Qualquer Brigada deve ter uma GAC, isso é um ponto de não discussão. Desde que os Paras formaram uma Brigada nos finais dos anos 70 inicios dos anos 80, sempre tiveram uma Companhia de Morteiros Pesados que davam o Apoio de Fogos que uma brigada precisa. Ao entrar para o Exército o Ramo decidio que isso não era o suficiente e por isso adquiriram para a BAI as Light Gun.
Sendo a BrigRR um comando de Tropas Especiais, o mesmo pode ou não ter uma GAC, no entanto e se pesquisares sobre o que os nossos aliados têm planeado em caso de terem que fazer uma operação Aeroterrestre, há sempre um núcleo de Artilharia, Transmissões, etc. Não tendo esses meios, terias que ir buscar os mesmos às restantes brigadas, mas sendo essas unidades com características muito diferentes, será que esses militares seriam capazes de cumprir e será que o material se adequaria? É que usar uns M109 numa operação aeroterrestre parece-me algo fora do contexto (usei só para contextualizar as minhas dúvidas).
Tu podes ter uma BrigRR apenas com o BOAT, os BIParas, o BCmds e a FOEsp e se calhar a Companhia de Transmissões e dar tudo o resto às restantes duas Brigadas, na verdade eu penso que esse era o plano original. A questão é avaliar os prós e os contras e veres se vale a pena.
Mas ninguém falou em estarem dependentes dos GAC de outras brigadas, e sim usarem o GAC existente na BRR. Morteiros é diferente, que podes ter Paras com morteiro rebocado de 81mm, ou mesmo 120, que podem ser rebocados até por uma daquelas viaturas leves aerotransportáveis/lançáveis de paraquedas.
Agora GAC, tens ao nível da Brigada, e é preferível reforçar o que já existe, do que andar a desdobrar outro GAC para uma das unidades inseridas nesta Brigada.
Talvez porque não se justificaria num Exército com tão poucos meios termos unidades que por norma atuam em unidades de pequeno escalão com esses meios? Porque seria mais fácil agarrar em militares devidamente formados e com experiência a fazer esse tipo de missão? Escolhe uma.
Eu ainda poderia acreditar que fosse uma boa opção treinar os militares das ditas Especialidades que tivessem formação com os CSR Carl Gustav, tivessem também formação com uns Spike SR, porque os mesmos podem ser usados em viaturas que tanto os Comandos como as FOEsp já possuem, como dá para uma pequena equipa usar as mesmas já que o peso e o tamanho não difere muito dos CG.
Em unidades de pequeno escalão, justifica-se tanto ou mais, a implementação deste tipo de armamento multiplicador de força, pois são unidades que vão ter que operar com pouco ou nenhum apoio. Isto não quer dizer que tenham que andar sempre equipados com este tipo de sistema, em todos os TOs, mas todos deviam ter o treino mínimo para saber disparar armamento "fire and forget" como o Stinger e um ATGM moderno (tipo Spike SR ou NLAW), e eventualmente um sistema de maior alcance montado numa RWS num ST5.
Não estamos a falar de criar uma unidade dentro dos Comandos, dedicada à missão AA e outra Anti-carro. Estamos a falar de capacitar todo o pessoal desta força (ou no mínimo 1 ou 2 por equipa) para usar este tipo de armamento, e fazer parte da sua orgânica nos TOs que assim justifiquem.
Acho que estás a perceber-me mal. Eu não estou a dizer para castrarem os Comandos e a FOEsp, eu estou a dizer o que na minha perspetiva faz sentido ou não nesse tipo de tropa. Eu posso estar errado, como posso estar certo, mas tenho sérias dúvidas que numa equipa de 4/5, 1 ou 2 possam transportar e operar misseis antiaéreos. Isso já é coisas para unidades de escalão no mínimo Companhia (como aconteceu na Roménia). A única tropa que opera nesse escalão são os Comandos e não a FOEsp.
No Afeganistão os primeiros contingentes tiverem salvo erro uma pequena unidade de misseis anticarro (Tow?). Os primeiros contingentes eram constituídos principalmente por Comandos e eram eles que operavam o dito armamento e ofereciam protecção aos VIPs. Se estou errado alguém me corrija.
Já os misseis antiaéreos são pessoal de Artilharia Antiaérea que foi engrenado no contingente (penso).
Desde que haja meios, uma equipa de 4 ou 5, tem todas as condições, especialmente tendo acesso a um veículo como o Vamtac SOV ou ST5, para operar armamento desse tipo. E até digo mais, qualquer força de elite nacional, com acesso a ST5, podia ganhar um veículo com uma RWS de 30mm, e/ou RWS com ATGM ou Stinger acoplados, revolucionando o poder de fogo destas forças.
Também não tem grande lógica, que simples MANPADS, só sejam utilizados por uma unidade específica. É o mais básico dos sistemas AA, a seguir a uma metralhadora pesada. Baterias AA (dentro das respectivas brigadas), deviam ser reservadas para sistemas de maior complexidade, com veículos dedicados à função, já o RAAA devia ficar reservado a sistemas de médio/longo alcance e sistemas fixos/semifixos de canhões (modernos) usados para defender pontos estratégicos.
Com a ameaça dos drones, nem sequer nos podemos dar ao luxo de ter unidades sem qualquer capacidade de defesa deste tipo de ameaça