setembro 25, 2022, 05:55:53 pm
Pergunta muito vaga.

Qual é a missão?
Qual é o objectivo?
Qual é o cenário?
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Lightning em Setembro 25, 2022, 05:57:58 pm
Pergunta muito vaga.

Qual é a missão?
Qual é o objectivo?
Qual é o cenário?

CAS em qualquer cenário provável para as FA portuguesas.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Drecas em Setembro 25, 2022, 06:46:43 pm
Para CAS num conflito em grande escala os F-16 tratam da coisa, aqui o que falta é mais armamento para eles.

Depois para COIN em particular Blackhawk com pylons, e aparufusar Hellfire's, Hydra rocket pods, 30mm, Spike NLOS(?) etc etc, estilo 160th SOAR e tentar que  os nossos pilotos fossem treinados por eles seria interessante, seria a melhor opção neste momento na minha opinião.

Ao mesmo tempo continuar a investir em drones como já foi referido e talvez passar drones como o MQ-9 e MQ-1 para o controlo do exército?

Por último helicópteros de ataque seriam uma excelente ideia e aqui Apache é a única solução, mas para este passo é preciso uma boa economia algo.....o que é impossível talvez? haha
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Subsea7 em Setembro 25, 2022, 07:06:43 pm
Para CAS num conflito em grande escala os F-16 tratam da coisa, aqui o que falta é mais armamento para eles.

Depois para COIN em particular Blackhawk com pylons, e aparufusar Hellfire's, Hydra rocket pods, 30mm, Spike NLOS(?) etc etc, estilo 160th SOAR e tentar que  os nossos pilotos fossem treinados por eles seria interessante, seria a melhor opção neste momento na minha opinião.

Ao mesmo tempo continuar a investir em drones como já foi referido e talvez passar drones como o MQ-9 e MQ-1 para o controlo do exército?

Por último helicópteros de ataque seriam uma excelente ideia e aqui Apache é a única solução, mas para este passo é preciso uma boa economia algo.....o que é impossível talvez? haha

Existe a solução AH-1Z, que esteve em cima da mesa, mas acabou por vencer o A-29.
Na minha opinião pessoal, MH-60m com Spike, Hydra, CRV-7, etc, apoiados por AH-Z e drones MQ-9 "Reaper", ficariamos com uma solução de CAS bastante competente.7
CPS
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Drecas em Setembro 25, 2022, 07:21:33 pm
Para CAS num conflito em grande escala os F-16 tratam da coisa, aqui o que falta é mais armamento para eles.

Depois para COIN em particular Blackhawk com pylons, e aparufusar Hellfire's, Hydra rocket pods, 30mm, Spike NLOS(?) etc etc, estilo 160th SOAR e tentar que  os nossos pilotos fossem treinados por eles seria interessante, seria a melhor opção neste momento na minha opinião.

Ao mesmo tempo continuar a investir em drones como já foi referido e talvez passar drones como o MQ-9 e MQ-1 para o controlo do exército?

Por último helicópteros de ataque seriam uma excelente ideia e aqui Apache é a única solução, mas para este passo é preciso uma boa economia algo.....o que é impossível talvez? haha

Existe a solução AH-1Z, que esteve em cima da mesa, mas acabou por vencer o A-29.
Na minha opinião pessoal, MH-60m com Spike, Hydra, CRV-7, etc, apoiados por AH-Z e drones MQ-9 "Reaper", ficariamos com uma solução de CAS bastante competente.7
CPS

O Viper também não é má ideia, e penso que é mais barato que o Apache.

Confesso ser fanboy do Apache e penso ser o melhor no mercado no momento e daí a minha preferência.

E depois não tenho a certeza se o Viper consegue fazer recon sozinho como o Longbow? Porque senão estaria dependente de outros.

E de qualquer forma considero helicópteros de ataque algo que deve ser deixado para mais tarde, quando outras coisas mais importantes estiverem resolvidas nas Forças Armadas, AIM-9X, substituto dos M-113, artilharia que não seja de 1940 e etc
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Red Baron em Setembro 25, 2022, 07:58:33 pm
Para CAS num conflito em grande escala os F-16 tratam da coisa, aqui o que falta é mais armamento para eles.

Depois para COIN em particular Blackhawk com pylons, e aparufusar Hellfire's, Hydra rocket pods, 30mm, Spike NLOS(?) etc etc, estilo 160th SOAR e tentar que  os nossos pilotos fossem treinados por eles seria interessante, seria a melhor opção neste momento na minha opinião.

Ao mesmo tempo continuar a investir em drones como já foi referido e talvez passar drones como o MQ-9 e MQ-1 para o controlo do exército?

Por último helicópteros de ataque seriam uma excelente ideia e aqui Apache é a única solução, mas para este passo é preciso uma boa economia algo.....o que é impossível talvez? haha

Existe a solução AH-1Z, que esteve em cima da mesa, mas acabou por vencer o A-29.
Na minha opinião pessoal, MH-60m com Spike, Hydra, CRV-7, etc, apoiados por AH-Z e drones MQ-9 "Reaper", ficariamos com uma solução de CAS bastante competente.7
CPS

Não tinham sido também oferecidos os Apache a quando a visita de um membro do governo Americano a Lisboa?
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Setembro 25, 2022, 08:00:59 pm
Devia de haver uma opção:

* Helis de ataque é que não

A sério que não os punha no top 50 de sistemas de armas a adquirir. Se calhar nem no top 100. Só se fossem de borla ou em condições excepcionalmente favoráveis.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Subsea7 em Setembro 25, 2022, 08:07:39 pm
Para CAS num conflito em grande escala os F-16 tratam da coisa, aqui o que falta é mais armamento para eles.

Depois para COIN em particular Blackhawk com pylons, e aparufusar Hellfire's, Hydra rocket pods, 30mm, Spike NLOS(?) etc etc, estilo 160th SOAR e tentar que  os nossos pilotos fossem treinados por eles seria interessante, seria a melhor opção neste momento na minha opinião.

Ao mesmo tempo continuar a investir em drones como já foi referido e talvez passar drones como o MQ-9 e MQ-1 para o controlo do exército?

Por último helicópteros de ataque seriam uma excelente ideia e aqui Apache é a única solução, mas para este passo é preciso uma boa economia algo.....o que é impossível talvez? haha

Existe a solução AH-1Z, que esteve em cima da mesa, mas acabou por vencer o A-29.
Na minha opinião pessoal, MH-60m com Spike, Hydra, CRV-7, etc, apoiados por AH-Z e drones MQ-9 "Reaper", ficariamos com uma solução de CAS bastante competente.7
CPS

Não tinham sido também oferecidos os Apache a quando a visita de um membro do governo Americano a Lisboa?

Já houve muito equipamento "oferecido", mas os americanos esquecem-se que em Portugal não se quer gastar dinheiro com defesa.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Subsea7 em Setembro 25, 2022, 08:08:16 pm
Devia de haver uma opção:

* Helis de ataque é que não

A sério que não os punha no top 50 de sistemas de armas a adquirir. Se calhar nem no top 100. Só se fossem de borla ou em condições excepcionalmente favoráveis.

Podiamos ir buscar aos stocks, AH-1W, e fazer o MLU para Z, mas nem assim houve vontade.
Cps,
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Lightning em Setembro 25, 2022, 08:12:42 pm
Devia de haver uma opção:

* Helis de ataque é que não

A sério que não os punha no top 50 de sistemas de armas a adquirir. Se calhar nem no top 100. Só se fossem de borla ou em condições excepcionalmente favoráveis.

Pessoalmente também não, mas nas conversas pelo forum pareceu-me uma opção com muitos apoiantes, esqueci-me realmente foi da opção UAV, acho que também seria uma opção muito provável.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: luis simoes em Setembro 25, 2022, 08:49:15 pm
Para ja aposta forte no ST 29 que vem a colmatar em parte o Alpha jet no ataque leve....e treino avancado....mas fica a faltar sempre uma outra aeronave a reaccao....acho que seria importante para Portugal colmatar o Alfa jet....com outro aviao....o cenario aqui presente tem em mente o cenario RCA....que para Portugal e imperativo dispor de um heli mais musclado e devidamente armado....apoio blackhawk....sim mas tambem a vinda de um aviao para este tipo de missoes....
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Red Baron em Setembro 25, 2022, 08:54:11 pm
Devia de haver uma opção:

* Helis de ataque é que não

A sério que não os punha no top 50 de sistemas de armas a adquirir. Se calhar nem no top 100. Só se fossem de borla ou em condições excepcionalmente favoráveis.

Ou a opção de Helicópteros de ataque só no Exercito
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Charlie Jaguar em Setembro 25, 2022, 09:27:50 pm
Sem dúvida, helicópteros de ataque puros, preferencialmente com raízes navais (para operações embarcadas e melhor protecção contra corrosão) como o AH-1Z ou mesmo AH-1W recondicionados. Não era preciso um número muito grande, 6 a 8 por exemplo, para escolta dos Blackhawk CSAR e Merlin (em missão TAT), apoio de fogo, ataque a ameaças assimétricas (UAVs, pirataria, USVs, minas), etc.

E complementados por drones, mas drones a sério e não do Toys "R" Us.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Drecas em Setembro 25, 2022, 09:32:41 pm
Devia de haver uma opção:

* Helis de ataque é que não

A sério que não os punha no top 50 de sistemas de armas a adquirir. Se calhar nem no top 100. Só se fossem de borla ou em condições excepcionalmente favoráveis.

Porquê?
Percebo que existem outras prioridades e também não acho que deva ser uma solução nos próximos anos, mas depois dos muitos problemas serem resolvidos(não vão ser eu sei.....) e de uma melhoria económica(também não vai acontecer eu sei), é algo que deveríamos comprar sinceramente.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Red Baron em Setembro 25, 2022, 09:37:39 pm
Sem dúvida, helicópteros de ataque puros, preferencialmente com raízes navais (para operações embarcadas e melhor protecção contra corrosão) como o AH-1Z ou mesmo AH-1W recondicionados. Não era preciso um número muito grande, 6 a 8 por exemplo, para escolta dos Blackhawk CSAR e Merlin (em missão TAT), apoio de fogo, ataque a ameaças assimétricas (UAVs, pirataria, USVs, minas), etc.

E complementados por drones, mas drones a sério e não do Toys "R" Us.

Com o cancelamento do LPD e com cada vez mais vozes a pedir o fim do batalhão nº2 dos Fuzileiros. Não me parece que o AH-1Z seja a melhor opção.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Charlie Jaguar em Setembro 25, 2022, 10:37:45 pm
Com o cancelamento do LPD e com cada vez mais vozes a pedir o fim do batalhão nº2 dos Fuzileiros. Não me parece que o AH-1Z seja a melhor opção.

É a tua opinião, que respeito, tal como a que exprimi é a minha. ;)

De qualquer modo é neste momento um não assunto pois será o Super Tucano o eleito.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 25, 2022, 11:33:53 pm
Devia de haver uma opção:

* Helis de ataque é que não

A sério que não os punha no top 50 de sistemas de armas a adquirir. Se calhar nem no top 100. Só se fossem de borla ou em condições excepcionalmente favoráveis.

Isso não faria qualquer sentido quando a pergunta é especificamente sobre aeronaves de apoio aéreo próximo. E quando se fala em CAS, tem que se falar em helicópteros de ataque, tal como, numa perspectiva mais abrangente, AC-130 e A-10 (mas estes não estariam sequer em cima da mesa, logo nem adiantava adicionar à lista).

Pergunta muito vaga.

Qual é a missão?
Qual é o objectivo?
Qual é o cenário?

Nós não sendo ricos, não podemos dar-nos ao luxo de adquirir aeronaves para CAS para cada cenário específico. É preciso ter o meio mais versátil, que consiga dar resposta a todas as possibilidades.

---

Eu fiz a minha escolha com base em três factores: capacidade, versatilidade e realismo. E como tal, optei pelo UH-60 "Battlehawk". Não é tão bom na função de ataque como um Apache em conflitos de alta intensidade, nem é tão bom em COIN como o ST, mas desenrasca em qualquer uma das missões para um país que tem que adquirir tanta coisa para as FA, sendo quase tudo uma prioridade.

Idealmente, isto é, houvesse dinheiro para tudo, tínhamos UH-60, AH-1Z e ainda o AC-295, mas isto não me parece realista (ter 2 deles já era uma sorte). O ST, não se adequa à realidade NATO/Europa/Atlântico.

O AC-295, acho uma boa opção, apenas tenho algumas dúvidas quanto ao avião em si, por exemplo, se uma variante VIMAR, podia ser facilmente convertida em AC-295 e vice-versa, ou se é preciso um avião completamente novo. Se for o segundo caso, não vale tanto a pena, mas se for o primeiro, então era só adquirir uns VIMAR extra mais o equipamento necessário para "kitar" para AC-295. Teríamos assim aeronave capaz de transportar pessoal, de operar em pistas semi prepadas e pistas curtas, capaz de CAS, Armed Overwatch e ISR, e ainda complementaria outros meios em ASuW contra embarcações rápidas, tirando partido dos mísseis guiados. Esta adaptabilidade é interessente. (Em qualquer dos casos, nunca seria em detrimento do UH-60 armado).

Já os UCAVs, não ponho na mesma "classe" de CAS que os outros, já que nem sequer possuem munição "low cost", como rockets ou canhões, para dar CAS continuado, estando limitados a meia dúzia de munições a bordo. Para outras missões, aí sim a necessidade de UCAV é óbvia, tanto do ponto de vista de vigilância, ISR e patrulha marítima, a ataque a alvos em terra e até no mar em todos os espectros da guerra.

Concluindo, dada a necessidade real de UCAV e de manter os F-16 relevantes (também para CAS, com as SDB/SDB-2 por exemplo), não colocava muito peso na aeronave CAS, e optava pelo UH-60 armado, para gerir bem os recursos.
E como o mundo de helicópteros militares se encontra numa fase transição, a opção UH-60 para CAS pode ser suficientemente boa para "tapar os buracos", e quem sabe, depois do UH-60 armado, poderemos ver helicópteros derivados dos SB-1 Defiant e S-97 Raider nas FA.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Red Baron em Setembro 25, 2022, 11:47:05 pm
Com o cancelamento do LPD e com cada vez mais vozes a pedir o fim do batalhão nº2 dos Fuzileiros. Não me parece que o AH-1Z seja a melhor opção.

É a tua opinião, que respeito, tal como a que exprimi é a minha. ;)

De qualquer modo é neste momento um não assunto pois será o Super Tucano o eleito.

Desculpa, mas team Apache 100%.

Mas o ST não tem nada a ver com esse totobola,
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Icterio em Setembro 25, 2022, 11:52:31 pm
A FAP tem doutrina/treino/integração com o Exército para executar missões CAS eficientes?
Treino de FACs, ligações rádio seguras para comunicar entre as forças, transmissão rápida de dados por link, otimização da kill chain...

Forças aéreas mais equipadas, como a RAF e USAF, investem imenso nessas capacidades (senão nem vale a pena o avião/helicóptero descolar) e com a vantagem de usufruirem de décadas de experiencia de combate real (Afeganistão, Iraque, etc.)  para aprimorar tácticas e despistar problemas.

Escolher o avião ou helicóptero é, provavelmente, a parte mais simples da equação...
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 26, 2022, 12:32:15 am
Escolher o avião/helicóptero é a parte mais complicada, porque é a parte onde tens de gastar dinheiro. O treino e ganho de experiência no tipo de operação, só será plenamente feito quando a aeronave estiver em serviço, caso contrário, é apenas treino teórico.

E mais importante, o treino/doutrina terá que ser feito/criada na mesma, e se não for para uma nova aeronave para CAS, no mínimo para os F-16. A compra de uma fragata não vai estar pendente se já temos pessoas treinadas para usar o radar X ou o canhão Y. O que é necessário é simplificar a parte dos meios que executam CAS, pois não faz sentido para nós ter um meio CAS para a missão A, outro para a missão B e outro para a missão C, e ainda ter que se treinar com isso tudo. Precisas de uma avião para CAS de asa fixa, que já tens no F-16, e um de asa rotativa, que é o que falta.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Icterio em Setembro 26, 2022, 12:38:16 am
Escolher o avião/helicóptero é a parte mais complicada, porque é a parte onde tens de gastar dinheiro. O treino e ganho de experiência no tipo de operação, só será plenamente feito quando a aeronave estiver em serviço, caso contrário, é apenas treino teórico.

Então compra-se o material e depois o resto vê-se... Ok. 
Vivemos em realidades diferentes.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: nelson38899 em Setembro 26, 2022, 09:50:44 am
Eu sou team ST.

Não há nem haverá dinheiro para um substituto dos alpha jet  a sério e para ter ao mesmo tempo um heli de ataque. Como tal mais vale ter um ST que nada.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Get_It em Setembro 26, 2022, 10:53:08 am
Eu até percebo um bocado essa mentalidade do «é isto ou nada» mas é uma mentalidade absurda que tem de mudar. Daqui a bocado vão dizer «ou é ST ou uma bala na cabeça; que preferem?».

Isto só mostra que ou se compra equipamento aos amigalhaços ou não há nada para ninguém. Continuem assim que vão longe.

Sempre era dinheiro que sobrava potencialmente para outro equipamento necessário e ao adquirem um "substituto" para os Alpha Jet sempre estão a fechar a porta a outras possíveis soluções - por exemplo, T-7.

Não venham com tretas sobre COIN ou sobre «é isto ou nada», é só mais areia para os olhos para justificar mais uma negociata a favor dos amigos.

Cumprimentos,
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Subsea7 em Setembro 26, 2022, 11:07:59 am
Eu até percebo um bocado essa mentalidade do «é isto ou nada» mas é uma mentalidade absurda que tem de mudar. Daqui a bocado vão dizer «ou é ST ou uma bala na cabeça; que preferem?».

Isto só mostra que ou se compra equipamento aos amigalhaços ou não há nada para ninguém. Continuem assim que vão longe.

Sempre era dinheiro que sobrava potencialmente para outro equipamento necessário e ao adquirem um "substituto" para os Alpha Jet sempre estão a fechar a porta a outras possíveis soluções - por exemplo, T-7.

Não venham com tretas sobre COIN ou sobre «é isto ou nada», é só mais areia para os olhos para justificar mais uma negociata a favor dos amigos.

Cumprimentos,

Até o Brasil quer comprar o T-7.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: LM em Setembro 26, 2022, 11:35:01 am
Lembro-me muitas vezes da audição do General Carlos António Corbal Hernandez Jerónimo e da pirâmide de Maslow... COIN, em possíveis conflitos africanos, com o ST? É essa a prioridade, face a outras?

Parece que o nosso conceito de Defesa, para a UE/NATO, é de 1 companhia (+) de tropas de elite ligeiras e os ST para COIN - algo parecido com algumas forças militares que os britânicos tinham no Exercito Indiano, para manter tribos calmas e serenas... não para forças "de linha".       
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Setembro 26, 2022, 12:28:24 pm
Justificação do meu post anterior.

Não sou contra Helis de ataque. Sou contra Helis de ataque para Portugal no seu contexto actual. Como seria contra os ST se não fizessem mais que uma função. Se considerarmos que:

* Toda a gente concorda que precisamos de Helis de transporte/evacuação.

Então temos de complementar esses meios. Se comprarmos Helis de ataque vamos ainda necessitar de preencher lacunas, se comprarmos ST as lacunas são menores. E se os Helis de transporte vierem armados preenchemos a maior parte das necessidades de treino, COIN, CAS, Overwatch em terra e mar (em conjunto com os ST). Se se optar por Hélis de ataque vamos necessitar sempre de três sistemas em vez de dois. Na minha cabeça não faz sentido.

Nota: deixo de parte desta análise os UAVs porque não sei se existe a capacidade de os adquirir e operar por questões de logística (produção é suficiente?), política (os EUA e a Turquia disponibilizam-nos techs de ponta ou vão privilegiar outras geografias) e outras (em que estádio está a produção nacional?).
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Charlie Jaguar em Setembro 26, 2022, 03:12:43 pm
Não tinham sido também oferecidos os Apache a quando a visita de um membro do governo Americano a Lisboa?

Yeap, referi isso até na altura: foram oferecidos AH-64D Apache Longbow em segunda-mão para uso directo ou modernização para Apache Guardian, ou mesmo AH-64E novos. A resposta foi um genérico "para já não, obrigado."

Aliás, dizem as más-línguas que a Boeing, por exemplo, tinha um pacote preparado que ia do Apache ao Chinook, passando pelo P-8A, T-7A, KC-46A (sim, esse mesmo), entre outros. No entanto, no rectângulo mais pacifista à beira-mar plantado, tal não terá causado qualquer impacto na classe dirigente como é óbvio.

Espero sinceramente que se tratem de rumores, caso contrário ficaria surpreendido com a ingenuidade da Boeing ao pensar que nos conseguiria vender nem que fosse um décimo do que supostamente constava nesse pacote. :mrgreen:
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 26, 2022, 03:31:46 pm
Escolher o avião/helicóptero é a parte mais complicada, porque é a parte onde tens de gastar dinheiro. O treino e ganho de experiência no tipo de operação, só será plenamente feito quando a aeronave estiver em serviço, caso contrário, é apenas treino teórico.

Então compra-se o material e depois o resto vê-se... Ok. 
Vivemos em realidades diferentes.

Onde é que está escrito que se compra o material e logo se vê?

Pois, pelos vistos vivemos. É só lembrar que o Exército tinha o UALE prontinho, e a parte que faltou foram os helicópteros para operarem. Isto diz-nos o quê, que podes edificar a doutrina e treino aquilo que quiseres, se no fim não houver dinheiro para os meios, não passou tudo de uma perda de tempo.
A FAP também não tinha doutrina BVR até ter o F-16 MLU, deviam ter desistido de comprar os AMRAAM por isso? Não, a doutrina criou-se, e isto é algo que acontece em todos os casos, treinas e crias a doutrina, quando já tens o meio, ou planeias receber. É sempre um processo gradual, em todos os casos, e em todos os países. Não percebo porque é que aqui tem que ser diferente, e os militares portugueses têm que já estar treinados e doutrinados para se justificar uma aquisição.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 26, 2022, 04:02:51 pm
Justificação do meu post anterior.

Não sou contra Helis de ataque. Sou contra Helis de ataque para Portugal no seu contexto actual. Como seria contra os ST se não fizessem mais que uma função. Se considerarmos que:

* Toda a gente concorda que precisamos de Helis de transporte/evacuação.

Então temos de complementar esses meios. Se comprarmos Helis de ataque vamos ainda necessitar de preencher lacunas, se comprarmos ST as lacunas são menores. E se os Helis de transporte vierem armados preenchemos a maior parte das necessidades de treino, COIN, CAS, Overwatch em terra e mar (em conjunto com os ST). Se se optar por Hélis de ataque vamos necessitar sempre de três sistemas em vez de dois. Na minha cabeça não faz sentido.

Nota: deixo de parte desta análise os UAVs porque não sei se existe a capacidade de os adquirir e operar por questões de logística (produção é suficiente?), política (os EUA e a Turquia disponibilizam-nos techs de ponta ou vão privilegiar outras geografias) e outras (em que estádio está a produção nacional?).

A questão é que não existe necessidade de se adquirir um meio especializado para COIN, mesmo que essa aeronave desenrasque para treino, porque COIN estaria encarregue dos UH-60 (com reforço do seu número). Ou seja, nem ST, nem hélis de ataque, ficávamos era com uma força de uns 12 a 16 UH-60 militarizados. Não é a solução perfeita, mas é a mais realista e que consome menos recursos (que fazem falta noutros lados).

A missão de treino devia ficar a cargo da melhor aeronave possível de comprar, e não numa que não é carne nem peixe. Enquanto o PC-21 faz tudo o que é missão de treino, o ST fica ali no meio, não servindo para substituir os TB-30, nem é tão bom/adequado como o PC-21 para treino avançado. Na FAB faz treino avançado, para pilotos que vão voar no F-5, mas será que podem formar pilotos para um país que no futuro quer usar F-35?

Portanto, aí pergunto, será que a missão COIN justifica a compra de uma aeronave, que é ideal para esta missão, mas que fica aquém das necessidades naquela que seria a sua missão primária (treino)? E podemos dar-nos ao luxo de usar uma aeronave armada, com todas as implicações logísticas e de treino de pilotos/pessoal de terra que isso tem, que depois não terá utilidade num conflito convencional? Não é preferível armar e usar uma aeronave em COIN (por exemplo UH-60 "Battlehawk") que seja mais versátil e possa usar o mesmo armamento e treino de pessoal, noutros tipos de cenário?

Quanto aos UAVs, os EUA têm vendido MQ-9 Reaper a países europeus, como a Bélgica e a Espanha. Não vejo razões para isso ser bloqueado, ainda por cima quando falamos de um país que vende sem problemas o muito mais avançado e "sensível" tecnologicamente falando F-35. A questão é mesmo arranjarmos dinheiro.
Já a produção nacional, presumo que seja referência aos UAVs produzidos cá, certo? Se for o caso, até ao momento, nenhum UAV nacional é armado (UCAV) nem produzimos nenhuma Loitering Munition. Se isso vai mudar ou não no futuro, não sei, mas não estou a ver tirarmos da cartola um UCAV equivalente ao MQ-9, nem um drone suicida equivalente ao Harop.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Setembro 26, 2022, 04:46:59 pm
Citar
A questão é que não existe necessidade de se adquirir um meio especializado para COIN, mesmo que essa aeronave desenrasque para treino, porque COIN estaria encarregue dos UH-60 (com reforço do seu número). Ou seja, nem ST, nem hélis de ataque, ficávamos era com uma força de uns 12 a 16 UH-60 militarizados. Não é a solução perfeita, mas é a mais realista e que consome menos recursos (que fazem falta noutros lados).

Consome menos recursos na aquisição. Mas a 10 anos provavelmente já não. Porque os custos de operação dos Hélis são muito, MUITO, superiores aos do ST e isso acumula rapidamente.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: tenente em Setembro 26, 2022, 08:18:24 pm
Citar
A questão é que não existe necessidade de se adquirir um meio especializado para COIN, mesmo que essa aeronave desenrasque para treino, porque COIN estaria encarregue dos UH-60 (com reforço do seu número). Ou seja, nem ST, nem hélis de ataque, ficávamos era com uma força de uns 12 a 16 UH-60 militarizados. Não é a solução perfeita, mas é a mais realista e que consome menos recursos (que fazem falta noutros lados).

Consome menos recursos na aquisição. Mas a 10 anos provavelmente já não. Porque os custos de operação dos Hélis são muito, MUITO, superiores aos do ST e isso acumula rapidamente.

O viajante está a avaliar só parte do problema e da solução.
Mesmo que a HV dos helis fosse o dobro dos 314, que não é, os helis executam pelo menos seis missões enquanto que os ST, são dedicados a apenas uma.

Uma frota de por exemplo 16 helis mdios tipo UH-60L/V conseguiria executar todas as missões desde CAS, CSAR, SAR, Transporte táctico, Medevac e instrução.

Numa frota de 16 ST, a aeronave  ficaria reduzida à  sua missão primária e quando muito a de instrução se fosse efectuado investimento, em quantas aeronaves ?
Seriam suficientes oito ?
O que deixaria outras tantas para o CAS.
Ora a frota de helis com o mesmo numero de unidades, consegue por exemplo, quando a missao CAS, não estiver em cima da mesa poder converter mais unidades para o SAR, ou auxiliar na instrução do pessoal da BRR, ou fazer transporte tactico ou evacuações inter ilhas sempre que os 101 estivessem empenhados, por exemplo, em missoes LSAR.
Se por exemplo a missão COIN necessitar em simultâneo unidades para assalto aereo como se resolve essa situação se se optasse pela aeronave de asa fixa para o COIN?

O heli medio, seja ele qual for, é e será sempre muito mais versátil e ÚTIL que o ST, e a Medio/longo prazo uma opção mais barata, pelos motivos referidos.

Termino adicionando o factor instrução no tipo de heli que mencionei, porque quando a Marinha adquirir novos helis, se tanto a FAP  como provávelmente o EXÉRCITO tiverem esse modelo o indicado seria adquirir o seahawk e essa escolha resultaria numa enorne economia de custos na formação de PilAv, dos mecanicos e sobretudo de linha logística de sobressalentes.

Convira lembrar que os primeiros seis blackhawks vem para os FF, e adianto, que esta aquisição não foi por acaso.

Abraços
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Subsea7 em Setembro 26, 2022, 08:50:53 pm
Como já disse aqui:

FAP:

6 UH-60A combate a fogos;

6 UH-60L/V CSAR

EXÉRCITO:

8 a 10 UH-60L

Marinha: No futuro, 8 a 10 SH-60F
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Pescador em Setembro 26, 2022, 09:01:24 pm
Perace que não há esclarecimento por mais límpido que seja que desmotive a brazutuguisse.

A coisa está enterrada até aos ossos e com aval de figuras proeminentes que não se inibem de discursos patéticos e pouco patrióticos. Um verdadeiro belhalhas e vendido é o que temos como maestro.

Já agora , podem encerrar maternidades com fartura que eles veem de cegonha ou avião, numa "invasão" segundo descreve um pateta em êxtase de satisfação, que lhe deve molhar algo.

Também os carolas da tropa estão abertos a mercenários, desde que os lugares deles continuem a estar garantidos
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 26, 2022, 10:33:55 pm
Como já disse aqui:

FAP:

6 UH-60A combate a fogos;

6 UH-60L/V CSAR

EXÉRCITO:

8 a 10 UH-60L

Marinha: No futuro, 8 a 10 SH-60F

A se concretizar tal plano, deixa de haver qualquer necessidade de aeronaves COIN, ainda por cima quando até os SH/MH-60 teriam uma boa capacidade de ser armados. Aí, o ST passaria a ser redundante nessa função, ao mesmo tempo que menos adequado que outras aeronaves para treino.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Subsea7 em Setembro 26, 2022, 10:54:07 pm
Como já disse aqui:

FAP:

6 UH-60A combate a fogos;

6 UH-60L/V CSAR

EXÉRCITO:

8 a 10 UH-60L

Marinha: No futuro, 8 a 10 SH-60F

A se concretizar tal plano, deixa de haver qualquer necessidade de aeronaves COIN, ainda por cima quando até os SH/MH-60 teriam uma boa capacidade de ser armados. Aí, o ST passaria a ser redundante nessa função, ao mesmo tempo que menos adequado que outras aeronaves para treino.

O ST é certo, o resto, pode mudar.
Cps,
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Setembro 27, 2022, 10:34:46 am
Citar
A questão é que não existe necessidade de se adquirir um meio especializado para COIN, mesmo que essa aeronave desenrasque para treino, porque COIN estaria encarregue dos UH-60 (com reforço do seu número). Ou seja, nem ST, nem hélis de ataque, ficávamos era com uma força de uns 12 a 16 UH-60 militarizados. Não é a solução perfeita, mas é a mais realista e que consome menos recursos (que fazem falta noutros lados).

Consome menos recursos na aquisição. Mas a 10 anos provavelmente já não. Porque os custos de operação dos Hélis são muito, MUITO, superiores aos do ST e isso acumula rapidamente.

O viajante está a avaliar só parte do problema e da solução.
Mesmo que a HV dos helis fosse o dobro dos 314, que não é, os helis executam pelo menos seis missões enquanto que os ST, são dedicados a apenas uma.

Uma frota de por exemplo 16 helis mdios tipo UH-60L/V conseguiria executar todas as missões desde CAS, CSAR, SAR, Transporte táctico, Medevac e instrução.

Numa frota de 16 ST, a aeronave  ficaria reduzida à  sua missão primária e quando muito a de instrução se fosse efectuado investimento, em quantas aeronaves ?
Seriam suficientes oito ?
O que deixaria outras tantas para o CAS.
Ora a frota de helis com o mesmo numero de unidades, consegue por exemplo, quando a missao CAS, não estiver em cima da mesa poder converter mais unidades para o SAR, ou auxiliar na instrução do pessoal da BRR, ou fazer transporte tactico ou evacuações inter ilhas sempre que os 101 estivessem empenhados, por exemplo, em missoes LSAR.
Se por exemplo a missão COIN necessitar em simultâneo unidades para assalto aereo como se resolve essa situação se se optasse pela aeronave de asa fixa para o COIN?

O heli medio, seja ele qual for, é e será sempre muito mais versátil e ÚTIL que o ST, e a Medio/longo prazo uma opção mais barata, pelos motivos referidos.

Termino adicionando o factor instrução no tipo de heli que mencionei, porque quando a Marinha adquirir novos helis, se tanto a FAP  como provávelmente o EXÉRCITO tiverem esse modelo o indicado seria adquirir o seahawk e essa escolha resultaria numa enorne economia de custos na formação de PilAv, dos mecanicos e sobretudo de linha logística de sobressalentes.

Convira lembrar que os primeiros seis blackhawks vem para os FF, e adianto, que esta aquisição não foi por acaso.

Abraços

Tal como disse antes penso que a vinda de Helis de transporte é um dado certo, ou deveria ser. Isso não é relevante (excepto nas sinergias de manutenção) para a discussão. Se a FAP pretender fazer CAS, COIN, Overwatch, CSAR e Treino de PILAVs e adquirir um heli de ataque vai sempre precisar de adquirir mais DOIS sistemas de armas. Se adquirir ST e UH-60 preenche os requisitos todos só com dois SAs em vez de três. O que faltaria discutir é se os UH-60 deveriam vir armados ou não (acho que deveriam vir armados).

Quanto ao custo da HV não posso daer garantias até porque os preços do UH-60 que encontrei na net vão dos $1.600/h até $4.000/h. Teria que saber quanto a FA pensa que ficará cada HV em cada um dos sistemas.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Lightning em Setembro 27, 2022, 11:10:47 am
Como já disse aqui:

FAP:

6 UH-60A combate a fogos;

6 UH-60L/V CSAR

EXÉRCITO:

8 a 10 UH-60L

Marinha: No futuro, 8 a 10 SH-60F

A se concretizar tal plano, deixa de haver qualquer necessidade de aeronaves COIN, ainda por cima quando até os SH/MH-60 teriam uma boa capacidade de ser armados. Aí, o ST passaria a ser redundante nessa função, ao mesmo tempo que menos adequado que outras aeronaves para treino.

O ST é certo, o resto, pode mudar.
Cps,

Pois, acho que o que é possível mudar nessa lista será a quantidade de aparelhos (10 para a Marinha(?) é um grande aumento), o modelo Black Hawk deve estar mais que escolhido por todos os ramos militares, outra incerteza será se os helis tacticos vão para o exército ou se ficam na FAP com os CSAR.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: NVF em Setembro 27, 2022, 11:53:38 am
Desde que o caminho seja conducente à gestão, manutenção e treino conjuntos, é um bocado indiferente com quem fica. Digo eu.

Os UH-60A sempre vão para Ovar?
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: mafets em Setembro 27, 2022, 11:58:02 am
Os Helis e Aparelhos de asa fixa complementam-se na função Coin/Cas. Por alguma razão desde o Vietname, passando pelo Iraque ao Afeganistão, os aparelhos a hélice de asa fixa têm estado presentes. junto aos helicópteros, mesmo os de ataque.  ;)

(https://i0.wp.com/www.defensemedianetwork.com/wp-content/uploads/2013/09/OV-1-Mohawk4.jpg?resize=550%2C374&ssl=1)

(https://d1a2ot8agkqe8w.cloudfront.net/web/2016/01/a-29_65505.jpg)

Saudações

Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Charlie Jaguar em Setembro 27, 2022, 12:40:19 pm
Marinha: No futuro, 8 a 10 SH-60F

O SH-60F Oceanhawk especificamente, ou o SH-60B/MH-60R?
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: tenente em Setembro 27, 2022, 02:12:10 pm
Os Helis e Aparelhos de asa fixa complementam-se na função Coin/Cas. Por alguma razão desde o Vietname, passando pelo Iraque ao Afeganistão, os aparelhos a hélice de asa fixa têm estado presentes. junto aos helicópteros, mesmo os de ataque.  ;)

(https://i0.wp.com/www.defensemedianetwork.com/wp-content/uploads/2013/09/OV-1-Mohawk4.jpg?resize=550%2C374&ssl=1)

(https://d1a2ot8agkqe8w.cloudfront.net/web/2016/01/a-29_65505.jpg)

Saudações

Mafets, claro que se complementam, em FFAA com recursos que tal o permitam, agora nós sem dinheiro vamos comprar uma duzia de chavelhos para desempenhar uma missão, quando podemos comprar doze helis que executam cinco a seis missões, e tendo a capacidade de os adptar para reforçar a execução de qualquer uma delas que momentâneamente seja considerada A PRIMÁRIA ??

Agora aqui para nós que ninguém nos lê, diz-me, se fosses o responsável pela escolha de doze unidades, de um só tipo de aeronave de asa fixa e/ou de asa rotativa, como CAS e tendo que efectuar transporte táctico e medevac, para as FND, e tivesses recursos financeiros muito limitados, qual escolhias ??

Queres que te diga a resposta de vários oficiais PQ, e CMD a esta mesma pergunta, feita por mim, e estando eles, ficticiamente, num determinado TO, ao comando de uma FND ?
Todos eles, eram sete, responderam, o HELI, e sem sombra para dúvidas.
A polivalência do heli permite-lhe efectuar missões, missões essas impossiveis, para o ST, o que obrigaria a teres pelo menos os tais dois SA para apoiar a FND.

Abraços
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: tenente em Setembro 27, 2022, 02:51:18 pm
Como já disse aqui:

FAP:

6 UH-60A combate a fogos;

6 UH-60L/V CSAR

EXÉRCITO:

8 a 10 UH-60L

Marinha: No futuro, 8 a 10 SH-60F

A se concretizar tal plano, deixa de haver qualquer necessidade de aeronaves COIN, ainda por cima quando até os SH/MH-60 teriam uma boa capacidade de ser armados. Aí, o ST passaria a ser redundante nessa função, ao mesmo tempo que menos adequado que outras aeronaves para treino.

O ST é certo, o resto, pode mudar.
Cps,

Pois é Subsea7, o mal é mesmo esse, a casmurrice em não quererem avaliar as vantagens das FFAA, possuirem uma boa frota de helis médios !

Abraços
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: mafets em Setembro 27, 2022, 03:30:33 pm
Tenente, eu nunca compraria aeronaves apenas para uma ou duas funções. Apenas aceito o super tucano porque não tens uma aeronave de treino avançado e estamos a falar de um aparelho que não apenas o faz mas acrescenta mais várias funções à FAP. Percebo e aceito a questão dos Helis, mas também tenho que dizer que não apenas a FAP foi comprar os Koalas, ainda por cima em número insuficiente, como inclusive os Merlin (que para muitos paises é um heli médio, cá é que pelos vistos é pesado), que por exemplo os Dinamarqueses ou os Bifes também têm, só cá é que estão praticamente no Sar e Medevac. Além de ser o tipo que até os teco tecos dos Epsilons tinha lhes metido as armas, pois para ir para a RCA bastava e sobrava. Mas por cá os Merlin nem armados andam e 4 são para a função CSAR. Portanto a FAP e os governantes que se organizem...  :P ;)

(https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/image_data/file/5274/A_year_of_RAF_Merlins_in_Afghanistan2.jpg)

(https://s3.eu-west-2.amazonaws.com/abpic-media-eu-production/pictures/full_size_071/1107701-large.jpg)

Saudações
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 27, 2022, 04:07:17 pm
Tal como disse antes penso que a vinda de Helis de transporte é um dado certo, ou deveria ser. Isso não é relevante (excepto nas sinergias de manutenção) para a discussão. Se a FAP pretender fazer CAS, COIN, Overwatch, CSAR e Treino de PILAVs e adquirir um heli de ataque vai sempre precisar de adquirir mais DOIS sistemas de armas. Se adquirir ST e UH-60 preenche os requisitos todos só com dois SAs em vez de três. O que faltaria discutir é se os UH-60 deveriam vir armados ou não (acho que deveriam vir armados).

Quanto ao custo da HV não posso daer garantias até porque os preços do UH-60 que encontrei na net vão dos $1.600/h até $4.000/h. Teria que saber quanto a FA pensa que ficará cada HV em cada um dos sistemas.

O problema é que estás a partir do princípio que sem ST, se ia comprar helicópteros de ataque, ignorando por completo que a mais o provável e racional é a utilização do maior número de UH-60, para a missão de COIN em África.

A conversa dos hélis de ataque, é mais numa perspectiva idealista, com base na nossa realidade no meio da NATO/Atlântico/África em que se diz que "era ideal se tivéssemos". Mas dada a nossa realidade financeira, e sobretudo de investimento na Defesa, a opção mais realista passa, para já, pelo uso de UH-60 bem armados, que colmatam as lacunas de COIN e CAS sem a necessidade de uma aeronave nova.

Ao adquirir o ST, sim, tapamos o buraco da missão COIN (mas não CAS*), e a lacuna de treino mal e porcamente, já que está visto que, nem substitui o TB-30, pelos seus custos e complexidade, nem o Alpha Jet na hora de transitar para o F-35 ou mesmo F-16V (algo que nos é dito indirectamente pelo interesse da FAB em comprar uma aeronave de treino avançado).

*CAS é muito mais abrangente. E o ST só consegue fazer CAS em TOs de baixa intensidade, e onde há uma infraestrutura de onde descolar relativamente perto. CAS a partir de navio para uma força desembarcada por exemplo, já dependes dos helicópteros. Em TOs de média e alta intensidade, também não serve de nada o ST.

Resumindo, teremos uma aeronave mono-missão (COIN), e que não vai chegar para aquela que seria a sua missão principal (treino) por não ser a mais adequada, principalmente para formar pilotos para caças de geração 4.5 ou 5. Vai ser uma aeronave que vai obrigar a que para já mantenhamos nada mais nada menos que 3 modelos de aviões a hélice para treino, e vai obrigar a que no futuro não muito longínquo, se adquira ainda outra aeronave de treino avançado, ficando a FAP com 3 ou 4 aeronaves de treino distintas (é uma para cada fase).

Isto tudo para se tentar justificar a compra de uma aeronave dedicada a COIN, Armed Overwatch e ISR, que por sua vez só pode fazer COIN se não houver MANPADS lá para o meio, que é mais dispendioso na missão de "Armed Overwatch" que os UCAV e que apenas pode fazer ISR em ambientes permissivos (onde um C-295 VIMAR pode fazer o mesmo), sendo UAVs o meio de eleição no séc.XXI para TOs mais complexos. Meio este que, vamos ter que criar doutrina e formar pessoal para que possa executar a missão de COIN em África que pode nunca mais se repetir para lá da RCA, ficando nós entalados com uma doutrina que não nos serve de nada nos restantes TOs que poderão surgir, nomeadamente na Europa e no Atlântico, e com uma aeronave que fica aquém das necessidades de treino, ao ponto de a sua compra, não reduzir o "nº de sistemas de armas a adquirir", já que obriga a vários modelos de aeronave de treino.

Claramente não se teve em conta nenhuma outra variável para lá de ser Embraer e fazer 2 missões. E a ver vamos se o ST "faz tudo", não bloqueia futuras compras de UCAVs e UAV, de armamento para os F-16, e de armar os UH-60. E a ver vamos se no futuro, na hora de substituir os F-16, não acabamos a comprar F-35 em número inferior a 20 unidades, com a justificação que "já temos o ST para algumas das missões".

Tenente, eu nunca compraria aeronaves apenas para uma ou duas funções. Apenas aceito o super tucano porque não tens uma aeronave de treino avançado e estamos a falar de um aparelho que não apenas o faz mas acrescenta mais várias funções à FAP. Percebo e aceito a questão dos Helis, mas também tenho que dizer que não apenas a FAP foi comprar os Koalas, ainda por cima em número insuficiente, como inclusive os Merlin (que para muitos paises é um heli médio, cá é que pelos vistos é pesado), que por exemplo os Dinamarqueses ou os Bifes também têm, só cá é que estão praticamente no Sar e Medevac. Além de ser o tipo que até os teco tecos dos Epsilons tinha lhes metido as armas, pois para ir para a RCA bastava e sobrava. Mas por cá os Merlin nem armados andam e 4 são para a função CSAR. Portanto a FAP e os governantes que se organizem...  :P ;)

Mas a culpa de não haver aeronaves de treino, é de quem? Não é do mesmo governo que empastelou o assunto durante anos à espera da tal escola internacional? A partir do momento que isso não deu em nada, só tinham de fazer uma coisa, que era comprar o PC-21, para substituir os AJ e os TB-30, passando estes últimos para o lugar dos Chipmunk, e esta seria a solução mais barata e prática para o problema, e que ao contrário do ST, ainda tem o benefício de ser usado por outros aliados NATO.
Já os Merlin, podes equipar com o que quiseres, que continua a fazer falta um héli para o escoltar. O Merlin na FAP devia ser usado como um Chinook dos pobres, e, tal como o Chinook, precisaria sempre de um héli mais leve e versátil para o apoiar. É assim que se faz nos países a sério.

Eu entendo a razão de dizerem que é melhor que nada, mas isso é uma política que a médio/longo prazo vai arruinar (ainda mais) as FA, servindo de justificativo para que sejam feitas aquisições abaixo do necessário (em qualidade), para fins de poupar dinheiro. Já aconteceu com os Koala, vai acontecer com os ST e a ver vamos se não acontece com o substituto dos F-16, P-3, fragatas, etc.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: mafets em Setembro 28, 2022, 10:23:28 am
Dc, o Governo não é culpado de gente de responsabilidade nas F.A. dizer que está tudo bem desde de quando vão na Comissão de Defesa ao Facebook, istitucional ou pessoal. Se não percebemos nada da poda, e independentemente de devermos perceber, quando os tipos que serviram durante toda a carreira o Exercito, Marinha ou Força Aérea dizem que tudo anda sobre rodas se calhar até acreditamos.  Portanto não são os políticos os únicos culpados, da questão da UALE e por exemplo da defesa dos NH90 ter sido feita por um artigo de um senhor coronel que até diz que temos a versão ASW e que é um heli muito grande. Novamente, quem não pesca nada do assunto se calhar até acredita. Da mesma forma que o "Picas" vendeu a ideia do porta drones e não se lembrou de meter um espaço ro-ro e capacidade de abastecimento do dito. Também é culpa dos políticos? E muitos exemplos existiriam mas para não me alongar fico-me por aqui.  ;)

(https://www.emfa.pt/paginas/fap/ficheiros/noticias/2016/05/27094464625637cb4d6dao2399.jpg)

Na RCA, precisas de escolta nos Merlin para que? O problema é nem existir condições para os enviar. Manutenção, logística, pessoal. Mas tens 4 na versão CSAR. Culpa dos Políticos?

(https://www.emfa.pt/paginas/fap/ficheiros/noticias/2022/09/a164496.jpg)
 
Qualquer solução para ter aviões de treino é viável. Desde que os possamos armar para tiro ou dar apoio por exemplo na RCA, serve. E lá tinhas o problema da escolta dos Merlin resolvida, numa força aérea a serio.  ;)

(https://i0.wp.com/www.cavok.com.br/wp-content/uploads/2020/02/A-29_AH-2.jpg?resize=947%2C570&ssl=1)

Dc, a Marinha nada  tem comprado e está arruinada. O exercito, lá se vai safando mas falta muita coisa. A FAP não tem avião de treino mas foi comprar o KC. Depois para treino dos heli, foi comprar o Koala. Faz todo o sentido. A culpa é política e também de quem vende estas ideias aos políticos. E atenção, tudo isto com Uales e afins, sem a compra do ST.É uma questão de organização, e o problema neste país é a desorganização não só política mas também militar. Um grande exemplo são as capelinhas nos 3 ramos quando a nível político a GNR vai +assando as F.A. a toda a escala. ;)

(https://i0.wp.com/www.cavok.com.br/wp-content/uploads/2017/03/31394166980_23320cf29b_o-768x512.jpg?w=735&ssl=1)

Saudações
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 28, 2022, 12:17:09 pm
A culpa não é só do governo, mas tem a culpa de não soltar as verbas para programas em curso, não incluir na LPM programas prioritários, e dar orçamentos muitíssimo limitados (como o caso dos hélis de evacuação). A culpa também é do governo quando diz que a LPM não é maleável ao ponto de não permitir adiantar a venda para comprar um AOR, mas para comprar produtos Embraer já não precisa de estar na LPM. Também é o Governo que tem culpa de coisas simples como a não libertação de verba para pagar o transporte de M-113 para a Ucrânia, ou por não garantir que os meios doados terão substituição iminente.

Deixa lá o PNM sem espaço Ro-Ro e capacidade de abastecimento. As maiores críticas que se fazem ao navio, é como quer fazer tudo e mais alguma coisa, arriscando-se a substituir classes de navios que não devia. Navio que custa 100 milhões não vai ter mil e uma capacidades.

Os militares não estão isentos de culpa, mas isso já nós sabemos. E não vai ser a compra meramente político do ST que vai mudar isso para pior ou para melhor.

Tu precisas de escolta dos Merlin, ponto. A vida não se resuma à RCA, e é uma estupidez fazer aquisições só a pensar neste TO. Se quiseres usar o Merlin para CSAR, precisas obrigatoriamente de escolta, fora isso, precisas de um helicóptero capaz de dar apoio aéreo a forças no terreno, em qualquer TO (que não se limita a COIN em África), porque de outra forma, não tens mais nada sem ser o Koala.

Para terminar, a única razão para o ST ter alguns apoiantes, é porque "é melhor que nada", e isto é muito perigoso, porque abre o precedente para que no futuro, substituas os F-16 pela treta do Gripen, em número reduzido, ao preço do F-35, e sem o salto tecnológico, e o argumento aí vai ser igual "melhor que não ter aviação de caça". Ou substituis as fragatas por EPC na versão de patrulha, sem metade do armamento, "é melhor que nada". É baixar o nível de exigência para o que se quer das FA e do país.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: nelson38899 em Setembro 28, 2022, 12:34:23 pm
Então a tropa que diga que não pode cumprir as missões.

Esta treta de andar por aí dizer, que mesmo com o que se tem ainda assim se pode cumprir as missões , quem é dono do dinheiro diz logo então é porque não precisam.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 28, 2022, 12:48:38 pm
É o lambe-botismo. O grande problema, é que quem quer abrir a boca e reclamar da falta de condições, não o pode fazer.

Depois claro, acredito que existe um certo nível de delusionismo, quanto às reais capacidades das FA. Ainda há dias foi aquela conversa do CEMA, sobre a Marinha ser capaz de defender as selvagens de qualquer ameaça, quando todos sabemos que não é.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Setembro 28, 2022, 01:07:13 pm
Citar
Para terminar, a única razão para o ST ter alguns apoiantes, é porque "é melhor que nada", e isto é muito perigoso, porque abre o precedente para que no futuro, substituas os F-16 pela treta do Gripen, em número reduzido, ao preço do F-35, e sem o salto tecnológico, e o argumento aí vai ser igual "melhor que não ter aviação de caça". Ou substituis as fragatas por EPC na versão de patrulha, sem metade do armamento, "é melhor que nada". É baixar o nível de exigência para o que se quer das FA e do país.

"treta do Gripen"....é pá vamos com calma. O Gripen é provavelmente o melhor caça de 4ª geração do mundo. Não faz sentido para Portugal. Mas não vamos espingardar e desatar a dizer coisas sem sentido. Os dados apontam o Gripen como fantástico em data links, sistemas de armas, radares, EW, custos de manutenção. Metes um Gripen E com radar AESA, Meteors e capacidade de lock através do capacete e partilha de alvos por data link e os nossos F16 faziam o quê contra essa ameaça?

É "uma treta"??? Vamos com calma. Objectivamente os ST e os Gripen não são bons, são muito bem na no seu segmento. Não interessa se são Embraer ou brasileiros ou o que seja. Os dados são os dados.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 28, 2022, 01:42:17 pm
"treta do Gripen"....é pá vamos com calma. O Gripen é provavelmente o melhor caça de 4ª geração do mundo. Não faz sentido para Portugal. Mas não vamos espingardar e desatar a dizer coisas sem sentido. Os dados apontam o Gripen como fantástico em data links, sistemas de armas, radares, EW, custos de manutenção. Metes um Gripen E com radar AESA, Meteors e capacidade de lock através do capacete e partilha de alvos por data link e os nossos F16 faziam o quê contra essa ameaça?

É "uma treta"??? Vamos com calma. Objectivamente os ST e os Gripen não são bons, são muito bem na no seu segmento. Não interessa se são Embraer ou brasileiros ou o que seja. Os dados são os dados.

O Gripen é conhecido como o caça do marketing. Isso já vem do tempo em que o Gripen NG não passava de um desenho de computador, com tecnologia por desenvolver, e andava a Saab a dizer que nos exercícios em computador (deles) dava 4-1 aos Sukhois. Agora junta o marketing da Saab, com a propaganda brasileira (como vemos no KC) na internet. É a incarnação de Deus num avião.

No mundo real, passou da melhor coisa de sempre, para um avião que não consegue ganhar concursos nenhuns, sendo tudo varrido pelo F-16, F-35 e Rafale nos últimos anos. No Brasil ganhou, pela transferência de tecnologia e nada mais.

Os dados, dados de quem? Dos fanáticos deles? Dos haters dos outros? Das empresas que os produzem? Quem quer que tenha dado esses "dados", como é que teve acesso aos dados dos outros caças, nomeadamente dos seus radares e afins? O radar do Gripen é melhor que do F-15EX? Haja fé.

A realidade é esta, o Gripen é o caça de 4ª geração com desenvolvimento mais recente, para lá do F-15EX, logo claro que vai incluir alguma tecnologia que por exemplo um Rafale com 5 anos não terá. No entanto, a performance da aeronave não mudou, e o armamento que tem a bordo não difere em nada do de outros caças.

Queres fazer uma comparação justa, não compares o Gripen de 80/90 milhões a unidade, com radar AESA e Meteor, mais apoio externo através da informação partilhada por data link (pressupondo que há mais uma aeronave metida ao barulho), com os nossos F-16 modernizados com APG-66(v)2 muito mais antigo, que nem AESA é, e com AIM-120C5 e sem apoio nenhum. Quanto muito comparas com o F-16V, com AIM-120D, em que, no papel, o Gripen tem vantagem devido ao Meteor. Faz a mesma comparação com o futuro AIM-260, e de repente já vêm dizer que é injusta a comparação.

E sim, o Gripen é uma treta para uma Força Aérea que, na década de 30, devia já estar na 5ª geração (tal como os nossos aliados já estão), e não a comprar um caça de 4 geração, que custaria o mesmo que o F-35, e que teria forçosamente que aguentar ao serviço por mais 30 ou 40 anos, ou seja ficando a FAP entalada na 4ª geração até 2070.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: NVF em Setembro 28, 2022, 02:51:09 pm
Então mas não temos já esses capacetes JHMCS há anos? Tudo bem que nunca se adquiriram os mísseis adequados. E o F-16 pode ser equipado com AESA, se não o fazem é por falta de vontade política. Já para não falar do Link 16. Ou seja, o F-16 tem (ou pode ter) praticamente tudo o que o Gripen tem. Depois do F-16, só a Fat Amy é que faz sentido.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Setembro 28, 2022, 03:01:42 pm
Então mas não temos já esses capacetes JHMCS há anos? Tudo bem que nunca se adquiriram os mísseis adequados. E o F-16 pode ser equipado com AESA, se não o fazem é por falta de vontade política. Já para não falar do Link 16. Ou seja, o F-16 tem (ou pode ter) praticamente tudo o que o Gripen tem. Depois do F-16, só a Fat Amy é que faz sentido.

Como disse acima o Gripen não faz sentido para Portugal porque com $10M por unidade fazes o upgrade para 90% ou 95% das capacidades do Gripen (em alguns aspectos até ficas com vantagens), Não faz nenhum sentido mudar para o Gripen. E não gostando do F-35 e achando que é over rated e que os custos de manutenções dados são uma treta completa acho que faz muito mais sentido para a FA. Nestas coisas há que ser objetivo e não nos deixar levar por gostos pessoais.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: mafets em Setembro 28, 2022, 03:11:18 pm
Para mim a Razão do ST é não existir avião de Treino entre o Epsilon e o F16. Podia vir outro, com certeza. Podia não ter algumas unidades Coin, podia. Aliás, para mim basta um aparelho de treino com capacidade para levar armas e blindagem , que chega para a RCA. Outro cenário e mandas o F16.

(https://www.airhistory.net/photos/0415837.jpg)

Precisas de Escolta dos Merlin, no dia dia que tiveres capacidade em termos de unidades, logística e pessoal, para os mandar para qualquer lado. Não tens não precisas. Falo da RCA porque é mais urgente o envio de helis. Mas mesmo no Afeganistão os Bifes e os Dinamarqueses nem sempre andavam com escolta.Mas sim, um heli de ataque ou um treinador armado resolviam a questão da escolta. O problema é que cá precisas mais do avião de treino e sai-te mais barato.

(https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/18/A_Royal_Air_Force_Merlin_Helicopter_Over_Afghanistan_MOD_45153503.jpg)

O PNM foi só um exemplo que o problema não são apenas os políticos. Duvido que após o picas ser PR venha a ser realidade. SE já tiver algum avanço ainda fica como porta-contentores. :mrgreen:

(https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2022/07/Marinha-Portuguesa-divulga-projeto-de-novo-navio-multifuncional.jpg)

O Gripen NG é bom para quem não tem por exemplo F16. Agora um F16V faz o mesmo que um Gripen E. Não me espanta que o Brasil e os Suecos vendam o peixe deles, da mesma forma que os Americas vendem o F35. Parecem todas uma maravilha, mas depois é que são elas. Já agora o F16 continua em produção. Vamos ver os outros.  :mrgreen:


Saudações
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Setembro 28, 2022, 03:24:57 pm
Citar
O Gripen é conhecido como o caça do marketing. Isso já vem do tempo em que o Gripen NG não passava de um desenho de computador, com tecnologia por desenvolver, e andava a Saab a dizer que nos exercícios em computador (deles) dava 4-1 aos Sukhois. Agora junta o marketing da Saab, com a propaganda brasileira (como vemos no KC) na internet. É a incarnação de Deus num avião.

No mundo real, passou da melhor coisa de sempre, para um avião que não consegue ganhar concursos nenhuns, sendo tudo varrido pelo F-16, F-35 e Rafale nos últimos anos. No Brasil ganhou, pela transferência de tecnologia e nada mais.

Os dados, dados de quem? Dos fanáticos deles? Dos haters dos outros? Das empresas que os produzem? Quem quer que tenha dado esses "dados", como é que teve acesso aos dados dos outros caças, nomeadamente dos seus radares e afins? O radar do Gripen é melhor que do F-15EX? Haja fé.

Dados:

Red Flag 2006:

Gripen C

1º dia --> 10 - 0 em Kills

1 PILAV abateu 5 F-16 block 50+

Sem AWACS ligaram-se por data link e cumpriram todas as missões.

Dia 2 -->

3 Gripens contra 5 F-16 Noruegueses em 3 rondas:

5-0 // 5-0 // 5-1

Exercício Loyal Arrow:

1 Gripen contra 3 F-15C

2 F-15"killed" e um conseguiu fugir

https://www.globaldefensecorp.com/2021/01/07/gripen/

Na Ásia os Gripen Tailandeses deram uma coça tão grande aos Flankers chineses (e acho que indianos também) que os chineses até mudaram a forma de treino dos pilotos. No primeiro dia as "rules of engagement" ataram as mãos dos Gripen e sofreram baixas a partir do 2º dia levantaram as restrições e parece que foi o descalabro total com os Gripen a dominar. Lembro-me de ler isso há uns meses atrás mas não encontro o link.

Não é "marketing". São dados e não são dos brasileiros nem dos suecos.

Quanto ao radar do F-15EX é óbvio que o radar será melhor porque nestas coisas o tamanho importa e o radar é muito maior. Mas atenção que os Gripen têm um RCS de 1,5m2 e os F15 +- 25 m2 o F-15EX deve ter um RCS ainda superior por carregar mais armas. Por isso não será de estranhar que o F-15 e o Gripen acabem por se "ver" mais ou menos ao mesmo tempo.

Citar
Queres fazer uma comparação justa, não compares o Gripen de 80/90 milhões a unidade, com radar AESA e Meteor, mais apoio externo através da informação partilhada por data link (pressupondo que há mais uma aeronave metida ao barulho), com os nossos F-16 modernizados com APG-66(v)2 muito mais antigo, que nem AESA é, e com AIM-120C5 e sem apoio nenhum. Quanto muito comparas com o F-16V, com AIM-120D, em que, no papel, o Gripen tem vantagem devido ao Meteor. Faz a mesma comparação com o futuro AIM-260, e de repente já vêm dizer que é injusta a comparação.

O Meteor e o IRIS-T são o gold standard de mísseis actuais. Quando os EUA fizerem misseis melhores ou semelhantes o Gripen certamente irá também conseguir dispará-los como faz com basicamente todos os outros do inventório americano.

Citar
E sim, o Gripen é uma treta para uma Força Aérea que, na década de 30, devia já estar na 5ª geração (tal como os nossos aliados já estão), e não a comprar um caça de 4 geração, que custaria o mesmo que o F-35, e que teria forçosamente que aguentar ao serviço por mais 30 ou 40 anos, ou seja ficando a FAP entalada na 4ª geração até 2070.

Nunca disse que Portugal deve de adquirir Gripens. Aliás, até fiz questão de afirmar o contrário.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 28, 2022, 03:31:22 pm
A questão é que, acreditar no marketing do Gripen, e desconfiar das capacidades do F-35, revela desde logo uma dualidade de critérios. A única vantagem que o Gripen tem face ao F-35, são os custos de operação e a capacidade em dogfight (vantagens partilhadas pelo F-16), em tudo o resto o F-35 é superior, inclusive em questões de interoperabilidade com os aliados.

O que é certo é que, a curto/médio prazo, F-16 modernizados servem as nossas necessidades, mas mais tarde ou mais cedo terá que ser comprado um novo caça, e não há muitas opções viáveis para isso. Não esquecer que o F-35A, já vai com um custo unitário abaixo dos 80 milhões, duvido que o futuro FCAS ou Tempest custem menos de 100/120 milhões cada um.

Idealmente, esperávamos era pelo F-35 já com o novo motor, mais eficiente, pode ser que na altura de haver vontade de substituir os F-16, já esteja em uso.

Para mim a Razão do ST é não existir avião de Treino entre o Epsilon e o F16. Podia vir outro, com certeza. Podia não ter algumas unidades Coin, podia. Aliás, para mim basta um aparelho de treino com capacidade para levar armas e blindagem , que chega para a RCA. Outro cenário e mandas o F16.

Precisas de Escolta dos Merlin, no dia dia que tiveres capacidade em termos de unidades, logística e pessoal, para os mandar para qualquer lado. Não tens não precisas. Falo da RCA porque é mais urgente o envio de helis. Mas mesmo no Afeganistão os Bifes e os Dinamarqueses nem sempre andavam com escolta.Mas sim, um heli de ataque ou um treinador armado resolviam a questão da escolta. O problema é que cá precisas mais do avião de treino e sai-te mais barato.

Avião de treino não existe porque não quiseram. E entre ter o ST para tapar um buraco, ou adquirir o mais adequado PC-21 para substituir também o TB-30, além do AJ, prefiro o PC-21.

A necessidade COIN não existe ao ponto de ser necessário uma aeronave dedicada, bastando portanto uns UH-60 armados para a RCA e outras missões similares. Nem mesmo outra aeronave a hélice armada faria sentido, porque bastava os hélis.

Precisas de um helicóptero de apoio em qualquer cenário que tires da cartola. Os Koala civis, Lynx sub-equipados e Merlin que apenas 4 são "semi-militarizados", não chegam para as missões. Um UH-60 tapa esses buracos todos, e no dia em que precisares de usar os Mk-516 para uma missão, eles já não vão sozinhos. Os dinamarqueses e ingleses usaram no Afeganistão, mas não estava sozinhos, havendo por lá de tudo o que era aeronave de combate, e quando necessário dar apoio a forças em terra, lá apareciam uns Apaches a dar apoio. Nós na RCA, podemos fazer isso usando os UH-60 armados, sem necessidade de um segundo modelo de aeronave.

O ST é um excelente avião, para quem vai desempenhar missões de COIN com frequência ao longo dos 30 ou 40 anos de serviço da aeronave. Nós podemos ter esta missão na RCA, e mais nenhuma nos próximos 20 anos que exija aeronaves COIN, logo não compensa comprar uma aeronave especializada, e mais vale ter algo mais versátil.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Setembro 28, 2022, 03:51:55 pm
A questão é que, acreditar no marketing do Gripen, e desconfiar das capacidades do F-35, revela desde logo uma dualidade de critérios. A única vantagem que o Gripen tem face ao F-35, são os custos de operação e a capacidade em dogfight (vantagens partilhadas pelo F-16), em tudo o resto o F-35 é superior, inclusive em questões de interoperabilidade com os aliados.

O que é certo é que, a curto/médio prazo, F-16 modernizados servem as nossas necessidades, mas mais tarde ou mais cedo terá que ser comprado um novo caça, e não há muitas opções viáveis para isso. Não esquecer que o F-35A, já vai com um custo unitário abaixo dos 80 milhões, duvido que o futuro FCAS ou Tempest custem menos de 100/120 milhões cada um.

Idealmente, esperávamos era pelo F-35 já com o novo motor, mais eficiente, pode ser que na altura de haver vontade de substituir os F-16, já esteja em uso.

O meu problema não é duvidar das capacidades do F35. O meu problema é saber quais elas são e acreditar nos relatórios que vão saindo.

A minha dúvida é sobre os custos de manutenção e repito-a. Um avião stealth não pode ter custos de manutenção menores do que os de um caça de 4ª geração criado de raíz para ter custos de manutenção baixos. Basta ver os custos do material absorvente de radar e as horas (dias) necessários para o manter. Se tudo o resto fosse igual (não é) só isso já chegava para justificar uma diferença grande de precos. Não só não me acredito como estou convencido que o futuro vai mostrar que estou correcto.

Devíamos fazer upgrade progressivo para F16V e as células mais antigas seriam convertidas para F35. Não há pressa para o incorporar porque o F35A ainda não está suficientemente maduro. Pode haver é pressa em os encomendar, isso sim.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Subsea7 em Setembro 28, 2022, 04:04:15 pm
NO SWA, 1 F-35 fez kill em 6 F-15SG....
Cps,
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 28, 2022, 04:16:42 pm
Dados:

Red Flag 2006:

Gripen C

1º dia --> 10 - 0 em Kills

1 PILAV abateu 5 F-16 block 50+

Sem AWACS ligaram-se por data link e cumpriram todas as missões.

Dia 2 -->

3 Gripens contra 5 F-16 Noruegueses em 3 rondas:

5-0 // 5-0 // 5-1

Exercício Loyal Arrow:

1 Gripen contra 3 F-15C

2 F-15"killed" e um conseguiu fugir

https://www.globaldefensecorp.com/2021/01/07/gripen/

Na Ásia os Gripen Tailandeses deram uma coça tão grande aos Flankers chineses (e acho que indianos também) que os chineses até mudaram a forma de treino dos pilotos. No primeiro dia as "rules of engagement" ataram as mãos dos Gripen e sofreram baixas a partir do 2º dia levantaram as restrições e parece que foi o descalabro total com os Gripen a dominar. Lembro-me de ler isso há uns meses atrás mas não encontro o link.

Não é "marketing". São dados e não são dos brasileiros nem dos suecos.

Quanto ao radar do F-15EX é óbvio que o radar será melhor porque nestas coisas o tamanho importa e o radar é muito maior. Mas atenção que os Gripen têm um RCS de 1,5m2 e os F15 +- 25 m2 o F-15EX deve ter um RCS ainda superior por carregar mais armas. Por isso não será de estranhar que o F-15 e o Gripen acabem por se "ver" mais ou menos ao mesmo tempo.

Citar
Queres fazer uma comparação justa, não compares o Gripen de 80/90 milhões a unidade, com radar AESA e Meteor, mais apoio externo através da informação partilhada por data link (pressupondo que há mais uma aeronave metida ao barulho), com os nossos F-16 modernizados com APG-66(v)2 muito mais antigo, que nem AESA é, e com AIM-120C5 e sem apoio nenhum. Quanto muito comparas com o F-16V, com AIM-120D, em que, no papel, o Gripen tem vantagem devido ao Meteor. Faz a mesma comparação com o futuro AIM-260, e de repente já vêm dizer que é injusta a comparação.

O Meteor e o IRIS-T são o gold standard de mísseis actuais. Quando os EUA fizerem misseis melhores ou semelhantes o Gripen certamente irá também conseguir dispará-los como faz com basicamente todos os outros do inventório americano.

A começar pelo fim. Nada sugere que o IRIS-T seja o gold standard face a outros mísseis equivalentes. É algo que simplesmente não se sabe, e mais vale presumir que são equivalentes aos restantes.

Já o Meteor, é o melhor actualmente em produção no Ocidente sim, não se sabendo como se compara com os mísseis chineses (que são muito falados mas não se sabe ao certo se as capacidades são reais ou não). Já o AIM-260, nem se sabe ao certo que aviões poderão usar esse míssil, se até mesmo os F-16 os irão receber, e se serão ou não exportados. Partires do princípio que o Gripen vai ter acesso a eles, é pura invenção.

Já os exercícios, valem o que valem. Em Portugal, com os primeiros MLU, a RN diz que veio cá com os seus Harrier, e derrotou os nossos F-16 (isto já há muitos anos) 4-1 ou 4-0. O Harrier é melhor que o F-16 agora?
Há muitas variáveis que não são tidas em conta, desde o tipo de combate que foi feito (WVR ou BVR), que armas cada um dos caças usou (tens dois caças iguais, um com AIM-120B e outro com AIM-120C, e vai ganhar este último. Os noruegueses costumavam andar com CATM-120B, sugerindo que operavam a versão B do AMRAAM), o treino dos pilotos (um país enviar os seus melhores pilotos, e o outro meter pilotos inexperientes para aprenderem). O APG-66v2 do MLU é capaz de ser inferior ao radar do Gripen A e C, logo, com os mesmos mísseis, o Gripen terá sempre vantagem, e não tem nada a ver com o Link.

Para terminar, colocas o link com as palavras de um engenheiro da Força Aérea Sueca, num artigo que está minado de vídeos do Gripen, que até dificultam a leitura, e no fim nada mais serve que publicidade para o Gripen E. E ainda tens a lata de dizer que não há marketing nenhum?  ::)
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Setembro 28, 2022, 05:00:07 pm
 DC não fui eu que trouxe F16 equipados com AIM-260 para a conversa.

Quanto ao link até podia ser da mãe do inventor do Gripen. Dados são dados. A resposta contra dados é: "esses dados são falsos",  e não "ok, mas não gosto de quem me está a dizer os dados ".
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: asalves em Setembro 28, 2022, 05:32:07 pm
DC não fui eu que trouxe F16 equipados com AIM-260 para a conversa.

Quanto ao link até podia ser da mãe do inventor do Gripen. Dados são dados. A resposta contra dados é: "esses dados são falsos",  e não "ok, mas não gosto de quem me está a dizer os dados ".

Eu acho que o que o DC estava a tentar dizer é que é preciso perceber o contexto da origem dos dados e saber como foram recolhidos.

Anda aí uma entrevista a um piloto de Rafale, em que ele diz que o Eurofighter em velocidade e altitude há pouca coisa que o bate (dogfight), mas em baixa velocidade e baixa altitude já não é bem assim, onde fala também na utilização do misseis e radar,... isto para dizer que muitas vezes os exercícios são feitos/planeados de determinada maneira e tem restrições para testar/treinar certas capacidades dos pilotos, o que por vezes leva a que os pilotos não possam usufruir os pontos fortes de do avião.

Não sei se foi o caso aqui referido mas ...

De qualquer forma penso que é consensual dizer que dos meios aéreos conhecidos não há nenhum que seja forte ou o melhor em todas as situações e que não tenha pontos fracos que possam ser explorados pela outra parte.

Como diz o Tom Cruzeiro: não é o avião, é o piloto  :mrgreen: :mrgreen:
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: ACADO em Setembro 28, 2022, 07:11:35 pm

O futuro são Helicopteros armados, não temos dinheiro para esbanjar em outros projectos

Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Subsea7 em Setembro 28, 2022, 07:21:14 pm

O futuro são Helicopteros armados, não temos dinheiro para esbanjar em outros projectos


Na cabeça do CEMGFA, CEMFA E MDN,temos, chama-se "Super Tucano".
CPS
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 28, 2022, 10:02:20 pm
DC não fui eu que trouxe F16 equipados com AIM-260 para a conversa.

Quanto ao link até podia ser da mãe do inventor do Gripen. Dados são dados. A resposta contra dados é: "esses dados são falsos",  e não "ok, mas não gosto de quem me está a dizer os dados ".

A questão não é quem dá os dados, é não haver verificação dos mesmos, tirando uma fonte de alguém que, por estar directamente associado a um dos modelos do avião, num artigo que mais parece uma publicidade, não é propriamente imparcial.

Eu também posso vir dizer que no futebol nos últimos anos, Portugal ganhou 4-0 à Espanha, o que não sendo mentira, estou a omitir os restantes resultados que englobam empates e derrotas. Tanto quanto sabemos, o engenheiro sueco, nesse artigo publicitário, pode ter feito o mesmo. Ou agora, por vir debitar alguma coisa numa noticia, é automaticamente verdade? Se assim é, então o NPO é realmente tão complexo como uma fragata, e os UAVs nacionais estão ao nível do que de melhor se faz no mundo.  ::)

Depois estamos a falar de exercícios que não se sabe o contexto nem as variáveis, apenas uns resultados atirado ao ar, que não explicam que armamentos tinham cada aeronave, se foi com recurso a dogfight e "abate" com o canhão, ou se foi em BVR.

E quem fez a comparação absurda dos Gripen E com Meteor vs os nossos F-16 bem mais antigos e que nem a versão mais recente do AMRAAM têm, nem um míssil HOBS, foi o Visitante. Quer comparar, compara igual para igual, não tecnologias com 10 a 20 anos de diferença, para tentar "provar" que o Gripen é o melhor do universo e arredores.

Complementando o que o @asalves disse, nos exercícios Red Flag, até os Agressors dão um baile a muitas das aeronaves mais recentes, mesmo que usem aeronaves hipoteticamente inferiores. É para isso que o exercício é feito, para treinar, não para medir pilinhas.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Setembro 28, 2022, 10:11:31 pm
Para não sequestrar mais o tópico proponho que todos usem a internet para ver como os Gripen se têm saído nos exercícios na Ásia e nos EUA. E depois cada qual se decida se o Gripen é "uma treta" ou um avião altamente capaz e moderno.

Cumprimentos,

Out!!!
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Drecas em Setembro 28, 2022, 10:56:58 pm
Epa não esquecer que muitos exercícios destes dentro da NATO são feitos com 1001 variáveis diferentes, se um dia é imposto aos americanos x regras e a obrigação de ignorar z e y no outro dia pode ser a vez de lixar a vida aos alemães, não sou ninguém para dizer que eles devem ser ignorados mas os resultados não podem ser levados totalmente á letra

Quanto a Gripen dar uma coça a Flankers não é surpresa nenhuma, sempre que tecnologia ocidental enfrenta a soviética já se costuma saber qual será o resultado.......... exceto em termos de estilo em que acho o Flanker, em especial o Su-27 um dos mais bonitos de smepre
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 29, 2022, 12:31:02 am
Para não sequestrar mais o tópico proponho que todos usem a internet para ver como os Gripen se têm saído nos exercícios na Ásia e nos EUA. E depois cada qual se decida se o Gripen é "uma treta" ou um avião altamente capaz e moderno.

Cumprimentos,

Out!!!

Concordo. Mas cuidado com a propaganda, ainda há 2 dias a Saab lá publicou um vídeo publicitário do dito avião no Youtube.

E acabo por não entender porque o Visitante ficou tão sensibilizado com o meu comentário sobre o dito avião. Talvez tenha sido para fugir ao total esmagamento dos argumentos a favor do ST que tanto apoia.

Em qualquer dos casos, treta é sempre que se debate caças, lá vem o Gripen a ser impingido a Portugal, e praticamente todos os outros países. Ainda me lembro há coisa de 1 ano ou 2, quando se falava na USAF ter um novo caça ligeiro geração 5-, vieram logo os zés do marketing "vender" que o Gripen era a solução.
E a outra grande treta, é adquirir o dito avião, com base em critérios supérfluos AKA "é Embraer", como já se vai fazer com o ST.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Setembro 29, 2022, 09:58:08 am
Citar
E acabo por não entender porque o Visitante ficou tão sensibilizado com o meu comentário sobre o dito avião. Talvez tenha sido para fugir ao total esmagamento dos argumentos a favor do ST que tanto apoia

Eu apoio o ST? Deixem de ver o mundo a preto e branco gente. Eu apoio Hélis médios armados e trainers. Antes preferia um trainer a jato que o ST por exemplo como um 346 ou um T-50. Eu sou contra Hélis de ataque por uma questão económica. Mas especialmente sou contra quem ataca de forma despropositada e falaciosa SAs porque são de tal proveniência ou de tal empresa porque estão chateados com outros foristas ou com outros negócios ou com o governo ou o que seja.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 29, 2022, 01:08:05 pm
Se acha que o atrito ao ST se deve ao fabricante, é porque não se deu ao trabalho de ler o que foi dito. Claramente não entendeu desde logo que temos três "frentes", Atlântico, Europa e África (com esta ordem de prioridade), portanto os meios armados a adquirir, têm que responder, sempre que possível, aos 3 cenários. O P-3 responde, o F-16 também, um UH-60 armado também, um hipotético helicóptero de ataque idem, etc. O ST não. Logo aqui temos (ou deveríamos ter) um factor eliminatório.

Depois temos a missão COIN, que não é uma missão primária, nem recorrente. Por outras palavras, não é prioritário, nem lógico, adquirir um meio dedicado a uma missão secundária, numas FA tão precárias. Mais vale ter meios sub-óptimos para COIN, mas mais versáteis para o resto, do que o meio óptimo para COIN, e praticamente inútil para o resto.
As únicas situações em que este tipo de aeronave passaria a ser necessária, era se tivéssemos que fazer COIN em território nacional, ou houvesse uma re-absorção de alguma das ex-colónias como parte de Portugal, e fosse necessário ter capacidade permanente de defesa deste território, ou houvesse um acordo com um desses países para uma permanência de forças portuguesas, inclusive aeronaves com alguma capacidade de combate. No entanto são cenários improváveis, logo as prioridades são outras.

Depois temos o Treino, que dependendo do dia e da conveniência, tanto é a missão primária para que se adquire o ST, como a secundária. E aqui, também eu preferia que tivéssemos o M-346 ou equivalente, inclusive armado, para servir de caça complementar aos F-16. Mas também tenho perfeita noção de onde estamos, e dos riscos que isso representa para a continuidade do actual nº de F-16. Enquanto a política da manta, tapa de um lado destapa do outro, se mantiver, prefiro ser pragmático, e optar pelo PC-21 que, sabe-se desde logo, ninguém terá tendências para substituir parte dos F-16, e que substitui tanto o TB-30 como o Alpha Jet.
O ST, já deu para ver que não é adequado nem para substituir os TB-30, e nem a própria FAB considera adequado para aeronave de treino avançado.

Por fim, temos os riscos da compra de ST, que vão desde o estado real dos 12 em segunda-mão, à possível necessidade de mais 6 (com custo de mais 100+ milhões), ao risco de os helicópteros virem desarmados e sub-equipados porque "o ST já tem armamento e FLIR", o risco do número de helicópteros ser apenas os 6 da LPM em vez do tão necessário reforço deste número, o risco de para poder comprar e armar o ST, ser necessário cortar de outro lado, o risco dos F-16 perderem a prioridade no que toca a novo armamento e reforço dos stocks, o risco de se canalizar pilotos para uma aeronave e missão específica, roubando a outras unidades, o risco de, com a falta de pessoal de terra, virmos uma canalização de algum pessoal para o ST quando faziam falta noutras esquadras*, o fim das chances de um futuro UCAV, e o risco (necessidade) de continuar a adquirir mais modelos de aeronaves de treino acima e abaixo do ST porque este não chega.

*o pessoal que vais meter no ST para manuseamento de armas e mecânicos extra para destacar nos TOs, fazia falta nos F-16 para conseguires, em simultâneo, ter destacamento no Báltico, mais pessoal de Monte Real e ainda num possível destacamento nos arquipélagos. Em vez disso, a escassez de pessoal mantém-se nas principais esquadras, que provavelmente vai ser agravado com a compra do ST e das suas necessidades especiais.

E agora pergunto, na quase certa compra do ST, algum destes factores foi tido em conta?
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: mafets em Setembro 29, 2022, 04:09:13 pm
A questão é que, acreditar no marketing do Gripen, e desconfiar das capacidades do F-35, revela desde logo uma dualidade de critérios. A única vantagem que o Gripen tem face ao F-35, são os custos de operação e a capacidade em dogfight (vantagens partilhadas pelo F-16), em tudo o resto o F-35 é superior, inclusive em questões de interoperabilidade com os aliados.

O que é certo é que, a curto/médio prazo, F-16 modernizados servem as nossas necessidades, mas mais tarde ou mais cedo terá que ser comprado um novo caça, e não há muitas opções viáveis para isso. Não esquecer que o F-35A, já vai com um custo unitário abaixo dos 80 milhões, duvido que o futuro FCAS ou Tempest custem menos de 100/120 milhões cada um.

Idealmente, esperávamos era pelo F-35 já com o novo motor, mais eficiente, pode ser que na altura de haver vontade de substituir os F-16, já esteja em uso.

Para mim a Razão do ST é não existir avião de Treino entre o Epsilon e o F16. Podia vir outro, com certeza. Podia não ter algumas unidades Coin, podia. Aliás, para mim basta um aparelho de treino com capacidade para levar armas e blindagem , que chega para a RCA. Outro cenário e mandas o F16.

Precisas de Escolta dos Merlin, no dia dia que tiveres capacidade em termos de unidades, logística e pessoal, para os mandar para qualquer lado. Não tens não precisas. Falo da RCA porque é mais urgente o envio de helis. Mas mesmo no Afeganistão os Bifes e os Dinamarqueses nem sempre andavam com escolta.Mas sim, um heli de ataque ou um treinador armado resolviam a questão da escolta. O problema é que cá precisas mais do avião de treino e sai-te mais barato.

Avião de treino não existe porque não quiseram. E entre ter o ST para tapar um buraco, ou adquirir o mais adequado PC-21 para substituir também o TB-30, além do AJ, prefiro o PC-21.

A necessidade COIN não existe ao ponto de ser necessário uma aeronave dedicada, bastando portanto uns UH-60 armados para a RCA e outras missões similares. Nem mesmo outra aeronave a hélice armada faria sentido, porque bastava os hélis.

Precisas de um helicóptero de apoio em qualquer cenário que tires da cartola. Os Koala civis, Lynx sub-equipados e Merlin que apenas 4 são "semi-militarizados", não chegam para as missões. Um UH-60 tapa esses buracos todos, e no dia em que precisares de usar os Mk-516 para uma missão, eles já não vão sozinhos. Os dinamarqueses e ingleses usaram no Afeganistão, mas não estava sozinhos, havendo por lá de tudo o que era aeronave de combate, e quando necessário dar apoio a forças em terra, lá apareciam uns Apaches a dar apoio. Nós na RCA, podemos fazer isso usando os UH-60 armados, sem necessidade de um segundo modelo de aeronave.

O ST é um excelente avião, para quem vai desempenhar missões de COIN com frequência ao longo dos 30 ou 40 anos de serviço da aeronave. Nós podemos ter esta missão na RCA, e mais nenhuma nos próximos 20 anos que exija aeronaves COIN, logo não compensa comprar uma aeronave especializada, e mais vale ter algo mais versátil.

O Gripen faz o mesmo que o F16, pelo que sai mais barato artilhar os que existe que ir comprar aos suecos. Quanto ao F35 e tendo em conta que até lá resolvem os problemas e tornam o avião mais barato, o que me preocupa é o orçamento, pois será sempre um avião mais caro de manter que o F16 e manter este último já é o que é.

https://www.aereo.jor.br/2021/12/05/autorizada-despesa-para-manter-os-cacas-f-16-da-forca-aerea-portuguesa/ (https://www.aereo.jor.br/2021/12/05/autorizada-despesa-para-manter-os-cacas-f-16-da-forca-aerea-portuguesa/)

Para mim, qualquer bom avião de treino é válido, desde que se mantenha a capacidade de levar armas e pelo menos substituía o malogrado Alpha. Para mim não fez sentido foi os Epsilon não poderem sequer levar umas armas para tiro no CTE, porque duvido que face à desorganização conseguíssemos mandar sequer uns Epsilon para a RCA. Mesmo helis, é o que é, e não sei se mesmo com o Uh60 o problema não se manteria, ou seja a falta dinheiro, manutenção e pessoal. Mesmo tendo algo mais versátil e melhor.

(https://d1a2ot8agkqe8w.cloudfront.net/web/2014/06/saudi-pc-21-stephan-widmer_55927.jpg)

Saudações
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Setembro 29, 2022, 10:03:49 pm
O Gripen faz o mesmo que o F16, pelo que sai mais barato artilhar os que existe que ir comprar aos suecos. Quanto ao F35 e tendo em conta que até lá resolvem os problemas e tornam o avião mais barato, o que me preocupa é o orçamento, pois será sempre um avião mais caro de manter que o F16 e manter este último já é o que é.

Exacto, daí eu achar que devíamos começar já a fazer o upgrade aos F-16, até porque agora, mesmo que se queira o F-35, só daqui a quase 10 anos é que receberíamos o primeiro. Assim já justifica melhorar os F-16, pelo menos os PA I.
O orçamento vai ser sempre uma preocupação. Mas agora vê como será, se a FAP no futuro quiser F-35, enquanto vai ter que manter não uma, não duas, mas três frotas de aeronave de treino, porque se optou pelo ST e não outro modelo. Ainda por cima, quando o ST acaba por ser mais dispendioso que os concorrentes para o nível de formação que vai dar, ao qual se juntaria um treinador avançado a jacto, e um turboprop mais ligeiro e barato (que substitua os Chipmunk e TB-30). Vai ser cá uma mistela.

Citar
Para mim, qualquer bom avião de treino é válido, desde que se mantenha a capacidade de levar armas e pelo menos substituía o malogrado Alpha. Para mim não fez sentido foi os Epsilon não poderem sequer levar umas armas para tiro no CTE, porque duvido que face à desorganização conseguíssemos mandar sequer uns Epsilon para a RCA. Mesmo helis, é o que é, e não sei se mesmo com o Uh60 o problema não se manteria, ou seja a falta dinheiro, manutenção e pessoal. Mesmo tendo algo mais versátil e melhor.

A capacidade de levar armas até nem é necessária. Para TOs de baixa intensidade, devíamos contentar-nos com os helicópteros (UH-60 armados) que servem perfeitamente. Ao ter que enviar um helicóptero para a missão, e ainda uma aeronave própria para COIN, seja ela qual for, já vai complicar e encarecer a logística, saindo mais baratos enviar mais unidades do mesmo meio. E nisso, o helicóptero tem claras vantagens, por fazer um leque maior de missões.

Daí achar que o PC-21 é a melhor opção, já que por um valor relativamente reduzido, e uma quantidade de aeronaves adequada, permite-te com um único modelo substituir tanto o AJ como o TB-30 nas respectivas funções. Consegue cortar-se num modelo de aeronave, sem perder capacidades.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: JohnM em Setembro 30, 2022, 04:06:56 pm
Mas porque é que acham que os AJ alguma vez vão ser substituídos? Existindo apenas a necessidade de formar 3-4 pilotos por ano (pelo que é publico, posso estar enganado), é óbvio que vamos mandá-los para uma qualquer escola internacional e está feito… eu sou a favor do PC-21 porque poderia simplificar a cadeia logística de treino, possibilitando a existência de apenas um tipo de aeronave e ainda cobrindo pelo menos parte da instrução mais avançada.

Está em pleno curso a maior guerra na Europa desde 1945 e nós vamos comprar aparelhos para fazer COIN e CAS em África… contado ninguém acredita… seria hilariante, se não fosse trágico.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Subsea7 em Setembro 30, 2022, 04:40:34 pm
Mas porque é que acham que os AJ alguma vez vão ser substituídos? Existindo apenas a necessidade de formar 3-4 pilotos por ano (pelo que é publico, posso estar enganado), é óbvio que vamos mandá-los para uma qualquer escola internacional e está feito… eu sou a favor do PC-21 porque poderia simplificar a cadeia logística de treino, possibilitando a existência de apenas um tipo de aeronave e ainda cobrindo pelo menos parte da instrução mais avançada.

Está em pleno curso a maior guerra na Europa desde 1945 e nós vamos comprar aparelhos para fazer COIN e CAS em África… contado ninguém acredita… seria hilariante, se não fosse trágico.

Mais hilariante, ouvir o CEMGFA a falar sobre isso na CMTV...Foi a risota nos gabinetes....Daqueles que se preocupam em levar a defesa a sério...Para os outros, está bem assim.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Outubro 02, 2022, 02:05:14 pm
https://twitter.com/InstantReporter/status/1576530332253556737?t=-UKZo_YUjfbIDtaaXBr0Nw&s=09

Esta é uma das razões para a vinda do ST.

Porque a França sabe que nós somos dos poucos que aceitam auxiliar em África. Espero é que o governo consiga contrapartidas pelo auxílio.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Outubro 02, 2022, 02:40:36 pm
Essa missão podia ser na mesma cumprida com helicópteros armados. Não faz sentido um dos países que investe menos na Defesa, ter que comprar um meio dedicado a uma missão específica, que os mais ricos não se querem dar ao trabalho de comprar.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Charlie Jaguar em Outubro 02, 2022, 03:12:56 pm
https://twitter.com/InstantReporter/status/1576530332253556737?t=-UKZo_YUjfbIDtaaXBr0Nw&s=09

Esta é uma das razões para a vinda do ST.

Porque a França sabe que nós somos dos poucos que aceitam auxiliar em África. Espero é que o governo consiga contrapartidas pelo auxílio.

O Consulado, bases e pontos de eventual interesse estratégico não podiam ser defendidos com recurso a helicópteros armados porque..?

Qual é a lógica que está por detrás do emprego de aeronaves de asa fixa numa situação como esta, tendo em conta a versatilidade do helicóptero em vários parâmetros, como a necessidade de se ter de proceder a uma evacuação, por exemplo?
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Outubro 02, 2022, 04:02:30 pm
https://twitter.com/InstantReporter/status/1576530332253556737?t=-UKZo_YUjfbIDtaaXBr0Nw&s=09

Esta é uma das razões para a vinda do ST.

Porque a França sabe que nós somos dos poucos que aceitam auxiliar em África. Espero é que o governo consiga contrapartidas pelo auxílio.

O Consulado, bases e pontos de eventual interesse estratégico não podiam ser defendidos com recurso a helicópteros armados porque..?

Qual é a lógica que está por detrás do emprego de aeronaves de asa fixa numa situação como esta, tendo em conta a versatilidade do helicóptero em vários parâmetros, como a necessidade de se ter de proceder a uma evacuação, por exemplo?

Já falei muito sobre isso. Não tenho mesmo nada de novo a dizer.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Outubro 02, 2022, 09:11:18 pm
https://twitter.com/InstantReporter/status/1576530332253556737?t=-UKZo_YUjfbIDtaaXBr0Nw&s=09

Esta é uma das razões para a vinda do ST.

Porque a França sabe que nós somos dos poucos que aceitam auxiliar em África. Espero é que o governo consiga contrapartidas pelo auxílio.

O Consulado, bases e pontos de eventual interesse estratégico não podiam ser defendidos com recurso a helicópteros armados porque..?

Qual é a lógica que está por detrás do emprego de aeronaves de asa fixa numa situação como esta, tendo em conta a versatilidade do helicóptero em vários parâmetros, como a necessidade de se ter de proceder a uma evacuação, por exemplo?

Para não falar que um helicóptero pode ainda operar virtualmente de qualquer lado, inclusive navio, sem precisar de grandes infraestruturas, ao contrário de uma aeronave de asa fixa. Ao ter lá o ST, ainda seria necessário um helicóptero para as restantes funções, logo era necessário manter um destacamento de 2 modelos de aeronave.

Simplesmente não faz qualquer sentido para Portugal, quando há mil e um problemas para resolver, só nas FA.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Lightning em Outubro 02, 2022, 10:30:51 pm
Para não falar que um helicóptero pode ainda operar virtualmente de qualquer lado, inclusive navio, sem precisar de grandes infraestruturas, ao contrário de uma aeronave de asa fixa. Ao ter lá o ST, ainda seria necessário um helicóptero para as restantes funções, logo era necessário manter um destacamento de 2 modelos de aeronave.

Simplesmente não faz qualquer sentido para Portugal, quando há mil e um problemas para resolver, só nas FA.

Já estou um bocado como o Visitante123, já não há nada de novo a dizer.

Mas algumas coisas extra que me lembrei, é verdade que o helicóptero pode operar de qualquer lado inclusive navios, mas nós também não temos navios desses, podemos eventualmente operar de navios aliados...

Vantagens para o ST numa eventual missão em África, continuo a achar, o envio dos meios, o ST tem uma grande autonomia pode ir e regressar a voar, os helis tem que ser parcialmente desmontados e transportados em aviões. O custo de hora de voo, normalmente um avião costuma ser mais batato que um helicóptero. As desvantagens já foram bem exprimidas, necessita de pista, é mais um modelo de aparelho na missão, etc.

Também me lembrei de outra possibilidade, é que pilotos de avião ainda há uma grande quantidade, entre Epsilon, Super Tucano, e até pilotos de F-16, todos com mais ou menos treino se podem tornar pilotos de ST e ir para estas missões, se for helicópteros é um número muito mais restrito, e não estou a ver tirar pilotos aos EH101 (missão SAR) e Black Hawk (fogos) para reforçar estes helis.
Pensando bem, isto pode muito bem ser um lobby dos pilav de aviões de asa fixa para poder participar nestas missões em África  :mrgreen:.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Outubro 02, 2022, 11:38:36 pm
A nossa falta de navios com capacidade de operar um UH-60 é óbvia, mas o futuro AOR e futuras fragatas (até os NPOs deviam ter capacidade para isso), deviam ter esse requisito básico. Aliás, tivesse havido vontade, tinham pensado logo no reforço do convés de voo das BD durante o MLU.

Mas os helicópteros precisas lá deles na mesma, com ou sem ST, o que torna a vantagem do ST de não precisar de ser desmontado praticamente irrelevante.
E mais uma vez, está-se a pegar numa única missão, e a apontar todas as vantagens de um único meio face ao resto. Numa perspectiva mais abrangente, em TOs mais variados (lá está, não podemos andar a adquirir meios só para uma missão específica), essas vantagens dissipam-se. O A-10 também é melhor que o F-16 em CAS, sobretudo pela sua robustez, logo com base nas missões em causa, o nosso caça devia ser o A-10? Claro que não, temos de ter um caça versátil. Neste debate ST vs UH-60 armado, é igual, a escolha devia ser o meio mais versátil.

A questão do custo da h/voo é sempre estranha. Para realmente atingir uma diferença significativa, era preciso as aeronaves voarem MUITO. E se contarmos com a necessidade de dois tipos de aeronaves no TO, lá se vai a vantagem dos custos do ST. Depois, por serem aeronaves com necessidades de aterragem e descolagem diferentes, podes vir a tê-las colocadas em locais diferentes, os ST num aeródromo, e os UH numa base avançada, se o aeródromo for longe demais para tirar partido dos hélis.

Ainda do ponto de vista económico, a poupança feita devido ao baixo custo de h/voo do ST em África, vai ser também contrabalançado pela necessidade de se manter 3 aeronaves de treino a hélice, ao invés das apenas 2 necessárias, simplesmente porque o ST acaba por não responder às necessidades de treino como seria desejável, e no futuro ainda obrigará à aquisição de uma aeronave a jacto.

Isto tudo porque se quer ST para África.

De onde viriam os pilotos não sei, mas só eu é que acho um risco enorme poder vir a ter que canalizar pilotos de F-16 para os ST, o que obrigará a que estes tenham um mínimo relativamente elevado de h/voo na dita aeronave, e como não deve haver dinheiro, haja menos disponibilidade para as receberem no F-16?

Com tanta complicação, ainda alguém faz as contas e apercebe-se que enviar F-16 para operar de um aeroporto ou base aérea em condições, sai mais barato, e ainda serve de justificação para (finalmente) adquirir as SDB. E no fim, tudo contabiliza para as horas de voo dos pilotos (horas essas que terão que ser feitas na mesma), e ganham experiência em combate real.  :mrgreen:
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Lightning em Outubro 03, 2022, 12:33:09 am
De onde viriam os pilotos não sei, mas só eu é que acho um risco enorme poder vir a ter que canalizar pilotos de F-16 para os ST, o que obrigará a que estes tenham um mínimo relativamente elevado de h/voo na dita aeronave, e como não deve haver dinheiro, haja menos disponibilidade para as receberem no F-16?

Concordo com o que disse antes, só quero salientar que esta hipótese foi algo que inventei, e só tenho por base o exemplo do piloto da FAP (acho que era Capitão), que foi para o Brasil voar nos Tucano e antes tinha estado nos F-16, estes casos não são regra, a FAP não vai pegar em 10 ou 20 pilotos de F-16 e mandar para os ST, possivelmente foi algum piloto que pediu transferência de unidade para estar perto da família, mas usei como exemplo de "ser possível".

Citar
Com tanta complicação, ainda alguém faz as contas e apercebe-se que enviar F-16 para operar de um aeroporto ou base aérea em condições, sai mais barato, e ainda serve de justificação para (finalmente) adquirir as SDB. E no fim, tudo contabiliza para as horas de voo dos pilotos (horas essas que terão que ser feitas na mesma), e ganham experiência em combate real.  :mrgreen:

DC onde é que há bases aéreas em condições em África? E aqui "em condições" são duas. Condições do ponto de vista aeronáutico, pista limpa, hangares, etc, mas também "em condições" de segurança, no fundo, safety e security. Só se for alguma base francesa, que não são muitas e podem não estar onde nós precisamos.

E os americanos tinham de autorizar...  :mrgreen:
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: tenente em Outubro 03, 2022, 07:05:44 am
https://twitter.com/InstantReporter/status/1576530332253556737?t=-UKZo_YUjfbIDtaaXBr0Nw&s=09

Esta é uma das razões para a vinda do ST.

Porque a França sabe que nós somos dos poucos que aceitam auxiliar em África. Espero é que o governo consiga contrapartidas pelo auxílio.

O Consulado, bases e pontos de eventual interesse estratégico não podiam ser defendidos com recurso a helicópteros armados porque..?

Qual é a lógica que está por detrás do emprego de aeronaves de asa fixa numa situação como esta, tendo em conta a versatilidade do helicóptero em vários parâmetros, como a necessidade de se ter de proceder a uma evacuação, por exemplo?

Para não falar que um helicóptero pode ainda operar virtualmente de qualquer lado, inclusive navio, sem precisar de grandes infraestruturas, ao contrário de uma aeronave de asa fixa. Ao ter lá o ST, ainda seria necessário um helicóptero para as restantes funções, logo era necessário manter um destacamento de 2 modelos de aeronave.

Simplesmente não faz qualquer sentido para Portugal, quando há mil e um problemas para resolver, só nas FA.

Eu também já estou farto de bater na mesma tecla mas quando ainda há teimosos que " teimam " em não ver a realidade da muito superior versatilidade do heli VS a aeronave, está tudo dito.
São alguns dos que defendem a aquisição de aeronaves multifunção, porque, e eis alguns dos motivos apresentados, a Defesa tem poucos recursos, é mais uma linha logistica que tem de ser montada, é mais uma especialização para os PilAv, etc, mas tais argumentos, caem por terra, quando essa aquisição, é de um modelo do qual são, como agora se diz, " fans ",  ::) esquecendo-se dos referidos argumentos e gastos associados, tal qual os nossos dignissimos IRresponsáveis pela Defesa Nacional, que para umas aquisições defendem a tal multifunção das aeronaves, mas para outras, como é necessário ajudar os amigalhaços, ou os caprichos de meia dúzia de especialistas iluminados, essa multifunção não se enquadra, nem se deve falar disso.

Albarde-se o " Burro " á vontade do dono, que nós pagamos esses péssimos actos de gestão dos recursos !!

Abraços
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: tenente em Outubro 03, 2022, 07:47:58 am
Para não falar que um helicóptero pode ainda operar virtualmente de qualquer lado, inclusive navio, sem precisar de grandes infraestruturas, ao contrário de uma aeronave de asa fixa. Ao ter lá o ST, ainda seria necessário um helicóptero para as restantes funções, logo era necessário manter um destacamento de 2 modelos de aeronave.

Simplesmente não faz qualquer sentido para Portugal, quando há mil e um problemas para resolver, só nas FA.

Já estou um bocado como o Visitante123, já não há nada de novo a dizer.

Mas algumas coisas extra que me lembrei, é verdade que o helicóptero pode operar de qualquer lado inclusive navios, mas nós também não temos navios desses, podemos eventualmente operar de navios aliados...

Vantagens para o ST numa eventual missão em África, continuo a achar, o envio dos meios, o ST tem uma grande autonomia pode ir e regressar a voar, os helis tem que ser parcialmente desmontados e transportados em aviões. O custo de hora de voo, normalmente um avião costuma ser mais batato que um helicóptero. As desvantagens já foram bem exprimidas, necessita de pista, é mais um modelo de aparelho na missão, etc.

Também me lembrei de outra possibilidade, é que pilotos de avião ainda há uma grande quantidade, entre Epsilon, Super Tucano, e até pilotos de F-16, todos com mais ou menos treino se podem tornar pilotos de ST e ir para estas missões, se for helicópteros é um número muito mais restrito, e não estou a ver tirar pilotos aos EH101 (missão SAR) e Black Hawk (fogos) para reforçar estes helis.
Pensando bem, isto pode muito bem ser um lobby dos pilav de aviões de asa fixa para poder participar nestas missões em África  :mrgreen:.

Caro Lightning, está ainda um pouco por dizer.

vou começar pelo que referiu quanto ao raio de acção do ST que poderia ir até ao TO africano a voar pois tem um maior raio de acção que o Heli, e estou a falar do que modelo que irá ser o escolhido, UH-60L/V.
Claro que tem em voo ferry são cerca de 2800 kms VS 2200Kms do UH-60L/V, uma diferença de 600 kms, mas temos uma  " pequena " variavel que temos de adicionar nesta equação da autonomia/alcance para esse voo do ST, é a necessidade de operar numa pista que tenha 1000 metros.
Ora bem, quando se elabora um plano de voo para uma aeronave de asa fixa, seja ela de combate ou civil, temos que ter em consideração essa necessidade para em caso de emergência, poder divergir e aterrar com um minimo de segurança, o que obriga a reservar umas centenas de libras/kilos de combustivel para o EET até ao alternante e para holding.
Quanto ao heli, como bem sabemos qualquer clareira com 30 metros de diametro satisfaria as suas operações de aterragem/descolagem.
Dito isto a diferença de autonomia neste e noutros casos esbate-se, e só com esta, pequenissima, particularidade, caracteristica do heli.

(https://imagizer.imageshack.com/v2/xq90/924/DsfjLr.jpg) (https://imageshack.com/i/poDsfjLrj)
um heli com quatro tanques suplementares.

Cntinuando, agora, com a necessiddae de desmontar parcialmente os helis para um voo deste calibre posso adiantar que o Super KC390, de acordo com a empresa construtura transporta um Blackhawk, praticamente como sai da fabrica, por isso, essa limitação não se aplica, pois a remontagem das partes amoviveis é rápida, muito rápida mesmo, o que não aconteceria a um ST, se as asas tivessem de ser desmontadas, outra vantagem do blackhawk VS o A29.

Quanto a pilotos, porque é que seria necessário ir buscar PilAv á frota dos F's, quando é muito mais barato e mais rápido fazer a adptação dos epsilon para os 314/A29 ?
A FAP is esbanjar o muito dinheiro e o tempo de formação, investido nos PilAv dos F16, nos EUA, porquê ? 

Quanto ao Lobbie, aí estamos 100% de acordo, pois é isso mesmo que está a acontecer, por alguns PilAv e chefias que tem sonhos húmidos com os ST, mas tenham cuidado, pois se forem sózinhos para africa, fazer de guerreiros do AR se forem abatidos é bom que hajam, por lá, uns BlackHawks para vos irem resgatar, pensem nisso, por que o ST não vos vai evakuar !!
(https://imagizer.imageshack.com/v2/xq90/923/JUfV2Q.jpg) (https://imageshack.com/i/pnJUfV2Qj)

Junto algumas fotos dos helis, armados, pois há algumas pessoas que alegam que o ST tem uma capacidade de carga letal muito maior. :mrgreen:

(https://imagizer.imageshack.com/v2/xq90/922/hOWFMo.jpg) (https://imageshack.com/i/pmhOWFMoj)
(https://imagizer.imageshack.com/v2/xq90/923/Zd1zXV.jpg) (https://imageshack.com/i/pnZd1zXVj)

Abraços
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Outubro 03, 2022, 10:09:08 am
Citar
Claro que tem em voo ferry são cerca de 2800 kms VS 2200Kms do UH-60L/V, uma diferença de 600 kms, mas temos uma  " pequena " variavel que temos de adicionar nesta equação da autonomia/alcance para esse voo do ST, é a necessidade de operar numa pista que tenha 1000 metros.

Os sites americanos põem o ferry range do ST em perto de 4000 KMS ou acima desse valor com tanques externos. Há claramente dados contraditórios na NET. Não sei qual valor está certo.

ST ou heli? O que levar mais munições de precisão e que possa disparar de mais longe do solo.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Red Baron em Outubro 03, 2022, 12:38:15 pm
Citar
Claro que tem em voo ferry são cerca de 2800 kms VS 2200Kms do UH-60L/V, uma diferença de 600 kms, mas temos uma  " pequena " variavel que temos de adicionar nesta equação da autonomia/alcance para esse voo do ST, é a necessidade de operar numa pista que tenha 1000 metros.

Os sites americanos põem o ferry range do ST em perto de 4000 KMS ou acima desse valor com tanques externos. Há claramente dados contraditórios na NET. Não sei qual valor está certo.

ST ou heli? O que levar mais munições de precisão e que possa disparar de mais longe do solo.

Isso não se poem. Vamos ter os dois.

O resto é pessoas a serem contra o ST por razões..... :-X
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Lightning em Outubro 03, 2022, 01:51:07 pm
Isso não se poem. Vamos ter os dois.

Assim todos ficam contentes  :mrgreen:.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: nelson38899 em Outubro 03, 2022, 02:06:16 pm
Nós podemos ver o que se passa na Colombia, os ataque iniciais são sempre feitos pelos supertucanos.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Outubro 03, 2022, 06:12:29 pm
Isso não se poem. Vamos ter os dois.

O resto é pessoas a serem contra o ST por razões..... :-X

As razões são, com a vinda do ST, terás menos helicópteros garantidamente. Passando os ST a ficar encarregues do CAS/COIN nos TOs de baixa intensidade, dificilmente terás helicópteros armados com algo mais que umas metralhadoras nas portas laterais. Nas missões em África, vais ser obrigado a ter 2 tipos de aeronaves distintas, com os custos e pessoal extra a isso associados.
Vais acabar por ter uma aeronave de treino em quantidade possivelmente insuficiente (se considerarmos as destacadas), e cuja sua aquisição apenas tapa parcialmente o buraco deixado pelo AJ, continuando a FAP a necessitar de substituir o Chipmunk e modernizar o TB-30 (mais despesa), quando podíamos (e devíamos) ter uma aeronave que permitisse reduzir os modelos de aeronaves de treino.

Depois, vais estar a formar pessoal de terra de propósito (que faz é falta nas outras esquadras) para destacar para missões em África, para sustentar um modelo de aeronave que não vais ser útil para mais nenhum tipo de TO. Depois admiram-se de não se arranjar pessoal para um destacamento de F-16 nos arquipélagos, e certamente não é a canalizar esforços para o ST, que a situação vai melhorar.

Mas o mais grave mesmo, é estarmos a investir largos milhões numa aeronave de combate, que não nos serve de nada em mais nenhum TO, nem vai servir se os próprios TOs em África passarem a ter a ameaça de Iglas e companhia. Ainda se fosse uma boa aeronave de treino, mas nem isso é.

ST ou heli? O que levar mais munições de precisão e que possa disparar de mais longe do solo.

Vai ser igual para os dois, porque em África, com a ameaça actual, nem o helicóptero iria usar Hellfire, nem os ST iriam usar armas guiadas que custam mais que qualquer pickup que os gajos se lembrem de usar (só uma Paveway II custa mais de 20 mil dólares cada uma).
Ironicamente, o malfadado helicóptero de ataque, é a aeronave que possui a arma mais adequada, com o seu helicanhão, que combina poder de fogo e precisão, a um custo relativamente reduzido.  :mrgreen:
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: LFSM em Outubro 04, 2022, 02:33:48 am
Acabei de me registar, depois de ler regularmente alguns dos comentários interessantes deste fórum. Não sou militar, mas entendo que Portugal deve dar uma grande importância às Forças Armadas, tendo em conta particularmente o enorme mar territorial/económico do país. Estará aí, na minha opinião, um futuro mais próspero para os portugueses aos quais se deve dar primazia na exploração dos mesmos.
A propósito desta discussão crónica sobre as vantagens/desvantagens do ST/helicóptero, aproveito para colocar esta questão que ainda não vi respondida: o helicóptero, com menor velocidade e voando a mais baixa altitude, não é mais vulnerável a ataques de um inimigo localizado no terreno? Por outro lado, precisando o helicóptero de uma tripulação mínima de 4 militares (pilotos+2), não ficam expostos ao perigo mais pessoal, comparando com apenas 1/2 pilotos do ST?
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Pescador em Outubro 04, 2022, 07:43:52 am
Acabei de me registar, depois de ler regularmente alguns dos comentários interessantes deste fórum. Não sou militar, mas entendo que Portugal deve dar uma grande importância às Forças Armadas, tendo em conta particularmente o enorme mar territorial/económico do país. Estará aí, na minha opinião, um futuro mais próspero para os portugueses aos quais se deve dar primazia na exploração dos mesmos.
A propósito desta discussão crónica sobre as vantagens/desvantagens do ST/helicóptero, aproveito para colocar esta questão que ainda não vi respondida: o helicóptero, com menor velocidade e voando a mais baixa altitude, não é mais vulnerável a ataques de um inimigo localizado no terreno? Por outro lado, precisando o helicóptero de uma tripulação mínima de 4 militares (pilotos+2), não ficam expostos ao perigo mais pessoal, comparando com apenas 1/2 pilotos do ST?

Assim de repente trocávamos fragatas de 170 almas por barcos rápidos lança misseis de 10. Mas não tem nada a ver o tipo de missão e de teatro de operação.

O que está em causa entre outros é o teatro restrito de operações do aviãozito, comparado com um meio que além de capacidade de evacuação ou colocação no terreno de uma força, ainda a apoio com fogo de armas, em teatros que não só o de ir fazer uma eventual missão da ONU num buraco do mundo e, com armas de ataque eficaz próximo, sem ser só munições mais ou menos inteligentes e caras lá do alto ou a maior velocidade. Até nisso há limites.
Voar baixo também tem vantagens, até porque porque há sempre vantagens e desvantagem em todos os meios.
Se houver feridos numa coluna, onde andam os helicópteros? Por essa ordem de ideias não eram evacuados de helicópteros para não os expor.

Para isso completava-se os helicópteros de evacuação e transporte táctico tão necessários com drones capazes desse apoio. Isso é que era material para meter nesses sítios ou qualquer outro teatro como se está a ver na Ucrânia.
Tendo os aviões acaba por faltar na mesmo os helicópteros. Isso é incontornável. Por isso não me faz sentido sequer uma escolha de opções.

Parece mais coisa de promover um conceito e de vender.

A opção de treino em falta que tenha as caraterísticas necessárias sem estar com isto de forçar helicóptero vs avião para  ir fazer uns biscates e fazer vontade a alguns bem colocados

Até acrescento, porque é que Portugal não tem ainda algum tipo de drone armado, para começar a planear e treinar operações com esse meio interligados com outros no terreno? estão a espera do século 22?
Como aconteceu nos primórdios da aviação, que eram só para observação e  reconhecimento até se lembrarem de largar a mão umas granadas.
Os Drones até tem maior disponibilidade e podem estar mais tempo em voo a aguardar.
Nada que alguém não saiba
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: tenente em Outubro 04, 2022, 08:08:21 am
Acabei de me registar, depois de ler regularmente alguns dos comentários interessantes deste fórum. Não sou militar, mas entendo que Portugal deve dar uma grande importância às Forças Armadas, tendo em conta particularmente o enorme mar territorial/económico do país. Estará aí, na minha opinião, um futuro mais próspero para os portugueses aos quais se deve dar primazia na exploração dos mesmos.
A propósito desta discussão crónica sobre as vantagens/desvantagens do ST/helicóptero, aproveito para colocar esta questão que ainda não vi respondida: o helicóptero, com menor velocidade e voando a mais baixa altitude, não é mais vulnerável a ataques de um inimigo localizado no terreno? Por outro lado, precisando o helicóptero de uma tripulação mínima de 4 militares (pilotos+2), não ficam expostos ao perigo mais pessoal, comparando com apenas 1/2 pilotos do ST?

Assim de repente trocávamos fragatas de 170 almas por barcos rápidos lança misseis de 10. Mas não tem nada a ver o tipo de missão e de teatro de operação.

O que está em causa entre outros é o teatro restrito de operações do aviãozito, comparado com um meio que além de capacidade de evacuação ou colocação no terreno de uma força, ainda a apoio com fogo de armas, em teatros que não só o de ir fazer uma eventual missão da ONU num buraco do mundo e, com armas de ataque eficaz próximo, sem ser só munições mais ou menos inteligentes e caras lá do alto ou a maior velocidade. Até nisso há limites.
Voar baixo também tem vantagens, até porque porque há sempre vantagens e desvantagem em todos os meios.
Se houver feridos numa coluna, onde andam os helicópteros? Por essa ordem de ideias não eram evacuados de helicópteros para não os expor.

Para isso completava-se os helicópteros de evacuação e transporte táctico tão necessários com drones capazes desse apoio. Isso é que era material para meter nesses sítios ou qualquer outro teatro como se está a ver na Ucrânia.
Tendo os aviões acaba por faltar na mesmo os helicópteros. Isso é incontornável. Por isso não me faz sentido sequer uma escolha de opções.

Parece mais coisa de promover um conceito e de vender.

A opção de treino em falta que tenha as caraterísticas necessárias sem estar com isto de forçar helicóptero vs avião para  ir fazer uns biscates e fazer vontade a alguns bem colocados

Até acrescento, porque é que Portugal não tem ainda algum tipo de drone armado, para começar a planear e treinar operações com esse meio interligados com outros no terreno? estão a espera do século 22?
Como aconteceu nos primórdios da aviação, que eram só para observação e  reconhecimento até se lembrarem de largar a mão umas granadas.
Os Drones até tem maior disponibilidade e podem esta mais tempo em voo a aguardar

Bem escrito !!
Eu já comentei o que tinha a comentar neste tópico.

Abraços
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Red Baron em Outubro 04, 2022, 08:50:15 am
O problema dos drones é não termos uma rede própria de satellites, por isso estamos sempre dependentes de terceiros.
E geralmente não sai muito barato a operação.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Visitante123 em Outubro 04, 2022, 11:19:27 am
É de mim ou alguém atualizou o primeiro resultado do Google sobre o Super Tucano e pôs a autonomia de vôo em 4820 kms desde ontem?

Estou a sentir-me observado.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Outubro 04, 2022, 01:10:22 pm
Assim de repente trocávamos fragatas de 170 almas por barcos rápidos lança misseis de 10. Mas não tem nada a ver o tipo de missão e de teatro de operação.

O que está em causa entre outros é o teatro restrito de operações do aviãozito, comparado com um meio que além de capacidade de evacuação ou colocação no terreno de uma força, ainda a apoio com fogo de armas, em teatros que não só o de ir fazer uma eventual missão da ONU num buraco do mundo e, com armas de ataque eficaz próximo, sem ser só munições mais ou menos inteligentes e caras lá do alto ou a maior velocidade. Até nisso há limites.
Voar baixo também tem vantagens, até porque porque há sempre vantagens e desvantagem em todos os meios.
Se houver feridos numa coluna, onde andam os helicópteros? Por essa ordem de ideias não eram evacuados de helicópteros para não os expor.

Para isso completava-se os helicópteros de evacuação e transporte táctico tão necessários com drones capazes desse apoio. Isso é que era material para meter nesses sítios ou qualquer outro teatro como se está a ver na Ucrânia.
Tendo os aviões acaba por faltar na mesmo os helicópteros. Isso é incontornável. Por isso não me faz sentido sequer uma escolha de opções.

Parece mais coisa de promover um conceito e de vender.

A opção de treino em falta que tenha as caraterísticas necessárias sem estar com isto de forçar helicóptero vs avião para  ir fazer uns biscates e fazer vontade a alguns bem colocados

Até acrescento, porque é que Portugal não tem ainda algum tipo de drone armado, para começar a planear e treinar operações com esse meio interligados com outros no terreno? estão a espera do século 22?
Como aconteceu nos primórdios da aviação, que eram só para observação e  reconhecimento até se lembrarem de largar a mão umas granadas.
Os Drones até tem maior disponibilidade e podem estar mais tempo em voo a aguardar.
Nada que alguém não saiba

Está difícil os defensores do ST perceberem a diferença entre usar um meio mais versátil, que desempenhe COIN bem o suficiente, e que seja muito mais adequado para outras missões, em vez de usar um meio que é excelente para COIN, mas inútil para o resto.

Também está difícil perceberem que, para ter o ST em África, será necessário na mesma um helicóptero para as restantes missões, o que vai obrigar a ter 2 tipos de aeronave destacados, o que arruma logo as vantagens do custo h/voo do ST.

E também não entendem que, para ter mais uma aeronave de combate com o ST, tem que haver treino para os pilotos, que implica sempre muitas horas e dinheiro. Esta despesa, faz falta nas restantes esquadras, que têm sempre falta de verba, mas em vez de ser gasto nelas, será gasto a treinar pilotos para uma aeronave/missão única, e que não trará benefícios para mais nenhum TO. Ao menos, com os helicópteros, o treino em helicópteros armados, é útil não só para as missões em África, mas também para eventuais missões de defesa territorial, missões NATO, apoio a operações anfíbias, etc.

Mas pronto, um dia em que as missões em África acabem, ou os TO não permitam a utilização do ST, ficamos com uma aeronave inútil, e que nem a missão de treino faz como deve ser.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: mafets em Outubro 04, 2022, 02:16:23 pm
Como não sou defensor do ST ou qualquer outro modelo de treino, digo o seguinte: O ST assim como outros modelos é treino avançado. E assim como outros modelos, desde que, se mantenha a capacidade de levar armas (porque uns carolas que por aí ainda, acham que o epsilon era tipo Chip, não tinha de levar armas), não precisa de ter uma versão COIN. Basta a versão básica e serve para uma boa parte dos cenários. O que é que implica a vinda de uma versão COIN? A mesma que os Merlin CSAR. Vai passar a maior parte do tempo em treino e nunca mete o traseiro em África ou noutro sítio qualquer, pois não existe pilin, nem para peças nem para logistica e pessoal.  Tenho dito.  :mrgreen:

(https://www.defensa.com/foto-articulo-fichero_27662_20210803.jpg,640,401,0.jpg)


Saudações

P.S. Voltando aos helis, faz me lembrar o Jet Ranger. Muitos usavam para treino e mandar uns tiritos. Nós nem o compramos. Portanto entre ter, usar e armar, a distância é grande. Ou seja feliz provável sina se os de treino e os helis vierem  :-P

(https://cdn-defesaaereanaval.nuneshost.com/wp-content/uploads/2020/12/IH-6B-armado.jpg)



   
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Outubro 04, 2022, 04:16:41 pm
E é aqui que ninguém se entende. Uns dizem que o ST a vir para a FAP, terá como missão primária COIN, e treino é secundário, outros dizem que é exactamente o oposto. Afinal em que é que ficamos?  ::)

E que pancada é esta agora de tentar forçar o armamento de aeronaves de treino a hélice, para uma missão que nem sequer é prioritária, nem é uma capacidade útil fora das missões em África?

E que tal adquirir uma aeronave de treino para, pasmem-se, treino, que tenha custos minimamente reduzidos, logística simplificada e porque não, coincidente com os vizinhos, e que permita substituir não só o AJ, como o Epsilon, tendo depois apenas de substituir o Chipmunk por outra aeronave a hélice barata ou pelo próprio TB-30, reduzindo a frota de treino para apenas 2 modelos (a vinda do ST obriga a 3)? E então usar helicópteros armados (UH-60) para as tais missões em África, simplificando a logística?

Não entendo para que andamos a complicar. 
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: mafets em Outubro 04, 2022, 04:42:47 pm
E é aqui que ninguém se entende. Uns dizem que o ST a vir para a FAP, terá como missão primária COIN, e treino é secundário, outros dizem que é exactamente o oposto. Afinal em que é que ficamos?  ::)

Quem não tem aparelhos são os caracóis e a esquadra continua activa. Voltamos ao exemplo dos Merlin Csar, mesmo que venham 12, 6 dos quais mais virados para Coin, vão é fazer treino. Como os Merlin Csar fazem é sar.  :P

E que pancada é esta agora de tentar forçar o armamento de aeronaves de treino a hélice, para uma missão que nem sequer é prioritária, nem é uma capacidade útil fora das missões em África?
Nenhuma. Mesmo o PC21 leva 5 pontos para armas, como qualquer avião de treino, actual e do passado. Cá é que somos pacifistas e os Epsilon vieram limpinhos.  :mrgreen:

E que tal adquirir uma aeronave de treino para, pasmem-se, treino, que tenha custos minimamente reduzidos, logística simplificada e porque não, coincidente com os vizinhos, e que permita substituir não só o AJ, como o Epsilon, tendo depois apenas de substituir o Chipmunk por outra aeronave a hélice barata ou pelo próprio TB-30, reduzindo a frota de treino para apenas 2 modelos (a vinda do ST obriga a 3)? E então usar helicópteros armados (UH-60) para as tais missões em África, simplificando a logística?
Como o Koala. Era para treino, já faz SAR e até umas missões com uma fusca na porta.  :mrgreen: A questão não é o tipo de aeronaves e missões, mas sim a balda que isto é. Seja o PC21, Helis ou o Epsilon tudo é viável, se houvesse organização na FAP. Como não existe, até andamos aqui a falar em uma serie de aviões e helis, mas comprados são os Uh60A para fogos e o Kc390 que supostamente também apaga fogos.  :mrgreen:

Não entendo para que andamos a complicar.
Dc, não existe complicação. Apenas uma forma possível de organização de meios que se venham a adquirir, que é diferente das que outras pessoas defendem mas, para mim, não é descabida. Primeiro, porque não tens avião de treino nos caracóis, segundo porque mesmo que 6 ST venham a dar também para COIN, vão continuar a fazer treino.  É uma opção. Ponto. Existem melhores e piores (se vier a acontecer), como tudo na vida.

Saudações
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Outubro 04, 2022, 05:36:37 pm
Quem não tem aparelhos são os caracóis e a esquadra continua activa. Voltamos ao exemplo dos Merlin Csar, mesmo que venham 12, 6 dos quais mais virados para Coin, vão é fazer treino. Como os Merlin Csar fazem é sar.  :P

Os Merlin CSAR custam o mesmo para SAR que os normais. O ST militarizado custa mais para treino que uma aeronave de treino simples. Se a prioridade é treino (coisa que ainda há afirmações contraditórias), que se compre a aeronave de treino mais adequada, coisa que o ST não é.

Os Merlin não são usados para CSAR por culpa de uns quantos factores, desde a não assinatura dos contratos de manutenção, que obriga à canibalização de parte da frota, à inexistência do LPD para o qual foram adquiridos. Depois temos as questões adjacentes, como as limitações do aparelho, nomeadamente o seu armamento estar limitado a umas metralhadoras, e aí as doutrinas da maioria dos países diz para serem escoltados por outro aparelho.

Citar
Nenhuma. Mesmo o PC21 leva 5 pontos para armas, como qualquer avião de treino, actual e do passado. Cá é que somos pacifistas e os Epsilon vieram limpinhos.  :mrgreen:

É cada vez menos usual ver aeronaves de treino a hélice armadas. Existem excepções sim, mas onde nos situamos, quase ninguém opta por isso. Simplesmente há outros meios onde é prioritário investir, e turboprops não são adequados para a guerra moderna, estando limitados a um nicho de missões como COIN e combate ao narcotráfico.

Citar
Como o Koala. Era para treino, já faz SAR e até umas missões com uma fusca na porta.  :mrgreen: A questão não é o tipo de aeronaves e missões, mas sim a balda que isto é. Seja o PC21, Helis ou o Epsilon tudo é viável, se houvesse organização na FAP. Como não existe, até andamos aqui a falar em uma serie de aviões e helis, mas comprados são os Uh60A para fogos e o Kc390 que supostamente também apaga fogos.  :mrgreen:

Que eu saiba, o Koala "armado", apenas se viu em... treino.

E para acabar com a balda que isto é, é que as aquisições devem ser feitas com base em critérios definidos, e acabar com estas aquisições para "tapar buracos", muitas vezes sem qualquer racional.
Aconteceu com o Koala, e aparentemente vai acontecer com o ST, e perante qualquer argumento racional contra tal opção, vêm dizer que "é melhor que nada". Acho que já chega de remendos, e devíamos começar a fazer aquisições de forma racional.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: LM em Outubro 04, 2022, 06:18:37 pm
Vamos ter um sistema (o ST) que é caro para a missão treino e limitado... que retira recursos onde falta tanta coisa (materiais e humanos), incluindo uma esquadra de helicópteros médios capazes de transportar (e apoiar) uns 100 homens... para uns possíveis conflitos em África; que, se existirem (e houver possibilidade e utilidade em ter lá os ST), passa pelo nosso governo aceitar lá os colocar (se missão da UE) ou que a ONU aceite (e pagar) os lá ter; e que, depois, não corra mal (um abatido, destruir uma festa privada de um Senhor da Guerra com "inocentes", etc). Em uma época em que drones armados são cada vez mais usuais...

 ::)

     
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Pescador em Outubro 04, 2022, 08:50:31 pm
Portugal
Portugal has shown interest in acquiring at least 10 aircraft.[142] In 2022 it was reported that the Portuguese Air Force was proposed to purchase 12 second-hand A-29 Super Tucanos aircraft from the reserves of the Brazilian Air Force.[143] In august 2022 the Chief of Staff of the Air Force admitted the air force's interest in acquiring propeller aircraft for combat missions.[144]

Suriname
Suriname is interested in purchasing between two and four Super Tucanos for light attack roles.[145]

Copiei da Wiki, só para dar graça à coisa e onde estamos.
Se forem ver a lista é um mimo. Entretanto de País Europeu, com responsabilidades acrescidas na Europa com um imenso Atlântico, vamos alinhar na equipa dos exóticos.

Só mesmo para comprar aos compinchas de alguns

Temos um Lulas, uns Hugos, uns Eduardos(foi-se) por cá
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: mafets em Outubro 06, 2022, 12:19:19 pm


Os Merlin CSAR custam o mesmo para SAR que os normais. O ST militarizado custa mais para treino que uma aeronave de treino simples. Se a prioridade é treino (coisa que ainda há afirmações contraditórias), que se compre a aeronave de treino mais adequada, coisa que o ST não é.

Os Merlin CSAR não são iguais aos Merlin SAR o que implica um custo de aquisição diferente e obviamente também de manutenção. Basta olhares para a frente do Bicho, entre outros sistemas. Mesmo não instalados o facto de terem sido feitos a pensar nisso, obviamente trás diferenças. Caso da possibilidade de levarem blindagem, entre outros obviamente. Uma versão só para SAR tem sempre valores mais baixos, pois tem menos sistemas.

(https://www.emfa.pt/paginas/fap/ficheiros/noticias/2018/08/1331692911912011809135828677195381738899119o.jpg)

(https://i.pinimg.com/originals/f4/b6/2a/f4b62ad4c4b9813b8ffcd754425891a0.jpg)

Para mim a prioridade é treino. Aliás, varias vezes tenho dito que por mim a opção AMX T2 era melhor e até dava para ir dar uns tiros para qualquer lado, mas isso sou eu.
(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2009/09/amx-t-500x354.jpg)

Os Merlin não são usados para CSAR por culpa de uns quantos factores, desde a não assinatura dos contratos de manutenção, que obriga à canibalização de parte da frota, à inexistência do LPD para o qual foram adquiridos. Depois temos as questões adjacentes, como as limitações do aparelho, nomeadamente o seu armamento estar limitado a umas metralhadoras, e aí as doutrinas da maioria dos países diz para serem escoltados por outro aparelho.
Isso é uma parte do problema. Falta a outra, nomeadamente a falta de pessoal. Quanto as limitações do aparelho temos nações a usar helis bem maiores como o Chinoock. O problema é que até os escoltavam com Kiowa Warrior. Nós nem a borla como os gregos fomos buscar uns. Talvez porque falta pessoal, e mal ou menos os caracóis continuam activos.
(https://c8.alamy.com/comp/HEMPR6/a-us-army-oh-58d-kiowa-warrior-helicopter-piloted-by-a-soldier-with-HEMPR6.jpg)

É cada vez menos usual ver aeronaves de treino a hélice armadas. Existem excepções sim, mas onde nos situamos, quase ninguém opta por isso. Simplesmente há outros meios onde é prioritário investir, e turboprops não são adequados para a guerra moderna, estando limitados a um nicho de missões como COIN e combate ao narcotráfico.
Tão pouco usual que os Mexicanos optaram por armar os seus T6C. Já agora, os Ucranianos demonstram interesse nos ST desde 2020.  Exemplos é o que não faltam. Até o AN2 já anda pela guerra da Ucrânia.

(https://theaviationist.com/wp-content/uploads/2022/03/An2Drones_10-706x314.jpg)

https://www.kyivpost.com/ukraine-politics/facing-tough-choice-ukraines-air-force-contemplates-buying-brazilian-attack-aircraft.html (https://www.kyivpost.com/ukraine-politics/facing-tough-choice-ukraines-air-force-contemplates-buying-brazilian-attack-aircraft.html)

Que eu saiba, o Koala "armado", apenas se viu em... treino.

Dá-lhe tempo que vais ver em muitas mais coisas. Tempo e mais duas unidades.

E para acabar com a balda que isto é, é que as aquisições devem ser feitas com base em critérios definidos, e acabar com estas aquisições para "tapar buracos", muitas vezes sem qualquer racional.

Sem qualquer lógica racional é um Porta-Drones ou  andar a acenar que tudo que se compra com asas ou hélices é para combater fogos. Se tens uma esquadra de formação activa e sem meios, das duas uma. Ou acabas com elas ou adquires meios. Se é A ou B, se um é melhor que outro é normal que se debata e que existam divergência de opiniões. O que não é normal é ter uma esquadra activa sem meios.

Aconteceu com o Koala, e aparentemente vai acontecer com o ST, e perante qualquer argumento racional contra tal opção, vêm dizer que "é melhor que nada". Acho que já chega de remendos, e devíamos começar a fazer aquisições de forma racional.

Com o koala assim como o ST são meios que vêm por uma razão, pelo menos para mim, treino.  Algo que não existia e não existe no caso dos caracóis. Se vem o meio A e B com a capacidade C ou D, já é outro debate, com a sua lógica face ao que cada um pensa das F.A. e dos meios que deve ter. Agora para mim, o que é totalmente irracional é o que se passa com a marinha, em que existe carência de tudo e inventam-se navios para missões da treta, que nem tão pouco estão deficitárias.



Cumprimentos
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Lightning em Outubro 06, 2022, 12:57:17 pm


Os Merlin CSAR custam o mesmo para SAR que os normais. O ST militarizado custa mais para treino que uma aeronave de treino simples. Se a prioridade é treino (coisa que ainda há afirmações contraditórias), que se compre a aeronave de treino mais adequada, coisa que o ST não é.

Os Merlin CSAR não são iguais aos Merlin SAR o que implica um custo de aquisição diferente e obviamente também de manutenção. Basta olhares para a frente do Bicho, entre outros sistemas. Mesmo não instalados o facto de terem sido feitos a pensar nisso, obviamente trás diferenças. Caso da possibilidade de levarem blindagem, entre outros obviamente. Uma versão só para SAR tem sempre valores mais baixos, pois tem menos sistemas.

(https://www.emfa.pt/paginas/fap/ficheiros/noticias/2018/08/1331692911912011809135828677195381738899119o.jpg)

Eu acho que o DC quer dizer que custam o mesmo no custo operacional, na hora de voo, não é no custo da compra.

Eu só vim indicar um pormenor, que é o EH101 da foto não é um SAR, mas um SIFICAP, tem os megafones do lado esquerdo.

Nesta foto percebe-se melhor.
(https://imagizer.imageshack.com/v2/640x480q90/922/4AF4a0.jpg)

Mas também fiquei a saber outra coisa ao ver essa foto, é que ao contrário dos 6 SAR, os 2 SIFICAP não parecem ser militarizados.

É que os 6 SAR tem as alterações físicas na estrutura e supostamente também tem as ligações internas para receberem equipamentos de guerra electrónica (falta apenas comprar os equipamentos).

(https://cdn.jetphotos.com/400/1/39700_1129217656.jpg)

(https://i.pinimg.com/736x/f7/77/5d/f7775dc5d7cbe1bfd4976ca3ed4d5a65--modern-warfare-airplane.jpg)

Nota-se neste uns "altos" no nariz com uma tampinha, que nos CSAR tem equipamentos, e nos SIFICAP não existem, é tudo liso.

Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Outubro 06, 2022, 01:49:28 pm
Os Merlin CSAR não são iguais aos Merlin SAR o que implica um custo de aquisição diferente e obviamente também de manutenção. Basta olhares para a frente do Bicho, entre outros sistemas. Mesmo não instalados o facto de terem sido feitos a pensar nisso, obviamente trás diferenças. Caso da possibilidade de levarem blindagem, entre outros obviamente. Uma versão só para SAR tem sempre valores mais baixos, pois tem menos sistemas.

Eu sei as diferenças, mas não são suficientemente relevantes para tornar os custos de manutenção exponencialmente mais caros. A maior diferença física será a cauda dobrável (e pás também, assim de memória). Se um AH-1Z e UH-1Y partilham uns 80% dos componentes, então os Merlin 514/515/516 vão partilhar à vontade 95%.

Citar
Isso é uma parte do problema. Falta a outra, nomeadamente a falta de pessoal. Quanto as limitações do aparelho temos nações a usar helis bem maiores como o Chinoock. O problema é que até os escoltavam com Kiowa Warrior. Nós nem a borla como os gregos fomos buscar uns. Talvez porque falta pessoal, e mal ou menos os caracóis continuam activos.

E a falta de pessoal, apenas será mais grave com a vinda do ST, que vai obrigar a que seja formado pessoal de terra extra para permitir destacar lá fora (e garantir ao mesmo tempo a manutenção da restante frota cá), e ainda obriga a manter duas outras aeronaves de treino a hélice, exigindo cada uma delas pilotos e pessoal de terra próprios.
E de que adianta falar em Chinook e Kiowa Warrior, quando nós temos é Merlin e, espera-se, UH-60? O UH-60 armado até é melhor opção para escoltar que o Kiowa, e ainda demais missões que pode executar. No fim chegamos à conclusão que, qualquer helicóptero de transporte levemente armado, precisa sempre de outro de apoio.

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Para mim a prioridade é treino. Aliás, varias vezes tenho dito que por mim a opção AMX T2 era melhor e até dava para ir dar uns tiros para qualquer lado, mas isso sou eu.

A partir do momento em que a própria FAB já procura outra aeronave de treino avançado, o AMX é para esquecer, que não terá continuidade. Seria, tal como o ST, apenas um remendo, quando há soluções mais lógicas. Mais uma vez, se a prioridade é treino, compra-se 16 a 20 PC-21, para o lugar dos AJ e TB-30, os TB-30 no lugar dos Chipmunk, e reduzíamos a despesa no número de frotas de treino, que passavam de 3 para 2.

Citar
Tão pouco usual que os Mexicanos optaram por armar os seus T6C. Já agora, os Ucranianos demonstram interesse nos ST desde 2020.  Exemplos é o que não faltam. Até o AN2 já anda pela guerra da Ucrânia.

Mas, nós temos cartéis da droga em tudo o que é canto do país, ao ponto de necessitar de aeronaves para esse fim? Porque é que estamos a ser comparados com países cujas FA têm como uma das principais missões o combate ao narcotráfico? Os ucranianos demonstraram tanto interesse, que depois de lhes serem "oferecidos" os 12 ST em segunda-mão, não os quiseram. E se exemplos não faltam, dá aí um exemplo de um país de primeiro mundo que tem aeronaves a hélice armadas para combater em guerra convencional. Vê lá bem se não arranjas muitos mais exemplos de países que simplesmente usam helicópteros armados e/ou de ataque tanto para conflito convencional como não-convencional? A Suécia até prometeu comprar o ST aos brasileiros, se o Gripen ganhasse o concurso, e que modelo escolheram afinal?

Citar
Dá-lhe tempo que vais ver em muitas mais coisas. Tempo e mais duas unidades.

Em África por exemplo, ou na frente Leste? Duvido. Mas a acontecer, é porque se revelou que, afinal, em vez de se ter investido no ST, devia-se ter investido em helicópteros, para evitar a utilização dos Koala civis em missões mais exigentes do que conseguem cumprir.

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Sem qualquer lógica racional é um Porta-Drones ou  andar a acenar que tudo que se compra com asas ou hélices é para combater fogos. Se tens uma esquadra de formação activa e sem meios, das duas uma. Ou acabas com elas ou adquires meios. Se é A ou B, se um é melhor que outro é normal que se debata e que existam divergência de opiniões. O que não é normal é ter uma esquadra activa sem meios.

O Porta-Drones não tem nada a ver com os Caracóis, nem o orçamento vem do mesmo sítio (PRR vs LPM). A não ser que conseguisses financiamento do PRR para comprar aeronaves de treino, o que a conseguir, não seria o ST, made in BR a vir, mas sim um modelo europeu. Mas repara que a LPM não contemplava verba para adquirir aeronaves de treino, e na FAP não havia queixas, estava tudo bem. Surgiu a possibilidade de comprar o ST, e de repente surge verba e a FAP fica toda contente com a aquisição. Entretanto, outras opções já existiam, e se aparecesse cá a Pilatus a testar um dos seus aviões, o governo dizia logo que não íamos comprar porque "não está inscrito na LPM". Resumindo, a "esquadra sem aviões" nunca foi prioridade para ninguém, excepto quando surgiu a opção ST.
No fim, vamos ficar com uma aeronave de treino mais cara e inferior para a função, que o concorrente directo, com o falso pretexto das missões em África, que podiam e deviam estar a ser cumpridas (apenas) por helicópteros.

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Com o koala assim como o ST são meios que vêm por uma razão, pelo menos para mim, treino.  Algo que não existia e não existe no caso dos caracóis. Se vem o meio A e B com a capacidade C ou D, já é outro debate, com a sua lógica face ao que cada um pensa das F.A. e dos meios que deve ter. Agora para mim, o que é totalmente irracional é o que se passa com a marinha, em que existe carência de tudo e inventam-se navios para missões da treta, que nem tão pouco estão deficitárias.

O Koala veio para treino, com o pretexto de ser low cost (daí não se ter comprado um modelo bimotor militar), e que hoje obriga a que seja necessário adquirir mais um modelo de helicóptero militar intermédio entre o Merlin e o Koala. O mesmo acontece com o ST, vai-se comprar porque, hipoteticamente, virão uns 12 em segunda-mão baratos (que ninguém quis comprar diga-se), vai remendar a lacuna do AJ, mas por não ser adequado a todas as etapas de treino, terá que se manter 3 modelos a hélice (custos acrescidos) e no futuro terá obrigatoriamente de ser substituído/complementado por uma aeronave de treino avançado (mais despesa). Com o acréscimo de vir a ser usado para COIN, vai-se ter igualmente despesa em armas (que fará falta noutros lados), despesa em treinar pilotos para o uso das armas e ainda duplicar pessoal de terra de forma a que um destacamento em África não afecte a operacionalidade dos restantes cá. Enquanto isto, nas missões em África, além do ST, será necessário também lá ter helicópteros, para fazer todas as missões que o ST não faz, logo, mais despesa.

O PNM, é financiado, para ser um navio hidrográfico/cientifico, que, à partida, substituirá os 4 hidrográficos ao serviço (já deve permitir poupar a médio/longo prazo, em custos de manutenção e no pessoal necessário). Certo que dentro da Marinha se inventou muito sobre o navio, pra tornar o navio (financiado) algo mais do que apenas um hidrográfico, e a ver vamos se não dá origem a derrapes financeiros, esses sim já fora do "financiamento". Não é claro que, ao não construir o PNM, os 100 milhões ou lá o que é, iriam para outro tipo de navio para a Marinha (provavelmente não). Mas se fosse, esses 100 milhões davam para 1/3 de um LPD, 1/2 AOR, 1/7 de uma fragata ou 1 NPO e meio. Ou seja, não mudava praticamente nada na Marinha, e continuávamos a ter 4 hidrográficos por substituir mais tarde ou mais cedo.

Este mito que o PNM foi roubar dinheiro de outros programas, tem de acabar, porque não é real. O que é real, é que a compra dos ST (que não tem qualquer verba prevista), essa sim vai roubar verba a algum buraco da LPM, não se sabe bem onde, nem quanto, mas virá de algum lado. Agora sim, podemos comparar com a Marinha, que aquando do abate do Bérrio, não se comprou nenhum AOR porque "a verba não está prevista até 2027". Para uns casos a LPM é inalterável, para outros não é.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: mafets em Outubro 06, 2022, 04:55:46 pm


Eu sei as diferenças, mas não são suficientemente relevantes para tornar os custos de manutenção exponencialmente mais caros. A maior diferença física será a cauda dobrável (e pás também, assim de memória). Se um AH-1Z e UH-1Y partilham uns 80% dos componentes, então os Merlin 514/515/516 vão partilhar à vontade 95%.

Eu também tinha essa ideia e porem não foi isso que me disseram na BA6.

E a falta de pessoal, apenas será mais grave com a vinda do ST, que vai obrigar a que seja formado pessoal de terra extra para permitir destacar lá fora (e garantir ao mesmo tempo a manutenção da restante frota cá), e ainda obriga a manter duas outras aeronaves de treino a hélice, exigindo cada uma delas pilotos e pessoal de terra próprios.
Duvido no actual quadro que o destacar lá fora, saia do papel. No que diz respeito à questão dos meios a FAP preferia um jacto o que iria sempre obrigar a manter o Epsilon, Chip ou que viesse a seguir.

E de que adianta falar em Chinook e Kiowa Warrior, quando nós temos é Merlin e, espera-se, UH-60? O UH-60 armado até é melhor opção para escoltar que o Kiowa, e ainda demais missões que pode executar. No fim chegamos à conclusão que, qualquer helicóptero de transporte levemente armado, precisa sempre de outro de apoio.
Resta saber se vai ser armado. O Merlin até hoje não foi. Portanto...


A partir do momento em que a própria FAB já procura outra aeronave de treino avançado, o AMX é para esquecer, que não terá continuidade. Seria, tal como o ST, apenas um remendo, quando há soluções mais lógicas. Mais uma vez, se a prioridade é treino, compra-se 16 a 20 PC-21, para o lugar dos AJ e TB-30, os TB-30 no lugar dos Chipmunk, e reduzíamos a despesa no número de frotas de treino, que passavam de 3 para 2.

A Opção T2 nunca saiu do papel. A própria FAB só vai modernizar parte dos AMX biplace pelo que fica a restante frota encaixotada à espera de Upgrade ou comprador. E para mim a opção do PC21 é viável como sempre foi. Desde que venham com os 5 pontos de armamento que mesmo para mandar uns balázios no CTA tem de se usar os F16.


Mas, nós temos cartéis da droga em tudo o que é canto do país, ao ponto de necessitar de aeronaves para esse fim? Porque é que estamos a ser comparados com países cujas FA têm como uma das principais missões o combate ao narcotráfico? Os ucranianos demonstraram tanto interesse, que depois de lhes serem "oferecidos" os 12 ST em segunda-mão, não os quiseram. E se exemplos não faltam, dá aí um exemplo de um país de primeiro mundo que tem aeronaves a hélice armadas para combater em guerra convencional. Vê lá bem se não arranjas muitos mais exemplos de países que simplesmente usam helicópteros armados e/ou de ataque tanto para conflito convencional como não-convencional? A Suécia até prometeu comprar o ST aos brasileiros, se o Gripen ganhasse o concurso, e que modelo escolheram afinal?

Mas são os EUA que produzem os Super Tucano em Sierra Nevada e os vendem para um conjunto de países, além de o "avaliarem". Salvo erro, do mesmo tipo os américas só produzem o AT6.

(https://i.ytimg.com/vi/2Q5R1I6innE/hqdefault.jpg)

Em África por exemplo, ou na frente Leste? Duvido. Mas a acontecer, é porque se revelou que, afinal, em vez de se ter investido no ST, devia-se ter investido em helicópteros, para evitar a utilização dos Koala civis em missões mais exigentes do que conseguem cumprir.
Esse investimento começa nas 120 milenas dos Nh90 que acabaram em zero unidades. Fora outros negócios ruinosos para as F.A.


O Porta-Drones não tem nada a ver com os Caracóis, nem o orçamento vem do mesmo sítio (PRR vs LPM). A não ser que conseguisses financiamento do PRR para comprar aeronaves de treino, o que a conseguir, não seria o ST, made in BR a vir, mas sim um modelo europeu. Mas repara que a LPM não contemplava verba para adquirir aeronaves de treino, e na FAP não havia queixas, estava tudo bem. Surgiu a possibilidade de comprar o ST, e de repente surge verba e a FAP fica toda contente com a aquisição. Entretanto, outras opções já existiam, e se aparecesse cá a Pilatus a testar um dos seus aviões, o governo dizia logo que não íamos comprar porque "não está inscrito na LPM". Resumindo, a "esquadra sem aviões" nunca foi prioridade para ninguém, excepto quando surgiu a opção ST.
No fim, vamos ficar com uma aeronave de treino mais cara e inferior para a função, que o concorrente directo, com o falso pretexto das missões em África, que podiam e deviam estar a ser cumpridas (apenas) por helicópteros.

Os Epsilon e os Falcon tiveram parte da verba da Modernização a vir da UE. Tens os CL515 que parte da verba mais uma vez vem da UE e obviamente não vão apenas apagar fogos. Já para não falar da mega lancha da GNR. Além disso as LPM nunca neste pais quiseram saber de grande coisa nem foram cumpridas na integra. Prioridade para mim sempre foram os Caracóis e a substituição dos Alpha. Falo disso em muitos posts. O resto já não é comigo.


O Koala veio para treino, com o pretexto de ser low cost (daí não se ter comprado um modelo bimotor militar), e que hoje obriga a que seja necessário adquirir mais um modelo de helicóptero militar intermédio entre o Merlin e o Koala. O mesmo acontece com o ST, vai-se comprar porque, hipoteticamente, virão uns 12 em segunda-mão baratos (que ninguém quis comprar diga-se), vai remendar a lacuna do AJ, mas por não ser adequado a todas as etapas de treino, terá que se manter 3 modelos a hélice (custos acrescidos) e no futuro terá obrigatoriamente de ser substituído/complementado por uma aeronave de treino avançado (mais despesa). Com o acréscimo de vir a ser usado para COIN, vai-se ter igualmente despesa em armas (que fará falta noutros lados), despesa em treinar pilotos para o uso das armas e ainda duplicar pessoal de terra de forma a que um destacamento em África não afecte a operacionalidade dos restantes cá. Enquanto isto, nas missões em África, além do ST, será necessário também lá ter helicópteros, para fazer todas as missões que o ST não faz, logo, mais despesa.

Volto a dizer que a questão treino e as missões do Al III teriam sempre que ser contabilizadas. Portanto um terceiro heli teria sempre que ser contemplado. Os Koala pecam pelo baixo número de unidades, pois nem para treino, SAR e os tais apaga fogos dão. Quanto ao ST em Africa só se os Francius pagarem, de resto não estou a ver. Então se formos ao exemplo da RCA só levamos os meios terrestres e andamos a usar os Mi disponíveis pela ONU.

O PNM, é financiado, para ser um navio hidrográfico/cientifico, que, à partida, substituirá os 4 hidrográficos ao serviço (já deve permitir poupar a médio/longo prazo, em custos de manutenção e no pessoal necessário). Certo que dentro da Marinha se inventou muito sobre o navio, pra tornar o navio (financiado) algo mais do que apenas um hidrográfico, e a ver vamos se não dá origem a derrapes financeiros, esses sim já fora do "financiamento". Não é claro que, ao não construir o PNM, os 100 milhões ou lá o que é, iriam para outro tipo de navio para a Marinha (provavelmente não). Mas se fosse, esses 100 milhões davam para 1/3 de um LPD, 1/2 AOR, 1/7 de uma fragata ou 1 NPO e meio. Ou seja, não mudava praticamente nada na Marinha, e continuávamos a ter 4 hidrográficos por substituir mais tarde ou mais cedo.

Quero ver como se mete um navio de 100 metros onde se metia uma Lancha Hidrográfica. 100 milhões da para um AOR e parte dos AOR nem armas levam . Enfim, cenas estranhas...

Este mito que o PNM foi roubar dinheiro de outros programas, tem de acabar, porque não é real. O que é real, é que a compra dos ST (que não tem qualquer verba prevista), essa sim vai roubar verba a algum buraco da LPM, não se sabe bem onde, nem quanto, mas virá de algum lado. Agora sim, podemos comparar com a Marinha, que aquando do abate do Bérrio, não se comprou nenhum AOR porque "a verba não está prevista até 2027". Para uns casos a LPM é inalterável, para outros não é.

Dc, mesmo que tu tenhas um financiamento de 100%, tens a logística, manutenção e emprego operacional. E esse dinheiro como é obvio vem na maior parte da marinha. A questão do AOR e do LPD para mim sempre foi falta de vontade. Até porque um dos LPD italianos é da proteção civil.  Mas por cá além das capelinhas tens as prioridades para ir pedir a Bruxelas. E nesse campo a FAP só teve direito a verba para modernização. Portanto, para mim é político. Mas isto é a minha humilde opinião.

Saudações
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Subsea7 em Outubro 06, 2022, 05:15:53 pm
Os franceses não vão pagar para comprar-mos ST !
No máximo ajudavam com NH-90 usados, recondicionados e armados !
Cps,
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Lightning em Outubro 06, 2022, 08:47:28 pm
Quero ver como se mete um navio de 100 metros onde se metia uma Lancha Hidrográfica.

Penso que seja para isso que servem os drones :mrgreen:

Deve bastar o porta-drones estar ao largo e enviar o drone de superficie para essas zonas menos fundas...

Eu quero saber é como um unico navio vai fazer o trabalho de 4, mesmo que os D.Carlos por vezes andassem a fazer de patrulha, o que talvez demonstre que não há assim tanto trabalho "hidrográfico"...
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: mafets em Outubro 07, 2022, 10:13:27 am
Ou seja, estamos a fazer um levantamento hidrográfico no alto douro e fica o porta drones na foz. Coisa esperta e que deve ser eficaz..  :mrgreen:

(https://lsts.fe.up.pt/oldblog/sites/www.lsts.pt/files/blog/FOTO-Mainha-REP-17-610x310.jpg)

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&epic=ZTBhc3yP6M8gYnqHRZbn30fPOkUm0R3e1L5oR5qwZtn3AuUg/F17TeANCYTqvjSES1mO3rs41yMP0I7EzSWIBk/PcOCNxTLGQfinh9H02i2EKu0=)

Nh90? Depois de 120 milhões perdidos e com os problemas que o modelo dá? Mas depressa os via a passar alguns Tucano para a Fap e nós a aceitarmos.  :mrgreen:

(https://cdn.planespotters.net/00036/312-jp-french-air-force-france-embraer-emb-312-tucano_PlanespottersNet_116845_b35c332240_o.jpg)

Já agora, também pode ser armado.  :mrgreen:

(https://4.bp.blogspot.com/-lRWJ2kMO2_o/VtxZkQAEFEI/AAAAAAAAZS4/xpOyvEyYqpE/s1600/AT-27%2B%2528EMB-312%2529%2BFA%2Bdo%2BPeru.jpg)

Saudações  :mrgreen:

Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Lightning em Outubro 07, 2022, 01:37:28 pm
Calma, foi só uma hipótese que me sirgiu, não sou o construtor do dito.

Ou talvez o porta-drones seja apenas para substituir os hidrográficos maiores, mas não as lanchas... ;)
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Outubro 07, 2022, 04:35:48 pm
Duvido no actual quadro que o destacar lá fora, saia do papel. No que diz respeito à questão dos meios a FAP preferia um jacto o que iria sempre obrigar a manter o Epsilon, Chip ou que viesse a seguir.

Eu não duvido, já que vamos servir de montra do ST na Europa, logo não é apenas com a missão de treino que o vai fazer, já que é inferior ao concorrente directo neste aspecto, restando-lhe tentar impressionar no COIN em África. Mais depressa não enviam é os helicópteros de "evacuação", e vão usar a desculpa que "esses meios podem ser fornecidos por outros países", argumento esse que, por coincidência, não toca no ST, apesar de haver vários utilizadores em África.

Citar
Resta saber se vai ser armado. O Merlin até hoje não foi. Portanto...

Com a vinda do ST, o mais certo é os "estrategas" virem dizer que afinal não é preciso armar os helicópteros para África, logo já será uma sorte se receberem metralhadoras nas portas laterais. Lá está, o efeito dominó da vinda de uma aeronave a hélice armada, que vai "bloquear" a vinda de armamento para as demais esquadras.

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A Opção T2 nunca saiu do papel. A própria FAB só vai modernizar parte dos AMX biplace pelo que fica a restante frota encaixotada à espera de Upgrade ou comprador. E para mim a opção do PC21 é viável como sempre foi. Desde que venham com os 5 pontos de armamento que mesmo para mandar uns balázios no CTA tem de se usar os F16.

O ponto fulcral é que nem para a FAB, o ST serve para treino avançado. O que nos vai obrigar mais tarde ou mais cedo a comprar outra aeronave, ou a andar a pagar horas noutro lado. E agora só por curiosidade, hoje em dia ainda é essencial aeronaves de treino serem capazes de lançar armamento (pelo menos no caso das aeronaves a hélice que vão formar pilotos de caças)? Compensa sequer os custos, dadas as diferenças de performance e capacidades entre as aeronaves? Um bom assunto a debater creio, principalmente quando me parece que os franceses por exemplo, não o fazem com os seus PC-21 (creio eu, que nunca vi um PC-21 armado).

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Mas são os EUA que produzem os Super Tucano em Sierra Nevada e os vendem para um conjunto de países, além de o "avaliarem". Salvo erro, do mesmo tipo os américas só produzem o AT6.

E pretendem usar no US SOCOM, ou seja, para missões de nicho, e eles têm dinheiro para essas andanças. Nós precisamos é de meios que sejam o mais versáteis possível, ou meios que, no caso de serem "mono-missão", sejam baratos e simples. O ST não é nenhum dos dois.

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Esse investimento começa nas 120 milenas dos Nh90 que acabaram em zero unidades. Fora outros negócios ruinosos para as F.A.

E isso não tem muito a ver com a vinda do ST. Quanto muito, servirá de alerta para estes negócios da treta para ajudar os amigos, sem quaisquer critérios técnicos em consideração.

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Os Epsilon e os Falcon tiveram parte da verba da Modernização a vir da UE. Tens os CL515 que parte da verba mais uma vez vem da UE e obviamente não vão apenas apagar fogos. Já para não falar da mega lancha da GNR. Além disso as LPM nunca neste pais quiseram saber de grande coisa nem foram cumpridas na integra. Prioridade para mim sempre foram os Caracóis e a substituição dos Alpha. Falo disso em muitos posts. O resto já não é comigo.

Essencialmente tudo o que é meio civil. Mas agora imagina precisarmos de ajuda para modernizar os Epsilon, que são tostões comparados com os restantes programas. O CL515 é para apagar fogos, não é uma fragata. O patrulha da GNR foi com financiamento que a Marinha não conseguiria de qualquer maneira. Pena é não se ter utilizado esse financiamento, para adquirir mais e substituir os Cacine de vez, nem que a GNR ficasse com essa parte da responsabilidade, e a Marinha com a vertente Oceânica.

As LPM nunca se cumprem na íntegra, mas também nunca acontece o Governo aceitar alterar a dita Lei, para adquirir mais meios militares. No caso do AOR, não se pode mexer, mas para os amigos do ST, já pode, e é esta a maior indignação de todas.
Quanto ao que é ou não prioridade, é simples, importa é que o treino seja ministrado, seja comprando horas, seja com aeronaves próprias, seja numa escola conjunta. Por outro lado, para os meios de combate, já não há estas soluções.

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Volto a dizer que a questão treino e as missões do Al III teriam sempre que ser contabilizadas. Portanto um terceiro heli teria sempre que ser contemplado. Os Koala pecam pelo baixo número de unidades, pois nem para treino, SAR e os tais apaga fogos dão. Quanto ao ST em Africa só se os Francius pagarem, de resto não estou a ver. Então se formos ao exemplo da RCA só levamos os meios terrestres e andamos a usar os Mi disponíveis pela ONU.

E um helicóptero ligeiro bimotor militar fazia isso, sobretudo se comprado em número suficiente. Não te ficava é pelos tais 20 milhões. A diferença é que, com a vinda do koala e agora do héli de evacualão, não terás 3 modelos de héli nas FA, terás 4 (Lynx, Koala, Merlin e o que se espera UH-60). Isto sem contar com os de combate aos fogos. Resta a esperança que, para voltar a reduzir esse nº para 3 modelos, venha mesmo o UH-60 para a FAP e no futuro SH/MH-60 para a Marinha.
Então e se o uso do ST em África estiver limitado pelo financiamento dos franceses, isso não revela ainda mais a não necessidade da aquisição deste modelo de aeronave? Vamos acabar a ter um avião de treino a hélice, que é mais caro e pior para treino, que o PC-21.  ::)

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Quero ver como se mete um navio de 100 metros onde se metia uma Lancha Hidrográfica. 100 milhões da para um AOR e parte dos AOR nem armas levam . Enfim, cenas estranhas...

O hidrográfico será operado no Oceano, que é a maior área aquática que temos. Para rios, podes usar perfeitamente uma lancha da dimensão das Argos/Centauro (que até estão a precisar de substituição, por isso fica a ideia) e recorrer a tecnologia de UUVs. Isto de ter hidrográficos de rio, só fazia sentido se tivéssemos o Amazonas.

100 milhões dá para um AOR made in China. Se o Maud, made in Coreia do Sul, custou 150 milhões, então um feito na Europa, custará tanto ou mais. Com 100 milhões, compras um AOR rudimentar. Não esquecer que os NPOs custam entre 50 a 60 milhões cada um, sem armamento nem sensores militares.

Citar
Dc, mesmo que tu tenhas um financiamento de 100%, tens a logística, manutenção e emprego operacional. E esse dinheiro como é obvio vem na maior parte da marinha. A questão do AOR e do LPD para mim sempre foi falta de vontade. Até porque um dos LPD italianos é da proteção civil.  Mas por cá além das capelinhas tens as prioridades para ir pedir a Bruxelas. E nesse campo a FAP só teve direito a verba para modernização. Portanto, para mim é político. Mas isto é a minha humilde opinião.

Isso seria um argumento válido, se o navio não viesse substituir nada. Mas como vem substituir 2 a 4 hidrográficos, acabas por ficar a ganhar. Pode-se sim, é questionar os custos da complicação que será a operação como "porta-drones", já que isso implicará, desde logo, a compra dos drones e treino envolvendo este tipo de meio numa doutrina completamente nova.

O AOR foi sem dúvida falta de vontade, até porque há anos que falamos de um em segunda-mão, e diziam sempre que "na LPM não se mexe", logo não arranjavam verba, já para o ST, esta regra não se vai aplicar. O LPD é mais complicado, já que exige guarnição grande, maiores custos tanto de aquisição como de operação, numa Marinha que tem poucas fragatas, ainda por cima coxas. Se o PNM é despesa para a Marinha, então a besta do LPD é um buraco negro para os recursos.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: Red Baron em Outubro 08, 2022, 11:33:56 am
Duvido no actual quadro que o destacar lá fora, saia do papel. No que diz respeito à questão dos meios a FAP preferia um jacto o que iria sempre obrigar a manter o Epsilon, Chip ou que viesse a seguir.

Eu não duvido, já que vamos servir de montra do ST na Europa, logo não é apenas com a missão de treino que o vai fazer, já que é inferior ao concorrente directo neste aspecto, restando-lhe tentar impressionar no COIN em África. Mais depressa não enviam é os helicópteros de "evacuação", e vão usar a desculpa que "esses meios podem ser fornecidos por outros países", argumento esse que, por coincidência, não toca no ST, apesar de haver vários utilizadores em África.

Citar
Resta saber se vai ser armado. O Merlin até hoje não foi. Portanto...

Com a vinda do ST, o mais certo é os "estrategas" virem dizer que afinal não é preciso armar os helicópteros para África, logo já será uma sorte se receberem metralhadoras nas portas laterais. Lá está, o efeito dominó da vinda de uma aeronave a hélice armada, que vai "bloquear" a vinda de armamento para as demais esquadras.

Citar
A Opção T2 nunca saiu do papel. A própria FAB só vai modernizar parte dos AMX biplace pelo que fica a restante frota encaixotada à espera de Upgrade ou comprador. E para mim a opção do PC21 é viável como sempre foi. Desde que venham com os 5 pontos de armamento que mesmo para mandar uns balázios no CTA tem de se usar os F16.

O ponto fulcral é que nem para a FAB, o ST serve para treino avançado. O que nos vai obrigar mais tarde ou mais cedo a comprar outra aeronave, ou a andar a pagar horas noutro lado. E agora só por curiosidade, hoje em dia ainda é essencial aeronaves de treino serem capazes de lançar armamento (pelo menos no caso das aeronaves a hélice que vão formar pilotos de caças)? Compensa sequer os custos, dadas as diferenças de performance e capacidades entre as aeronaves? Um bom assunto a debater creio, principalmente quando me parece que os franceses por exemplo, não o fazem com os seus PC-21 (creio eu, que nunca vi um PC-21 armado).

Citar
Mas são os EUA que produzem os Super Tucano em Sierra Nevada e os vendem para um conjunto de países, além de o "avaliarem". Salvo erro, do mesmo tipo os américas só produzem o AT6.

E pretendem usar no US SOCOM, ou seja, para missões de nicho, e eles têm dinheiro para essas andanças. Nós precisamos é de meios que sejam o mais versáteis possível, ou meios que, no caso de serem "mono-missão", sejam baratos e simples. O ST não é nenhum dos dois.

Citar
Esse investimento começa nas 120 milenas dos Nh90 que acabaram em zero unidades. Fora outros negócios ruinosos para as F.A.

E isso não tem muito a ver com a vinda do ST. Quanto muito, servirá de alerta para estes negócios da treta para ajudar os amigos, sem quaisquer critérios técnicos em consideração.

Citar
Os Epsilon e os Falcon tiveram parte da verba da Modernização a vir da UE. Tens os CL515 que parte da verba mais uma vez vem da UE e obviamente não vão apenas apagar fogos. Já para não falar da mega lancha da GNR. Além disso as LPM nunca neste pais quiseram saber de grande coisa nem foram cumpridas na integra. Prioridade para mim sempre foram os Caracóis e a substituição dos Alpha. Falo disso em muitos posts. O resto já não é comigo.

Essencialmente tudo o que é meio civil. Mas agora imagina precisarmos de ajuda para modernizar os Epsilon, que são tostões comparados com os restantes programas. O CL515 é para apagar fogos, não é uma fragata. O patrulha da GNR foi com financiamento que a Marinha não conseguiria de qualquer maneira. Pena é não se ter utilizado esse financiamento, para adquirir mais e substituir os Cacine de vez, nem que a GNR ficasse com essa parte da responsabilidade, e a Marinha com a vertente Oceânica.

As LPM nunca se cumprem na íntegra, mas também nunca acontece o Governo aceitar alterar a dita Lei, para adquirir mais meios militares. No caso do AOR, não se pode mexer, mas para os amigos do ST, já pode, e é esta a maior indignação de todas.
Quanto ao que é ou não prioridade, é simples, importa é que o treino seja ministrado, seja comprando horas, seja com aeronaves próprias, seja numa escola conjunta. Por outro lado, para os meios de combate, já não há estas soluções.

Citar
Volto a dizer que a questão treino e as missões do Al III teriam sempre que ser contabilizadas. Portanto um terceiro heli teria sempre que ser contemplado. Os Koala pecam pelo baixo número de unidades, pois nem para treino, SAR e os tais apaga fogos dão. Quanto ao ST em Africa só se os Francius pagarem, de resto não estou a ver. Então se formos ao exemplo da RCA só levamos os meios terrestres e andamos a usar os Mi disponíveis pela ONU.

E um helicóptero ligeiro bimotor militar fazia isso, sobretudo se comprado em número suficiente. Não te ficava é pelos tais 20 milhões. A diferença é que, com a vinda do koala e agora do héli de evacualão, não terás 3 modelos de héli nas FA, terás 4 (Lynx, Koala, Merlin e o que se espera UH-60). Isto sem contar com os de combate aos fogos. Resta a esperança que, para voltar a reduzir esse nº para 3 modelos, venha mesmo o UH-60 para a FAP e no futuro SH/MH-60 para a Marinha.
Então e se o uso do ST em África estiver limitado pelo financiamento dos franceses, isso não revela ainda mais a não necessidade da aquisição deste modelo de aeronave? Vamos acabar a ter um avião de treino a hélice, que é mais caro e pior para treino, que o PC-21.  ::)

Citar
Quero ver como se mete um navio de 100 metros onde se metia uma Lancha Hidrográfica. 100 milhões da para um AOR e parte dos AOR nem armas levam . Enfim, cenas estranhas...

O hidrográfico será operado no Oceano, que é a maior área aquática que temos. Para rios, podes usar perfeitamente uma lancha da dimensão das Argos/Centauro (que até estão a precisar de substituição, por isso fica a ideia) e recorrer a tecnologia de UUVs. Isto de ter hidrográficos de rio, só fazia sentido se tivéssemos o Amazonas.

100 milhões dá para um AOR made in China. Se o Maud, made in Coreia do Sul, custou 150 milhões, então um feito na Europa, custará tanto ou mais. Com 100 milhões, compras um AOR rudimentar. Não esquecer que os NPOs custam entre 50 a 60 milhões cada um, sem armamento nem sensores militares.

Citar
Dc, mesmo que tu tenhas um financiamento de 100%, tens a logística, manutenção e emprego operacional. E esse dinheiro como é obvio vem na maior parte da marinha. A questão do AOR e do LPD para mim sempre foi falta de vontade. Até porque um dos LPD italianos é da proteção civil.  Mas por cá além das capelinhas tens as prioridades para ir pedir a Bruxelas. E nesse campo a FAP só teve direito a verba para modernização. Portanto, para mim é político. Mas isto é a minha humilde opinião.

Isso seria um argumento válido, se o navio não viesse substituir nada. Mas como vem substituir 2 a 4 hidrográficos, acabas por ficar a ganhar. Pode-se sim, é questionar os custos da complicação que será a operação como "porta-drones", já que isso implicará, desde logo, a compra dos drones e treino envolvendo este tipo de meio numa doutrina completamente nova.

O AOR foi sem dúvida falta de vontade, até porque há anos que falamos de um em segunda-mão, e diziam sempre que "na LPM não se mexe", logo não arranjavam verba, já para o ST, esta regra não se vai aplicar. O LPD é mais complicado, já que exige guarnição grande, maiores custos tanto de aquisição como de operação, numa Marinha que tem poucas fragatas, ainda por cima coxas. Se o PNM é despesa para a Marinha, então a besta do LPD é um buraco negro para os recursos.

A USSOCOM não é operações de nicho é o equivalente a BRR+Fuzos.

O ST é um meio para apoiar as operações da BRR.

Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: dc em Outubro 08, 2022, 01:38:42 pm
É aí que fazes a falsa equivalência. Porque para o SOCOM, o ST não vai ser usado em todos os TOs, mas sim num nicho deles onde seja adequado o seu uso. Eles têm dinheiro, podem dar-se ao luxo de adquirir um meio que se adeque a cada necessidade específica, nós nem blindado 4x4 temos nos fuzos.

As missões das nossas forças especiais, não se resumem a missões em África e semelhantes, existindo também missões contra uma ameaça convencional. E se calhar antes de se comprar um meio para apoiar estas forças, em TOs específicos, deviam ser comprados meios que possam ser usados em vários TOs.

Enviámos Fuzos para o Báltico sem viaturas blindadas, e a vinda do ST não resolve este tipo de lacunas.
Título: Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
Enviado por: ACADO em Outubro 20, 2022, 06:04:18 pm
O SOCOM não vai usar super tucano nenhum!!!! de onde veio essa ideia?
Os Americanos ofereceram uns super tucano aos Afegão, e tinham 2 em testes para o programa light attack aircraft, dos quais entretanto se despenhou um e foram retirados do programa.