Economia nacional

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Re: Economia nacional
« Responder #390 em: Setembro 03, 2021, 03:35:20 pm »
Também, só vamos ter a quarta bancarrota patrocinada pelo PS...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Economia nacional
« Responder #391 em: Setembro 10, 2021, 09:48:04 am »
Também, só vamos ter a quarta bancarrota patrocinada pelo PS...

E a culpa vai ser da pandemia...
 
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Re: Economia nacional
« Responder #393 em: Setembro 13, 2021, 11:54:00 am »
O meu Pai, reformado há quase 20 anos, trabalhou lá praticamente toda a vida...  :(

Após a auditoria feita pelos candidatos à compra, a empresa é economicamente inviável e diria que até se encontra novamente numa situação financeira muito difícil que, imporá, brevemente novo financiamento ou garantia estatal.

Citar
Ou Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central

Primeiramente, como se impõe, uma declaração de interesses: fui membro do conselho de administração de uma empresa do mesmo sector do da Efacec, tendo sido concorrente, cliente, fornecedor e parceiros em consórcios. Tal declaração não me impede de dar a minha opinião isenta sobre o enorme erro estratégico, motivado, por falta de outra razão válida, por puro preconceito ideológico, e que foi a nacionalização da Efacec.

Escapou à comunicação social e, mais grave, à oposição, a recente notícia sobre o processo de reprivatização da participação social do Estado na Efacec.  To make a long story short, nos documentos de venda a Efacec terá reportado no exercício de 2020 um Ebtida de 20 milhões de euros negativos. Ou seja, a Efacec custaria ao Estado, maior acionista da Efacec, a módica quantia de 20 milhões de euros por ano. E para quem não sabe, o resultado negativo da empresa é muitíssimo superior ao Ebitda se adicionarmos os encargos financeiros e as amortizações.

Acontece que, após a auditoria levada a cabo pelos concorrentes à compra, o Ebitda terá sido ajustado para 60 milhões de euros negativos, e com a expectativa de, nos anos seguintes, o ebitda regressar aos tais 20 milhões de euros anuais negativos.

Por tal facto, e tendo em conta a dívida financeira líquida da Efacec rondar os 170 milhões de euros, os dois concorrentes (nacionais, porque os estrangeiros, do sector, desinteressaram-se), em lugar de pedirem dinheiro para ficarem com a empresa, limitaram-se a pedir uma garantia do estado para esta dívida. Se tivermos em conta o múltiplo do benchmark para este tipo de empresa (4x) o Estado teria de pagar ao comprador, pelo menos, 80 milhões de euros (4x ebitda negativo reportado) para este ficar com a Efacec, sem contar com a dívida que o Estado deveria assumir…

Até aqui tudo normal nesta república das bananas, não fosse dar-se o caso de após a nacionalização, o Estado ter garantido um empréstimo de 70 milhões de euros, já integralmente consumido, ter nacionalizado a empresa sem uma prévia auditoria, ter mantido a equipa de gestão responsável por estas contas, e ter concluído publicamente que a Efacec, ao contrário da TAP, era uma empresa economicamente viável.

O ministro da Economia é um advogado experimentado neste tipo de transacções de empresas e sabia, ou devia saber, que quando adquiriu o controlo de uma empresa em situação financeira difícil, pelo menos devia ter garantido que a mesma era economicamente viável ou, mínimo, olhar para as contas… E, mais grave, atirou poeira para os olhos para quem o lia e ouvia, por diversas vezes, pois sempre manifestou publicamente que a empresa estava muito bem, que era economicamente viável e que estava a fazer o seu turn around.

Pois bem, após a auditoria feita pelos candidatos à compra, a empresa, para quem quiser ver, é economicamente inviável e diria que até se encontra novamente numa situação financeira muito difícil que, imporá, brevemente novo financiamento ou garantia estatal.

A empresa tem cerca de 2.500 trabalhadores, sindicatos muito fortes e coesos, localizada no norte industrial e é uma empresa de referência no sector onde actua. O que não é, é uma empresa economicamente viável e isso ficou muito claro no processo de reprivatização, onde se descobre que o Ebitda afinal não é de 20 milhões de euros, mas três vezes mais. E ninguém se demite? Os membros do Conselho de Administração, os auditores, o ministro?

Nacionaliza-se uma empresa sem se saber se as contas evidenciam a verdadeira situação económico-financeira da empresa? Nacionaliza-se uma empresa por razões alegadamente ligadas a uma acionista e mantém-se a anterior equipa de gestão indicada por aquela? E quando se sabe que as contas não reflectem integralmente a performance da empresa não há consequências jurídicas ou políticas?

Isto acontece porque a nacionalização se deveu a um mero preconceito ideológico, porventura, triste país, gerado numa das negociações de aprovação do OE pelo PCP. E agora? Como dizem alguns empresários neste tipo de situações: stop losses! Mas não é o Estado empresário que pode fazer isso. Mais capital, mais garantias públicas a novo endividamento da empresa, mais auxílios do Estado que só encontram limite, como vimos na TAP, na Comissão Europeia, é a triste realidade que nos espera.

Tanta preocupação deste Governo em somente apoiar as empresas economicamente viáveis, apesar da pandemia e dos constrangimentos de tesouraria que esta provocou, e agora não hesita em apoiar uma empresa, que actua num mercado concorrencial, e que não é manifestamente viável?!

E uma nota final: o sector onde a Efacec actua não sofreu, como outros sectores, com a pandemia. Alguém se demita, porque depois do Novo Banco e da TAP, este é o novo monstro despesista. O acrónimo EFACEC será doravante “Empresa Financeiramente Apoiada Continuamente (pelo) Estado Central”. E a conta final será, como sempre, o contribuinte que a pagará.
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Re: Economia nacional
« Responder #394 em: Setembro 14, 2021, 10:16:50 am »
Também fiquei surpreendido da situação financeira da EFACEC.
A empresa era e ainda é uma empresa de referência e reconhecida lá fora, mas desde que teimou em criar uma mega-fábrica nos EUA que a saúde financeira da empresa piora a cada ano que passa!!!!!
Estive ontem a ver o relatório de contas e...... factura 1/3 da empresa de à 7 anos atrás!
A empresa dividiu a sua actividade em 8 áreas de negócios e só 1, a dos transportes, dá lucro!!!!!!

O relatório de gestão refere que a degradação da actividade em 2020 deveu-se ao luandaleaks que paralisou a actividade da empresa (é verdade que durante meses, os tribunais nacionais decidiram arrestar e bloquear todos os bens da Isabelinha e em arrasto bloquearam as contas bancárias da EFACEC.......

O capital próprio da empresa está reduzido a metade do capital social (significa muitos prejuízos acumulados).....

Pelo que dizem os auditores externos, o Estado se quiser desfazer-se da EFACEC (privatização), vai ter de pagar 80 milhões de euros!!!!!!
E não esquecer que os donos originais ainda têem 25% da empresa, se calhar chegou a hora de ajustar o capital, ou o Estado só mete dinheiro na empresa e os restantes sócios assistem e abanam que sim com a cabeça?
 
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Re: Economia nacional
« Responder #395 em: Setembro 14, 2021, 11:47:58 am »
Do que conheço e admito que não é muito mas acho estranho a EFACEC estar no vermelho, provavelmente mais umas negociatas dos amiguinhos, tanto quanto sei não existe muitas empresas a produzir os transformadores e produtos que a EFACEC produz, sei que houve tempo o principal cliente era os EUA, os "transformadores" tinha de ir de transporte especial até ao Porto e depois de barco, algo que devia aumentar bastante os custos, dai a fabrica nos EUA.

Outra situação, é que a EFACEC foi das primeiras empresas a meter no mercado carregadores rápidos de veículos elétricos. Por isso não entendo como é que uma empresa com teoricamente bons produtos está no vermelho.
 

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Re: Economia nacional
« Responder #396 em: Setembro 15, 2021, 12:20:28 am »


Na época em que tinha maior esperança neste País.
E agora...
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Re: Economia nacional
« Responder #397 em: Setembro 15, 2021, 11:24:58 pm »
https://twitter.com/i/status/1437449208576028682

2 minutos que explicam a insustentabilidade da economia nacional.

O jornalista da TVI 24 devia estar mortinho por sair dali.  ;D
« Última modificação: Setembro 15, 2021, 11:25:16 pm por HSMW »
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Re: Economia nacional
« Responder #398 em: Setembro 16, 2021, 01:39:53 pm »
https://twitter.com/i/status/1437449208576028682

2 minutos que explicam a insustentabilidade da economia nacional.

O jornalista da TVI 24 devia estar mortinho por sair dali.  ;D

É a dura realidade, vinda de um socialista que é neste momento marginalizado, porque ele é da ala mais à direita do PS!
Relativamente aos gráficos, as únicas boas notícias são o PIB nacional quase duplicou nesses 20 anos e a duplicação das exportações portuguesas (falta saber como ficam depois da pandemia passar e também pelo facto da geringonça ser anti-empresas).
 
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Re: Economia nacional
« Responder #399 em: Setembro 23, 2021, 02:24:49 pm »
https://ionline.sapo.pt/artigo/747150/ine-rev-em-baixa-pib-para-2020-caiu-8-4-?seccao=Dinheiro_i

INE revê em baixa PIB para 2020: caiu 8,4%
JORNAL I
23/09/2021 12:46

Números fazem com que o ano de 2020 seja “o ano com maior contração da atividade económica desde 1995”.

A economia portuguesa contraiu mais em 2020 do que o estimado. O PIB caiu 8,4%, em vez dos 7,6% que até aqui o Instituto Nacional de Estatística (INE) calculava. Os dados, revelados esta quinta-feira pelo gabinete de estatística mostram uma diferença de oito décimas. Diferença que tem efeitos também no rácio da dívida pública, que cresceu para 135,2% do PIB em vez dos 133,6% estimados.

Segundo o INE “no ano de 2020, marcado pelos efeitos económicos da pandemia covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB) ascendeu a 200,1 mil milhões de euros, o que representou uma diminuição nominal de 6,7% (+4,5% em 2019) e real de 8,4% (+2,7% em 2019), sendo o deflator implícito de 1,9% (1,7% em 2019)”. Estes números fazem com que o ano de 2020 seja “o ano com maior contração da atividade económica desde 1995”.

As contas mostram ainda que o Rendimento Nacional Bruto (RNB) caiu 5,7% no ano passado depois de ter crescido 4,3% em 2019. Já a taxa de poupança das famílias disparou para 12,8%, uma percentagem que representa mais 5,6 pontos percentuais (p.p) face ao ano anterior.

Diz ainda o INE que a economia apresentou uma necessidade de financiamento de 0,1% do PIB, que contrasta com a capacidade de financiamento (1%) registada em 2019.

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Re: Economia nacional
« Responder #400 em: Setembro 28, 2021, 11:00:04 am »
"Não se pode dizer que existe uma folga orçamental", avisa líder do CFP

Citar
Nazaré da Costa Cabral defende revisão das regras orçamentais na União Europeia e lembra que a situação financeira de Portugal não é confortável.

Citar
Portugal está longe de poder dizer que está numa situação financeira confortável e tem de rever a sua estrutura de despesas. A presidente do Conselho das Finanças Públicas, Nazaré da Costa Cabral, defende uma revisão das regras orçamentais na União Europeia e chama a atenção para a falta de apresentação do decreto-lei de execução orçamental.

"Esta ideia de que há uma folga é uma ideia para a qual temos de olhar com cuidado. Um défice orçamental nunca é uma folga. Um défice significa que as receitas efectivas são menores do que as despesas efectivas, o que obriga o Estado a ter de se financiar. Nas situações de excedente, podemos ter uma situação de folga orçamental, mas nem sempre, porque se um país tem uma dívida pública que é considerada excessiva, esse excedente tem de ser alocado à redução da própria dívida", avisou Nazaré da Costa Cabral em entrevista publicada esta terça-feira pelo jornal Público.

Devido a esta circunstância, a economista considera que é necessário passar a mensagem de "prudência orçamental" e apostar em "manter o controlo das finanças públicas, para que logo que possível a estratégia de descida da dívida pública possa ser seguida".

Citar
Sobre as regras orçamentais na UE, Nazaré da Costa Cabral defende a sua "simplificação" e que esteja pensada em torno da dívida pública: "não me chocaria que, em vez de termos uma regra igual para todos, tivéssemos a possibilidade de os países definirem uma trajectória de redução, em compromisso com a Comissão Europeia dentro de limites mínimos de redução de médio prazo predefinidos".

A economista critica ainda a falta de apresentação do decreto-lei de execução orçamental (DLEO): "a situação é de facto bizarra". Por causa disso, Nazaré da Costa Cabral chega a sugerir:
"se o Governo está desconfortável com o DLEO, penso que deve propor ao Parlamento uma alteração à Lei de Enquadramento Orçamental a suprimir a necessidade do DLEO. O que não faz sentido é termos uma exigência legal e o Governo não cumprir."
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Re: Economia nacional
« Responder #401 em: Outubro 15, 2021, 05:50:29 pm »
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Re: Economia nacional
« Responder #402 em: Outubro 18, 2021, 09:59:04 am »


A verdade é que é graças a liberalização que hj existe os postos com diferentes preços.

Um dos problemas depois é a matéria prima, produção e carga fiscal, a carga fiscal tem vindo sempre a aumentar (e não é só em impostos diretos, mas tb nos indiretos que leva ao aumento do custo de produção.), a produção apesar de estar liberalizada até a pouco tempo tínhamos apenas uma entidade a produzir e armazenar em Portugal, na pratica não havia concorrência (tanto quanto sei a Cepsa e a Repsol estão ou já tem grande capacidade de armazenamento e até já estão a importar combustíveis refinados para depois vender em PT, mas a importação e armazenamento vai limitar muito as margens de lucro e como tal a capacidade de concorrência)
 

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Re: Economia nacional
« Responder #403 em: Outubro 18, 2021, 11:51:09 am »


A verdade é que é graças a liberalização que hj existe os postos com diferentes preços.

Um dos problemas depois é a matéria prima, produção e carga fiscal, a carga fiscal tem vindo sempre a aumentar (e não é só em impostos diretos, mas tb nos indiretos que leva ao aumento do custo de produção.), a produção apesar de estar liberalizada até a pouco tempo tínhamos apenas uma entidade a produzir e armazenar em Portugal, na pratica não havia concorrência (tanto quanto sei a Cepsa e a Repsol estão ou já tem grande capacidade de armazenamento e até já estão a importar combustíveis refinados para depois vender em PT, mas a importação e armazenamento vai limitar muito as margens de lucro e como tal a capacidade de concorrência)

E não só!
Que este governo é totalmente incompetente a tratar assuntos vitais para o país como as questões energéticas, isso salta à vista! Mas esta cegueira estende-se à Europa e a quase todas as forças políticas.

Relativamente aos combustíveis fósseis, para além do estado ficar com quase 2/3 do valor pago numa bomba de combustível (e num país onde temos um corporativismo à caça do subsídio ou das compras públicas), temos um pormenor que está a aumentar a olhos vistos que são os aditivos que são obrigatórios e com preços cada vez mais elevados e inclusivé a inclusão de depósitos extra para Ad Blue (norma Euro6) em todos os carros diesel actuais! E estas extravagâncias pagam-se!

A cegueira alarga-se a toda a Europa, porque esta quer tornar-se no farol ecológico da humanidade!!!!!!
Mas sem ter grandes alternativas!
Querem acabar com os veículos a combustão e até colocam datas....... e eu pergunto, e que alternativas temos nós? 1 Tesla para cada tuga a pagar em 20 anos?
A quem afirma que temos de usar mais os transportes públicos..... e fora da grande Lisboa e do grande Porto, onde é que há transportes públicos? Nunca os vi e moro no centro de um concelho!!!!!! A única coisa parecida com transportes públicos que eu vejo são os autocarros que transportam os alunos das aldeias para a sede do concelho e logo de manhã pelas 7h e o regresso ao fim do dia!

Mas deixo algumas perguntas aos iluminados, como é que transportam pessoas?
Como é que transportam mercadorias?
Seja de que forma forma, por via terrestre, marítima ou aérea. Já encontraram alternativas aos motores de combustão para camiões, autocarros, navios e aviões?
Ou só as viaturas ligeiras é que poluem?

As madres Gretas andam a fazer muito mal aos países europeus!
Faltam pessoas sensatas e que saibam do que falam sem serem fundamentalistas!

E já nem vale a pena perder grande tempo com os saloios do governo que ora falam do aquecimento global e da subida imparável dos oceanos..... e depois vão fazer um apeadeiro de nome novo Aeroporto do Montijo.......  precisamente ao nível do mar!!!!!
Gosto do contorcionismo destes visionários!!!!!!
« Última modificação: Outubro 18, 2021, 12:09:38 pm por Viajante »
 
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Re: Economia nacional
« Responder #404 em: Outubro 18, 2021, 03:01:12 pm »


A verdade é que é graças a liberalização que hj existe os postos com diferentes preços.

Um dos problemas depois é a matéria prima, produção e carga fiscal, a carga fiscal tem vindo sempre a aumentar (e não é só em impostos diretos, mas tb nos indiretos que leva ao aumento do custo de produção.), a produção apesar de estar liberalizada até a pouco tempo tínhamos apenas uma entidade a produzir e armazenar em Portugal, na pratica não havia concorrência (tanto quanto sei a Cepsa e a Repsol estão ou já tem grande capacidade de armazenamento e até já estão a importar combustíveis refinados para depois vender em PT, mas a importação e armazenamento vai limitar muito as margens de lucro e como tal a capacidade de concorrência)

E não só!
Que este governo é totalmente incompetente a tratar assuntos vitais para o país como as questões energéticas, isso salta à vista! Mas esta cegueira estende-se à Europa e a quase todas as forças políticas.

Relativamente aos combustíveis fósseis, para além do estado ficar com quase 2/3 do valor pago numa bomba de combustível (e num país onde temos um corporativismo à caça do subsídio ou das compras públicas), temos um pormenor que está a aumentar a olhos vistos que são os aditivos que são obrigatórios e com preços cada vez mais elevados e inclusivé a inclusão de depósitos extra para Ad Blue (norma Euro6) em todos os carros diesel actuais! E estas extravagâncias pagam-se!

A cegueira alarga-se a toda a Europa, porque esta quer tornar-se no farol ecológico da humanidade!!!!!!
Mas sem ter grandes alternativas!
Querem acabar com os veículos a combustão e até colocam datas....... e eu pergunto, e que alternativas temos nós? 1 Tesla para cada tuga a pagar em 20 anos?
A quem afirma que temos de usar mais os transportes públicos..... e fora da grande Lisboa e do grande Porto, onde é que há transportes públicos? Nunca os vi e moro no centro de um concelho!!!!!! A única coisa parecida com transportes públicos que eu vejo são os autocarros que transportam os alunos das aldeias para a sede do concelho e logo de manhã pelas 7h e o regresso ao fim do dia!

Mas deixo algumas perguntas aos iluminados, como é que transportam pessoas?
Como é que transportam mercadorias?
Seja de que forma forma, por via terrestre, marítima ou aérea. Já encontraram alternativas aos motores de combustão para camiões, autocarros, navios e aviões?
Ou só as viaturas ligeiras é que poluem?

As madres Gretas andam a fazer muito mal aos países europeus!
Faltam pessoas sensatas e que saibam do que falam sem serem fundamentalistas!

E já nem vale a pena perder grande tempo com os saloios do governo que ora falam do aquecimento global e da subida imparável dos oceanos..... e depois vão fazer um apeadeiro de nome novo Aeroporto do Montijo.......  precisamente ao nível do mar!!!!!
Gosto do contorcionismo destes visionários!!!!!!

Para variar a Europa não tem uma estratégia comum, mas sempre foi assim e sempre será assim enquanto isto não se tornar numa federação com orgulho próprio (algo difícil de acontecer).

A energia é um problema antigo na Europa, e a estupidez de muitos Governos veio agravar este problema.

Basicamente, existe um grande mercado Europeu de Eletricidade que permite aumentar a eficácia das nossas redes, contudo a estupidez nos nossos políticos torna este mercado vulnerável.

Portugal, estamos a algum tempo a "investir" nas renováveis, o problema é que as renováveis não são fiáveis, um dia produzem muito no outro produzem pouco, contudo até aqui havia alternativas, tínhamos centrais a Gás e a Carvão para compensar a baixa produtividade das renováveis e quando era preciso ainda importávamos eletricidade do tal mercado Europeu.

O problema é que as alternativas custam dinheiro e algumas são poluentes, aliado a necessidade de reduzirmos a emissões os nossos chalupas desataram a fechar centrais de produção a Carvão, isto sem encontrar alternativas, ou fiando-se no mercado Europeu ou nas centrais a Gás.

Ora isto aconteceu de forma generalizada um pouco por todo mundo, o que criou uma enorme pressão nas reservas e preço do Gás natural, a Europa que tem um problema crónico no abastecimento de Gás está a sentir as consequências, nós como nos fiamos no Mercado Europeu de Eletricidade estamos também a sofre as consequências.

Algumas Notas:
- Quando houve o corte de electricidade na Europa por causa da avioneta, Portugal e Espanha durante uma semana estiveram a ser suportados principalmente pelas centrais nucleares de Espanha, que estavam a trabalhar a cerca de 97% da capacidade, isto pk as renováveis não estavam a ter rendimento e a única central a carvão de retaguarda em Portugal não era suficiente.

- para o próximo ano o governo vai deixar de pagar a compensação para a central a carvão do Pego e com isso deixamos de ter mais uma rede de segurança em caso de necessidade.

- Existia um mecanismo que permitia de forma "automática" desligar cerca de 693 MW de eletricidade ás principais empresas consumidoras (mecanismo esse usado durante o apagão europeu), onde o estado pagava uma compensação anual a estas empresas, em Outubro esse mecanismo acabou.

Resumido acho que é necessário haver uma transição, mas é preciso ser-se sério, não andar a brincar, há países onde essa transição está a acontecer e está a acontecer de forma séria e bem estudada (Na Noruega os carros electricos novos não tem impostos quase nenhum o que ficam ao mesmo preço ou até mais baratos), em Portugal é a bandalheira do costume. Cobra-se imposto altíssimos nos combustíveis com a desculpa do ambiente, contudo esses imposto não são depois usados de forma inteligente para a transição energética.
 
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