Sector do Turismo e Hotelaria

  • 229 Respostas
  • 81593 Visualizações
*

Daniel

  • Investigador
  • *****
  • 3136
  • Recebeu: 417 vez(es)
  • Enviou: 208 vez(es)
  • +645/-8597
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #210 em: Fevereiro 07, 2021, 10:30:35 am »
Hotelaria à beira do colapso
https://visao.sapo.pt/atualidade/economia/2021-02-06-hotelaria-a-beira-do-colapso/
Citar
Com a atividade praticamente parada, o setor hoteleiro “está numa encruzilhada complicada”. Com dívidas acumuladas, dificuldades de tesouraria, moratórias a apontar para mais dívida futura e uma possível normalização prevista só para 2023, o desemprego pode estar ao virar da esquina. Dentro de algum tempo, isto pode ser o descalabro”, prevê o presidente da APHORT (Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo), Rodrigo Pinto Barros. Se há um ano, o Porto fervilhava de turistas e se anunciavam novos hotéis todas as semanas, hoje o cenário não podia ser mais oposto. Algumas unidades anunciadas retardaram a abertura, as construções pararam à espera de melhores dias. Os que já estavam em plena atividade vêm agora o futuro com um imenso ponto de interrogação.“Cerca de 70% da hotelaria do Porto está encerrada. Os restantes, estão em serviços mais do que mínimos. Alguns 5 estrelas estão a trabalhar com 3 ou 4% de taxas de ocupação”, reforça o dirigente da APHORT, com sede no Porto, em declarações à Visão. Na sua opinião, os gestores hoteleiros “estão muito preocupados” e não sabem ainda bem “como vão aguentar” as suas empresas.

“Não tarda nada, o setor vai ter de começar a olhar para os seus quadros de pessoal e começar a despedir efetivos. É uma guerra que está a começar”, adianta. “Para já, estão a tentar manter, ainda muito amparados no lay off, mas não sei por quanto tempo haverá esta vontade”.

Quanto tempo se vai aguentar isto? “Os que estavam a ser bem geridos, mas muita gente vai ficar pelo caminho.” O retrato é duro: “Isto não vai ser fácil. Há um patamar muito apertado de folga de capitais, muitas empresas no limite de tesouraria.”

Algarve: “A desgraça total

No Algarve, região turística por excelência, “a situação é gravíssima, é a desgraça total”, diz Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). Depois de um ano de gestão deficitária e com o mercado inglês vedado, o Algarve tem o setor completamente parado. “Estão cerca de 20% abertos, mas com taxas de ocupação de 6 e 7% em janeiro. E alguns até decidiram encerrar agora, quando se devia estar a preparar a época. A retoma devia ser agora na Páscoa, mas está tudo muito comprometido, com voos muito reduzidos”, adianta, prevendo também um aumento do desemprego.

“Estamos numa encruzilhada complicada. Não sei se o Estado não sabe ou não entende”. Elidérico Viegas, indignado com os fracos apoios governamentais, considera mesmo “uma afronta não ter direito ao lay off simplificado”, pois só puderam beneficiar dos apoios à retoma progressiva “e não houve retoma nenhuma”. Continua: “O Governo não tem estado à altura dos acontecimentos, nem de perceber as condições daquele que é o maior setor exportador do país, o turismo. Aqui não tivemos apoios direcionados e os que existem estão desajustados, o que vai agravar a situação e levar ao colapso financeiro”.

Transformar dívida em capital
Com as tesourarias asfixiadas, as unidades hoteleiras têm as condições criadas para ficar cada vez mais nas mãos das instituições de crédito e dos fundos de investimento abutres. “Hotéis que já não tenham dívidas para a sua consolidação não há muitos. A manter-se a situação, entrarão em colapso financeiro”, avisa o dirigente da AHETA, que só considera que “situação ainda não é tão grave por causa das moratórias”.

“Mas isto é empurrar com a barriga. Não resolve a dívida, nem os custos fixos”, lamenta. As preocupações do seu homólogo do Porto, Rodrigo Pinto Barros, vão no mesmo sentido: “Tudo vai ter de ser pago um dia. Acumula-se a dívida de longo prazo, junta-se moratórias à divida corrente. Muitos não vão conseguir pagar e vão ficar pelo caminho. Daqui a uns anos pode ser o descalabro.”

Até porque, mesmo com o hotel encerrado, os custos fixos continuam a cair na conta: IMI, segurança social, seguros, água, luz… “O Governo e o mundo financeiro vão ter de penar em alternativas”, avança Rodrigo Pinto Barros. Elidérico Viegas vai mesmo mais longe: “O Estado vai ter de dar garantias às instituições financeiras para que se transforme dívida em capital social. E vai ter de atribuir subvenções a fundo perdido para apoio à tesouraria destinadas a pagar custos fixos.”

Normalização só em 2023
De uma coisa, ambos têm a certeza. Que o setor chegará extremamente fragilizado à retoma e muitos não chegarão à normalização da atividade, prevista só lá para 2023. “As empresas débeis não estarão em condições de disputar a retoma”, pois esta será amplamente disputada por várias regiões e grandes operadores. “Vão ser necessários uns 4 a 5 anos para recuperar disto tudo”, vaticina o dirigente da AHETA, que lembra ainda que “todo o circuito turístico está muito abalado”, com “situações muito complexas na intermediação” e com “grandes operadores turísticos também a falir”.

O cenário é muito diferente da crise de 2008/2009, para pior. Se nessa altura o setor se recompôs com alguma facilidade e até se seguiu um período de crescimento, agora não se adivinha que seja assim tão fácil. Pelo menos em cidades como o Porto, por exemplo.

“Na altura, a oferta era muito menor. Mas até 2019 houve a abertura de imensos hotéis. Vai andar tudo atrás do mesmo osso”, prevê o dirigente da APHORT. Depois, “o mundo inteiro está a viver isto e todos vão querer atrair clientes”, diz Rodrigo Pinto Barros, atento aos indicadores das companhias aéreas que relatam que a atividade só será parecida com 2019 lá para 2023. E isto anda tudo ligado.

Deixa-nos as suas interrogações: “Isto vai ter de se recompor. Qual a melhor maneira? Ainda não sabemos. Vamos ter de baixar preços? Haverá guerra de preços? Que regiões do mundo vão querer disputar mercado? Não vai ser um setor com vida facilitada.”
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #211 em: Março 03, 2021, 03:50:08 pm »
REPORTAGEM: Covid-19: Hotéis no Algarve contornam crise com teletrabalho e estadias de longa duração


 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #212 em: Outubro 05, 2022, 04:30:05 pm »
Portugal eleito melhor destino turístico da Europa

« Última modificação: Outubro 05, 2022, 04:30:43 pm por Lusitano89 »
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #213 em: Dezembro 30, 2022, 11:16:25 am »
Algarve quase lotado para Ano Novo


 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #214 em: Março 02, 2023, 12:26:45 pm »
Bolsa de Turismo de Lisboa já começou


 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #215 em: Abril 06, 2023, 01:22:59 pm »
Páscoa com afluência máxima no norte



 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #216 em: Agosto 07, 2023, 01:28:05 pm »
Ocupação hoteleira em Portugal


 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #217 em: Agosto 10, 2023, 12:00:09 pm »
Turismo do Alentejo vai avaliar os estragos


 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #218 em: Agosto 16, 2023, 01:38:49 pm »
Ocupação hoteleira no Algarve


 

*

Get_It

  • Investigador
  • *****
  • 2268
  • Recebeu: 524 vez(es)
  • Enviou: 466 vez(es)
  • +835/-827
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #219 em: Agosto 30, 2023, 10:36:41 am »
Fortes de S. João e de S. Pedro vão ser convertidos em restaurantes. Inquilinos pagam renda de 147 mil por ano
(30 de Agosto de 2023)
Citação de: Petronilho / Eco
Os fortes de S. Pedro e de S. João da Cadaveira, em Cascais, vão renascer como restaurantes. A concessão dos dois imóveis do Estado – classificados como Imóveis de Interesse Público desde 1977 e que foram a concurso público pelo Revive, gerido pelo Turismo de Portugal – já foi adjudicada sendo que os contratos, assinados no início de Junho, preveem uma renda mensal acima dos 12.250 euros, adiantou ao ECO a Câmara de Cascais, que ajudou o Governo no lançamento do processo.

Como critérios de selecção para os vencedores do concurso, o Estado, através do Turismo de Portugal, teve em conta apenas dois requisitos: o valor proposto pelos candidatos para a renda e o prazo para que os imóveis entrassem em funcionamento. Esta decisão desagradou a Câmara de Cascais que defendia que deviam ser tidos em conta o conceito dos restaurantes e o nível de experiência das empresas, conta ainda ao ECO fonte da autarquia.

Desta forma, entre os 25 candidatos ao forte de S. Pedro, a concessão foi entregue à empresa David Igrejas Unipessoal, Lda., que, segundo a Informa D&B, tem como único trabalhador o sócio-gerente David Saragga Igrejas, um dos sócios do Prego Gourmet, que foi declarado insolvente em 2021 com dívidas ao Novobanco, ao centro comercial Alegro Alfragide e a vários fornecedores como a Pcarnes, Frustock e Easybatata.

(...)

Já a concessão do forte de S. João da Cavadeira – a que se apresentaram 22 candidatos – foi entregue à Canário Tagarela, Unipessoal, Lda., empresa que foi constituída em Fevereiro de 2022, dois meses antes do fim do prazo de entrega das candidaturas ao concurso, que decorreu entre Dezembro de 2021 e Abril de 2022.

De acordo com a Informa D&B, a empresa conta apenas com um trabalhador, o sócio-gerente Gonçalo Pousinho, que está ligado como sócio a uma outra empresa com actividade em organização de actividades de animação turística, a Reaching Experience, Lda.

De acordo com a Câmara de Cascais, a Canário Tagarela vai pagar uma renda anual de 147.100 euros, que resultam em cerca de 12.260 euros mensais, que se arrastam por um prazo de 50 anos de concessão. Quase 15 vezes acima dos 10.055 euros anuais exigidos no concurso como patamar mínimo.

Também este valor exclui o investimento em requalificação do imóvel, sendo que o empresário Gonçalo Pousinho propôs encurtar o prazo de abertura do futuro restaurante em 18 meses, sendo que o caderno de encargos também prevê um «prazo máximo de três anos» sob pena de rescisão do contrato.

Tanto o forte de S. Pedro como o forte de S. João estão devolutos há largos anos e encontram-se em avançado estado de degradação. O forte de S. João está desactivado das funções militares desde 1843 e faz parte do conjunto de fortalezas joaninas edificadas entre 1642 e 1648 para criar uma linha defensiva entre São Julião da Barra e o Cabo da Roca.

Já o de S. Pedro, localizado a praia da Poça, depois da sua desactivação, no século XIX, passou por diversas tutelas com o imóvel a ser usado com várias finalidades. Em 1954 foi transformado em Casa de Chá e, a partir de 1957, foi arrendado a um particular, passando a albergar inicialmente um restaurante e posteriormente uma discoteca.

(...)

Até ao momento, foi adjudicada a concessão de 18 imóveis públicos devolutos, que resulta num total de 2,5 milhões de euros por ano em rendas pagas ao Estado, tendo sido investidos 139 milhões na recuperação de edifícios públicos.
Fonte: https://eco.sapo.pt/2023/08/30/fortes-de-s-joao-e-de-s-pedro-vao-ser-convertidos-em-restaurantes-inquilinos-pagam-renda-de-147-mil-por-ano/

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #220 em: Setembro 02, 2023, 11:58:46 am »
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #221 em: Setembro 30, 2023, 01:40:19 pm »
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #222 em: Outubro 26, 2023, 11:57:40 am »
Sim ou Não: Portugal tem excesso de turistas? (em parceria com Portugal Amanhã)



 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #223 em: Novembro 23, 2023, 10:01:00 am »
Mário Ferreira expande para 55 navios na Douro Azul (em parceria com Amanha.pt)



 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20890
  • Recebeu: 2484 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1159/-1484
Re: Sector do Turismo e Hotelaria
« Responder #224 em: Dezembro 22, 2023, 09:19:27 pm »
Portugueses optam por hotéis no Natal


« Última modificação: Dezembro 22, 2023, 09:20:37 pm por Lusitano89 »