Epá, não vale a pena… certas pessoas têm que ganhar a discussão, mesmo que isso implique deturpar afirmações, fingirem que não sabem português escrito e fincar a posição com os argumentos mais rebuscados… pronto, tens razão, bananas são azuis e uma fragata com hangar pode levar e controlar o mesmo número de drones que um navio com convés corrido, doca alagável e quase 3000 m2 de espaço… ok, pode ser, ganhaste e és o maior da tua rua…
Engraçado, falas em deturpar afirmações, mas depois insinuas que eu disse que a fragata com hangar leva o mesmo número de drones que um porta-drones.
Os drones daqui a uns anos serão virtualmente imunes a EMP, tal como os aviões presidenciais já o são. E quando a IA os controlar nem vai ser possível causar disrupção no sinal rádio.
Isso é mera especulação. Um avião presidencial é gigantesco, logo sempre tem espaço para todo o tipo de redundâncias e mais algumas. A ideia dos aviões presidenciais terem essa capacidade, prende-se com a necessidade de os manter no ar e sobreviver ao EMP gerado por explosões nucleares. Não sei até que ponto uma arma dedicada a EMP consiga "ultrapassar" essas resistências. Teria também sérias dúvidas, e pelo menos não usaria certezas nenhumas, que pequenos drones, dos mais baratos e numerosos, consigam ter o mesmo nível de imunidade.
A IA aplica-se a tudo. Tanto podes implementar IA num drone de 500 euros, como terás IA no mais avançado dos mísseis (um LRASM por exemplo), e a partir daí, os dois sistemas continuam a complementar-se. Para tornares um drone tão bom como um míssil (em sensores, velocidade, furtividade, ogiva, etc), esse drone tem que custar o mesmo que um míssil. IA também poderá ser aplicada a defesas aéreas, e a outros sistemas para contrariar drones. É uma daquelas tecnologias que não vai beneficiar só um lado.
Metade dessas já nem fragatas são. São basicamente destroyers mas o pessoal decidiu chamar fragata a tudo. Mas mesmo que fossem houve uma altura em que toda a gente fazia carracas e nós decidimos fazer caravelas. E quando os outros faziam naus os holandeses começaram a fazer fluyts. E quando outros faziam battleships os porta aviões ganhavam as guerras.
A definição de fragata é bastante alargada hoje, podendo ser dividida em 3 grandes grupos: fragatas leves, fragatas médias e fragata pesadas. No nosso caso, é particularmente irrelevante a definição, já que o CEMA defende uma Marinha que abdica por completo dos navios combatentes de superfície.
O que é relevante, é assimilar que a definição de fragata vai continuar a evoluir, com um ganho de capacidades que a geração anterior não tinha (e em alguns casos, até pode abdicar de certas capacidades, que seja consideradas irrelevantes). Quando o CEMA diz que as fragatas estão obsoletas, está a pressupor que não há qualquer margem para evoluírem (algo que já vimos que não é verdade, com o MRCV de Singapura e não só). Na realidade, fragata daqui a uns anos, pode ser qualquer navio combatente puro que corresponda determinadas dimensões, seja tripulada ou não.