Su-32 - um sonho revolucionário

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JLRC

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Su-32, um sonho possível?
« Responder #30 em: Julho 11, 2004, 02:13:11 am »
Caros companheiros, permitam-me algumas considerações sobre este assunto.

Em primeiro lugar, e por aquilo que li ultimamente sobre este avião, fiquei sem dúvidas que é um belíssimo avião de ataque naval, com uma boa capacidade de ataque terrestre. Foi, inclusivamente, testado na Chechénia, portanto em ataque ao solo. As características deste avião já foram anteriormente explicadas por outros companheiros, pelo que não os vou repetir. Só quero dar uma achega à designação. Parece que os primeiros protótipos foram designados Su-32 e os aviões de série Su-34. Mas a designação não é o mais importante mas sim as suas características.
Eu sou apologista que a Marinha (e não a FAP) operasse um número razoável de aviões Su-34 em combinação com aviões AEW e SIGINT (por exemplo os Embraer que o Brasil comprou), em combinação com imagens de satélite. Já sei que vão dizer "mas que satélites"? É que eu prevejo vários cenários para o futuro, na maioria dos quais não actuamos sózinhos mas sim integrados em 2 grandes organizações, a OTAN e a UE. O Su-34, operado em conjunto com os AEW e SIGINT, satélites, navios de superfície e submarinos, sob um comando conjunto da responsabilidade da Marinha (área oceânica, maior número de meios), seria uma arma terrível, exercendo o controlo e interdição de uma extensa área do Oceano Atlântico. Para a patrulha e controlo da ZEE teríamos os NPO 2000, os P-3 C (ex-holandêses?) e os aviões de vigilância marítima (actualmente os CASA e futuramente?). Voltemos aos Su-34. Para poderem ser usados em toda a plenitude das suas capacidades, era necessário possuir bases a partir das quais ele possa operar. Eu proponho que a BA 6 do Montijo passe para um comando conjunto da FAP/Marinha e nela fiquem os P-3 C, os CASA, os Su-34, aviões de reabastecimento aéreo e os helicópteros da Marinha. Seria a BA principal, a "casa mãe" a partir da qual, os aviões de reabastecimento aéreos e os restantes, seriam recolocados consuante as necessidades. Além desta base, propunha uma esquadra de 12 Su-34 nas Lages (grupo central), podendo no entanto utilizarem Santa Maria (grupo oriental) e se possível, as Flores (grupo ocidental), permitindo em caso de necessidade a dispersão das forças, impedindo que, em caso de ataque, fossem todos destruídos de uma só vez. Em Porto Santo colocava um destacamento de 6 aeronaves, fazendo o mesmo em Cabo Verde, provavelmente no Sal. Previa também a possibilidade, em caso de necessidade, de poder utilizar uma pista em São Tomé. É claro que se poderia também falar da necessidade, ou não, de instalações navais em Cabo Verde, mas isso poderá ficar para outra discussão (eu não advogo instalações permanentes mas sim um cais que possa, se for preciso, servir de apoio a eventuais forças navais para lá destacadas).
Este dispositivo dava-nos a possibilidade de controlar uma área do Atlântico Norte, desde a Islândia até Gibraltar e as Canárias e também parte do Atlântico Sul, em especial a zona estreita de transição do Atlântico Norte para o do Sul. Para ficarem com uma melhor noção do que disse, vou por 2 mapas. Um mostrando a área da nossa ZEE e outro mostrando grande parte da área que poderiamos controlar.






E agora a pergunta mais importante. Precisamos destes meios aéreos?
Se quizermos ter uma palavra a dizer na cena internacional, quer na Europa, quer na relação com os EUA, quer em África, sim, precisamos. Precisamos deste avião porque não há mais nenhum que se lhe compare. Se conhecerem outro, indiquem-mo.
Se não quizermos sermos ouvidos e respeitados na cena internacional (infelizmente em muitas situações contam-se primeiro as espingardas e só depois é que se tomam decisões), então não é preciso.

Voltemos à hipótese do sim. Então quais são os cenários com que nos poderemos deparar? (É óbvio que as opiniões que vou expressar são pessoais embora baseadas e influenciadas por várias análises e analistas)

1º cenário - Fortalecimento militar da UE.
A UE europeia, beneficiando de um longo periodo de estabilidade política e de crescimento económico, poude finalmente encontrar consensos entre as diversas nacionalidades e por em prática uma verdadeira política de defesa comum. A OTAN ficou baseada em 2 grandes pilares, a UE e os EUA, com outros estados associados (Canadá, Noruega, Turquia, etc). Devido ao crescente desenvolvimento das suas forças armadas, a UE exigiu paridade na OTAN, aos EUA, reivindicando um comando supremo rotativo. Neste contexto, é importante para a UE ter um país membro com capacidade de controlar uma grande área do Atântico, ou seja, Portugal. Daí a necessidade dos Su-34.

2º cenário - Desmembramento da OTAN.
O aumento da riqueza da UE, ultrapassando os EUA (o que já aconteceu no presente, vejam os posts do Dreamanu) e o aumento crescente do seu poderio militar, fizeram com que os EUA considerassem a UE como o seu principal rival, entrando em guerras económicas com a UE (como a guerra do aço na actualidade), elegendo-a como o seu inimigo nº 1 e levando os EUA a abandonar a OTAN. Como consequência, a UE virou-se para a Rússia formando-se o bloco Euroásia. Neste contexto, é vital para a UE um Portugal forte, capaz de controlar grande parte do Oceano Atlântico. Daí a necessidade dos Su-34.
Vale a pena fazer um parentise e falar da teoria do inimigo principal. Segundo alguns analistas, os EUA sempre tiveram necessidade de terem um inimigo referenciado, o tal inimigo nº 1. Foi o México durante o fim do século XIX e o princípio do XX, o Japão antes e durante a 2ª Guerra, (a Alemanha não era o inimigo referenciado, havia até muitas ligações económicas entre as principais empresas americanas, como a Dupont por exemplo e empresas alemãs. Foi a declaração de guerra disparatada de Hitler e Mussolini que levou os EUA a entrarem em guerra na Europa. Após Pearl Harbor, os EUA só declararam guerra ao Japão).
Após a derrota do Império Japonês, os EUA tornaram-se uma superpotência mas tiveram que rivalizar com outra superpotência, a URSS, que lhes disputava a influência em praticamente todo o globo. A URSS era o inimigo referenciado. Com o fim da guerra fria, os EUA deixaram de ter um inimigo referenciado e entraram em desorientação estratégica. Daí terem escolhido Sadam Hussein primeiro e Bin Laden depois como os seus inimigos referenciados e a fixação neles. Um está destruído e o outro acredito que o será brevemente. Os EUA ficarão novamente sem inimigo referenciado. Quem se perfila? A China e a UE. (uma UE forte, irá rivalizar com os EUA em todas as áreas, tal como fez anteriormente a URSS e os EUA sentir-se-ão ameaçados, economicamente e militarmente).

3º cenário - O fundamentalismo islâmico grassa no Norte de África.
Com os países do Norte de África com governos islâmicos, cresce a instabilidade em todo o Mediterrâneo, Estreito de Gibraltar e países atlânticos do Norte de África. A segurança das Canárias e da Madeira poderá ficar comprometida, além de que todo o tráfico marítimo de e para o Atlântico Sul ficará ameaçado. Mais uma vez, a importância de um Portugal capaz de controlar e assegurar o livre e seguro transito marítimo é extremamente importante. Daí a necessidade dos Su-34.

4º cenário - Guerra civíl num país dos Palops.
Necessidade de garantir segurança a uma Task Force que assegure a retirada dos cidadãos nacionais e que caso seja necessário actuar militarmente (por pedido do governo legítimo, por exemplo, ou por opção política), o faça com todas as garantias de sucesso. Aqui a possibilidade de o Su-34 poder actuar como bombardeiro de ataque ao solo é importante pois aviões baseados em S. Tomé poderão atingir até Cabinda e Angola. Daí a necessidade dos Su-34.

5º cenário - Um país dos Palops é atacado.
Um país africano, membro da CPLP, é atacado e pede auxílio a Portugal. Por exemplo, o conflito de Casamança agudiza-se e o Senegal, com a ajuda da Gambia e da Guiné Conakry decidem atacar a Guiné Bissau que pede ajuda aos restantes países da CPLP. Portugal, sózinho ou não, decide ajudar e envia uma Task Force para a zona. Se dispuzermos de facilidades em Cabo Verde, no Sal, um destacamento de Su-34 poderão dar um auxílio valioso na protecção dessa força e no ataque às forças invasoras, permitindo que a ONU actue, forçando um cessar fogo. É claro que há outro elemento que eu não mencionei, que é a posição da França. Será que opta por auxiliar os países francófonos? Mesmo nesta hipótese, uma força com o apoio dos Su-34 é suficiente para desencorajar qualquer tentativa da França de dominar o mar adjacente. No seio da UE, partindo de uma posição de força, poderiamos levar a França a desistir de intervir e até levá-la a aconselhar os invasores a retirarem. A nossa razão residirá sobretudo no facto de ser a Guiné a atacada e termos força suficiente para fazermos ouvir os nossos argumentos. Se não tivéssemos enviado aquela força naval para a Guiné aquando da revolta de Assumane Mané, o Senegal, Guiné Conakry e a Gambia, com o apoio da França, teriam retalhado a Guiné Bissau. Mais uma vez a importância dos Su-34.

6º cenário - Situação tensa entre Portugal e Espanha.
O Tribunal Internacional de Haia deu razão a Portugal, no diferendo com Espanha, sobre Olivença. Portugal exige a entrega imediata do território e a Espanha recusa. As tensões entre os dois países agudizam-se. Há escaramuças na fronteira. Portugal faz finca pé e pede aos outros membros da UE que reponham o direito internacional e obriguem a Espanha a restituir o nosso território. Isto só será possível com umas forças armadas modernas e bem equipadas. Daí a importância dos Su-34.

Estes cenários são, como já disse, subjectivos mas a discussão também é académica, porque duvido que alguma vez possamos ter estes meios.
Por agora chega
Um abraço
JLRC
« Última modificação: Julho 13, 2004, 11:59:00 am por JLRC »
 

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JLRC

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« Responder #31 em: Julho 11, 2004, 02:17:01 am »
Como devem ter reparado, o mapa foi retirado de um Atlas antigo. Ainda não tinha sido feita a descolonização... :(  :(
 

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fgomes

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« Responder #32 em: Julho 11, 2004, 11:23:01 pm »
JLRC acho o seu post extremamente interessante e os seus cenários uma excelente base de discussão.
Na minha opinião devemos ter sempre presente que estes meios aéreos deverão ser complementados por meios de superfície e submarinos.
Também o nosso posicionamento estratégico deve ser de bom relacionamento com a potência marítima dominante, contra a hegemonia de potências continentais.
 

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JLRC

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« Responder #33 em: Julho 12, 2004, 12:54:07 am »
Citação de: "fgomes"
Na minha opinião devemos ter sempre presente que estes meios aéreos deverão ser complementados por meios de superfície e submarinos.
Também o nosso posicionamento estratégico deve ser de bom relacionamento com a potência marítima dominante, contra a hegemonia de potências continentais.


Completamente de acordo, mas como a discussão era sobre o Su-34 e para não tornar o meu post ainda mais extenso, preferi limitar-me ao uso, ou não, do Su-34. Mas é evidente que podemos complementar com meios navais de superfície e submarinos, forças terrestres e da FAP.
Cumpts
JLRC
 

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papatango

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« Responder #34 em: Julho 12, 2004, 11:12:43 pm »
Caro JLRC, tenho dificuldade el ler o que você escreveu, porque não tenho um monitor com visão panorâmica ... :D :D

Se não fosse muito trabalho, sería possível reduzir o mapa grande ?

antecipadamente grato.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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JLRC

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« Responder #35 em: Julho 12, 2004, 11:56:56 pm »
Citação de: "papatango"
Caro JLRC, tenho dificuldade el ler o que você escreveu, porque não tenho um monitor com visão panorâmica ... :D :D

Se não fosse muito trabalho, sería possível reduzir o mapa grande ?

antecipadamente grato.

Cumprimentos


Eu também fiquei admirado com o tamanho com que os mapas sairam, porque o mapa do Atlas é pequeníssimo. Se soubesse que ficava com aquele tamanho, não o tinha posto. Era com muito gosto que diminuía-o mas não sei como. Se alguém me ensinar, não me importo de repetir o post.

Cumpts
 

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Spectral

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« Responder #36 em: Julho 13, 2004, 01:23:18 am »
JLRC, no canto superior direito dos seus posts há-de aparecer a opção "editar". Carregando nesse butão pode-se alterar à vontade o conteúdo da mensagem.

Cumptos
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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komet

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« Responder #37 em: Julho 13, 2004, 01:29:48 am »
Hm.. botão editar.. faz "editar" , quem diria, inventam tudo  :)

Quando é q deixamos de ter ZEE?
"History is always written by who wins the war..."
 

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JLRC

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« Responder #38 em: Julho 13, 2004, 01:40:26 am »
Citação de: "Spectral"
JLRC, no canto superior direito dos seus posts há-de aparecer a opção "editar". Carregando nesse butão pode-se alterar à vontade o conteúdo da mensagem.

Cumptos


Mas como é que diminuo o tamanho do mapa? Já abri o botão editar mas não sei como diminuo o tamanho. Importa-se de me explicar? Obrigado.
Você não o pode fazer?
Cumptos
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #39 em: Julho 13, 2004, 09:03:34 am »
Para diminuir o tamanho do mapa precisaria de ter um editor de imagem ( photoshop por exemplo ) em que manipulasse a imagem.
É impossível através da função <img> diminuir o tamanho de uma imagem. Esse tamanho será sempre o da imagem original.
Ricardo Nunes
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Spectral

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« Responder #40 em: Julho 13, 2004, 11:08:27 am »
É como o Ricardo disse.

Entretanto abri a imagem no meu pc e alterei-lhe o tamanho:



Agora é só ir ao seu "post" e apagar o mapa que lá está.

 :)
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JLRC

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« Responder #41 em: Julho 13, 2004, 12:07:13 pm »
Obrigado Spectral

Já apaguei, o mapa fica fora do sítio mas como é só para se ter uma ideia das distâncias não faz mal. Agora já é mais fácil ler o post.
Já consigo passar o documento para pgf, só não consigo ainda mandá-lo por e-mail mas estou a resolver o assunto.

Cumptos
 

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Moi

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« Responder #42 em: Julho 14, 2004, 11:46:46 am »
Boas pessoal.

Acabei de descobrir o Fórum, e era mesmo disto que estava à procura.

Já vi que a malta percebe mesmo disto, por isso peço desculpa por alguma bacurada.

Realmente o SU-32 é uma «máquina» fantástica, mas de facto a sua utilização seria improvável pela FAP.

A meu ver, sempre achei que a nossa fraca afirmação política (na UE e no mundo) se fica a dever à nossa fraca (inexistente) projecção estratégica.
A meu ver deveríamos possuir vectores de afirmação a esse nível, ou seja melhores equipamentos.

Todavia, acho que para o tipo de missões que se pretende, apostava mais nos C-295 navais, ou P-3, ou mesmo os ERJ-145, em funcionamento com mais meios navais e helis.

Contudo, compreendo o ponto de vista dos que defendem a opção. Era de facto assinalável.

Quanto ao armamanento russo, a alguns níveis parece-me distante (em termos temporais) uma mudança na filosofia «americano é melhor não interessa em que condições»... Mas seria uma evolução.

Por exemplo, a meu ver seria uma boa escolha o Antonov AN-70, é mais barato que o A400M (entretanto posto de lado) e o C-130J, carrega mais e a maior distância.

Bem hajam 8)
 

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JLRC

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« Responder #43 em: Julho 14, 2004, 12:05:26 pm »
Citação de: "Moi"
Por exemplo, a meu ver seria uma boa escolha o Antonov AN-70, é mais barato que o A400M (entretanto posto de lado) e o C-130J, carrega mais e a maior distância.


Seja Bem-Vindo Moi

Como deve ter constatado, a discussão acerca o Su-32/34 é puramente académica. Não há a mínima hipótese de se concretizar. Quanto ao material russo, penso que o problema é mesmo o de estarmos, ainda, a pensarmos em termos de guerra fria e confundirmos a Rússia com a URSS. O An-70 é um exemplo disso. É um avião (pelo menos no papel) melhor que qualquer congénere ocidental e mais barato, então porque não comprá-lo? A Alemanha, durante muito tempo, equacionou a hipótese de o fazer e foi com muita relutância que desistiu da ideia, por pressões dos outros parceiros e da Airbus, que queriam salvar o A400.
Mas penso que para nós era o avião ideal, não fosse a tendência do Paulinho para a Lockheed. American is beautiful....
Cumptos
JLRC
 

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Moi

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« Responder #44 em: Julho 14, 2004, 12:17:11 pm »
Concordo consigo plenamente JLRC

Cumprimentos