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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Forças Aéreas/Sistemas de Armas => Força Aérea Brasileira => Tópico iniciado por: joao do brasil em Novembro 12, 2008, 05:38:07 pm

Título: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: joao do brasil em Novembro 12, 2008, 05:38:07 pm
Israel (Reuters) - A Elbit Systems de Israel informou nesta terça-feira que ganhou contrato da Embraer para o fornecimento de sistemas eletrônicos (aviônica) para o programa de modernização dos jatos de combate AMX da Força Aérea Brasileira.
O desenvolvimento inicial e a fase de protótipos do contrato somam 67 milhões de dólares. O contrato completo, incluindo a fase de produção subsequente, totaliza 187 milhões de dólares e deve ser concluído até 2014, divulgou a Elbit em comunicado.
A implementação da fase de produção, seguindo a conclusão do desenvolvimento e a fase de protótipos, está sujeita à aprovação futura.
De acordo com a Elbit, os trabalhos do projeto serão realizados pela sua subsidiária no Brasil, a Aeroeletrônica (AEL), que fornecerá o computador central de missões de batalha para o AMX, assim como os sistemas de tela, de gerenciamento de munições e sistemas adicionais.
A subsidiária israelense da Elbit, a Elisra, fornecerá os sistemas eletrônicos de combate.
http://defensesystemsbrasil.blogspot.com/ (http://defensesystemsbrasil.blogspot.com/)
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Novembro 29, 2008, 01:20:46 am
Caro João com isso o A1M será um vetor de peso pois poderá lançar BVR, se proteger com seus misseis e sua manobrabilidade que vamos lá não é um verdadeiro dogfighter mas quebra um bom galho e o melhor de tudo irá gerar muita renda para o nosso amado país. Um grande abraço e até.
Título:
Enviado por: Paisano em Abril 09, 2009, 04:22:41 pm
Elisra apresenta na LAAD suas soluções avançadas de Guerra Eletrônica

Fonte: http://defesabrasil.com/site/index.php/ ... onica.html (http://defesabrasil.com/site/index.php/Noticias/LAAD-2009/Elisra-apresenta-na-LAAD-suas-solucoes-avancadas-de-Guerra-Eletronica.html)

Citar
Empresa israelense fornecerá a nova suíte de guerra eletrônica para os A-1 AMX da FAB

A empresa isralense Elisra trará para LAAD 2009 seus mais recentes desenvolvimentos na área de guerra eletrônica e inteligência, incluindo os equipamentos que serão utilizados na modernização das aeronaves A-1 AMX da Força Aérea Brasileira.

Líder mundial em soluções integradas de guerra eletrônica e inteligência, a empresa cujo capital pertence 70% à Elbit Systems e 30% à Elta Systems, investe em tecnologias de última geração. Os sistemas da companhia são operados por diversas forças aéreas ao redor do mundo, incluindo a Força Aérea de Israel, onde os equipamentos instalados em aeronaves como os caças F-15I e F-16I e helicópteros de ataque Apache Longbow são repetidamente provados em combate.

Em novembro do ano passado, a Elisra foi selecionada como fornecedora da nova suíte de guerra eletrônica das aeronaves A-1 AMX da FAB. O acordo é parte do contrato de US$ 187 milhões entre a Embraer e a Elbit Systems, empresa responsável pelo fornecimento de todos os aviônicos para os aviões. O projeto, que tem a Embraer como principal contratada pela FAB, prevê a modernização de 43 A-1 AMX. A totalidade do contrato está programada para ser concluída em 2014.
Não é a primeira vez que a Elisra fornece equipamentos para o Brasil. A empresa também é fornecedora da suíte de guerra eletrônica dos caças F-5M da Força Aérea Brasileira.

Para Itzhak Gat, CEO da Elisra, a empresa “tem orgulho em ter sido escolhida pela Embraer, para ser mais uma vez a fornecedora de equipamentos de guerra eletrônica para as Forças Armadas brasileiras”.

“Isto reflete e demonstra a confiança tanto da Embraer quanto da Força Aérea Brasileira nos sistemas da Elisra e o reconhecimento das capacidades da empresa.”, completou.

Atuando há mais de quatro décadas nos campos de Guerra Eletrônica e da Informação, assim como de Inteligência e sistemas C3 (Comando, Controle e Comunicações), a Elisra projeta, desenvolve, fabrica, integra e dá suporte à soluções avançadas para aplicações aéreas, navais e terrestres, fornecendo seus produtos para mais de 40 países pelo mundo.

LAAD 2009

Neste ano, a companhia exibirá na LAAD sua variada linha de produtos que incluem sistemas ativos de autodefesa como RWR (Radar Warning Receivers), LWS (Laser Warning System) e MWS (Missile Warning System). O destaque fica por conta do PAWS, o primeiro sistema de proteção infra-vermelho para caças provado em combate e o primeiro a estar operacional nos novos F-16I da Força Aérea de Israel.

O PAWS oferece alerta antimíssil infra-vermelho tanto para aeronaves quanto para estações em terra. Com sistemas integrados de contramedidas, o PAWS pode ser utilizado em helicópteros de ataque e de suporte, aeronaves de caça e transporte, aeronaves civis de transporte de carga e aeronaves de transporte de passageiros. O sistema eletro-ótico oferece uma proteção direcionada a mísseis, foguetes e armas de pequeno calibre, enquanto a integra demais contramedidas e providencia visão situacional, alerta de colisão e localização do atirador.
Título:
Enviado por: 2dmaio em Maio 03, 2009, 10:17:21 pm
Olá,


Os AMX tem emprego especifico, não é um multirole. Nesse aspecto atende muito bem a sua função. A modernização permitira empregar armamento mais moderno, porém continua dentro de sua função na FAB, jato de apoio a ações terrestres ar-terra e com capacidade ar-mar. As ações ar-ar são puramente defensivas com capacidade para dois misseis ar-ar na ponta das asas, com a modernização poderão ser BVR de longo alcance.

Saudações
Título:
Enviado por: 2dmaio em Maio 03, 2009, 10:50:14 pm
Olá,


A-1A  (AMX)




(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg13.imageshack.us%2Fimg13%2F8145%2Famxa.jpg&hash=737f88529fb3010225ea4a30c4ed731f)


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg9.imageshack.us%2Fimg9%2F3084%2Frac02.jpg&hash=b2bfb95edb8ce6e3cf38b8d1bc6096d8)


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg89.imageshack.us%2Fimg89%2F9733%2Frac03.jpg&hash=3f5a459bf3c7066014f84de7866077c6)


Saudações
Título:
Enviado por: Paisano em Maio 04, 2009, 05:04:36 pm
http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/ ... intro.html (http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/amx/amx01intro.html)

 :wink:
Título:
Enviado por: 2dmaio em Maio 07, 2009, 12:30:58 am
Olá,


Mais dados sobre o AMX


http://rodrigo.cadoni.vilabol.uol.com.br/r99.html (http://rodrigo.cadoni.vilabol.uol.com.br/r99.html)


Cumprimentos
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Maio 07, 2009, 12:47:01 am
Tenho pena que a FAB não avance para algo mais radical como a troca do Spey pelo EJ200, por exemplo. Quer se queira, quer não, após a modernização, o AMX continuará a possuir o seu calcanhar de Aquiles: o motor pouco potente.
Título:
Enviado por: 2dmaio em Julho 07, 2009, 10:24:04 pm
Citar
o motor pouco potente


O suficiente para ter uma vida útil compativel com a sua extrutura.

Razão inicial de subida: 3.125m/min
Título:
Enviado por: papatango em Julho 08, 2009, 12:05:06 am
Para uma aeronave destinada a substituir aviões como o Fiat G-91Y ele era bastante equilibrado e mais polivalente e poderoso que o Fiat.
A autonomia, por causa do menor consumo com o avião carregado também foram razão da escolha.
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Julho 22, 2009, 01:46:47 am
Eu acredito que o AMX com essa modernização será um dos melhores aviões dedicados de ataque do mundo, e na arena ar-ar está de bom tamanho ainda mais se ele puder levar dois Derby e dois Piranha 1B ou dois A-Darte.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 22, 2009, 10:13:00 am
"Eu acredito que o AMX com essa modernização será um dos melhores aviões dedicados de ataque do mundo", ligeiro, avião de ataque ligeiro (algo como o nosso Alpha-Jet mas um pouco mais moderno).
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Julho 22, 2009, 04:37:17 pm
Como o Alpha jet? Eu acho que um pouco mais moderno é pouco né. Ele será muito melhor.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 22, 2009, 05:31:26 pm
Leonardo, os AMX com esta modernização vão ficar bem mais modernos que os Alpha Jet da FAP. Eu quando comparei um com o outro estava a referir as missões, neste caso a missão de Bombardeiro-Ligeiro. Se é verdade que o AMX é superior ao Alpha Jet nessa função, também é verdade que o AMX não é um treinador-avançado (função principal do Alpha Jet).

Actualmente os Alpha Jet só servem para Treino-Avançado, tendo sido substituídos pelos F-16 nas missões de Bombardeiros, cá em Portugal.

De qualquer maneira, os AMX estão longe de serem os melhores do mundo como Bombardeiros, podem ser bons é como Bombardeiros-Ligeiros.
O objectivo final da FAB é substituir todos os AMX pelo caça que será escolhido no FX-2.
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Julho 24, 2009, 10:06:48 pm
Caro amigo qual caça bombardeiro ligeiro será melhor do que o AMX nesse tipo de missão?
Título:
Enviado por: tgcastilho em Julho 25, 2009, 12:03:30 am
Citação de: "Leonardo Besteiro"
Caro amigo qual caça bombardeiro ligeiro será melhor do que o AMX nesse tipo de missão?


Um caça bombardeiro,só!
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 25, 2009, 10:43:15 am
Citação de: "Leonardo Besteiro"
Caro amigo qual caça bombardeiro ligeiro será melhor do que o AMX nesse tipo de missão?


Leonardo, acho que não percebes-te a mensagem que eu quis te passar, o problema não está se o AMX é bom ou mau, se é moderno ou antiquado, simplesmente uma Força Aérea como a FAB não deve ter meios tão limitados. O Brasil é um país de tamanho continental, com uma extensão simplesmente avassaladora, com uma população em crescimento e depois tem aparelhos com um raio de acção bastante limitado (F-5, AMX, etc.). Eu acho que o que a FAB quer é com o FX-2 ir subsituindo todos estes aparelhos (mais o Mirage), por um único aparelho com o raio de acção/performances/armamento necessários para proteger efectivamente o Brasil.

Ou seja, somas os F-5, os AMX e os Mirages e será muito provavelmente o número final de caças adquiridos no final pela FAB. É isso que eu acho que a FAB quer e se tudo correr bem é isso que vai acontecer.
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Julho 25, 2009, 04:13:42 pm
Cabeça de martelo, a uns anos atras a FAB fez uma operação, eu não me lembro bem quanto AMX foram, mas se me recordo foram dois, eles sairam da Base de Canoas no Rio Grande do Sul, sobrevoaram o Oiapoque que é o ponto mais ao Norte do Brasil e foram pousar sem estou lembrando bem na Base aérea de Natal no Rio Grande do Norte, foram reabastecidos duas vezes em voo eu acho, portanto alcance não é o problema, e o AMX pode levar mais de 3 toneladas de cargas, imagine agora, ele modernizado e com bombas de precisão fabricadas aqui no Brasil pela BritaniteMectron. Já é algo bem relevante. Eu achei essa escolha da FAB muito acertada. Um abraço.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 25, 2009, 04:24:06 pm
É uma solução de recurso, o objectivo é tudo com o caça do FX-2 (seja ele qual for).
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Julho 25, 2009, 06:35:56 pm
Eu sei disso, mas Cabeça não podemos simplesmente descartar os AMX, tendo em vista que com a modernização de meia-vida eles terão um bom horizonte pela frente e farão bem o trabalho para o qual foram projetados. Eles servirão pelo menos até 2035 quando os ultimo forem desativados.
Título:
Enviado por: 2dmaio em Julho 31, 2009, 08:47:38 pm
Os AMX são exelentes aviões para a função a que estão destinados, com perspectiva de uso até 2025, são aviões de apoio e ataque a forças terrestres, com dois misseis ar-ar na ponta das asas para defesa propria. O FX-2 vai introduzir caças multifunção, que trarão economia de escala, na FAB os primeiros aviões a serem desativadoos serão os Xavante com o inicio previsto da entrega dos FX-2 em 2014.
Posteriormente serão substituidos os F-5 e depois os F-5M.

Saudações.
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Agosto 01, 2009, 05:17:05 pm
Caro amigo 2dmaio pelo que eu ouvi e li até agora os primeiros a serem desativados serão os Mirage 2000. Os Xavantes não são usados apenas para instrução avançada e ataque leve?
Título:
Enviado por: 2dmaio em Agosto 02, 2009, 12:34:51 am
Caro Leonardo, você não é o primeiro que me afirma isso e não sei de onde vem essa informaçào. Ocorre que os Mirage 2000 C tem previsão de operação até 2025 e o primeiro caça do FX-2 esta previsto para 2014. Os AMX também vão longe e por isto estão iniciando a modernização, os Xavante estão em fim de vida útil e não se modernizaram porque não vale a pena e serão os primeiros a serem substituidos, ou melhor, serão desativados a sua substituição funcional poderia ser pelos AMX, porém como não ha previsão de novas encomendas pela FAB de AMX, acredito que a sua função sera absorvida pelos novos caças multiproposito.
Os aviões utilizados para treinamento inicial são os T-25 e os T-27, nos treinamentos especificos são utilizados os proprios aviões. Para pilotar jatos, a FAB inicia os pilotos com alguns dos Xavante destinados a treinamento.
Um piloto de jato ja formado com varias horas de voo que va pilotar Mirage, primeiro recebe instrução sobre o mesmo e treina nos Mirage, se vai pilotar Xavante o mesmo, se vai pilotar AMX idem. Geralmente se utilizam os aviões biplace onde um piloto com larga experiência no tipo de avião instrui o outro.
Repare que falamos apenas de pilotagem, depois quando apto o piloto naquele tipo de aeronave, tem os exercicios onde o piloto se especializa com os instrumentos de combate da aeronave, em taticas e formas de combate adotadas. Na FAB um piloto exerce a sua função em aeronaves até os 45 anos.

Saudações
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Agosto 02, 2009, 01:06:28 am
Caro 2dmaio eu estou falando isso pois eu li em algumas publicações do Brasil, segundo pq faz sentido serão 36 caças no primeiro lote do F-X2 e os Mirage 2000 são 12 e principalmente são os caças que defendem Brasília a capital da República, e eles são inferiores ao F-5M por isso mesmo eu acredito que os Mirage2000 e mais alguns F-5M mais antigos serão aposentados primeiro, quanto aos Xavantes eles deverão ser substituidos pelo Alenia M-346 ou pelo Golden Eagle F-50. Um abraço.
Título:
Enviado por: 2dmaio em Agosto 02, 2009, 01:14:18 am
Leonardo colega, a FAB não tem previsão de compra de outros caças além do FX-2, mesmo porque a especificação desse caça é para multifunção, com essa particularidade, ele cobre qualquer tipo de missão.
Recordo que o número total de caças do projeto FX-2 além dos 36 iniciais chegara a 100 ou mais pelo que se divulga (previsão da própria FAB).
 
Saudações.
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Agosto 02, 2009, 07:37:19 pm
2dmaio vários integrantes da FAB alguns sendo conhecido meus cobram que a FAB tenha um jato de instrução primária, pois mesmo o EMBRAER A-29 Super Tucano sendo um ótimo turbohélice, o seu desempenho não se compara a um jato, e a transição deste para os F-5M, Mirage e futuramente o vencedor do F-X2 se dá com alguns problemas, por isso é necessário se ter um jato de instrução primária, e quem te falou que a FAB não tem planos para isso? Quem te falou está mal informado, não será uma aquisição imedita pois os olhos da FAB estão voltados para o F-X2 e o KC-390 mas para um futuro próximo teremos de ter um caça-leve. Um abraço.
Título:
Enviado por: 2dmaio em Agosto 02, 2009, 10:06:24 pm
Caro Leonardo, pois então vamos cobrar do MinDef, que assim seja, jatos novinhos para treinamento, exelente.

Grande abraço.
Título:
Enviado por: Leonardo Besteiro em Agosto 03, 2009, 01:47:43 am
Meu amigo 2dmaio espere, pois somente o tempo e Deus tem todas as respostas. Um grande abraço.
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Abril 30, 2019, 02:45:33 pm
Brasil vai modernizar apenas 14 jatos AMX

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2015/12/A-1M.jpg)

Citar
O Jane’s noticiou que a Força Aérea Brasileira (FAB) terá 14 jatos de ataque  modernizados Alenia-Embraer AMX em vez das 43 unidades disponíveis, como planejado originalmente, disse a organização de compras da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate, (COPAC).

A Embraer Defesa & Segurança foi encarregada anteriormente de modernizar 33 A-1A monopostos e 10 A-1B bipostos.

O Brasil recebeu originalmente 56 aeronaves (45 A-1A e 11 A-1B). No entanto, os números a serem atualizados foram reduzidos devido a restrições orçamentárias, e a FAB atualmente tem cerca de 20 aeronaves não modernizadas em seu inventário.

O último plano supervisiona a modernização de 11 A-1A e três A-1B. O primeiro A-1M modernizado foi recebido em setembro de 2013.
FONTE:  https://www.aereo.jor.br/2019/04/29/brasil-vai-modernizar-apenas-14-jatos-amx/
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Julho 21, 2019, 09:53:40 pm
AMX: 30 Anos de um Projeto de Sucesso

(https://velhogeneral2018.files.wordpress.com/2019/07/2018-11-20-152245-cruzex-0004-editado.jpg?w=1024)
AMX A-1M da FAB retorna de missão no Exercício CRUZEX 2018 (Foto: Albert Caballé Marimón)

Durante a década de 1970, a Força Aérea Brasileira era equipada com uma ampla e mista frota de aviões de combate. Em termos de capacidade de ataque, interdição e caça, como Dassault Mirage IIID/E, o EMB-326GB Xavante e o Northrop F-5B/E Tiger II. Embora fossem aeronaves novas, nenhuma dispunha de capacidade de guerra eletrônica, sistemas de autoproteção ou armamentos guiados ar-solo.

Apesar de a maior parte da frota de EMB-326GB ter sido usada por unidades operacionais de ataque e reconhecimento, ficou claro para o Ministério da Aeronáutica a necessidade de ter uma aeronave melhor, mais capaz, robusta e sofisticada para esse tipo de missão. Em meados dos anos 1970 nascia então o programa A-X e, com isso, a Embraer começou a desenvolver um novo projeto baseado no EMB-326GB Xavante. Em termos gerais, o EMB-300 – como foi denominado, foi transformado num avião monoplace com dois canhões de 30mm e sem tanque de combustível na ponta das asas. O nariz, asas e o estabilizador vertical foram redesenhados e um novo e mais potente motor Viper seria instalado.

O projeto foi apresentado às autoridades em 1974, mas não foi aceito uma vez que o novo jato de combate seria uma versão pouco melhorada do próprio EMB-326.

A Aermacchi então ofereceu para a Embraer a participação no MB-340. O projeto tinha asa alta, cauda em “T”, motor Rolls-Royce M-45H e nova fuselagem, cockpit e asas. Teria seis estações para cargas externas subalares. O MB-340 foi apresentado às autoridades brasileiras em maio de 1977. Nesse caso em particular a Aermacchi faria parte do projeto, sendo responsável por 70% do desenvolvimento e dos custos, enquanto a Embraer com os 30% restantes fazendo as asas, caudas e ensaios estruturais.

Mas em 1979, o Ministério da Aeronáutica conversou com a British Aerospace para desenvolver uma nova versão do jato de treinamento avançado e ataque leve Hawk, customizada para o Brasil. A empresa britânica concordou em fazer as modificações para atender aos requisitos do A-X, mas sem a participação brasileira no programa, semelhante ao que a Embraer estava fazendo com a Aermacchi. Mas o Brasil estava querendo uma participação mais ampla e não apenas uma produção sob licença da aeronave. Assim, partindo do Reino Unido, as autoridades foram à Itália para falar sobre um programa que estavam acompanhando com atenção – o AM-X.

Feito para substituir a obsoleta frota de FIAT G.91 na Itália, esse programa possuía muitas similaridades com os requisitos do A-X. Depois de conversas e entendimentos entre Brasil e Itália, o consórcio AM-X, que estava em desenvolvimento conjunto pela Aeritalia e pela Aermacchi, passou a contar com a participação brasileira a partir de julho de 1981 sendo que 46,5% dos custos do projeto e a divisão de trabalho ficaram para a Aeritalia, enquanto a Embraer respondeu por 29,7% e a Aermacchi pelos 23,8% restantes.

Dois protótipos foram construídos no Brasil e quatro na Itália. O primeiro protótipo brasileiro, o YA-1 AMX-A04 com registro 4200 decolou sob os comandos do Coronel Luiz Fernando Cabral, a partir de São José dos Campos, sede da Embraer, em 16 de outubro de 1985. Seis dias depois foi apresentado ao então presidente José Sarney. Em 16 de dezembro de 1986, o YA-1 4201 decolou e integrou a campanha de testes de voo.

A Força Aérea Brasileira adquiriu 45 exemplares monoplace (A-1 e A-1A) e 11 biplace (A-1B). Muito semelhante aos AMX italianos, o A-1A e o A-1B diferem por serem equipados com dois canhões MK 164 de 30 mm da Israel Military Industries (versão do canhão DEFA 554 francês produzidos por Israel) com 150 munições cada, ao invés do canhão de 20 mm General Electric M61A1 Vulcan.

As aeronaves italianas foram equipadas com um radar Fiar PM-2500 Pointer, operando em bandas I/J e nos modos ar-ar e ar-terra. O AMX brasileiro foi planejado para ter o radar SCP-01 nacional trabalhando nos modos ar-ar, ar-solo, ar-superfície e meteorológico. Mas problemas enfrentados durante o desenvolvimento e os custos elevados acabaram por inviabilizar a conclusão do projeto e a sua posterior instalação na aeronave. Apenas as variantes modernizadas enfim passaram a contar com o SCP-01. A frota brasileira também não possui a Unidade Auxiliar de Potência (APU).

Com uma missão tática mas importância estratégica, desde que entrou em serviço e, principalmente após a sua modernização, até a chegada do Saab Gripen E/F, o AMX continua sendo o caça mais avançado em serviço na Força Aérea Brasileira.

Durante a década de 1970, a Força Aérea Brasileira era equipada com uma ampla e mista frota de aviões de combate. Em termos de capacidade de ataque, interdição e caça, como Dassault Mirage IIID/E, o EMB-326GB Xavante e o Northrop F-5B/E Tiger II. Embora fossem aeronaves novas, nenhuma dispunha de capacidade de guerra eletrônica, sistemas de autoproteção ou armamentos guiados ar-solo.

Apesar de a maior parte da frota de EMB-326GB ter sido usada por unidades operacionais de ataque e reconhecimento, ficou claro para o Ministério da Aeronáutica a necessidade de ter uma aeronave melhor, mais capaz, robusta e sofisticada para esse tipo de missão. Em meados dos anos 1970 nascia então o programa A-X e, com isso, a Embraer começou a desenvolver um novo projeto baseado no EMB-326GB Xavante. Em termos gerais, o EMB-300 – como foi denominado, foi transformado num avião monoplace com dois canhões de 30mm e sem tanque de combustível na ponta das asas. O nariz, asas e o estabilizador vertical foram redesenhados e um novo e mais potente motor Viper seria instalado.

O projeto foi apresentado às autoridades em 1974, mas não foi aceito uma vez que o novo jato de combate seria uma versão pouco melhorada do próprio EMB-326.

A Aermacchi então ofereceu para a Embraer a participação no MB-340. O projeto tinha asa alta, cauda em “T”, motor Rolls-Royce M-45H e nova fuselagem, cockpit e asas. Teria seis estações para cargas externas subalares. O MB-340 foi apresentado às autoridades brasileiras em maio de 1977. Nesse caso em particular a Aermacchi faria parte do projeto, sendo responsável por 70% do desenvolvimento e dos custos, enquanto a Embraer com os 30% restantes fazendo as asas, caudas e ensaios estruturais.

Mas em 1979, o Ministério da Aeronáutica conversou com a British Aerospace para desenvolver uma nova versão do jato de treinamento avançado e ataque leve Hawk, customizada para o Brasil. A empresa britânica concordou em fazer as modificações para atender aos requisitos do A-X, mas sem a participação brasileira no programa, semelhante ao que a Embraer estava fazendo com a Aermacchi. Mas o Brasil estava querendo uma participação mais ampla e não apenas uma produção sob licença da aeronave. Assim, partindo do Reino Unido, as autoridades foram à Itália para falar sobre um programa que estavam acompanhando com atenção – o AM-X.

Feito para substituir a obsoleta frota de FIAT G.91 na Itália, esse programa possuía muitas similaridades com os requisitos do A-X. Depois de conversas e entendimentos entre Brasil e Itália, o consórcio AM-X, que estava em desenvolvimento conjunto pela Aeritalia e pela Aermacchi, passou a contar com a participação brasileira a partir de julho de 1981 sendo que 46,5% dos custos do projeto e a divisão de trabalho ficaram para a Aeritalia, enquanto a Embraer respondeu por 29,7% e a Aermacchi pelos 23,8% restantes.

Dois protótipos foram construídos no Brasil e quatro na Itália. O primeiro protótipo brasileiro, o YA-1 AMX-A04 com registro 4200 decolou sob os comandos do Coronel Luiz Fernando Cabral, a partir de São José dos Campos, sede da Embraer, em 16 de outubro de 1985. Seis dias depois foi apresentado ao então presidente José Sarney. Em 16 de dezembro de 1986, o YA-1 4201 decolou e integrou a campanha de testes de voo.

A Força Aérea Brasileira adquiriu 45 exemplares monoplace (A-1 e A-1A) e 11 biplace (A-1B). Muito semelhante aos AMX italianos, o A-1A e o A-1B diferem por serem equipados com dois canhões MK 164 de 30 mm da Israel Military Industries (versão do canhão DEFA 554 francês produzidos por Israel) com 150 munições cada, ao invés do canhão de 20 mm General Electric M61A1 Vulcan.

As aeronaves italianas foram equipadas com um radar Fiar PM-2500 Pointer, operando em bandas I/J e nos modos ar-ar e ar-terra. O AMX brasileiro foi planejado para ter o radar SCP-01 nacional trabalhando nos modos ar-ar, ar-solo, ar-superfície e meteorológico. Mas problemas enfrentados durante o desenvolvimento e os custos elevados acabaram por inviabilizar a conclusão do projeto e a sua posterior instalação na aeronave. Apenas as variantes modernizadas enfim passaram a contar com o SCP-01. A frota brasileira também não possui a Unidade Auxiliar de Potência (APU).

Para a FAB, os caças foram entregues em três lotes. O primeiro com oito A-1A e um A-1B; o segundo com 22 A-1A e três A-1B e o terceiro com 15 A-1A e sete A-1B. O último lote incluiria 15 A-1A e quatro A-1B, mas este foi cancelado.

Dentre os lotes, o primeiro não tinha piloto automático; não realizava o emprego de armamento no modo Constantly Computed Release Point (CCRP); tinha o manche do PANAVIA Tornado; tela do painel de instrumentos em tonalidade monocromática; e não fazia a abertura do spoiler durante o pouso. O segundo lote tinha o manche do Mirage 2000, mas conservava as demais características do primeiro lote. Já o terceiro e último lote recebeu piloto automático, manche do Mirage 2000, tela colorida no cockpit, fazia o emprego de armamento no modo CCRP e abria automaticamente os spoilers durante o pouso.

Uma lista de primeiros

O primeiro AMX de produção da FAB foi o A-1 5500, um exemplar monoplace que fez o primeiro voo em 12 de agosto de 1989 nas mãos do piloto de testes Coronel Gilberto P. Schittini. Três dias depois a sonda de reabastecimento em voo foi testada no solo. Em 13 de outubro de 1989, o A-1 5500 pousou na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e quatro dias depois foi entregue à Força Aérea Brasileira. Nos planos iniciais, quatro unidades aéreas deveriam ser equipadas com o AMX: duas no Rio de Janeiro e duas em Campo Grande, sendo que nessa última base uma das unidades seria especializada em reconhecimento tático.

O Núcleo do 1º/16º GAV “Esquadrão Adelphi”, criado em 4 de fevereiro de 1988 e responsável pela introdução do AMX em serviço, recebeu a primeira aeronave em fevereiro de 1990 e, em março, dois A-1 foram para Santiago, Chile, para participarem da Feria Internacional del Aire (FIDA). O Comandante do Núcleo e, depois, Comandante do 1º/16º GAV “Esquadrão Adelphi”, foi o Tenente Coronel Teomar Fonseca Quirico. Ele, com outros três pilotos, foi o responsável por implantar o Núcleo. Os outros seis oficiais aviadores seguintes, todos voluntários, foram os responsáveis por consolidar o esquadrão. Entre os dez pilotos, nove eram operacionais em Northrop F-5 Tiger II. Apenas um foi piloto Dassault Mirage IIIE/D, uma exigência imposta para trazer uma experiência e ponto de vista diferente da doutrina do F-5.

Em 7 de novembro de 1990, o Núcleo tornou-se o 1º/16º GAV “Esquadrão Adelphi” e, em 20 de novembro de 1992, atingiu a Capacidade Operacional Plena (FOC). Nessa época o esquadrão tinha 15 pilotos.

A introdução do AMX proporcionou uma enorme evolução para a FAB naquela época. Com o AMX, uma série de “primeiros” foi alcançada. A primeira aeronave com radar warning receiver (RWR), lançadores de chaff/flare, head-up display, conceito hands on throthle and stick (HOTAS), suíte de guerra eletrônica, assentos ejetáveis “zero-zero” (ejeção no solo com aeronave parada) e sistemas de planejamento de missão baseados em computador.

A aeronave também possui a filosofia do sistema modular de operar seus aviônicos e sistemas – algo inédito na Força Aérea Brasileira até então. Na prática, se houver um problema em um dos módulos (line replaceable unit), a simples troca do módulo torna o avião disponível para a missão em questão de minutos, sem ter que remover o AMX da linha de voo para uma inspeção.

Por outro lado, a preparação da aeronave para uma nova missão após o pouso demora cerca de 45 minutos, incluindo reabastecimento e configuração com nova carga bélica. Todos esses recursos eram novos no Brasil.

Para neutralizar os riscos de ser atingido e prolongar sua sobrevivência no campo de batalha, o AMX possui vários sistemas de autoproteção. Sistemas elétricos, hidráulicos e outros sistemas de voo fundamentais são redundantes e posicionados para serem menos expostos a danos de combate.

Combinado com suas capacidades ofensivas, o jato pode cobrir longas distâncias para cumprir sua missão. Utilizando tanques de combustível subalar e mantendo considerável capacidade ofensiva, pode alcançar locais muito distantes e, dependendo da missão e do apoio de um avião-tanque, chegar em qualquer região da América do Sul. Assim, apesar de ter uma função tática na Força Aérea, como a interdição, o apoio aéreo aproximado e o reconhecimento, a frota projetou uma importância estratégica para o País.

Operação

Em 1993, cinco AMX do 1º/16º GAV foram deslocados para Manaus para apoiar a Operação Surumu. Na ocasião, as aeronaves sobrevoaram a região fronteiriça com a Venezuela em uma demonstração de força e presença da Força Aérea Brasileira em locais remotos. Alguns voos de reconhecimento foram feitos. Usando o RWR, foi possível determinar a presença de radares naquela região e o seu tipo de onda.

Em 1994, o esquadrão Adelphi foi com três aeronaves a Porto Rico para participar da Operação Tiger I, junto com os caças Northrop F-5 do 1º Grupo de Aviação de Caça Lockheed Martin F-16 do 198º Esquadrão de Caça (USAF ANG) “Bucaneros”, baseados em San Juan da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). O voo para Porto Rico foi apoiado por um Boeing KC-137E de Manaus, que fez o reabastecimento dos AMX.

Durante a operação, o A-1 usou bombas de exercício e canhões contra alvos como caminhões velhos, aviões, mísseis e outros. Os pilotos também realizaram combates aéreos 1×1 entre o F-16 e o A-1, com os brasileiros marcando vitórias em dogfights. A segunda edição foi realizada em Natal (RN) em 1995, com foco em combate aéreo. O último foi realizado em Santa Maria, em 1997, com manobras de combate aéreo, ataque e reabastecimento em voo.

As 10.000 horas de voo de AMX foram atingidas, sem acidentes, em 26 de janeiro de 1996 e, nos dois anos seguintes, quatro AMX do Esquadrão Adelphi atacaram uma ponte e uma pista de pouso clandestina ilegal na Amazônia, usando duas bombas Mk.82 por aeronave na primeira ocasião e duas bombas BAFG-460 (460 kg) na pista de pouso. Mais missões deste tipo no mesmo perfil foram realizadas alguns anos depois.

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Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Julho 21, 2019, 09:57:48 pm
Em 1998, seis aeronaves, 22 pilotos e 68 técnicos de solo foram para a Base Aérea de Nellis, em Nevada, para participar da Red Flag 98-3. Naquela ocasião os pilotos voaram em missões “pacotes” ao lado dos F-15, F-16, A-10, B-52, E-3, CH-53, C-130 B-1B e KC-135.

De volta ao Brasil, o Esquadrão Adelphi adquiriu a doutrina do Mission Commander, responsável pelo planejamento e coordenação dos ataques, sendo o líder numa Missão Aérea Composta (Composite Air Operations – COMAO) utilizando uma força combinada de diferentes aeronaves (interceptadores, de reconhecimento, ataque, helicópteros, de alerta aéreo antecipado etc.) voando num mesmo pacote, todas juntas. Em 2001 essa doutrina foi transmitida pelos pilotos de AMX do 1º/16º GAV para os demais esquadrões de combate brasileiros. A Força Aérea Brasileira também conduziu, em novembro de 2000, a Operação Zeppelin, o primeiro exercício interno reunindo aviões de caça, interdição, patrulha marítima, helicóptero e transporte, atuando juntos no mesmo cenário, aplicando todas as lições aprendidas na Red Flag.

Em 1999, na Operação Tapete Verde, os AMX voaram para a região de fronteira com a Colômbia, na “Cabeça do Cachorro”, com a possibilidade de atacar posições guerrilheiras das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Armados com as munições de 30mm e lançadores de flare, cinco aviões voaram para Manaus de onde realizaram missões simuladas de ataque na fronteira do Brasil com a Colômbia.

Em 2002, quatro AMX do “Esquadrão Adelphi” atacaram e afundaram o navio G24 Belmonte, da Marinha do Brasil, depois que ele foi desativado da esquadra. Cada AMX estava carregando duas bombas BAFG-460 (400kg) e, após o ataque, o navio afundou em seis minutos.

Mais caças, mais esquadrões

Conforme as novas entregas foram feitas, a Força Aérea Brasileira previu a possibilidade de expandir a frota AMX para outros esquadrões.

Os aviões do primeiro e segundo lotes foram todos concentrados no 1º/16º GAV. Mas os aviões do terceiro lote passaram a equipar o 3º/10º GAV “Esquadrão Centauro”, sediado na Base Aérea de Santa Maria, no extremo sul do País.

Aquela unidade era equipada, até então, com outro projeto de sucesso italiano, o EMB-326GB Xavante nas missões de caça. Escolta ataque e na especialização do piloto de caça.

Para preparar a unidade para receber o AMX, dois anos antes a Força Aérea Brasileira passou a transferir pessoal de terra, especialistas em manutenção e armamentos do 1º/16º GAV para introduzir a nova doutrina em Santa Maria. Em 1998 os primeiros dois AMX foram entregues, sendo o A-1A 5534 e 5533 pilotados respectivamente pelo Tenente Coronel Rodolfo e pelo Major Cassé. O “Esquadrão Centauro” conduzia então as mesmas missões do pioneiro “Esquadrão Adelphi”, mas usando o AMX do terceiro e último lote.

O 3º/10º GAV logo começou a explorar todas as capacidades do AMX, incluindo o seu alcance. No dia 22 de agosto, dois A-1A quebraram o recorde nacional de uma missão de longa duração da aviação de caça brasileira ao permanecerem 10:05 em voo. A missão decolou cedo de Santa Maria com destino a Natal. Batizada de “Operação Gama Centauro”, três reabastecimentos aéreos foram feitos pelo Boeing KC-137E do 2º/2º Grupo de Transporte e a rota incluiu a região central do Brasil, norte e concluindo no nordeste, passando por voos na fronteira da Guiana e Suriname. No total, 6.700 km foram voados e ambos AMX foram equipados com dois tanques subalares de combustível com capacidade de 1.080 litros.

E não demorou para o “Esquadrão Centauro” ser empregado em missões reais. Uma delas foi a “Operação Princesa dos Pampas” para destruir na pista de pouso clandestina dentro da região amazônica e a apenas 3 km da fronteira com a Bolívia. Quatro A-1A e um A-1B decolaram de Santa Maria em 2 de novembro de 2003 para Manaus com uma parada de reabastecimento em Anápolis. O ataque foi realizado em 5 de novembro, usando duas bombas Mk.83 em cada aeronave.

Em 1999, o terceiro e último esquadrão foi equipado com o AMX. O 1º/10º GAV “Esquadrão Poker”, uma das mais antigas unidades de combate da Força Aérea Brasileira, recebeu a primeira aeronave em 2 de março de 1999.

Para além das missões de ataque e apoio aéreo aproximado, já realizadas pelo 1º/16º GAV e 3º/10º GAV, o 1º/10º GAV é a única unidade aérea especializada para realizar reconhecimento táctico do campo de batalha em baixa altura e a grandes distâncias (stand off). Ter um esquadrão AMX equipado com sistemas de reconhecimento fazia parte dos planos da Força Aérea Brasileira desde meados dos anos 1980, então a escolha do 1º/10º GAV para cumprir essa missão era natural.

Antes da chegada do AMX, o “Esquadrão Poker” era equipado com o EMB-326GB e o novo avião inaugurou capítulo para a história desta unidade aérea. Com o AMX e a sua suíte de guerra eletrônica, chaff/flare, sistemas de navegação de precisão, robustez e longo alcance, o piloto pode retornar à base após uma missão de reconhecimento fotográfico mesmo depois de ter sido danificado em combate. As aeronaves são designadas RA-1 quando a missão é de reconhecimento e A-1 para os outros voos operacionais.

Durante o programa AMX foram desenvolvidos três pallets de reconhecimento fotográfico, instalados internamente na aeronave, sob o cockpit. O Pallet 1, para reconhecimento a baixa altura, tinha três câmeras perpendiculares grande angular Zeiss dispostas na linha do horizonte para cobrir 180º.

O Pallet 2 foi projetado para ter capacidade Stand off com uma lente Zeiss de longo alcance de 600 mm, montada em uma estrutura com 180º de movimento, da esquerda para a direita, perpendicular ao eixo de voo do AMX. O terceiro, Pallet 3, foi desenvolvido para realizar reconhecimento em altitude média e vertical do alvo, cobrindo grandes áreas e usado principalmente para produzir mapas e cartas de navegação. A câmera era um Zeiss RMK A com uma lente de 153 mm.

Em 2001, a empresa brasileira Gespi desenvolveu o que foi chamado Gespi pod e, depois, RTP (Reconaissance Training Pod). No interior, foram instaladas quatro câmeras W. Vinten Type 360/140 anteriormente usadas no EMB-326GB Xavante. O RTP foi amplamente utilizado pelo esquadrão.

Em 2004 foi descoberto que a Marinha do Brasil recebeu, junto com a frota da McDonnell Douglas A-4KU Skyhawk, quatro pods Vicon 57, que naquele momento estavam fora de serviço, com muitas de suas partes eletrônicas faltando sem nenhuma chance de encontrar peças sobressalentes no mercado, uma vez que o sistema em si era muito antigo.

Todos os quatro pods foram levados para Santa Maria e depois de alguns meses de trabalho um sistema foi colocado em operação. Algumas peças de reposição foram produzidas internamente pelo “Esquadrão Poker”, incluindo fiação e circuito integrado.

O conjunto de câmeras foi composto por três Vinten de 1 e ½ polegadas de distância focal dispostas em vertical e laterais (esquerda e direita), cobrindo 180º do horizonte. O nariz, com movimento de 360º, com oito posições para a direita e oito para a esquerda, com 14º de diferença em cada posição, possuía uma lente de 450 mm para realizar fotografia oblíqua de longo alcance.

Em 2009, finalmente, o esquadrão fez a transição do sistema analógico para o digital com a chegada dos casulos Rafael Reccelite.

Com esses sistemas de fabricação israelense, também vieram os pods de designação de alvos Rafael Litening III que permitiram a introdução das bombas guiadas a laser Rafael Lizard II – introduzindo essa capacidade de ataque de precisão que não existia anteriormente na Força Aérea.

Os dois sistemas foram introduzidos pelo “Esquadrão Poker”, e a capacidade de ataque de precisão também foi estendida para o “Esquadrão Centauro”.

Para aquela região estratégica no sul do Brasil, considerando o contexto geopolítico em relação aos demais países, a chegada do AMX representou a capacidade de 3.800 kg de carga bélica com um sistema de armas de última geração, aumentando a precisão dos ataques. Na Força Aérea Brasileira o AMX é capaz de empregar as bombas convencionais Mk.82-84 (ou similar nacional), de alto arrasto ou de baixo arrasto; bombas incendiárias BINC 300 (300 kg); lançador de foguetes e bombas de exercício SUU-20; lançador de flare SUU-25; lançador de foguetes de 70 mm com 19 foguetes cada (não disponível na versão modernizada); bomba de fragmentação BLG-252 com 248 submunições; bombas Lizard II 230 (230 kg); e Lizard II 460 (460 kg). Nenhum míssil ar-ar foi integrado.

Em comparação com o Xavante AT-26, que poderia transportar 1.814kg de armamento, o AMX deu um salto na qualidade de uma plataforma de ataque robusta com maior poder de fogo e precisão.

Em dezembro de 2016 a FAB optou por desativar o 1º/16º GAV e concentrar toda a frota no 1º/10º GAV e 3º/10º GAV em Santa Maria. Parte dos pilotos e mecânicos foram transferidos para essas duas unidades, bem como todas as peças de reposição, ferramentas e um simulador de voo.

A partir desse momento, houve outra mudança para os dois esquadrões em Santa Maria.

Até então cada esquadrão possuía sua própria aeronave, com marcas individuais e até mesmo os nomes dos pilotos aplicados nas fuselagens. No entanto, após uma reorganização, os aviões passaram a ser utilizados em conjunto pelas unidades. As marcações foram removidas e a operação combinada resultou em um aumento na disponibilidade da frota.

Por fim, na FAB, o AMX teve outra tarefa. O caça-bombardeiro foi empregado pelo Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo para apoiar as atividades de formação de novos pilotos e engenheiros de ensaios em voo e para certificar novas armas e sistemas das indústrias de defesa brasileiras como Mectron, Avibrás, Equipaer e outras.

Modernização

Para manter atualizada essa frota de valor e poder estratégico, a Força Aérea assinou um pacote de modernização para os AMX. O programa incluiu inicialmente 43 aeronaves, sendo a primeira entregue ao 1º/16º GAV “Esquadrão Adelphi” em 2013. No entanto, após atrasos no programa e com a proximidade da chegada do Saab Gripen E/F a partir de 2021, a Força Aérea Brasileira optou por reduzir a modernização para 14 aeronaves com 11 A-1AM (monoplace) e três A-1BM (biplace). Hoje cinco aeronaves modernizadas foram recebidas e o programa está previsto para ser concluído em 2020.

O protótipo do programa, o A-1A FAB 5530, foi entregue na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP) em 30 de maio de 2007. Um segundo avião, o A-1A FAB 5526, também serviu como protótipo tendo sido o primeiro do programa a voar em 19 de junho de 2012.

A aeronave incorporou um cockpit digital com dois displays de 6×8 polegadas e um de 5×5 polegadas compatíveis com operações com óculos de visão noturna. O AMX recebeu um novo interferidor de guerra eletrônica e um novo RWR, além de incorporar o sistema de alerta de aproximação de mísseis (MAWS) e a tecnologia NAV-Flir, que fornece visão infravermelha projetada no head-up do cockpit. Eles também foram compatibilizados para operarem com o pod de interferência eletrônica Rafael Sky Shield.

Outro destaque é o radar multimodo SCP-01 desenvolvido pela antiga brasileira Mectron e a italiana Selex Galileo, que possui os modos ar-ar, ar-solo e ar-superfície com a capacidade look down/look up. Trabalhando na Banda I, o radar é capaz de identificar um alvo de 100 metros quadrados no mar a 50 milhas e tem alcance de 20 milhas contra um alvo aéreo de 5 metros quadrados. Outro objetivo da modernização foi o de padronizar as diferenças ao longo do primeiro, segundo e terceiro lote.

Durante 30 anos de operação, apenas três A-1A e dois A-1B foram perdidos em acidentes, com os pilotos mortos (um deles teve uma desorientação espacial e colidiu com o avião no mar).

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 :arrow: João Paulo Moralez é jornalista pós-graduado com 17 anos de experiência no segmento de aviação e na cobertura de eventos e operações militares. Atua em veículos nacionais e internacionais como Tecnologia & Defesa, Força Aérea, Air Forces Monthly e Combat Aircraft. É autor dos livros Aviação do Exército – 25 anos, EMB-312 Tucano Brazil’s turboprop success story, e EMB-314 Super Tucano Brazil’s turboprop success story continues.

FONTE:  https://velhogeneral.com.br/2019/07/18/amx-30-anos-de-um-projeto-de-sucesso/
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Julho 22, 2019, 04:23:28 am
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Créditos: João Paulo Zeitoun Moralez
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Julho 23, 2019, 02:27:07 pm
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(https://static.wixstatic.com/media/9c1a44_8f60a412355c4fe8b5b8b8ebf99c677e~mv2_d_2932_1954_s_2.jpg/v1/fill/w_770,h_513,al_c,q_90,usm_0.66_1.00_0.01/9c1a44_8f60a412355c4fe8b5b8b8ebf99c677e~mv2_d_2932_1954_s_2.webp)

Créditos: João Paulo Zeitoun Moralez
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Novembro 13, 2019, 05:53:49 pm
Esquadrões de AMX A-1 comemoram aniversário na Ala 4

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2019%2F11%2FJPM_8906.jpg&hash=100b80a8e289268d3d2c43d4e54f26c9)
O Tenente-Coronel Aviador Murilo Grassi Salvatti (esquerda), comandante do 1º/10º GAV “Esquadrão Poker”, ao lado do Tenente-Coronel Aviador Nicolas Silva Mendes, comandante do 3º/10º GAV “Esquadrão Centauro”

Citar
Na sexta-feira passada (08), o 1º/10º GAV “Esquadrão Poker” e o 3º/10º GAV “Esquadrão Centauro” comemoraram os seus 72 anos e 41 anos de história, respectivamente. As duas unidades são sediadas na Ala 4, em Santa Maria (RS) e operam com os jatos de interdição e reconhecimento Embraer A-1.

As unidades são responsáveis por guarnecer e garantir a manutenção do espaço aéreo brasileiro numa região estratégica composta por terrenos de planície e com a presença de diversas unidades do Exército Brasileiro.

O 1º/10º GAV foi criado em 24 de março e ativado em 1º abril de 1947 na Base Aérea de São Paulo, incorporando as aeronaves Douglas A-20K que pertenciam ao 1º e 2º Grupo de Bombardeio Leve. Inicialmente o esquadrão dedicou-se para as atividades de bombardeio e ataque, entretanto, em 10 de novembro de 1952 a unidade realizou a primeira missão de reconhecimento foto-meteorológico utilizando câmeras K-17B, K-17C e K-20. A data virou então o símbolo da comemoração do seu aniversário. Em 1955 o esquadrão recebeu os bimotores a pistão Beechcraft RT-11 e North American B-25 Mitchell para a missão de instrução, ataque leve e principalmente reconhecimento.

A partir de 1962 começou a receber os Douglas B-26 Invader e a missão de reconhecimento deixou de ser realizada pela unidade que concentrou os seus esforços apenas em atividades de bombardeio, ataque e contra-insurgência.

Em 1976, porém, com a chegada do Embraer RT-26 Xavante, o Poker voltou a assumir a exclusivamente a missão de reconhecimento e, no ano seguinte, assimilou a doutrina de reconhecimento tático através de uma missão de instrução da USAF conduzida na Base Aérea de Santa Cruz. O Poker é o pioneiro e o único na FAB a realizar esse tipo de missão que se caracteriza por penetrar na profundidade do território do inimigo, em velocidade, fotografar a sua ordem de batalha e alvos de interesse, e retornar para as linhas amigas trazendo informações de inteligência.

Em 1978 a sua sede foi transferida para Santa Maria. Na década de 1980 o Poker passou a realizar as missões de ataque e, em 1988 foi reconhecido como um esquadrão de caça. Em 1999 recebeu as aeronaves Embraer RA-1 continuando as missões de ataque, bombardeio, caça e reconhecimento.

O 3º/10º GAV “Esquadrão Centauro” foi o primeiro a ser estabelecido em Santa Maria, em 1978, e a sua história se confunde com a da base (atual Ala 4).

Cumprindo vários tipos de missões com os AT-26 Xavante, da escolta até o ataque e apoio aéreo aproximado, a unidade também foi a encarregada, até fins dos anos de 1990, pela formação dos líderes da aviação de caça, tendo em vista que o Xavante era o mesmo equipamento utilizado para a formação básica dos caçadores no 2º/5º GAV, em Natal (Ala 10). Dessa maneira o aluno precisava apenas fazer uma readaptação no avião depois de ter voado outro modelo de aeronave, como o Northrop F-5E, Dassault Mirage IIIE/D, o Embraer A-1 ou o Embraer EMB-312 Tucano. Entretanto, com a chegada do AMX para o 3º/10º GAV, a FAB transferiu essa missão para o 1º/4º GAV “Esquadrão Pacau”, que ainda usava o AT-26 Xavante.

O Centauro passou a ser a ponta da lança da FAB no extremo sul do Brasil caso fosse necessário responder, imediatamente, a qualquer tipo de agressão. Em 1998 a unidade iniciou o processo de desativação do seus AT-26 Xavante para receber, de maneira pioneira em Santa Maria, os Embraer A-1, sendo um alento para as missões de caça, ataque e bombardeio feitas pelo esquadrão.

A chegada desse novo vetor criou um cenário ainda mais vantajoso para o Brasil em termos de dissuasão e trazendo um grande diferencial devido ao seu longo raio de ação, capacidade de penetração a baixa altura, considerável capacidade bélica com grande poder de destruição podendo levar 3,8 toneladas de armamentos mais os dois canhões orgânicos de 30 mm com 150 munições cada. De Santa Maria ou de outra localidade no Brasil é possível atingir qualquer ponto da América do Sul com o AMX. Atualmente, o Poker e o Centauro são os únicos esquadrões de caça da FAB a empregar bomba guiada, no caso as Elbit Lizard 230 e 460. Também são os únicos a operar com o pod designador Rafael Litening III e o pod de reconhecimento Rafael Reccelite (exclusivo do Esquadrão Poker). Dessa maneira os ataques, além de terem excelente precisão sobre o alvo, são feitos de maneira stand-off (fora do alcance das defesas antiaéreas do inimigo). O mesmo acontece para o Reccelite.

Com o A-1, o Centauro bateu o recorde de permanência em voo da aviação de caça, numa missão que teve 10h05 de duração e percorrendo uma distância de 6.700km.

Desde 2016 Santa Maria concentra toda a frota de AMX da FAB. Com a sua modernização, a aeronave continua sendo um importante vetor para a defesa e soberania do Brasil na região de fronteira do extremo sul do país.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2019%2F11%2FJPM_7495.jpg&hash=05f12cf6610fed4c87a56466295e31e1)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2019%2F11%2FFOTO-2-60-x-90-280-DPI.jpg&hash=172a25167a5cc3a021e346c79ded2a5a)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2019%2F11%2FJPM_7383b.jpg&hash=d045eba418abf6276ae2af03b798d56f)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ftecnodefesa.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2019%2F11%2FIMG_5839.jpg&hash=2323fe9c82493a7ea90c43563b4a246c)
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Janeiro 14, 2020, 01:22:15 pm
AMX da FAB: ‘Abelha’ brasileira?

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2015/12/A-1-em-voo.jpg)

Citar
Por que os norte-americanos apelidaram o jato A-1 da FAB de ‘Abelha’?

Você sabia que o AMX recebeu o apelido de “Samambaia”? Sim a Embraer irritada com os AMX estocados nos anos 90, esperando pelo pagamento da FAB, os apelidaram de Samambaia, pois ficavam muito tempo esperando pela entrega.

Mas quanto ao apelido “Abelha”, em 1994, na Operação Tiger I, seis caças AMX e seis caças F-5E da FAB, mediram forças contra os F-16A/B Block 15 ADF dos “Bucaneros” da Guarda Aérea Nacional de Porto Rico ANG/USAF.

O AMX foi a estrela dessa operação, ao conseguir um índice de acerto de 100% de seus alvos muito superior aos F-16 dos Bucaneiros, para piorar a situação os F-16 que defendiam os alvos foram abatidos pelos A-1.

Como nessa operação não havia AWACS, os A-1, ficavam invisíveis aos radares de Porto Rico, usando a curvatura da terra em ataques Lo-Lo-Lo, pegando os defensores de surpresa.

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2020/01/Perfil-do-F-16A-dos-Bucaneros-do-198th-Fighter-Squadron.jpg)
Perfil do F-16A ADF dos Bucaneros do 198th Fighter Squadron

Contrariados com as duas derrotas que o F-16 ADF sofreram em dofight contra os A-1, eles resolveram fazer um tira teima, desafiando a FAB para um combate dissimilar 1×1. O o piloto da FAB sabia que não devia entrar no jogo do F-16, pois o AMX perde energia depois de 3 ou 4 curvas, enquanto o F-16 não, pois tem um poder de aceleração incrível.

Assim, quando começou o combate o A-1 usou seu trunfo que é um raio de curva menor que o F-16 e já no início do combate ficou às 6 horas do F-16 e chamou “Fox two”** pelo rádio.

Impressionados, os norte-americanos apelidaram o A-1 AMX de “Abelha”, pois é pequeno mas ferroa de forma letal se provocado.

Houve vários pedidos atendidos pela FAB, de pilotos americanos para voar de “saco” na versão “B” do AMX.

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2015/12/Dois-A-1B-com-a-primeira-e-segunda-camuflagem-adotada-pela-FAB.jpg)
Dois A-1B com a primeira e segunda camuflagem adotada pela FAB

 :arrow:  https://www.aereo.jor.br/2020/01/13/amx-da-fab-abelha-brasileira/
___________________________________________________________________________________________________________________________

* F-16 ADF, era a versão do F-16 usada na defesa dos EUA continental, foi a primeira versão do F-16 com capacidade BVR, usando o AIM-7 Sparrow.
** Fox two: código para míssil infravermelho; Fox One é para míssil BVR com radar semi-ativo (AIM-7 Sparrow) e Fox Three para míssil BVR guiado por radar ativo (como o AIM-120).


NOTA DO PODER AÉREO: O texto do post foi encaminhado por um oficial da reserva da FAB.

Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Janeiro 14, 2020, 01:28:51 pm
Os AMX da FAB no Red Flag 98-3

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2020/01/AMX-da-FAB-no-Red-Flag-98-3.jpg)
AMX (A-1) da FAB no Red Flag 98-3

Citar
Os AMX (A-1) brasileiros também mostraram sua capacidade no Exercício Red Flag, em Nellis nos EUA.

Em agosto de 1998, seis AMX do primeiro lote do 1°/16° GAv (Esquadrão Adelphi) na Base Aérea de Santa Cruz e 22 pilotos voaram 52 saídas de ataque em 18 missões nas duas últimas semanas da operação.

Os AMX atuaram junto com os F-5E Tiger III chilenos, F-16A/B MLU belgas e holandeses, CF-18 canadenses e caças americanos. Singapura participou com os CH-47D Chinooks para CSAR.

Os AMX da FAB acertaram mais de 75% dos alvos contra uma média de 60% dos outros participantes, penetrando defesas em terra e no ar. Nenhum AMX foi “derrubado” e ainda conseguiram duas vitórias contra os caças inimigos que tentaram interceptá-los a baixa altitude.

Os pilotos aprenderam táticas como “dog legs”, “action point” e “cross viper” que agora são usadas extensivamente.

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2020/01/redflag2-16.jpg)

Os pilotos da FAB realizara um total de 36 surtidas, divididas pelas duas semanas. Os AMX da FAB não precisaram realizar nenhum reabastecimento em voo durante o exercício devido à sua grande autonomia.

Para poderem participar de um exercício complexo como este, a FAB teve de se preparar para ensinar aos pilotos do 1°/16° a usarem todo um leque de ferramentas e fluxos de planejamento de missões novos.

Até aquele momento o planejamento de missões e a prestação de contas pós missão eram feitos na FAB segundo procedimentos aprendidos na Segunda Guerra Mundial. Os americanos, devido a operarem um grande número de aviões distintos, simultaneamente, tiveram de criar o conceito do ataque por pacotes e isso foi implementado pela primeira vez durante a Guerra do Vietnam na década de 60.

Desde então este tem sido o padrão em todos os conflitos aéreos subseqüentes, inclusive com a participação coordenada de forças aéreas não americanas. O Red Flag é um ambiente muito complexo onde muitos pilotos e aviões de esquadrões e forças aéreas diferentes tem de interagir de forma transparente e fluida entre si.

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2020/01/AMX-da-FAB-durante-a-Red-Flag-98-3.jpg)
AMX da FAB durante o Red Flag 98-3 com um pod ACMI (Air Combat Maneuvering Instrumentation) na ponta da asa

Durante quatro meses os Adelphis decolaram e navegaram exatamente como viriam a fazer mais tarde nos EUA. Até mesmo a fonia deste controle de terra, excepcionalmente, era toda feita em inglês e seguindo o formato que seria encontrado lá. Nesta fase, além da fonia, mesmo os briefings e debriefings passaram a ser realizados em inglês, para melhor simular a experiência que viria a seguir.

Dos 21 pilotos que foram a Red Flag apenas doze pilotos estavam efetivamente registrados como pilotos no exercício. Aos demais cabia estar na reserva caso algum dos selecionados tivesse algum problema que impedisse sua participação, além de se revezarem no comando dos seis AMX durante as cinco pernas do longo traslado tanto na ida quanto na volta.

O grupo que viajou incluía um total de 90 homens. Esse número foi considerado enxuto pela FAB, uma vez que normalmente esquadrões de outros países traziam até 140 pessoas para realizar o mesmo exercício.

Os lançadores de mísseis nas pontas das asas do AMX tiveram que ser modernizados para poder receber o pod ACMI de gravação de dados dos combates. O lançador nem tinha fiação de energia.

FONTE: Sistema de Armas / https://www.aereo.jor.br/2020/01/13/os-amx-da-fab-no-red-flag-98-3/
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Janeiro 14, 2020, 08:20:09 pm
Jatos AMX da FAB demonstraram capacidade estratégica em 2003

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2020/01/A-1-fazendo-REVO-com-um-KC-137-da-FAB.jpg)

Citar
Duas aeronaves A-1 do Terceiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (3°/10° GAV), Esquadrão Centauro, da Base Aérea de Santa Maria (RS), realizaram com sucesso um voo de longa duração no dia 22 de agosto de 2003.

A missão, que teve início às 7h15 em Santa Maria (RS), sobrevoou a Região Centro-Oeste, contornou o Cabo Orange, Estado do Amapá, e chegou, por fim, à Natal (RN), às 17h15.

Na chegada, as aeronaves foram interceptadas por outros dois A-1 da mesma Unidade, que fizeram passagens sobre o Forte dos Reis Magos e sobre a pista de pouso. Logo no desembarque os pilotos concederam entrevista para a imprensa, e foram recepcionados por integrantes das Unidades Aéreas da Base Aérea de Natal (1°/4° GAV e 2°/5° GAV), por um médico do Esquadrão de Saúde, pelo Comandante da BANT e também pelo Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER).

O voo teve a duração de 10 horas, sem escalas, e percorreu cerca de 6.800 Km. Em termos comparativos, esta distância corresponde, por exemplo, aos trechos Paris-Moscou-Paris ou Roma-Bagdá-Roma.

Para cumprir esse longo percurso, os A-1 foram reabastecidos em voo, três vezes, por uma aeronave KC-137 (Boeing 707) do Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2°/2° GT), Esquadrão Corsário, da Base Aérea do Galeão (RJ).

O objetivo do voo de longa duração foi avaliar a capacidade das equipagens de combate e da aeronave A-1 para cumprirem missões de cunho estratégico.

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2015/12/amx-flare-2.jpg)

 :arrow:  https://www.aereo.jor.br/2020/01/14/jatos-amx-da-fab-demonstraram-capacidade-estrategica-em-2003/
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: dc em Janeiro 14, 2020, 10:43:19 pm
AMX da FAB: ‘Abelha’ brasileira?

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2015/12/A-1-em-voo.jpg)

Citar
Por que os norte-americanos apelidaram o jato A-1 da FAB de ‘Abelha’?

Você sabia que o AMX recebeu o apelido de “Samambaia”? Sim a Embraer irritada com os AMX estocados nos anos 90, esperando pelo pagamento da FAB, os apelidaram de Samambaia, pois ficavam muito tempo esperando pela entrega.

Mas quanto ao apelido “Abelha”, em 1994, na Operação Tiger I, seis caças AMX e seis caças F-5E da FAB, mediram forças contra os F-16A/B Block 15 ADF dos “Bucaneros” da Guarda Aérea Nacional de Porto Rico ANG/USAF.

O AMX foi a estrela dessa operação, ao conseguir um índice de acerto de 100% de seus alvos muito superior aos F-16 dos Bucaneiros, para piorar a situação os F-16 que defendiam os alvos foram abatidos pelos A-1.

Como nessa operação não havia AWACS, os A-1, ficavam invisíveis aos radares de Porto Rico, usando a curvatura da terra em ataques Lo-Lo-Lo, pegando os defensores de surpresa.

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2020/01/Perfil-do-F-16A-dos-Bucaneros-do-198th-Fighter-Squadron.jpg)
Perfil do F-16A ADF dos Bucaneros do 198th Fighter Squadron

Contrariados com as duas derrotas que o F-16 ADF sofreram em dofight contra os A-1, eles resolveram fazer um tira teima, desafiando a FAB para um combate dissimilar 1×1. O o piloto da FAB sabia que não devia entrar no jogo do F-16, pois o AMX perde energia depois de 3 ou 4 curvas, enquanto o F-16 não, pois tem um poder de aceleração incrível.

Assim, quando começou o combate o A-1 usou seu trunfo que é um raio de curva menor que o F-16 e já no início do combate ficou às 6 horas do F-16 e chamou “Fox two”** pelo rádio.

Impressionados, os norte-americanos apelidaram o A-1 AMX de “Abelha”, pois é pequeno mas ferroa de forma letal se provocado.

Houve vários pedidos atendidos pela FAB, de pilotos americanos para voar de “saco” na versão “B” do AMX.

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2015/12/Dois-A-1B-com-a-primeira-e-segunda-camuflagem-adotada-pela-FAB.jpg)
Dois A-1B com a primeira e segunda camuflagem adotada pela FAB

 :arrow:  https://www.aereo.jor.br/2020/01/13/amx-da-fab-abelha-brasileira/
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* F-16 ADF, era a versão do F-16 usada na defesa dos EUA continental, foi a primeira versão do F-16 com capacidade BVR, usando o AIM-7 Sparrow.
** Fox two: código para míssil infravermelho; Fox One é para míssil BVR com radar semi-ativo (AIM-7 Sparrow) e Fox Three para míssil BVR guiado por radar ativo (como o AIM-120).


NOTA DO PODER AÉREO: O texto do post foi encaminhado por um oficial da reserva da FAB.

Tendo em conta que na altura o F-16 era provavelmente o caça mais ágil da USAF, e consequentemente um dos mais ágeis do mundo, e que os eurocanards estavam no início, cálculo que num cenário igual ao apresentado no texto, o A-1 derrotasse todos os oponentes numa situação igual, fossem eles F-18, F-15, SU-27, Mig-29, etc.
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: HSMW em Janeiro 15, 2020, 01:06:56 am
(https://i.pinimg.com/236x/58/3d/78/583d78fa98b08396d590e6385056234e--teaching-memes-book-memes.jpg)

Assim já percebo porque foi um enorme sucesso de vendas...
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Janeiro 15, 2020, 02:42:15 am
(https://i.pinimg.com/236x/58/3d/78/583d78fa98b08396d590e6385056234e--teaching-memes-book-memes.jpg)

Assim já percebo porque foi um enorme sucesso de vendas...

Pode-se informar melhor a respeito no tópico "Exportação" desse excelente e completo artigo:

 :arrow:  http://sistemasdearmas.com.br/amx/amx01intro.html
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: mafets em Janeiro 15, 2020, 10:12:20 am
(https://i.pinimg.com/236x/58/3d/78/583d78fa98b08396d590e6385056234e--teaching-memes-book-memes.jpg)

Assim já percebo porque foi um enorme sucesso de vendas...

Pode-se informar melhor a respeito no tópico "Exportação" desse excelente e completo artigo:

 :arrow:  http://sistemasdearmas.com.br/amx/amx01intro.html

Só por curiosidade e visto que não vão modernizar todos os AMX "biplace", não se arranjam aí umas 6 células a preço de amigo para a FAP converter em T.  :-P ;)

https://www.aereo.jor.br/2009/09/27/versoes-do-amx-que-nao-decolaram/ (https://www.aereo.jor.br/2009/09/27/versoes-do-amx-que-nao-decolaram/)

Citar
A AMX International tentou emplacar outras versões do AMX para exportação. Um delas foi o AMX-T, que foi oferecido como LIFT (Lead-in fighter trainer).

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2009/09/amx-t-500x354.jpg)

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2009/09/amx-t-bolacha.jpg)

Saudações
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Janeiro 15, 2020, 12:51:33 pm
Citar
Só por curiosidade e visto que não vão modernizar todos os AMX "biplace", não se arranjam aí umas 6 células a preço de amigo para a FAP converter em T.  :-P ;)

https://www.aereo.jor.br/2009/09/27/versoes-do-amx-que-nao-decolaram/

Acho mais fácil pedirem aos italianos, são vossos parceiros de NATO. ;) :D
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: dc em Janeiro 15, 2020, 01:24:34 pm
(https://i.pinimg.com/236x/58/3d/78/583d78fa98b08396d590e6385056234e--teaching-memes-book-memes.jpg)

Assim já percebo porque foi um enorme sucesso de vendas...

Pensei logo nisso... com um sucesso destes em dogfight contra um dos melhores caças de sempre nesta vertente, parece-me que seria um grande ponto de marketing para vender o caça a muitas forças aéreas de baixo orçamento.
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Red Baron em Junho 01, 2020, 08:57:01 pm
(https://i.pinimg.com/236x/58/3d/78/583d78fa98b08396d590e6385056234e--teaching-memes-book-memes.jpg)

Assim já percebo porque foi um enorme sucesso de vendas...

Pensei logo nisso... com um sucesso destes em dogfight contra um dos melhores caças de sempre nesta vertente, parece-me que seria um grande ponto de marketing para vender o caça a muitas forças aéreas de baixo orçamento.

Vitor já há novidades do que o FAB vai fazer com os 10 A-1B que não vão ser modernizados?
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Junho 01, 2020, 10:30:20 pm
(https://i.pinimg.com/236x/58/3d/78/583d78fa98b08396d590e6385056234e--teaching-memes-book-memes.jpg)

Assim já percebo porque foi um enorme sucesso de vendas...

Pensei logo nisso... com um sucesso destes em dogfight contra um dos melhores caças de sempre nesta vertente, parece-me que seria um grande ponto de marketing para vender o caça a muitas forças aéreas de baixo orçamento.

Vitor já há novidades do que o FAB vai fazer com os 10 A-1B que não vão ser modernizados?

Sem novidades.
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Junho 02, 2020, 08:34:48 pm
Força Aérea Brasileira recebeu oitavo AMX modernizado

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2013/09/A-1M-1-30903BAT0153-Bruno_Batista.jpg)

Citar
O jornalista Victor Barreira (Twitter @Defence360) informou que Força Aérea Brasileira recebeu seu oitavo caça modernizado AMX (A-1M) em março, segundo a Embraer.

Onze aeronaves A-1A e três aeronaves A-1B estão sendo modernizadas pela Embraer, em vez de 43 aeronaves (33 A-1As e dez A-1Bs) conforme planejado originalmente.

Quando o programa de modernização tomou forma, a FAB contava com 53 jatos A-1 em seu inventário, sendo dez bipostos e quarenta e três monopostos (posteriormente, um monoposto foi perdido em acidente, no final de 2012). Esperava-se que a FAB modernizasse todos os seus A-1, assim como havia ocorrido no programa do F-5BR.

Mas, naquele momento, a FAB decidiu que modernizaria somente 43 células. O que não se imaginava é que alguns anos depois aquele número seria ainda mais reduzido.

O programa de modernização do A-1 começou em 2003, com a contratação da Embraer como empresa principal e gerenciadora do programa. Houve demora para efetivar o contrato, levando a uma renegociação em 2008. Em 30 de maio de 2007 pousava nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto (SP) o primeiro A-1A para testes e avaliações, a aeronave FAB 5530, do segundo lote. Posteriormente, outra aeronave do mesmo lote (FAB 5526) se juntou ao programa de testes.

Em 19 de junho de 2012, ocorreu o primeiro voo de um A-1M (FAB 5526), dando início à campanha de ensaios em voo. O primeiro exemplar de produção do A-1M (FAB 5520) foi entregue à FAB em três de setembro de 2013, e essa aeronave estreou num exercício multinacional, o Cruzex Flight 2013, em novembro.

A modernização daria uma sobrevida de mais 20 anos à frota de AMX.

Em junho 2015 a FAB anunciou que estudava a redução do número de jatos AMX, tendo em vista os novos cenários operacionais e logísticos, principalmente com a chegada da aeronave Gripen.

 :arrow:  https://www.aereo.jor.br/2020/06/02/forca-aerea-brasileira-recebeu-oitavo-amx-modernizado/
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Red Baron em Junho 02, 2020, 09:25:01 pm
Força Aérea Brasileira recebeu oitavo AMX modernizado

(https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2013/09/A-1M-1-30903BAT0153-Bruno_Batista.jpg)

Citar
O jornalista Victor Barreira (Twitter @Defence360) informou que Força Aérea Brasileira recebeu seu oitavo caça modernizado AMX (A-1M) em março, segundo a Embraer.

Onze aeronaves A-1A e três aeronaves A-1B estão sendo modernizadas pela Embraer, em vez de 43 aeronaves (33 A-1As e dez A-1Bs) conforme planejado originalmente.

Quando o programa de modernização tomou forma, a FAB contava com 53 jatos A-1 em seu inventário, sendo dez bipostos e quarenta e três monopostos (posteriormente, um monoposto foi perdido em acidente, no final de 2012). Esperava-se que a FAB modernizasse todos os seus A-1, assim como havia ocorrido no programa do F-5BR.

Mas, naquele momento, a FAB decidiu que modernizaria somente 43 células. O que não se imaginava é que alguns anos depois aquele número seria ainda mais reduzido.

O programa de modernização do A-1 começou em 2003, com a contratação da Embraer como empresa principal e gerenciadora do programa. Houve demora para efetivar o contrato, levando a uma renegociação em 2008. Em 30 de maio de 2007 pousava nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto (SP) o primeiro A-1A para testes e avaliações, a aeronave FAB 5530, do segundo lote. Posteriormente, outra aeronave do mesmo lote (FAB 5526) se juntou ao programa de testes.

Em 19 de junho de 2012, ocorreu o primeiro voo de um A-1M (FAB 5526), dando início à campanha de ensaios em voo. O primeiro exemplar de produção do A-1M (FAB 5520) foi entregue à FAB em três de setembro de 2013, e essa aeronave estreou num exercício multinacional, o Cruzex Flight 2013, em novembro.

A modernização daria uma sobrevida de mais 20 anos à frota de AMX.

Em junho 2015 a FAB anunciou que estudava a redução do número de jatos AMX, tendo em vista os novos cenários operacionais e logísticos, principalmente com a chegada da aeronave Gripen.

 :arrow:  https://www.aereo.jor.br/2020/06/02/forca-aerea-brasileira-recebeu-oitavo-amx-modernizado/

Essas celulas de A-1B se ainda tiverem umas boas horas de voo disponíveis, bem que podiam vir cá parar. :mrgreen:
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: HSMW em Junho 02, 2020, 11:13:03 pm
Ofereçam ao Uruguai...
Título: Re: AMX (A-1M)
Enviado por: Vitor Santos em Dezembro 21, 2020, 07:34:41 pm
Um tributo ao “Dezesseis”

(https://i.ibb.co/RNkwQhs/JPM-4112-scaled.jpg)

Por João Paulo Moralez

Desde setembro de 2020 temos visto uma série de notícias e reportagens, em texto e vídeo, sobre a chegada do primeiro exemplar do Gripen ao Brasil, o F-39E 4100.

Ainda que não se trata da entrega formal para a Força Aérea Brasileira (FAB), tendo em vista que o exemplar continuará cumprindo a campanha de ensaios em voo no Brasil, é gratificante notar como um programa tão estratégico tem sido ampla e positivamente abordado no país, inclusive na grande mídia.

E são nessas matérias, vídeos, artigos e entrevistas que percebemos como o projeto impacta como um todo na Força Aérea e quão complexo é o processo de implantação de uma nova aeronave de combate.

O Gripen, afinal, além de ser um caça extremamente moderno, vai agregar uma série de tecnologias que são inéditas para a FAB até os dias de hoje. Apenas para mencionar algumas, teremos o radar de varredura eletrônica ativa, IRST, sistemas de guerra eletrônica completos, capacidade de supercruise, armamentos avançados, capacidade de operação em pistas extremamente curtas e simuladores de missão.

Há ainda a preocupação com a preparação de pessoal, de infraestrutura, de logística e mais algumas dezenas (ou centenas) de itens a serem pensados em curto, médio e longo prazo.

Trata-se de uma tarefa muito complexa. Mas felizmente, o material humano da FAB possui a experiência e o profissionalismo para conduzir o processo com seriedade e maestria.

Sabe-se que o Gripen vai equipar, numa primeira fase, o 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), que hoje opera os Northrop F-5EM/FM. O 1º GDA é um esquadrão que já existe, porém é como se estivesse nascendo novamente durante esse processo, tendo em vista que sua sede está sendo reconstruída e o seu pessoal se preparando para um avião totalmente novo.

Além disso, o Gripen também vai equipar o 1º/16º GAv “Esquadrão Adelphi”, cuja sede será junto com o GDA em Anápolis.

E justamente neste momento de expectativas e aguardo pela chegada dos novos aviões, prevista para acontecer em 2021, é que vale relembrar uma história muito semelhante a essa, e que aconteceu há mais de 30 anos.

No final da década de 1980 a FAB se preparava para receber o primeiro de 56 (depois 55), caças Embraer AMX A-1.

(https://i.ibb.co/Qmb8fBc/Album-3-Ano-1989-34.jpg)

Assim como tem sido com o Gripen nos dias de hoje, o AMX, também um avião de pequenas dimensões e fruto de um projeto binacional (Brasil e Itália), trazia consigo tecnologias e doutrinas que não existiam na FAB.

Dentre elas o Head-Up Display, sistema Hands On Throttle and Stick, Radar Warning Receiver, interferidor de contramedida eletrônica ativa na aeronave, Identification Friend or Foe (IFF), lançadores de chaff/flare, sistema de planejamento de missão em computador, modos de ataque por CCIP/CCRP e conceito de Line Replaceable Unit. Dessa forma o AMX e o 1º/16º GAV anteciparam em 15 anos a chegada do século 21 para a FAB, tendo em vista que essas tecnologias foram amplamente difundidas na Força com a chegada dos Super Tucano em 2004 e do F-5M em 2005.


Assim como o Gripen, o AMX proporcionou enorme quantidade de transferência de tecnologia e um salto qualitativo da indústria de defesa nacional, com exemplares sendo construídos no Brasil e com componentes e estruturas sendo enviadas daqui para compor a frota italiana.

Os conhecimentos, tecnologias e equipamentos adquiridos para o seu programa foram utilizados em toda a linha de jatos regionais da Embraer e em projetos mais modernos do segmento militar, como o do KC-390. Aliás, o AMX é o elo entre o passado e o presente, o divisor de águas sem o qual não seríamos uma indústria competitiva mundialmente.

O Brasil e Suécia são até o momento os únicos operadores do Gripen E/F no mundo. Por mais que possa existir alguma semelhança com o Gripen C/D, o fato é que o Gripen é tão avançado que exigirá o desenvolvimento de uma nova doutrina de operação, a ser desenvolvida pelos dois países.

Com o AMX, a situação foi a mesma. Não haviam experiências anteriores. Tudo era novo em relação àquele novo caça que entrava em serviço na FAB introduzindo novas tecnologias e conceitos. O conhecimento acerca do novo caça eram folhas em branco aguardando serem escritas.

“Poucos, porém, bons, os melhores” – Brigadeiro do Ar Teomar Fonseca Quírico, Adelphi 01

No final de década de 1980 a FAB optou em criar uma unidade aérea para operar com o novo caça. A sede seria na Base Aérea de Santa Cruz, mas no local não existia hangar nem infraestrutura para o AMX. Tudo foi construído. Do zero.

Juntando o que havia de melhor em relação ao material humano disponível, liberados pelo Brigadeiro do Ar Quírico, um grupo de voluntários passou a compor o quadro de oficiais e de graduados do Núcleo da primeira Unidade Aérea a operar o AMX, conhecido como NU-A1, criado em 4 de fevereiro de 1988.

Esses militares esboçaram o que seria a operação do novo caça. Manuais, doutrina de emprego e mais um imenso universo de providências tomadas para estruturar a nova unidade aérea e inserir o novo avião na FAB.

Em 7 de novembro de 1988 o NU-A1 foi extinto dando origem ao Núcleo do 1º/16º GAV. Um ano mais tarde, em 17 de outubro de 1989, chegava o primeiro A-1 brasileiro, o FAB 5500.

“Assim, o modo operante da FAB se transformou (ou, depois disso, a FAB nunca mais seria a mesma).” – Ten. Cel. Alfredo Salvatore Leta, Adelphi 28

Em 7 de novembro de 1990 o 1º/16º GAV “Esquadrão Adelphi” foi criado, continuando, de maneira intensa e diária, a sua missão de implantar e desenvolver o que era a mais avançada aeronave da FAB em termos de aviônicos e sistemas. Uma missão desafiadora, que envolve muita dedicação e sacrifício dos envolvidos, além de paciência para aprender, com os erros e os acertos, de como operar com o novo avião. E de extrema responsabilidade, pois essa é a base que servirá de sustentação para todos os que seguirem voando a aeronave pelas próximas décadas.

(https://i.ibb.co/n7h6ZbL/quadro98-scaled.jpg)

Com o passar dos anos, o “Dezesseis” alcançou marcas extremamente importantes para a FAB. Além das tarefas que normalmente cumpre uma unidade de caça, de Santa Cruz, o Esquadrão decolou e voou até os Estados Unidos para participar do exercício internacional Red Flag, envolvendo diversos países da Europa e os EUA, onde aprendeu a importante doutrina de operação da guerra moderna, nos chamados voos de “pacote” envolvendo aeronaves de vários tipos e performances, planejada e coordenada pela figura do Mission Commander. Era a primeira vez na história que a FAB participava deste exercício.

Esse aprendizado, depois de absorvido, foi disseminado para demais pilotos e unidades da FAB, sendo aperfeiçoado através dos anos e utilizado até os dias de hoje.


(https://i.ibb.co/HYqPX90/Album-14-Ano-1998-16.jpg)
O 1º/16º GAV durante a Red Flag (imagem: 1º/16º GAV)

“Profissionalismo na alma e eficiência no cumprimento da missão!” – Brigadeiro do Ar Luiz Carlos Lebeis Filho, Adelphi 06

O Adelphi teve outra fundamental importância no desenvolvimento das outras duas unidades de AMX da FAB. No final dos anos 1990, o “Dezesseis” formou pilotos e mecânicos do 3º/10º GAV “Esquadrão Centauro” e do 1º/10º GAV “Esquadrão Poker”, que receberam o A-1 em 1998 e 1999 respectivamente.

Algumas das suas equipagens de pilotos, mecânicos e especialistas foram transferidos para a Base Aérea de Santa Maria para implantar o A-1 nos dois esquadrões.

Em dezembro de 2016 o “Dezesseis” foi desativado em Santa Cruz. Nessa passagem, deixou marcas que transformaram a FAB em muitos aspectos. Mas seu legado estava longe de acabar.

Parte do seu pessoal e aviões foram para as outras unidades de AMX da FAB, enquanto os demais foram movimentados para as mais variadas organizações da Força Aérea.

Os Adelphis se espalharam ainda mais pelo Brasil afora, influenciando e levando ao conhecimento mais amplo a sua história, cultura, o profissionalismo, raça e tradição. Onde quer que vá, haverá sempre um Adelphi presente.

Tive a oportunidade de conhecer muitos Adelphis, pessoas extremamente carismáticas. Alguns já estão na reserva, como o Brigadeiro Quírico. Outros continuam voando em demais unidades da FAB, alguns em posições de comando em esquadrões de caça.

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Tenente Brigadeiro do Ar Bermudez, quando comandante do Adelphi no final de década de 1990 (Imagem: FAB)

A FAB hoje é muito bem liderada por um Adelphi, o Tenente Brigadeiro do Ar, Antonio Carlos Moretti Bermudez, personalidade extremamente acessível, carismática e, acima de tudo, operacional com visão de futuro.

O 1º/16º GAV será reativado. Vai voar outra aeronave, o Gripen. Em outra localidade, a de Anápolis.

Mas os seus valores e a sua histórica, essas tenho certeza que não mudarão.

(https://i.ibb.co/dk8rkNx/Monumento-da-aeronave-A-1-na-Guarnicao-de-Aeronautica-de-Santa-Cruz.jpg)
Monumento do AMX A-1 na Ala 12 em Santa Cruz, inaugurado em novembro de 2020 com a presença do Comandante da Aeronáutica (Imagem: FAB)

:arrow: https://tecnodefesa.com.br/um-tributo-ao-dezesseis/
Título: Re: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: Vitor Santos em Fevereiro 13, 2021, 01:17:01 pm


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Vida nova para o AMX:

Após a modernização, o AMX é mostrado como o principal vetor para missões de reconhecimento tático, designação de alvos e ataque profundo em território inimigo.


 :arrow:  https://www.flipsnack.com/pucara/revista-5/full-view.html
Título: Re: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: Vitor Santos em Junho 03, 2021, 01:33:51 am
Os espiões que vem do céu – o reconhecimento tático da FAB

(https://i.ibb.co/0XMkQGR/190766733-10226351268113634-1585260821245934204-n.jpg)

Citar
Por João Paulo Moralez

Vida rede de inteligência, a ordem fragmentária (OFRAG) em envelope selado marcou o que seria o início de uma missão de grande duração, envolvendo inclusive o apoio de aviões reabastecedores para ampliar a autonomia dos caças. O documento contendo dados sobre os objetivos a serem reconhecidos, as suas localizações via coordenada geográfica, horários e outras informações relevantes foram repassadas ao Técnico de Informações de Reconhecimento (TIR), para que este iniciasse todo o planejamento da missão. Isso incluiu definir as rotas, a direção de aproximação do alvo, presença de possíveis defesas do inimigo, relevo, entre outros detalhes.

Ao mesmo tempo, dois pilotos, líder e ala, foram acionados para cumprir a missão. Uma hora antes da decolagem, na sala de guerra, um briefing completo, porém objetivo, foi realizado.

O TIR informou o nível do detalhamento que deveria ser obtido com aquela missão de reconhecimento, o que determinaria a maneira como seriam feitas as aproximações e a distância dos alvos. Neste caso em específico, as aeronaves fariam a busca e a fotografia de nove pistas irregulares utilizadas de maneira clandestina ao longo da fronteira seca do Brasil com os demais países em que faz divisa nas regiões sul e centro-oeste.

Trinta minutos depois, a tripulação encerrou o briefing e seguiu para a casa de pista, onde se equiparam com traje anti-g, colete com itens de sobrevivência, pistola calibre 9mm para proteção individual e capacete. A ação foi rápida e, faltando 20 minutos para a decolagem, seguiram para a linha de voo onde estavam os caças Embraer AMX A-1AM, com dois tanques subalares de combustível de 1.080 litros cada e um pod de reconhecimento Rafael Reccelite.

(https://i.ibb.co/kGPrwcL/14-JPM-4033-scaled.jpg)

Enquanto os mecânicos faziam as últimas checagens em solo, o piloto de caça realizava a inspeção externa na aeronave, verificando os itens que demandam atenção nesse caso. O processo leva um minuto, terminando na escada de acesso ao cockpit, do lado esquerdo do avião. Sob as luzes daquele hangarete, o piloto vestiu o capacete de cor branca e vermelha, e ostentando a cabeça de um leão estilizado na lateral.

Ao lado, o caçador do segundo A-1AM iniciou os procedimentos de acionamento, com o avião nas mesmas configurações do líder. Ele era o ala da missão e o capacete também traz algo interessante. Metade é pintado em vermelho e a outra metade em azul.

Esse simbolismo não é por acaso. O vermelho identifica a missão de reconhecimento, sendo também a cor magna daquele esquadrão. O azul, é a sua característica de especialização de ataque ao solo, com bombas guiadas por laser.

E o Leão, a alma do 1º/10º GAV “Esquadrão Poker”, uma das mais antigas e tradicionais unidades da Força Aérea Brasileira (FAB), criado imediatamente após a 2ª Guerra Mundial.

O Primeiro e o Último

A missão de reconhecimento tático é exclusivamente atribuída, na FAB, ao 1º/10º GAV. Com sede em Santa Maria, no coração do Rio Grande do Sul, aquela unidade aérea também cumpre as missões da Aviação de Caça, como de ataque e de defesa aérea. O lema representa bem a missão do esquadrão, ou seja, o primeiro a chegar no teatro de operações fazendo o levantamento da inteligência do inimigo e o último a sobrevoar a zona de conflito.

(https://i.ibb.co/mvtvsmy/12-JPM-7383b-copiar-scaled.jpg)

Ao voltarem daquele voo, que incluiu sobrevoos dos alvos a 60m de altura do solo a uma velocidade de 740km/h e reabastecimento a cinco mil metros de altitude, os AMX foram recebidos, depois do corte dos motores na linha de voo, pelos chamados foto-pista, militares responsáveis por coletar numa estação computadorizada todas as imagens do sensor Reccelite.

Depois de devolverem os equipamentos de voo e os armamentos na casa de pista, seguiram para o debriefing com os TIR e o Foto-Intérprete, outro especialista em reconhecimento aéreo. Em torno de 30 minutos haviam se passado desde o corte dos motores. As imagens digitais do Reccelite já haviam sido processadas e, juntos, os militares passaram a interpretar cada alvo. Os pilotos contribuíram com informações que viram no local como possíveis movimentações, presença de pessoas ou objetos entre outros dados. O objetivo foi o de responder a quatro perguntas. Naquela missão específica, a de detectar a os aeródromos; reconhecer que se trata de uma pista; identificar a sua estrutura como sendo de grama ou pavimentada, comprimento, largura etc.; e analisar a presença de aviões, veículos, hangares, instalações e movimentações, por exemplo.

Com esses dados em mãos, foi produzido o Relatório de Missão de Reconhecimento, respondendo exatamente as solicitações feitas na OFRAG.

Sensores de reconhecimento

Durante o programa AMX foram desenvolvidos três pallets de reconhecimento fotográfico, instalados internamente na aeronave, sob o cockpit. O Pallet 1, para reconhecimento a baixa altura, tinha três câmeras grande angular Zeiss perpendiculares a direção do voo e dispostas para cobrir a linha do horizonte em 180º.

O Pallet 2 foi projetado para ter capacidade Stand off com uma lente Zeiss de longo alcance de 600mm montada em uma estrutura com 180º de movimento, da esquerda para a direita, perpendicular ao eixo de voo do AMX. O terceiro, Pallet 3, foi desenvolvido para realizar reconhecimento em altitude média e vertical do alvo, cobrindo grandes áreas e usado principalmente para produzir mapas e cartas de navegação. A câmera era uma Zeiss RMK A com uma lente de 153mm.

(https://i.ibb.co/84X3W1r/6-IMG-0684.jpg)

Em 2001, a empresa brasileira Gespi desenvolveu o que foi chamado Gespi pod e, depois, RTP (Reconaissance Training Pod). Nele foram instaladas quatro câmeras W. Vinten Type 360/140 anteriormente usadas no EMB-326GB Xavante para a mesma missão de reconhecimento tático. O RTP foi amplamente utilizado pelo esquadrão.

Em 2004, foi descoberto que a Marinha do Brasil recebeu, junto com a frota da McDonnell Douglas A-4KU Skyhawk, quatro pods Vicon 57, que naquele momento estavam fora de serviço, com muitas de suas partes eletrônicas faltando e sem nenhuma chance de encontrar peças sobressalentes no mercado, uma vez que o sistema em si era muito antigo.

Todos os quatro pods foram levados para Santa Maria e depois de alguns meses de trabalho um sistema foi colocado em operação. Algumas peças de reposição foram produzidas internamente pelo Poker, incluindo fiação e circuito integrado.

(https://i.ibb.co/jLgRNMq/7-Missao-Estrategica-2007-063.jpg)

O conjunto de câmeras foi composto por três Vinten de 1 e ½ polegadas de distância focal dispostas em vertical e laterais (esquerda e direita), cobrindo 180º do horizonte. O nariz, com movimento de 360º, tinha oito posições no sentido horário e outras oito no sentido anti-horário com 14º de diferença em cada posição. A lente era de 450mm para realizar fotografia oblíqua de longo alcance.

Em 2009, finalmente, o esquadrão fez a transição do sistema analógico para o digital com a chegada dos casulos Rafael Reccelite, que inclui os modos normal e infravermelho.

A modernização do AMX e o seu futuro na FAB

Para manter atualizada essa frota de valor e poder estratégico, a Força Aérea assinou um pacote de modernização para os AMX. O programa incluiu inicialmente 43 aeronaves, sendo a primeira entregue ao 1º/16º GAV “Esquadrão Adelphi” em 2013. No entanto, após atrasos no programa e com a proximidade da chegada do Saab Gripen E/F a partir de 2021, a FAB optou por reduzir a modernização para 14 aeronaves com 11 A-1AM (monoplace) e três A-1BM (biplace). Hoje, sete aeronaves modernizadas foram recebidas.

(https://i.ibb.co/tZKgNpG/8-definitiva-DSC01687-scaled.jpg)

O protótipo do programa, o A-1A FAB 5530, foi entregue na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP) em 30 de maio de 2007. Um segundo avião, o A-1A FAB 5526, também serviu como protótipo tendo sido o primeiro do programa a voar em 19 de junho de 2012.

A aeronave incorporou um cockpit digital com dois displays de 6×8 polegadas e um de 5×5 polegadas compatíveis com operações com óculos de visão noturna. O AMX recebeu um novo interferidor de guerra eletrônica e um novo radar warning receiver (RWR), além de incorporar o sistema de alerta de aproximação de mísseis (MAWS) e a tecnologia NAV-Flir, que fornece visão infravermelha projetada no head-up display do cockpit. Eles também foram compatibilizados para operarem com o pod de interferência e ataque eletrônico Rafael Sky Shield.

(https://i.ibb.co/NNs0T3Q/13-FOTO-3-60-x-90-280-DPI-scaled.jpg)

Outro destaque é o radar multimodo SCP-01 desenvolvido pela antiga brasileira Mectron e a italiana Selex Galileo, que possui os modos ar-ar, ar-solo e ar-superfície com a capacidade look down/look up. Trabalhando na Banda I, o radar é capaz de identificar um alvo de 100 metros quadrados no mar a 50 milhas e tem alcance de 20 milhas contra um alvo aéreo de 5 metros quadrados. Outro objetivo da modernização foi o de padronizar as diferenças ao longo do primeiro, segundo e terceiro lote de produção do AMX.

Apesar da idade do AMX, que em 2019 completou 30 anos de serviço na FAB, a sua operação pode ser estendida ainda por vários anos.

Atualmente o caça é o único no inventário da Força Aérea capaz de lançar armamento ar-solo guiado por laser e o único a fazer reconhecimento tático com sistemas especializados para esse fim.

Com a entrada em serviço dos primeiros Saab Gripen E em 2021, no 1º Grupo de Defesa Aérea, o Brasil vai dar um salto de tecnológico e operacional jamais visto na história. As qualidades e capacidades do Gripen E/F projetarão a FAB para um patamar muito elevado.

Como todo e qualquer programa militar, de qualquer nação do mundo, inicialmente os Gripen E/F terão apenas a capacidade de conduzir as missões ar-ar, seguindo a prioridade dada pelos seus operadores – Brasil e Suécia. Assim é chamado o Initial Operational Capability (IOC, capacidade operacional inicial). Depois do modo ar-ar, serão desenvolvidas as modalidades ar-solo, ar-superfície (naval) e de inteligência, vigilância e reconhecimento. O Full Operational Capability (FOC, capacidade operacional final) está previsto para ser obtido em 2025. Como já discutido anteriormente, será necessária a compra de novos lotes do Gripen para equipar os demais esquadrões da FAB, incluindo o 1º/10º GAV. O Brasil já selecionou os pods Rafael Reccelite XR para o Gripen mas, até que o A-1M passe a guarda para o novo vetor de defesa aérea, o caça de desenvolvimento ítalo-brasileiro continuará sendo o espião que vem do céu.

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Título: Re: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: Vitor Santos em Agosto 29, 2021, 10:46:12 pm
A-1 modernizados estão em ação na fronteira Oeste

(https://www.edrotacultural.com.br/wp-content/uploads/2021/08/A-1-em-Campo-Grande-Humberto-Leite-990x743.jpeg)

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Os olhos estão voltados para a entrada em serviço do F-39 Gripen, o que deve ocorrer nos próximos seis meses, mas os jatos de ataque A-1 não estão fora dos planos da Força Aérea Brasileira. Pelo contrário: durante o exercício Tápio, que acontece a partir de Campo Grande (MS) até o próximo dia 3 de setembro, a FAB contra com quatro A-1 AMX, todos modernizados e com sensores Litening.

Durante o exercício Tápio, os A-1 voam sobre municípios como Dois Irmãos do Buriti, Aquidauana, Miranda, Bodoquena e Anastácio e Nioaque, todos a Oeste de Campo Grande. As principais missões envolvem o apoio direto às forças especiais em solo: apoio aéreo aproximado, que é realizar ataques contra alvos que interferem diretamente no avanço no terreno, e controle aéreo avançado, neste caso, auxiliar os militares no chão como um verdadeiro “olho no céu”.

De acordo com pilotos dos caças que não puderam ser identificados, os A-1 são aeronaves muito válidas para essas missões, sobretudo após o processo de modernização. “Temos uma consciência situacional bem maior com os novos sistemas instalados. Além disso, o A-1 tem uma capacidade de sobrevivência muita grande, com RWR, MAWS, contramedidas e possibilidade de até enfrentar ameaças como interceptadores”, disse afirmou o militar.

Os dois Tenentes ouvidos pela reportagem se mostraram empolgados com a oportunidade de participarem do quadro de pilotos dos caças A-1 AMX. Ambos voaram ao longo de seis anos os turboélices Super Tucano em regiões de fronteira, e foram transferidos para Santa Maria (RS), onde estão sediados todos os A-1, já depois do início da operação dos vetores modernizados. Com menos de 30 anos, são aviadores formados e capacitados em uma geração de aeronaves de combate com sistemas modernas e novas filosofias de emprego operacional.

A modernização dos caças A-1 AMX ainda faz parte dos planos da Força Aérea Brasileira. Já são oito unidades recebidas, porém cerca de 110 milhões de Reais chegaram a ser solicitados no projeto de lei orçamentária deste ano, cortado pelo Congresso. A FAB ainda pretende chegar a 14 unidades modernizadas, sendo 11 monoplaces e três biplaces. Com a demora no projeto, é provável que os A-1 voem bem além do ano de 2030.

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Título: Re: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: Vitor Santos em Junho 05, 2022, 01:16:25 am
Título: Re: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: Vitor Santos em Setembro 09, 2022, 11:05:25 pm
Esquadrões Poker e Centauro concluem campanha de emprego de bomba laser

(https://tecnodefesa.com.br/wp-content/uploads/2022/09/JPM_1159.jpg)

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Sediados na Base Aérea de Santa Maria (RS), o 1º/10º GAV “Esquadrão Poker” e o 3º/10º GAV “Esquadrão Centauro” realizaram, de 25 a 29 de julho, uma campanha de emprego de bombas guiadas a laser.

Equipados com pods designadores laser Rafael Litening III, os AMX utilizaram as bombas convencionais BAFG-230 (248kg) montadas em kits de guiamento laser Rafael Lizard II.

(https://tecnodefesa.com.br/wp-content/uploads/2022/09/JPM_1354.jpg)

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Os caças atacaram alvos preparados no estande de tiro em Saicã (RS) nas modalidades de bombardeiro nivelado e TOSS. Nesse último, o piloto comanda uma manobra vertical, sendo a bomba “catapultada” pela força G e orientada até o impacto contra o alvo. Dessa maneira, o ataque é feito à maior distância reduzindo a exposição do caça às defesas inimigas. “O lançamento de bombas pelo método Continually Computed Release Point TOSS à baixa altura é bem apropriado para cenários modernos de alta ameaça. O A-1M, associado ao uso dos sistemas de guerra eletrônica como o Missile Approach Warning System (MAWS, que alerta sobre mísseis disparados contra o caça) e do Active Electronic Counter-Meassure (AECM interferidor ativo de contramedidas eletrônicas) amplia consideravelmente as suas chances de sobrevivência empregando por CCRP (quando se tem o ponto de impacto desejado do alvo) TOSS em missões de ataque em cenários em que a presença de defesas antiaéreas de longo alcance seja significativa. Assim, na guerra aérea moderna, é fundamental que o piloto treine a modalidade e entenda as suas peculiaridades de aplicação”, explica o Tenente-Coronel Eduardo Snidarsis de Vasconcellos, comandante do 3º/10º GAV “Esquadrão Centauro”.

Os esquadrões também treinaram o tiro terrestre com os canhões de 30mm com o lançamento de flare.

“Os Exercícios Técnicos realizados no estande de tiro de Saicã tem por objetivo o adestramento de táticas, técnicas e procedimentos de emprego ar-solo utilizando armamento real ou de treinamento. Dessa forma, os esquadrões que operam o caça-bombardeiro A-1M avaliam a eficácia das tripulações, dos mantenedores e do sistema de armas em si.

Assim, a Força Aérea Brasileira mantém as capacidades necessárias para a manutenção da soberania nacional”, explica o Tenente-Coronel Marcio Rassy Teixeira, comandante do 1º/10º GAV “Esquadrão Poker”.

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Os caças AMX são os únicos a deter, na FAB, a capacidade de emprego de armamentos ar-solo guiados e dos sensores de reconhecimento tático e de designação de alvos Rafael Reccelite II e Litening III, respectivamente. Com a modernização, essas aeronaves receberam tecnologia do estado da arte, algumas inéditas na aviação de caça da FAB, como o MAWS e o NAV-Flir (sistema termal para navegação em condições meteorológicas adversas).

O A-1M conta, ainda, com radar multimodo e novo interferidor ativo para contramedidas eletrônicas.

Aliado à capacidade de penetração a baixa altura em território inimigo com grande alcance e sobrevivência em ambiente hostil, o A-1M representa importante vetor estratégico e dissuasório para o Brasil.

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Título: Re: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 25, 2022, 03:50:50 pm
Título: Re: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: Lusitano89 em Fevereiro 24, 2023, 12:27:18 pm
Título: Re: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: Vitor Santos em Julho 17, 2023, 01:29:01 pm
Há 25 anos, o AMX chegava à Base Aérea de Santa Maria

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Por João Paulo Moralez -jul 12, 2023

Várias datas marcam a história da Força Aérea Brasileira (FAB) e o dia 15 de janeiro de 1998 é mais uma delas.

Eram 16h20 quando dois AMX A-1A FAB 5534 e 5533 passaram sobre a Base Aérea de Santa Maria pilotados pelo então Tenente-Coronel Aviador Rodolfo da Silva Souza e pelo Major Aviador João Saulo Barros Cassé da Silva, respectivamente.

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O que poderia ser apenas mais uma missão operacional com aqueles que eram os mais tecnológicos caças da FAB, na verdade se tratava da chegada desses vetores ao 3º/10º GAV “Esquadrão Centauro”. A partir daquele momento, uma nova Era foi iniciada na base que possui uma posição estratégica ao sul do Brasil, e a chegada do AMX em Santa Maria confirmava um quadro de relevância na articulação das organizações militares do Exército e da FAB naquela região. Antigamente, uma das atenções em sediar no sul do país várias unidades de elite, bem equipadas e em grande número era para contrapor a Argentina, antiga hipótese de emprego do Brasil. Há muitos anos, felizmente, esse cenário e realidade se transformaram completamente.

Expandindo capacidades
Se por um lado 1º/16º GAV “Esquadrão Adelphi” fez um indispensável, fundamental e árduo trabalho de implantação, desenvolvimento e consolidação da doutrina de um vetor que trouxe várias novidades para a Aviação de Caça da FAB, em Santa Maria coube inicialmente ao 3º/10º GAV e também depois ao 1º/10º GAV “Esquadrão Poker” explorarem mais a capacidade operacional do AMX.

A contribuição do Esquadrão Adelphi na história do programa do AMX foi preponderante para a bem sucedida operação deste caça-bombardeiro, desde a implantação até o natural amadurecimento do projeto.

Enquanto em Santa Cruz, sede do “Dezesseis”, foram recebidas as aeronaves do 1º e 2º lote, em Santa Maria foram concentrados os aviões do 3º lote e todos eles guardam diferenças entre si.

O 3º/10º GAV recebeu os A-1A FAB 5531, 5533 a 5538 e A-1B FAB 5654 a FAB 5657. Na virada do novo milênio, após consolidar a operação em sua nova localidade, o Centauro voltou-se para ampliar o leque operacional do AMX.

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Dentre elas, foi o emprego de armamentos na modalidade continually computed release point (CCRP), capacidade ausente nos 1º e 2º lotes. Nela, é possível lançar as bombas a maior distância do alvo e, por consequência, reduzir a exposição do avião às defesas inimigas.

Além disso, o esquadrão buscou explorar ainda mais a característica de longo alcance do AMX com o reabastecimento em voo. Até então, essas aeronaves haviam feito várias missões com etapas que tinham até aproximadamente cinco horas de duração.

Mas o voo de 22 de agosto de 2003, há 20 anos, na designada “Operação Gama-Centauro”, estabeleceu um novo recorde para a Aviação de Caça da FAB. Liderado pelo então Major Aviador João Luiz Ribeiro, Oficial de Operações do 3º/10º GAV, e tendo como ala o Capitão Aviador Ricardo Marques Kabzas, dois A-1A permaneceram 10h05 em voo, decolando e pousando de Santa Maria.

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No mesmo ano, de 2 a 6 de novembro na “Operação Princesa dos Pampas”, uma esquadrilha de quatro aviões armados com duas bombas BAFG-460 cada, desativou uma pista clandestina na Serra do Caparro, na região da Cabeça do Cachorro, em plena selva Amazônica. A missão contou com a participação de quatro F-5E Tiger II do 1º Grupo de Aviação de Caça com a mesma configuração de armamento. Decolando de Manaus, as duas esquadrilhas foram apoiadas por um E-99 e um KC-130 Hercules, para controle e comando aéreo avançado, e para reabastecimento em voo, respectivamente.

Novas possibilidades

Por ser o principal caça da FAB no emprego de armamento ar-solo guiado por laser, missão que em breve será totalmente assumida pelos Saab F-39E/F Gripen, o Centauro teve um papel preponderante no desenvolvimento da doutrina e na produção dos manuais para o uso das bombas Elbit Lizard II e para os pods designadores laser Rafael Litening III recebidos a partir de 2010.

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Vizinho ao Centauro está o 1º/10º GAV, uma das mais tradicionais e antigas unidades aéreas da FAB com mais de 75 anos de existência.

Criado em 1947, a partir de 1952 o esquadrão recebeu a incumbência de implantar a  missão de reconhecimento na FAB, sendo pioneiro nessa tarefa. Nos anos 1960, alterou a modalidade do reconhecimento convencional para o tático, sua marca registrada até os dias de hoje.

Com a chegada do AMX a partir de 1999, um ano após o Centauro, começou a implantar os sensores de reconhecimento que vieram integrados à aeronave.

O Esquadrão recebeu os A-1A FAB 5530, 5539 a 5544 e A-1B 5658 a 5660 e o primeiro equipamento de fotografia instalado foi o Pallet 3, colocado internamente no avião, numa baia dedicada abaixo do cockpit. O sistema é projetado para fotos verticais a média e grande altitude. Na sequência, instalou o Pallet 2, que possui uma aplicação mais tática podendo fotografar alvos a grandes distâncias.

Buscando mais alternativas para incrementar e trazer mais flexibilidade à sua missão de reconhecimento tático, outras soluções foram agregadas conforme já comentamos em matéria neste link.

O 1º/10º GAV foi o responsável por receber e integrar no AMX o pod de reconhecimento tático Rafael Reccelite e o pod designador Litening III, bem como as bombas Elbit Lizard II.

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nquanto o Poker desenvolveu os manuais e a doutrina do Reccelite, o Centauro fez o mesmo trabalho para o Litening III e as bombas.Desde janeiro de 2022, o Esquadrão Poker é comandado pelo Tenente-Coronel Marcio Rassy Teixeira. Desde dezembro de 2022, o 3º/10º GAV é comandado pelo Tenente-Coronel Aviador Felipe de Faria Scheer.

Modernização e operação conjuntas

Em 2017, os esquadrões em Santa Maria começaram a receber os AMX modernizados, especialmente após a desativação do 1º/16º GAV.

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Na sua mais nova versão, o A-1AM e A-1BM recebeu o radar multimodo SPC-01 e uma ampla suíte de guerra eletrônica como o interferidor ativo, novos radar warning receiver (alerta de recepção de radar), identification friend or foe (identificação amigo/inimigo) e a integração do missile approach warning system (MAWS, sistema que está presente apenas no AMX modernizado e no F-39E Gripen). Além da cabine 100% digital, semelhante à do F-5M, é compatível com óculos de visão noturna e conta ainda com sistema de auxílio à navegação NAV-Flir. Desde outubro de 2017, a frota de caças AMX é operada em forma de pool pelos dois esquadrões, ou seja, as mesmas aeronaves atendem as duas unidades.

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Título: Re: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: Vitor Santos em Dezembro 05, 2023, 01:35:02 pm
Título: Re: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: Vitor Santos em Dezembro 20, 2023, 10:31:31 pm
AMX e o seu poder de fogo

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O caça-bombardeiro AMX, um projeto desenvolvido por meio de um programa binacional entre o Brasil e a Itália nos anos 1980, resultou numa plataforma dedicada para as missões de ataque ao solo, apoio aéreo aproximado e reconhecimento tático com elevado poder de fogo, precisão na navegação e no ataque mesmo utilizando armamentos convencionais.

Além da letalidade, o AMX tem alcance para atingir alvos na profundidade do território inimigo e voltar em segurança para a sua base de origem mesmo tendo sofrido sérios danos estruturais.

Estando em operação na FAB desde 1989, talvez tenha sido a aeronave que mais teve armamentos e sensores integrados, alguns exclusivos, tornando-a única para o cumprimento desse tipo de missão especializada. Ao todo, o AMX pode transportar até 3,8 toneladas de carga em cinco pontos subalares e um ventral (desses, três podem ser equipados o “twin carrier pod”, um adaptador para levar duas cargas externas) e dois trilhos para mísseis na ponta das asas.

A foto abaixo mostra parte dos sistemas de armas integrados ao AMX.

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Ar-ar

O AMX é um caça-bombardeiro e isso significa que a sua missão é concentrada no ataque ao solo. Porém, o seu projeto prevê o uso de até dois mísseis ar-ar de curto alcance, guiado por calor, para fazer a sua autoproteção.

A variante usada pela Itália emprega os mísseis ar-ar AIM-9L Sidewinder, o primeiro “all-aspect” da família que podia engajar alvos de qualquer direção, incluindo frontalmente, diferente das versões anteriores que precisavam enquadrar o inimigo pela parte de trás para que o buscador do míssil fosse orientado pelo calor do motor

O Brasil decidiu integrar o projeto nacional MAA-1 Piranha (1), da antiga Mectron, um tipo de terceira geração. Na foto, também aparece o AIM-9B Sidewinder (2).

Ar -solo

Esse é o segmento em que o AMX da FAB mais possui armamentos.

Dos tipos convencionais, emprega as bombas da família Mk (81, 82, 83 e 84), de 119kg, 227kg, 454kg e 907kg, ou os tipos nacionais BAFG (bomba de baixo arrasto de fins gerais) 120, 230, 460 e 920 (128kg, 248kg, 452kg e 970kg, respectivamente). Na foto, a bomba Mk 82 (3).

Nos tipos nacionais, a FAB utiliza as Bombas de Freio Aerodinâmico (BFA) BFA-230/1 que possui aletas de arrasto com paraquedas integrado; BFA-230/2 apenas com paraquedas; e BFA-460 com paraquedas. Esses armamentos possibilitam o ataque a baixíssima altura, mas permitindo ao avião se evadir sem ser atingido pelos estilhaços da própria bomba. Casulo SUU-25 (4) para o lançamento de até oito flares iluminativos (4).

Bomba incendiária BINC-300 (5); Bomba Lança Granadas BLG-252 (6) de 324kg com 248 submunições de 750g cada; Bomba de Penetração BPEN 500 (“anti-bunker”) de 506kg; BPEN 1000 de 910kg; kit de guiagem Lizard II (7) para a BAFG 230; e Lizard II para BAFG 460kg.

As variantes não modernizadas utilizavam Bomba Antipista (BAPI) e lançadores Equipaer EQ-LMF-70/19 para 19 foguetes de 70mm.

Canhão interno

Dois canhões Israel Military Industries (IMI) Mk 164 (8), de munição 30mm (9) com 150 tiros em cada canhão.

O IMI Mk 164 é a versão israelense do DEFA 554, construída sob licença no Brasil pela Bernardini.

Tanques de combustível

O AMX pode levar dois tanques subalares de combustível de 580 litros (10) ou dois de 1.100 litros.

Treinamento

Pod SUU-20 (11) para até seis BEX-11 (11,3kg) ou seis BDU-33 (12) e quatro foguetes de 70mm.

Sensores


Rafael Litening III (13) laser designation pod para missões de designação de alvos; Rafael Reccelite (14) reconnaissance pod para missões de reconhecimento tático; e Rafael Skyshield (15) pod, de interferência eletrônica.

Anteriormente, o AMX empregou os sistemas de reconhecimento tático Pallet 2, Pallet 3, Gespi Reconnaissance Training Pod (RTP), Vicon 57, Koop e Pallet Vinten.

Observações

16- Twin carrier pod

17- Lançadores de chaff

18- Alvo para treinamento de tiro ar-solo

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Título: Re: AMX (A-1AM/BM)
Enviado por: Vitor Santos em Fevereiro 29, 2024, 05:31:03 pm