Relações Portugal-Brasil

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zocuni

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« Responder #15 em: Abril 23, 2008, 11:52:44 pm »
É realmente tem bastantes investimentos no Brasil e o contrário?

Abraços,
zocuni
 

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André

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« Responder #16 em: Outubro 26, 2008, 02:03:04 pm »
Comércio Portugal-Brasil cresce 20% a cada ano

As trocas comerciais entre Portugal e Brasil têm crescido a uma taxa média de 20 por cento nos últimos cinco anos, e nos primeiros oito meses de 2008, as exportações aumentaram 27 por cento e as importações 15 por cento.
De Janeiro a Agosto deste ano, as importações provenientes do Brasil totalizaram 1.008 milhões de euros, um aumento de quase 15 por cento face aos 878 milhões no mesmo período do ano passado, indicam os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Por outro lado, nos mesmos oito meses Portugal exportou para o Brasil bens no valor de 195 milhões de euros, mais 27 por cento que os 154 milhões do período homólogo de 2007.

O coeficiente de cobertura entre as exportações e importações no período em análise foi de 19,3 por cento, um acréscimo de 1,8 pontos percentuais face a 2007.

Quando analisados os últimos 5 anos, a taxa média de crescimento das importações e das exportações entre Portugal e Brasil de 2003 a 2007 foi, em ambos os casos, de cerca de 20 por cento.

De 2003 para 2006, as importações quase duplicaram, dos 660,6 milhões de euros para os 1.232 milhões de euros há dois anos.

«Apesar de o Brasil e Portugal representarem pouco um para o outro no volume de comércio total, os fluxos nos dois sentidos têm progredido mais do que a média do crescimento mundial do comércio. Está a haver uma maior convergência entre as duas economias em relação às médias mundiais e este crescimento têm-se cifrado na ordem dos dois dígitos em termos médios», explicou à Lusa o presidente da Câmara do Comércio e Indústria Luso-Brasileira, António Bustorff.

Este crescimento, explicou a mesma fonte, «decorre de um esforço recíproco de aproximação entre as duas economias, um maior fluxo de visitas e de missões empresariais e uma maior procura, sobretudo por parte dos portugueses, pelas oportunidades do mercado brasileiro».

No entanto, o investimento português no Brasil decresce há uma década. Dos 4.000 milhões de euros registados em 1998 este indicador baixou para os 373 milhões no ano passado.

Ricardo Espírito Santo, presidente do BES Investimento Brasil, declarou recentemente à Lusa que «o investimento directo estrangeiro de Portugal para o Brasil tem vindo a diminuir efectivamente, pois nos anos anteriores houve um volume muito grande de investimentos, que são difíceis de manter nos mesmos níveis por muito tempo».

Nos primeiros seis meses do ano, o investimento líquido de Portugal no Brasil foi de 166,9 milhões de euros, menos 2,5 por cento que os 171,1 milhões no mesmo período do ano passado, indicam os dados mais recentes do Banco de Portugal.

Sem contar com aquilo que as empresas desinvestiram, o investimento directo bruto de Portugal no Brasil no primeiro semestre deste ano ano foi de 526,7 milhões de euros, um acréscimo de 83 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

Se de Janeiro a Junho do ano passado o principal sector de investimento bruto foi a «actividade imobiliária, alugueres e serviços às empresas», com 186,2 milhões de euros investidos, no primeiro semestre deste ano o princiopal sector foi o das «actividades financeiras», com 261,1 milhões de euros.

Nos primeiros seis meses de 2007, o investimento bruto português na «actividade financeira» no Brasil tinha sido de 8,9 milhões de euros.

O Brasil tornou-se este semestre no terceiro maior destino de investimento directo português.

No sentido inverso, o investimento directo brasileiro em Portugal no primeiro semestre do ano foi de 13,5 milhões de euros, um descréscimo de 69 por cento face aos 43,7 milhões de euros de Janeiro a Junho do ano passado.

No entanto, o desinvestimento também caiu 90 por cento, pelo que em termos líquidos as empresas brasileiras investiram 10,1 milhões de euros em Portugal.

O investimento brasileiro em Portugal é historicamente pouco significativo, e, no ano passado, ficou-se pelos 92 milhões de euros, a 19ª posição no fluxo de investimento directo estrangeiro total em Portugal.

Lusa

 

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zocuni

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« Responder #17 em: Outubro 26, 2008, 04:42:44 pm »
Como sabem,sou um português que vive no Brasil.E o que constacto é que nessas relações só tem um sentido (Brasil x Portugal) e que em questões de investimentos diretos o sentido é inversamente proporcional,ou seja (Portugal x Brasil).Está na hora de Portugal abrir o olho,perante tamanha esperteza externa.Laços familiares,é conversinha mole pra boi dormir,como se fala por aqui.
Acorda,Portugal.

Abraços,
zocuni
 

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comanche

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« Responder #18 em: Outubro 30, 2008, 11:51:34 pm »
Português deve ser língua global, defende Sócrates

"O património mais importante que temos é a língua, temos obrigação de o defender e só o podemos fazer em conjunto", disse o primeiro ministro português no final da cerimónia de assinatura de um dos acordos firmados em Salvador, durante a cimeira luso-brasileira.

Citar
Portugal e o Brasil têm muito a fazer para dar uma nova justiça à globalização que o mundo vive e um dos objectivos é que no quadro das telecomunicações globais haja um espaço para o português, afirmou ontem (madrugada em Lisboa) em Salvador, Bahia, o primeiro-ministro português.

"O património mais importante que temos é a língua, temos obrigação de o defender e só o podemos fazer em conjunto", disse José Sócrates no final da cerimónia de assinatura do acordo entre a PT Inovação, o Governo da Bahia e a Universidade Estadual da Bahia para a concretização do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Software de Salvador, o segundo centro deste tipo que a PTI cria no Brasil.

"Este gesto da PT", acrescentou, "honra a agenda de Portugal e do Brasil, uma agenda com os olhos no futuro mas que honra a sua História. Este investimento da PT veio para ficar, porque veio do mais fundo de nós. E o mais fundo de nós é a língua", disse, sublinhando esperar "que o português possa ser uma língua universal".

Na cimeira luso-brasileira foram concretizados mais três acordos empresariais. A Galp assinou dois memorandos de entendimento, um com a Petrobrás e o Estado da Bahia, para estudar a viabilidade da implantação do projecto de produção de óleo vegetal, utilizando as culturas do dendê e do girassol; e outro só com a Petrobrás para que a Galp actue como operadora em blocos localizados em águas rasas nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo (e não só no onshore, como até aqui).

A EDP está também a ultimar um protocolo de parceria com a Petrobrás para estudo e possível desenvolvimento conjunto de duas centrais a gás natural, projectos hídricos e projectos eólicos e de biomassa.

A construtora Casais e o grupo brasileiro EGESA também assinaram um memorando de entendimento visando a participação em negócios de concessões de rodovias, estações de tratamento de águas, obras públicas e privadas, parcerias público privadas nos mercados do Brasil e restantes países da América Latina.

Por sua vez, a ADIRA e a SORG - Industria de Comércio de Máquinas, Lda. assinaram um acordo de intenções sobre um investimento conjunto numa unidade industrial em Limeira, São Paulo.

Trata-se de um projecto para fabrico e comercialização de máquinas ferramentas para corte e enformação de chapa, destinada ao mercado da América do Sul, com transferência de tecnologia do produto e do processo a partir da ADIRA. O investimento inicial é de 5 milhões de euros e a facturação prevista de 20 milhões, dando emprego a 50 pessoas.

A Dão Sul, através da Vinibrasil, empresa criada em 2002, tem em marcha um plano de investimentos de cerca de 10 milhões de euros para aumento da produção e criação de um enoturismo. O grupo português conta com uma área de 200 hectares de vinhas no Estado de Pernambuco, de um total de 1.600 hectares e ganhou recentemente o título de melhor vinho do Brasil.

Para fazer face à expansão da produção, a Vinibrasil vai criar uma distribuidora de vinhos para todo o território brasileiro, denominada Winebrands, em associação com um empresário brasileiro e outro húngaro.

Finalmente, a Youtsu, 'joint venture' entre a JP Sá Couto e a Prológica, assinou dois acordos, um com a brasileira Ogeda Computer para a distribuição do computador Magalhães no Brasil, e outro com a brasileira Visum Sistemas Electrónicos para parcerias na comercialização do Magalhães.


http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/438510
 

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Cabecinhas

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« Responder #19 em: Outubro 31, 2008, 01:34:38 am »
Então não estraguem a língua portuguesa...
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Daniel

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« Responder #20 em: Janeiro 02, 2009, 05:29:04 pm »
CGD entra no Brasil este mês com capital de 38 milhões de euros
Citar
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) iniciará este mês as operações no Brasil, com um capital de 123 milhões de reais (37,98 milhões de euros), informou hoje um responsável pela instituição portuguesa.

Diário Económico Online com Lusa


Rodolfo Lavrador, membro do conselho de administração da CGD, citado pelo jornal Valor Económico, disse que o foco de actuação do Banco Caixa Geral Brasil - S.A será apoiar as empresas portuguesas.

"Portugal é um mercado maduro. O crescimento orgânico é difícil e não faz sentido comprar bancos privados quando já se tem o domínio do mercado", disse o responsável, que acrescentou que "a estratégia foi crescer fora de Portugal e ajudar as empresas portuguesas que estão à procura de novos mercados".

Rodolfo Lavrador avançou que a CGD não planeia, como no passado, actuar como um banco comercial já que o mercado local é dominado por grandes instituições financeiras brasileiras.

"O mercado brasileiro está em fase de concentração e amadurecimento. Não era lícito retomar o projecto de 10 anos atrás e tentar novamente o retalho", realçou.

O Banco Caixa Geral Brasil vai iniciar as suas actividades em São Paulo, com planos de alargar as operações para o Rio de Janeiro e para a região Nordeste do país, onde também há investimentos portugueses.

"O Brasil sempre foi um mercado incontornável. É natural crescer no país dadas as afinidades históricas e culturais e pelo facto de ser o destino de muitos investimentos portugueses", disse.

Recorde-se que a autorização para a CGD iniciar as suas actividades no Brasil foi concedida pelas autoridades em Fevereiro do ano passado.

Em Setembro de 2005, a CGD vendeu a participação de 12% que detinha no capital do Unibanco, um dos maiores bancos brasileiros, através de uma oferta pública no mercado accionista.

A operação rendeu um encaixe ao banco português de 1,53 mil milhões de reais (473,7 milhões de
 

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Túlio

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« Responder #21 em: Janeiro 12, 2009, 07:30:05 pm »
Não creio que um investidor o faça por patriotismo mas em busca de maiores e melhores oportunidades para seu dinheiro se multiplicar. Assim, quem investe no Brasil o faz por LUCRO e não por afeto, estamos crescendo mesmo em plena Grande Crise...

Senão vejamos:

 :arrow: Nossas reservas internacionais estavam em US$ 205,5 bilhões no dia 09/01/09. Mesmo nível do auge de 2008. Numa crise, as reservas vão ladeira abaixo, como se viu nos anos 90, quando o Brasil chegou a estar praticamente SEM reservas, sendo auxiliado com uns US$ 40 bilhões pelos EUA de Clinton em troca da assinatura do TNP.

 :wink:
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Chicken_Bone

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« Responder #22 em: Janeiro 12, 2009, 11:12:49 pm »
Por outro lado, tb é o país em q há pessoal a perguntar aos portugueses se a língua que estão a falar é espanhol (como me aconteceu) ou francês (como aconteceu a um primo meu).

mas voltando ao tópico.... :)
O Brasil tb é o 6º país mais empreendedor do mundo.

Túlio, o que é o TNP?
"Ask DNA"
 

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Túlio

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« Responder #23 em: Janeiro 12, 2009, 11:24:20 pm »
Aí, amigão, TNP é o Tratado de Não Proliferação de armas nucleares, que estávamos reticentes em assinar e - ao menos aparentemente, pelo visto - estamos doidos para denunciar, eis que o fulcro principal do TNP era - ou devia ser - o desarmamento nuclear total, incluindo EUA, Rússia, etc...  :wink:
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Chicken_Bone

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« Responder #24 em: Janeiro 12, 2009, 11:35:37 pm »
Valeu, méu irremão :D

Já agora, é impressão minha ou o Brasil já não usa tanto o dólar como usava há uns anos atrás (imagino por causa da desvalorização impressionante do Real)?
Eu lembro-me qd era miúdo de ver que o Real valia cerca de 165 escudos (cerca d 0,825 euros), mas depois baixou para menos de 0,2 euros, se não estou em erro.
"Ask DNA"
 

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Túlio

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« Responder #25 em: Janeiro 13, 2009, 12:18:46 am »
Bueno, estamos ainda atrelados ao dólar, eis que nossas reservas internacionais são indexadas nesta moeda. A questão do câmbio desvalorizado se prende mais à nossa vocação exportadora, quanto mais barata a nossa moeda, mais competitivos somos no exterior...  :wink:
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André

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« Responder #26 em: Abril 01, 2009, 06:16:01 pm »
Unidas da SAG é maior investidor português no Brasil em 2009


A Unidas, empresa de aluguer de automóveis controlada pela portuguesa SAG - Soluções Automóvel Globais, investiu 21 milhões de dólares (15,9 milhões de euros) em Fevereiro no Brasil, apesar da crise mundial, informou hoje fonte do Banco Central.

Com este investimento, a empresa, líder no mercado brasileiro de terciarização de frotas, com cerca de 21 mil veículos, lidera o ranking dos maiores investidores portugueses no Brasil este ano.

O total de investimentos portugueses em Janeiro e Fevereiro caiu, entretanto, 74% em relação ao mesmo período do ano passado para 52 milhões de dólares (39,1 milhões de euros).

Portugal encontra-se actualmente no 13º lugar da lista dos maiores investidores estrangeiros no Brasil em 2009, respondendo por 1,8% do investimento estrangeiro.

Nas primeiras posições estão os Países Baixos (793 milhões de dólares), EUA (515 milhões de dólares), França (217 milhões de dólares) e Alemanha (174 milhões de dólares), seguidos por Austrália, Espanha, Ilhas Cayman, Japão, Luxemburgo, Suíça, Panamá e Bermudas.

Além da entrada de 21 milhões de dólares da Unidas no Brasil, houve investimentos em Fevereiro provenientes de Portugal da Lazam - MDS Corretora e Administradora de Seguros (nove milhões de dólares) e da EAPAR Participações (oito milhões de dólares).

O Banco Central do Brasil reviu a estimativa do ingresso de investimentos directos estrangeiros no país este ano de 30 mil milhões de dólares para 25 mil milhões de dólares, em consequência da crise internacional.

No ano passado, o valor desses investimentos no Brasil atingiu 45.060 milhões de dólares.

Lusa

 

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André

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« Responder #27 em: Abril 13, 2009, 03:49:59 pm »
Portugal quer fazer a ponte entre Europa e América do Sul


A secretária de Estado dos Transportes encontra-se esta segunda-feira com o governo brasileiro para apresentar a «Plataforma Logística de Portugal». Responsáveis de cinco portos lusos vão estar no Brasil e na Argentina para captar tráfego naval.

Ana Paula Vitorino reúne-se esta segunda-feira em Brasília com membros do executivo brasileiro para apresentar as potencialidades dos portos de Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines como pontos preferenciais de entrada e saída de mercadorias europeias e sul-americanas.

Depois do encontro em Brasília, com Ivan Ramalho (secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento) e Paulo Sérgio Passos (secretário-executivo do Ministério dos Transportes), Ana Paula Vitorino participa terça-feira na inauguração do pavilhão de Portugal na maior feira de logística da América do Sul, a Intermodal South America 2009, em São Paulo.

A secretária de Estado encontra-se ainda com o secretário-adjunto dos Portos e tem quarta-feira um almoço com empresários brasileiros, potenciais utilizadores do sistema logístico português, antes de partir para a Argentina.

O encontro desta segunda-feira é a primeira paragem de um périplo pelo continente austral para promover aquilo que o Governo e operadores lusos apelidam de «Plataforma Logística de Portugal».

Actualmente, apenas os portos de Setúbal, Sines e Lisboa mantêm um volume de trocas considerado «incipiente» com a América do Sul, mas o executivo português quer convencer governantes, empresários e operadores portuários do Brasil e da Argentina a elegerem cinco portos nacionais como ponto de contacto com a Europa, em detrimento de Espanha e da Europa do Norte.

O conceito da «Plataforma Logística de Portugal», que Lisboa ‘vende’ na América do Sul (à semelhança do que já fez na Ásia), engloba não só os portos nacionais como as estruturas ferro e rodoviárias existentes ou previstas que ligam Portugal ao resto da Europa, bem como as grandes plataformas logísticas que estão no papel, nomeadamente as do Poceirão e Vila Franca de Xira.

O executivo aposta ainda no advento das auto-estradas do mar, um conjunto de rotas marítimas europeias próximas da costa, de reduzido tempo de imobilização dos navios nos portos e procedimentos administrativos simplificados.

A aplicação das auto-estradas marítimas e a captação de novos volumes de tráfego da América do Sul, bem como a promoção de Portugal como ponto de triangulação entre o Velho Continente, África e as Américas são medidas que visam atingir o principal objectivo definido nas Orientações Estratégicas para o Sector Marítimo-Portuário, a duplicação do volume de carga movimentada pelos portos portugueses.

SOL

 

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Chicken_Bone

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« Responder #28 em: Abril 13, 2009, 04:00:49 pm »
'Té que enfim! Os gajos já andam a falar na Plataforma Logística de Portugal há anos e não se tem visto, pelo menos a nível público, algo praticamente. Me deixa furibundo.

tenho dito.
"Ask DNA"
 

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André

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« Responder #29 em: Abril 13, 2009, 06:04:56 pm »
Portugal prepara o «pós-crise» em Brasília


Lisboa e Brasília vão colaborar nas redes de alta velocidade dos dois países. A capital portuguesa vai receber ainda um centro de negócios brasileiro e o governo do país sul-americano compromete-se a promover os portos portugueses junto do seu tecido empresarial.

Estas conclusões resultam de dois encontros bilaterais decorridos nesta segunda-feira na capital do Brasil entre a secretária de Estado dos Transportes portuguesa, Ana Paula Vitorino, e responsáveis do Executivo brasileiro.

Com Ivan Ramalho, Secretário Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior ficou firmado o compromisso por parte do governo brasileiro de promover as potencialidades de Portugal enquanto referência para as cadeias de logística na Europa atlântica junto dos empresários brasileiros.

Num outro encontro com Paulo Sérgio Passos, Secretário Executivo do Ministério dos Transportes, ficou prometido a celebração ainda este ano de um protocolo de colaboração entre Portugal e o Brasil para o desenvolvimento da rede ferroviária de alta velocidade.

À imagem de Portugal, o Brasil está a projectar uma linha de alta velocidade entre Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas numa extensão de 550 quilómetros. Numa primeira fase, Lisboa e Brasília querem partilhar experiências quanto ao planeamento da rede e à escolha do modelo institucional de exploração.

Futuramente, os dois governos querem incentivar empresas privadas a participarem no desenvolvimento e exploração das redes. Novidade ainda é o compromisso para a construção de um centro de negócios brasileiro no centro de Lisboa.

Os responsáveis portugueses e brasileiros da área dos transportes apalavraram ainda cooperar e estabelecer protocolos na área dos transportes urbanos e concessões rodoviárias.

Ana Paula Vitorino disse aos jornalistas que Portugal e Brasil estão «a trabalhar para o pós-crise». Noção partilhada pelo responsável do Ministério dos Transportes, que falou da necessidade de «antecipar a superação da crise».

Comércio luso-brasileiro em queda livre

Os encontros desta segunda-feira em Brasília acontecem dias depois da Secretaria brasileira do Comércio Exterior ter revelado dados que comprovam o impacto da crise nas trocas comerciais entre os dois países lusófonos.

Entre Janeiro e Março de 2009, as exportações brasileiras para Portugal caíram para metade do valor registado em período homólogo do ano passado, estimado em 347 milhões de dólares. Também as exportações de produtos portugueses para o Brasil caíram 20,1%,valendo neste período 84 milhões de dólares.

A missão de diplomacia económica de Portugal na América do Sul, que passa esta semana também por São Paulo e Buenos Aires, tenta preparar terreno para uma futura recuperação da economia internacional, tendo o principal objectivo da viagem a promoção dos portos portugueses junto dos empresários sul-americanos.

Ana Paula Vitorino veio ao Brasil mostrar que «os portos portugueses estão mais baratos e mais rápidos» e que estes foram «desburocratizados», sublinhando «um progresso notável», nos últimos quatro anos.

SOL