FAP defende soberania dos Bálticos

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Cabeça de Martelo

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« Responder #15 em: Outubro 31, 2007, 04:39:57 pm »
Citação de: "Lancero"



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Um dos pilotos portugueses de F-16 da Força Aérea Portuguesa cumpre procedimentos alfandegarios com funcionarios lituanos a chegada a Base da NATO de Zokniai, arredores de Siauliai, onde irão substituir a esquadra romena no controlo aéreo da Lituania com a Rússia. MANUEL DE ALMEIDA / LUSA


Este piloto está de óculos?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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ricardonunes

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« Responder #16 em: Outubro 31, 2007, 07:29:22 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"

Este piloto está de óculos?


Chiuuu....

Não são óculos, são um ultra secreto e sofesticado sistema de visão noturna c34x
Potius mori quam foedari
 

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Lightning

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« Responder #17 em: Outubro 31, 2007, 07:34:39 pm »
Eu acho que são óculos para ler ao perto, mas de certo que ao longe o capitão topa um Mig-29 antes do radar :lol:
 

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Lancero

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« Responder #18 em: Outubro 31, 2007, 08:31:28 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"

Este piloto está de óculos?


Sim. Capt. Luís Silva, callsign 'Pitstop'












MANUEL DE ALMEIDA / LUSA
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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comanche

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« Responder #19 em: Novembro 03, 2007, 01:52:02 pm »
Força Aérea forma jovens na Lituânia

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Na origem da iniciativa está o consultor português Filipe Carrera
Os militares da Força Aérea Portuguesa (FAP) destacados na Lituânia, onde garantem a defesa aérea dos três países bálticos, vão participar em acções de sensibilização junto de jovens estudantes e deficientes locais. Na origem do projecto está um consultor português, Filipe Carrera, já premiado por um projecto de formação internacional que desenvolveu para uma organização lituana de apoio a jovens líderes e gestores empresariais.

Como "as missões [militares] de paz envolvem uma ligação com as populações locais", contou Filipe Carrera ao DN, "achei interessante" aproveitar o facto de a operação da FAP, coincidindo no tempo com a sua quinta visita à Lituânia, permitir desenvolver um projecto conjunto. Todos parecem ganhar: aprendem os formandos lituanos, beneficiam os interesses dos militares - e da política externa - portugueses e evolui a carreira do consultor (por ser o acumular de horas de formação que o faz progredir profissionalmente). Para a Força Aérea, e em particular para o Estado-Maior-General das Forças Armadas (responsável pela missão nos países bálticos, que começou quinta-feira e termina a 15 de Dezembro), a sugestão foi bem acolhida e autorizada. "Sem afectar a nossa actividade operacional, vamos colaborar com o professor português que vem cá", disse ao DN o major Paulo Gonçalves, porta-voz do contingente já estacionado na base aérea de Siauliai e na estação de radares de Karmelava (que distam cerca de 150 quilómetros uma da outra).

As cidades de Siauliai e Kaunas (perto da qual se situa a referida estação de radares) são duas das cidades onde Filipe Carrera vai dar formação na sua área de especialidade (recursos humanos em ambiente empresarial). Em paralelo, e dirigido a escolas de jovens pré-universitários e a pelo menos uma organização que apoia deficientes, o especialista está a definir com a FAP o pro- grama de sensibilização que envolve os militares portugueses. "Nas minhas estadas na Lituânia, e noutros países do Leste europeu, verifiquei a importância que dão à NATO. Todos os edifícios públicos têm três bandeiras" hasteadas, sendo uma delas a da Aliança, contou Filipe Carrera. Daí que o conteúdo das intervenções dos militares portugueses se centre na divulgação do que é a organização aliada, do que é e faz a Força Aérea, quais são os bastidores de uma esquadra de voo ou como se forma um piloto de caças. Paulo Gonçalves adiantou que este programa com Filipe Carrera representa "uma das iniciativas" de contacto com a população local que a FAP espera concretizar durante o mês e meio de permanência na Lituânia.
 

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hellraiser

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« Responder #20 em: Novembro 05, 2007, 04:19:13 am »
Citação de: "Miguel"
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Do total de 18 pilotos empenhados na missão, seis estarão em permanência na base, havendo depois rotações ao longo de seis semanas.


18 pilotos de F16 para uma missao?

entao ficamos com quantos pilotos F16 em Portugal :?:

julgo que deve ser erro


Tb acredito ter sido um erro da sua parte não tomar o xanax de hoje.
"Numa guerra não há Vencedores nem Derrotados. Há apenas, os que perdem mais, e os que perdem menos." Wellington
 

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Daniel

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« Responder #21 em: Novembro 05, 2007, 10:01:53 am »
hellraiser
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Tb acredito ter sido um erro da sua parte não tomar o xanax de hoje.



 :rir:  :rir:
 

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Lancero

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« Responder #22 em: Novembro 14, 2007, 08:41:50 pm »
Crianças de escolas a escrever cartas e enviar desenhos aos pilotos no Baltic Air Polincing 07, que por sua vez respondem. Uma boa ideia de RP  :arrow:  http://www.emfa.pt/baltics/index.php?fsh=1
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Johnnie

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« Responder #23 em: Novembro 14, 2007, 08:53:06 pm »
Pergunta idiota do dia  :roll:

Porque aqueles weather shelters portateis se nas fotos da base se vêem inumeros shelters disponiveis?

Será que não oferecem segurança?
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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typhonman

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« Responder #24 em: Novembro 15, 2007, 06:13:49 pm »
Penso que é por estarem longe da pista de descolagem, teriam de fazer um percurso mais longo pelos caminhos de circulação que dão acesso a mesma.
 

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balburdio

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Re: FAP defende soberania dos Bálticos
« Responder #25 em: Novembro 15, 2007, 10:56:48 pm »
pena é que não saiba defender sequer a Madeira que continua a ser sobrevoada nas Selvagens por outros selvagens.
Fosse isto o Botas a mandar e um F-18 já tinha caído no charco

Citação de: "Mar Verde"
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Força Aérea defende soberania dos Bálticos

MANUEL CARLOS FREIRE    

Missão no quadro da NATO decorre no final do ano
Quatro caças F-16 portugueses vão garantir a defesa aérea dos três países bálticos - Estónia, Letónia e Lituânia - entre Novembro e Dezembro deste ano, disseram ao DN fontes militares.

Portugal assume aquela missão no quadro da NATO e por um período de seis semanas a partir de 1 de Novembro, substituindo a Roménia. A base de operações situa-se na Lituânia, mas a responsabilidade da Força Aérea Portuguesa (FAP) estende-se aos três Estados bálticos, referiu fonte oficial do ramo.

Entre a quase centena de militares (pilotos, controladores, mecânicos) a colocar pela FAP no terreno, numa fase já adiantada do Inverno árctico, vão estar meteorologistas - uma estreia nos destacamentos operacionais do ramo no estrangeiro, adiantou ao DN um desses especialistas. Essa oportunidade, embora limitada aos previsores do tempo, vai permitir a aquisição de uma estação meteorológica móvel. Registe-se que a Lituânia, que não tem aviação de combate, garante o apoio em certas áreas - como a da defesa NBQR (nuclear, biológica, química e radiológica).

Quanto aos rigores do clima lituano, que obriga os militares a usar dois uniformes (em certas circunstâncias, mesmo três), um porta-voz do ramo desvalorizou o problema. "A FAP, sendo uma força aérea expedicionária, tem vindo a preparar-se [para os diversos cenários de actuação] e, há poucas semanas, até participou num exercício com F-16 na Noruega, a fim de as aeronaves e tripulações serem sujeitas aos rigores do Árctico e poder confirmar-se que conseguem operar naquelas condições", disse o major Paulo Gonçalves.

"Estamos perfeitamente convictos que vai ser um obstáculo a ultrapassar", até porque o verdadeiro problema está nos aviões (óleos e combustíveis próprios, capas de aquecimento) e não nos militares - daí que a FAP espere ter o destacamento dos caças de intercepção pronto a partir "no princípio de Julho" e não planeie realizar qualquer treino ou preparação específica até ao momento da partida, acrescentou.

A missão da FAP vai realizar-se num contexto de agravamento das relações político-militares da Rússia com a NATO - alargamento para Leste, projecto de defesa antimíssil dos EUA na Europa - e com os próprios Bálticos, onde o recente derrube da estátua (na Estónia) de um herói russo gerou fortes protestos.

http://dn.sapo.pt/2007/05/10/nacional/f ... altic.html
 

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balburdio

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« Responder #26 em: Novembro 15, 2007, 10:59:40 pm »
deixem lá os óculos caraças!!! o gajo é canhoto!!!!



Citação de: "Cabeça de Martelo"
Citação de: "Lancero"



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Um dos pilotos portugueses de F-16 da Força Aérea Portuguesa cumpre procedimentos alfandegarios com funcionarios lituanos a chegada a Base da NATO de Zokniai, arredores de Siauliai, onde irão substituir a esquadra romena no controlo aéreo da Lituania com a Rússia. MANUEL DE ALMEIDA / LUSA

Este piloto está de óculos?
 

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Get_It

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« Responder #27 em: Novembro 15, 2007, 11:59:06 pm »
Citação de: "balburdio [url=http
^[/url]"]
deixem lá os óculos caraças!!! o gajo é canhoto!!!!

LOL  :lol:  :lol:  :lol:

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Lancero

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« Responder #28 em: Novembro 16, 2007, 10:18:47 am »
Citação de: "Johnnie"
Pergunta idiota do dia  :roll:
Porque aqueles weather shelters portateis se nas fotos da base se vêem inumeros shelters disponiveis?
Será que não oferecem segurança?

Citação de: "Typhonman"
Penso que é por estarem longe da pista de descolagem, teriam de fazer um percurso mais longo pelos caminhos de circulação que dão acesso a mesma.

Poderá ter ainda a ver com a 'qualidade' que aqueles antigos shelters soviéticos têm de 'habitabilidade' para os F16 e 'operadores' em condições de temperaturas tão baixas. Mas estou a especular.


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2007-11-16 - 00:00:00

F16 portugueses defendem três países do báltico
Missão nos céus gelados

O alarme soa por volta das 11 da manhã na base de Zokniai. É preciso pôr dois F16 no ar em menos de 15 minutos e pilotos e mecânicos correm para os hangares. O barulho ensurdecedor das máquinas supersónicas rompe o silêncio da paisagem gelada. Removida a neve da frente dos hangares – o termómetro marca 3 graus negativos –, os aviões fazem-se à pista.

Não chegam a descolar. O exercício, em que os F16 portugueses deveriam simular a intercepção de um avião de carga lituano, é cancelado por causa de uma avaria técnica desta aeronave. Os F16 são recolhidos, mas estão prontos a descolar a qualquer momento.

Desde o dia 1 de Novembro que um contingente de 74 militares portugueses tem a responsabilidade de policiar o espaço aéreo de três países membros da NATO: Lituânia, Estónia e Letónia. Seis dos militares estão em missão no centro de controlo aéreo de Karmelava, mas a maioria do contingente assentou arraiais no QRA (Quick Reaction Alert – Alerta de Reacção Rápida) de Zokniai, uma antiga base aérea russa situada no norte da Lituânia, nos arredores da cidade de Siauliai.

“Estamos aqui sob o comando da NATO, para policiar os céus da Estónia, Letónia e Lituânia. A missão tem corrido muito bem”, explica o tenente-coronel Paulino Honrado, comandante do destacamento.

Os quatro aviões F16 têm desempenhado várias missões nos céus do Báltico, mas ainda não foram chamados a interceptar aviões suspeitos. “Quando levantamos voo, só nos dizem que temos de ir para uma determinada localização. Nunca sabemos se é uma missão real ou um exercício”, explica o capitão Nuno Monteiro, um dos pilotos que acabou de cumprir missão. Ao todo, a Força Aérea vai colocar 18 pilotos no país, em sistema rotativo.

Os pilotos estão instruídos para fazer aterrar aeronaves hostis em caso de ameaça, mas só têm permissão para disparar em legítima defesa. “A hipótese de abater um avião não está prevista. Essa decisão teria de partir da NATO”, explica o comandante Paulino Honrado.

Para além da actividade militar, os portugueses estão a deixar marca na região. O major Gonçalves, das Relações Públicas da FAP, não tem mãos a medir: “Temos ido a escolas e já fomos recebidos por altas entidades da região e do País. Os nossos cozinheiros até já ensinaram o pessoal do hotel a fazer bacalhau à lagareiro. Eles são os primeiros a dizer que nunca houve uma empatia tão grande com forças estrangeiras.”

FRIO OBRIGA A MEDIDAS ESPECIAIS

As temperaturas negativas obrigam ao uso de anti- congelante em vários componentes dos aviões, sujeitos a um desgaste adicional. Os pilotos e as equipas de terra usam vestuário especial para se protegerem do frio.

PORMENORES

- À entrada das instalações dos militares portugueses na base de Zokniai, duas placas marcam a distância a que o contingente está de casa: São 2960 quilómetros até à Base de Monte Real, perto de Leiria – onde os F16 operam em território nacional – e 3057 km até Lisboa.

- A Cruz de Cristo, símbolo da Força Aérea Portuguesa, vai ser, no próximo dia 25, colocada no Monte das Cruzes, um lugar de forte simbolismo religioso e nacionalista para os lituanos. O ministro da Defesa da Lituânia vai estar presente na cerimónia.

- As cartas que os alunos de quatro escolas portuguesas escreveram aos militares – numa iniciativa do ‘CM’ com a Força Aérea – estão afixadas à entrada das instalações. Os militares prometem que nenhuma criança vai ficar sem resposta.

- A tenente-coronel Regina Ramos, médica cirurgiã, é a responsável pela saúde dos 74 militares. “Tem havido casos de gripes e constipações, mas nada de especial.” Um dos riscos dos climas gelados é a desidratação: “Aqui perde-se tantos líquidos como no deserto”, explica.
José Carlos Marques, enviado especial

CM

A versão em papel tem muita foto..
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Lancero

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« Responder #29 em: Novembro 16, 2007, 10:44:47 am »
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NATO poupa dinheiro com solução criada pelos militares portugueses


MANUEL CARLOS FREIRE, na base aérea de Siauliai  
Os militares portugueses destacados há duas semanas na base aérea lituana de Siauliai encontraram problemas que, aparentemente, não existiam para os outros contingentes da NATO ali presentes desde 2004.

Um deles diz respeito ao "arrumar" dos dois caças no fim de cada missão: a falta de espaço na placa obriga-os a entrar de marcha-atrás nos hangares, empurrados pelos mecânicos, pelo que os motores têm de ser previamente desligados por questões de segurança. Depois de estacionados, e porque as coordenadas dos sistemas de navegação e tiro dos F-16 têm de estar sempre afinadas (ao milímetro), é necessário religar os aviões - a 500 euros cada - até os computadores dizerem "ok".

A solução imaginada permite poupar 1000 euros por cada dia de voo aos países que usam caças F-16 (a maioria dos que ali estiveram) ou Tornado (ingleses): montar uma roldana na traseira dos hangares para que um reboque possa puxar os caças - num ângulo de 90 graus, para não ser sugado - sem que os aviões tenham de desligar os motores.

Outro "ovo de Colombo" português surgiu depois de os portugueses olharem com atenção para os hangares instalados pela NATO: os pequenos motores que controlam a sua abertura congelam com o frio - já de alguns graus abaixo de zero na terça e na quarta-feira. Não foi possível saber quanto tempo demoraram a encontrar a solução para o problema, com que um novo destacamento aliado ia lidar - leia-se abrir e fechar os hangares à mão - pelo quarto Inverno consecutivo: colocá-los do lado de dentro.

Mata-hari, um risco presente

A Lituânia, como a Estónia e a Letónia, não tem meios capazes de garantir a sua própria defesa aérea, pelo que a NATO assumiu essa responsabilidade junto às fronteiras da Rússia e da Bielorússia.

Quando lá chegaram, nos últimos dias de Outubro, os militares da Força Aérea só estavam preocupados em montar as tendas e equipamentos do seu "kit de mobilidade". Mas os lituanos, à cautela, queriam fazer reuniões de trabalho. "Os briefings, os briefings", insistiam os locais, em inglês. Para deixarem de os ter sempre à perna, recordou um dos militares ouvidos pelo DN, os portugueses lá acabaram por interromper os seus trabalhos para ouvir as recomendações dos seus pares.

"Ainda bem que tivemos aquelas reuniões, porque caso contrário não estaríamos avisados e não teria havido reporte" do que se passou "um ou dois dias depois". Já fora das horas de serviço, contou a fonte, um militar que tomava café depois do jantar num café de Siauliai foi abordado por uma atraente jovem - "mas o contacto estava a ser demasiado fácil", pelo que o português alertou as chefias. Estas, por sua vez, entraram em contacto com a intelligence militar lituana. Com alguma surpresa, viram-nos "[dar] a entender que já sabiam o que se tinha passado", sublinhou aquela fonte, adiantando que os lituanos confirmaram tratar-se de uma das pessoas com quem os aliados devem evitar contactos.

"Eles são uma máquina infernal [em matéria de intelligence], estão anos-luz à nossa frente", confessou o operacional, com base no que já teve oportunidade de saber sobre o trabalho dos lituanos.

As Forças Armadas portuguesas, através da sua componente aérea, formam o 14.º contingente a cumprir missão nos Bálticos. Como "o ócio é a pior coisa" com que os soldados podem lidar, o destacamento assumiu outras tarefas. Assim, no plano militar, está a desenvolver um manual com procedimentos de defesa aérea para a Lituânia: aí se diz como interceptar um avião, como segui-lo ou entrar em combate se for necessário eliminar a ameaça, explicou o major Paulo Gonçalves.

A instalação de tomadas de terra junto aos hangares, às quais se ligam os aviões carregados de electricidade estática no fim das missões, é outro programa: está em estudo o nível de condutibilidade da terra na zona, para depois marcar e instalar as tomadas. Até lá, os militares ligam uma ponta de um cabo ao caça e enterram a outra entre placas de cimento no chão.

No plano social, ensinam cozinheiros locais a fazer bacalhau à lagareiro, distribuem emblemas e autocolantes às crianças, respondem a cartas de crianças portuguesas - e vão participar, "para perder", num campeonato de bowling. |


DN
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