Todos los ríos importantes de la península ibérica nacen y discurren en su mayor parte por España. España cuenta con una red de control hídrico mucha más desarrollada que Portugal (presas, pantanos, trasvases, etc). Portugal no destaca especialmente por el cuidado de sus rios ni de sus bosques (España tampoco aunque aquí arden menos los bosques).
Eu muito sinceramente, acho que estou a chegar aos limites da paciência com a presença de espanhola neste fórum.
Estes miudos, continuam a vomitar a arrogância tradicional de um certo tipo de espanhol, que não interessa nem ao menino jesus, e o qual inevitavelmente leva a conflitos sempre pelas mesmas razões.
Nós temos dificuldade em suportar a arrogância dos espanhóis, e acabamos respondendo da mesma maneira.
A ideia de dar a todos o direito de falar é boa, até ao momento em que os participantes perdem as estribeiras e sem apelo nem agravo, sem conhecimento de causa vomitam cretinices.
Sobre a questão da água, há que entender uma coisa:
Os espanhóis, normalmente olham para o mapa e notam uma coisa.
É que a água corre de Portugal para Espanha e além disso chove muito mais em Portugal que em Espanha. Por isso nós temos uma vantagem natural, que eles tendem a considerar quando precisam da água.
Por outro lado, nós temos razões quando olhamos para o tipo de agricultura que os espanhóis fazem em zonas quase desérticas, e que é um autêntico atentado.
Os espanhóis desperdiçam água em quantidades monumentais, por causa de politicas ambientalmente assassinas de agricultura industrial selvagem.
Eles precisam disso, porque de outra maneira ou aumentavam os subsídios à agricultura, ou teriam que investir pesadamente em reconversões.
Quanto à questão da água propriamente dita, noto o seguinte do que consegui coligir :
Portugal é muito mais independente da Espanha que o que parece. O problema, é que nós não queremos gastar ainda mais dinheiro em obras hidricas, primeiro porque o dinheiro é pouco e por outro porque é mais facil pedir aos espanhóis que cumpram o que prometem.
Muitas das afirmações sobre quem controla a água, parecem partir do principio de que rios internacionais como o Tejo e o Douro, são uma espécie de mangueira, que tem a torneira em Espanha e a outra extremidade ou em Lisboa ou no Porto.
Dou uns exemplos, para ver se me faço entender:
A estação hidrométrica do Tramagal (antes do Zêzere desaguar no Tejo), mostra para o rio Tejo, um caudal com valores médios de 250 metros cúbicos por segundo.
Alguns quilómetros mais à frente, na estação de Almourol, já depois do Zêzere desaguar no Tejo, nota-se um aumento de caudal médio para 337m3/s.
Quando chega a Lisboa, o caudal médio, passou de 250m3/s para 400m/3s.
Isto quer dizer que (fazendo cálculos rápidos), mesmo que por absurdo toda a água do Tejo fosse cortada antes da fronteira, quase 40% do caudal continuaria a ficar disponível, resultado da água das áreas portuguesas da Bacia Hidrográfica do Tejo, ou seja, o caudal do Tejo exclusivamente português será de 160m3/s.
No Douro, o caudal estabelecido com a Espanha para a barragem de Saucelhe, que ainda está no Douro internacional, é de 120m3/s. Quando chega à Foz, o caudal está estimado numa média de 450m3/s. Isto quer dizer, que 27% da água do Douro é espanhola e que mesmo que cortassem o Douro, o caudal poderia ficar em 330m3/s.
Ora vejamos os caudais médios:
Sado – 40m3/s.
Mondego – 80m3/s.
Tejo português pelo menos 160m3/s
Douro português: 330m3/s
Total de caudais médios (considerando medições de vários anos e não um ano especifico porque as variações são grandes):
610 metros cúbicos por segundo.Não contei propositadamente com o rio Guadiana, que produziu a reserva aquifera do Alqueva, o qual tem um caudal de 80m3/s, ou seja, idêntico ao do rio Mondego. Notar que o Sado, por ser um rio alentejano, tem melhores condições para se criarem reservas de água, coisa que não podemos fazer no Douro, no Guadiana ou no Tejo, por causa das populações.
As afirmações da miudagem espanhola ficam mais absurdas e estúpidas quando analisamos o seguinte caso:Exemplo do rio Jordão.Em Israel e naquela área do mundo há um problema por causa da água do rio Jordão e da sua utilização para a agricultura.
Calcula-se que o rio Jordão pudesse ter um caudal médio de até
44m3/s se não houvesse barragens e aproveitamentos de água antes do Mar Morto (repito:
quarenta e quatro metros cúbicos por segundo).
Israel consegue exportar fruta para a Europa por causa das técnicas de irrigação que utiliza, com um rio com um caudal igual ao do rio Sado.
A água que abastece Lisboa, por exemplo, nada tem a ver com a Espanha.
Deixemo-nos de inventar discussões.