Substituição dos Allouette III

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Lightning

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #75 em: Abril 30, 2016, 12:58:38 am »
O INEM se precisar pode requisitar meios à Força Aérea, tal como muitas entidades o fazem, aliás a missão que é realmente da Força Aérea é a Defesa Aérea, tudo o resto acho que é sempre a pedido de outras entidades.

Especificamente os helicópteros, a grande maioria das operações são sobre o mar ou nos arquipélagos, mas já algumas vezes foram utilizados em Portugal Continental, lembro-me de um SAR terrestre durante umas cheias acho que em Santarém, que um carro tinha sido levado pelas águas e salvaram o motorista e já uma ou duas vezes foram fazer evacuações médicas a trás-os-montes.

Mesmo que o INEM seja autónomo quase sempre, basta uma unica vez ser preciso mais um meio e o INEM não o ter, que é mais uma vida salva. Os EH101 são uma espécie de reserva final, até pelo custo de operação elevado, convém utilizar só mesmo quando não há outra hipótese.
« Última modificação: Abril 30, 2016, 01:03:59 am por Lightning »
 

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sivispacem

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #76 em: Abril 30, 2016, 11:44:57 am »
O INEM se precisar pode requisitar meios à Força Aérea, tal como muitas entidades o fazem, aliás a missão que é realmente da Força Aérea é a Defesa Aérea, tudo o resto acho que é sempre a pedido de outras entidades.

Mesmo que o INEM seja autónomo quase sempre, basta uma unica vez ser preciso mais um meio e o INEM não o ter, que é mais uma vida salva. Os EH101 são uma espécie de reserva final, até pelo custo de operação elevado, convém utilizar só mesmo quando não há outra hipótese.

E assim se desvirtua a actuação das Forças Armadas, que na prática pouco mais fazem do que SAR, no caso dos EH 101 e medevec nas ilhas....

As outras operações de natureza mais militar quase que não existem, a par da falta de coisas tão simples e básicas como a instalação de armamento nos EH 101 que lhes permitam fazer CSAR, por exemplo.

No Reino Unido todas as actividades de CSAR passaram para uma empresa privada. Porque é que o mesmo não se faz por cá? É que - por muito nobre que isso seja, como é o caso! - evacuar doentes de umas ilhas as outras e/ou recuperar pescadores ou passageiros de navios de cruzeiro em alto mar tem muito pouco de "militar", mesmo quando as condições são adversas.

Idem para as acções costeiras de controle marítimo, que deviam estar sob a alçada da Polícia Marítima, se calhar.

O conceito de "duplo uso" vai dar cabo da Armada....
 
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #77 em: Abril 30, 2016, 12:02:55 pm »
O INEM se precisar pode requisitar meios à Força Aérea, tal como muitas entidades o fazem, aliás a missão que é realmente da Força Aérea é a Defesa Aérea, tudo o resto acho que é sempre a pedido de outras entidades.

Mesmo que o INEM seja autónomo quase sempre, basta uma unica vez ser preciso mais um meio e o INEM não o ter, que é mais uma vida salva. Os EH101 são uma espécie de reserva final, até pelo custo de operação elevado, convém utilizar só mesmo quando não há outra hipótese.

E assim se desvirtua a actuação das Forças Armadas, que na prática pouco mais fazem do que SAR, no caso dos EH 101 e medevec nas ilhas....

As outras operações de natureza mais militar quase que não existem, a par da falta de coisas tão simples e básicas como a instalação de armamento nos EH 101 que lhes permitam fazer CSAR, por exemplo.

No Reino Unido todas as actividades de CSAR passaram para uma empresa privada. Porque é que o mesmo não se faz por cá? É que - por muito nobre que isso seja, como é o caso! - evacuar doentes de umas ilhas as outras e/ou recuperar pescadores ou passageiros de navios de cruzeiro em alto mar tem muito pouco de "militar", mesmo quando as condições são adversas.

Idem para as acções costeiras de controle marítimo, que deviam estar sob a alçada da Polícia Marítima, se calhar.

O conceito de "duplo uso" vai dar cabo da Armada....

Eu julgo que SAR é o argumento utilizado para comprar equipamentos para as FA junto do governo.

É a minha opinião, claro!
 

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Johnnie

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #78 em: Abril 30, 2016, 12:36:57 pm »
Posso estar a dizer um disparate mas as tripulações precisam de um mínimo de horas de voo para manterem as qualificações e se não as fizessem em missões SAR teriam que as fazer nem que fosse a andar de um lado para o outro
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ACADO

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #79 em: Abril 30, 2016, 12:53:34 pm »
Posso estar a dizer um disparate mas as tripulações precisam de um mínimo de horas de voo para manterem as qualificações e se não as fizessem em missões SAR teriam que as fazer nem que fosse a andar de um lado para o outro

Penso que seja possível os pilotos militares fazerem horas em empresas civis ou por exemplo na autoridade marítima nacional se esta tivesse os tais meios só para SAR.

Acho que ninguém põe em questão que se for necessário por falta de capacidade dos meios regulares que a força aérea ou outro ramo complemente as necessidades.
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #80 em: Abril 30, 2016, 11:16:24 pm »
Visto os EUA terem retirado os OH-58D Kiowa, não seria uma boa opção para nós?

 

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tenente

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #81 em: Maio 01, 2016, 05:58:40 am »
Posso estar a dizer um disparate mas as tripulações precisam de um mínimo de horas de voo para manterem as qualificações e se não as fizessem em missões SAR teriam que as fazer nem que fosse a andar de um lado para o outro

Penso que seja possível os pilotos militares fazerem horas em empresas civis ou por exemplo na autoridade marítima nacional se esta tivesse os tais meios só para SAR.

Acho que ninguém põe em questão que se for necessário por falta de capacidade dos meios regulares que a força aérea ou outro ramo complemente as necessidades.


Tal situação obrigava a que as tais empresas tivessem os mesmos equipamentos para os quais os pilotos, de Helis, da FAP, estavam qualificados.
Se tal acontecesse qual era a lógica de ter os ditos pilotos na FAP ?

Na Aeronautica Militar ou Civil, os pilotos, e não só, necessitam de efectuar um determinado número de horas de voo e de simulador, nos equipamentos, e aeronaves para as quais estão certificados, para manterem as suas qualificações, licenças.

Cumprimentos

« Última modificação: Maio 01, 2016, 06:04:42 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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tenente

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #82 em: Maio 01, 2016, 06:00:06 am »
O INEM se precisar pode requisitar meios à Força Aérea, tal como muitas entidades o fazem, aliás a missão que é realmente da Força Aérea é a Defesa Aérea, tudo o resto acho que é sempre a pedido de outras entidades.

Mesmo que o INEM seja autónomo quase sempre, basta uma unica vez ser preciso mais um meio e o INEM não o ter, que é mais uma vida salva. Os EH101 são uma espécie de reserva final, até pelo custo de operação elevado, convém utilizar só mesmo quando não há outra hipótese.

No Reino Unido todas as actividades de CSAR passaram para uma empresa privada. Porque é que o mesmo não se faz por cá? É que - por muito nobre que isso seja, como é o caso! - evacuar doentes de umas ilhas as outras e/ou recuperar pescadores ou passageiros de navios de cruzeiro em alto mar tem muito pouco de "militar", mesmo quando as condições são adversas.


Boas, tens a certeza que as missões que essa empresa executa são CSAR ?????

From Wikipedia, the free encyclopedia

Combat search and rescue (CSAR) are search and rescue operations that are carried out during war that are within or near combat zones.[1]

https://en.wikipedia.org/wiki/Combat_search_and_rescue

Se chamas CSAR aos Medevacs efectuados pela nossa FAP nos arquipelagos, bem............. acho na MHO, que não está correcto.
È melhor ficar como está e não colocarmos mais empresas dos Boys, e darmos a esses meninos e seus capangas rios de Euros, olha como temos feito com os combates aéreos aos incêndios florestais, e deixarmo-nos de ideias peregrinas pois a FAP, por intermédio da sua Esquadra 751, tem efectuado sempre e de modo altamente profissional os milhares de salvamentos e evacuações até aos dias de hoje.

http://www.emfa.pt/www/esquadra-46

http://www.acorianooriental.pt/noticia/operacao-de-salvamento-a-500-milhas-a-sul-dos-acores

Abraços
« Última modificação: Maio 01, 2016, 06:14:26 am por tenente »
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #83 em: Maio 01, 2016, 09:02:50 am »
O INEM se precisar pode requisitar meios à Força Aérea, tal como muitas entidades o fazem, aliás a missão que é realmente da Força Aérea é a Defesa Aérea, tudo o resto acho que é sempre a pedido de outras entidades.

Mesmo que o INEM seja autónomo quase sempre, basta uma unica vez ser preciso mais um meio e o INEM não o ter, que é mais uma vida salva. Os EH101 são uma espécie de reserva final, até pelo custo de operação elevado, convém utilizar só mesmo quando não há outra hipótese.

No Reino Unido todas as actividades de CSAR passaram para uma empresa privada. Porque é que o mesmo não se faz por cá? É que - por muito nobre que isso seja, como é o caso! - evacuar doentes de umas ilhas as outras e/ou recuperar pescadores ou passageiros de navios de cruzeiro em alto mar tem muito pouco de "militar", mesmo quando as condições são adversas.


Boas, tens a certeza que as missões que essa empresa executa são CSAR ?????

From Wikipedia, the free encyclopedia

Combat search and rescue (CSAR) are search and rescue operations that are carried out during war that are within or near combat zones.[1]

https://en.wikipedia.org/wiki/Combat_search_and_rescue

Se chamas CSAR aos Medevacs efectuados pela nossa FAP nos arquipelagos, bem............. acho na MHO, que não está correcto.
È melhor ficar como está e não colocarmos mais empresas dos Boys, e darmos a esses meninos e seus capangas rios de Euros, olha como temos feito com os combates aéreos aos incêndios florestais, e deixarmo-nos de ideias peregrinas pois a FAP, por intermédio da sua Esquadra 751, tem efectuado sempre e de modo altamente profissional os milhares de salvamentos e evacuações até aos dias de hoje.

http://www.emfa.pt/www/esquadra-46

http://www.acorianooriental.pt/noticia/operacao-de-salvamento-a-500-milhas-a-sul-dos-acores

Abraços

Ninguém duvida q a FAP tem feito trabalho top!! O problema que temos é que com os problemas do nossos helicópteros não temos Hélis para qualquer missão militar!!!
Eu por mim deixo estar como está desde que isso não ponha em causa as nossas capacidades militares!!
 Neste momento estou convencido que é melhor vendermos os nossos EH a um País que tenha a mesma versão que a nossa e comprar um helicóptero que não tenha a complexa logística q este envolve!!
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #84 em: Maio 01, 2016, 10:38:29 am »


Boas, tens a certeza que as missões que essa empresa executa são CSAR ?????

Peço desculpas, foi um lapso, estava obviamente a referir-me a SAR, como até um parágrafo ou outro a seguir indiquei.


 

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #85 em: Maio 01, 2016, 11:53:34 am »
Com as cores da FAP

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Lightning

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #86 em: Maio 01, 2016, 12:11:57 pm »
 Isso tudo tem a ver com orçamentos, se compensar privatizar o SAR tal como se fez com os fogos e as evacuações do INEM, o governo se calhar até aceitaria, tem é que se pegar na calculadora e provar com os números o que é mais vantajoso. Mas a realidade é que quase todos os países têm a FA a fazer SAR, alguns a guarda costeira e ainda menos são os países que têm isso privado.
 

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ACADO

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #87 em: Maio 01, 2016, 02:03:02 pm »
Com as cores da FAP

Não estou a ver o agarra cabos, mas Esse patim para fazer fast rope não vai ajudar!!
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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #88 em: Maio 01, 2016, 03:14:08 pm »
Acho que há alguma confusão de valores nesta discussão.
As FA são um dos pilares de um Estado, estão ao seu serviço, e não, o contrário!

Num cenário de guerra - não sei se já alguém reparou mas, não é o nosso - as FA sobrepõem se a outros sectores por serem a garantia (ou não) de independência ou existência. Num cenário como o actual, não há focos de potencial hostilidade à nossa Pátria, pelos menos externos.

Então, segundo a teoria de alguns neste fórum, como não há guerra, não há verdadeiras missões militares pelo que, não há necessidade de manter as FA em geral. Isto de distinguir missões civis de militares não faz sentido. Tal como pensar que num país com a nossa dimensão económica, existem mercado suficiente para a existência de uma aviação civil.. Não há. Os concursos para o INEM ou os fogos são ganhos pelas únicas empresas q se apresentam a concurso, não há concorrência.

É óbvio que estas empresas n ficariam contentes com a "nacionalização" do helitransporte de doentes mas, a mim enquanto cidadão contribuinte, o que me interessa é a melhor solução para todos nós. Se for mais barato e permitir à FAP ter mais helis e melhor operacionalidade não quero saber das empresas civis. Aliás, já não é a FAP que forma os pilotos de qualquer forma??

As soluções que eu apontei foram exatamente no sentido de aumentar o número de helis na FAP, aumentar as suas funções, repartir os custos pelos diferentes ministérios, e criar uma capacidade de formação, manutenção e operação que de outra forma não se justificam.
Em última análise isso permitiria à FAP ter 30 helis operacionais, isso não beneficia o País em caso de necessidade militar??

Esqueçam essas ideias de helis de ataque e delírios afins, ponham os pés na terra e esperem que quem decide faça o mesmo.

Cumpimentos!


 

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Re: Substituição dos Allouette III
« Responder #89 em: Maio 01, 2016, 03:20:18 pm »
Temos de olhar para os bons exemplos de países como a Bélgica e a Noruega. Não de forma cega, claro. A questão premente é programar, organizar e racionalizar as capacidades mais importantes.

Se forem pela teoria do militar e do melhor e do mais forte, rapidamente se conclui que n vale a pena ter carros de combate nem aviões de caça (nem de treino avançado) etc.....