Ser-lhe-ei sincero, quanto à política Soviética de guerra naval nada sei, mas conheço-lhe bem os meios submarinos, bem como o que é a guerra debaixo de água, dificuldades impostas pela acústica no atlântico norte e mares que já não têm as mesmas características como é o do norte de França e inglaterra e mar Mediterrâneo.
Colocar navios a limpar águas de submarinos é para rir e logo esses. Ainda se fossem navios com motores electricos à semelhança dos nossos D.Carlos e Alm. Gago Coutinho que tinham a missão de rebocar towed-arrays nos mares do norte em busca de algo submarino, poderiam ter alguma eficácia.
Quanto a submarinos silenciosos, os americanos não tinham SSK's logo aí
Os mares são todos diferentes acusticamente falando e para cada perfil Sound Velocity (SV) existe uma maneira ou várias de actuar dependendo sempre da ameaça como é óbvio. Isto só para dizer que o USS Augusta viu-se "grego" para apanhar o Delfim ao Snorkel, e acredite que o Delfim fazia imenso barulho quando ao Snorkel (normal), ou seja mesmo sendo a presa mais ruidosa que o predador se ela se souber encobrir pode ser bastante difícil apanhá-la.
Espero que o texto esteja claro e não muito maçudo.
Até lhe agradeço a clareza.
Mas a doutrina de emprego de meios Navais soviética (e não russa) defendia a subordinação de todos esses meios ao objectivo de proteger os SSBN's.
É verdade que tenho algum conhecimento de como um submarino pode ser detectado ou escapar à detecção. Também sei que exercícios de frota contra um um SSK são muito bonitos para treinar, mas a realidade é que a SOSUS e o todos os planos para o GIUK GAP faziam com o trânsito de submarinos para o atlântico central fosse perigosa para as forças das URSS.
E a marinha soviética até poderia ter os Imperial Star Destroyers da Guerra das Estrelas (:lol: ) que isso não faria dela uma marinha Blue Water.
O que acontecia nos anos 80 e 90 é que os navios de apoio não estavam suficientemente desenvolvidos para suportar um frota fora de águas amigas.
Se reparar raros serão os cenário de guerra nessa altura que previam o ingresso da frota da URSS para o Atlântico Central.
De facto, acabariam, num cenário de guerra, por conquistar bases na Gronelândia Islândia e Noruega para suportar as suas forças de superfície.
Mas isto nos anos 80.
O que faz da US Navy, da Royal Navy e Marine Nacionale, não são os porta aviões nem os cruzadores, são os navios de apoio. Sem eles não vão longe. Nem têm capacidade para manter operações por muito tempo.
1 CVN Nimitz tem capacidade para 7 dias de operações de combate. sem apoio. Ou seja precisa de AOR, AKE etc...
A URSS tinha pouca ou quase nenhuma capacidade de o fazer num cenário de guerra nos anos 80.
Reafirmo dos anos 80, porque o gap tecnológico, nessa altura, também em termos de submarinos era grande...
E não havia nenhum AIP, mas existiam os SSK Upholder britânicos.
E a superioridade do Typhoon fica por provar ao resto do mundo, menos aos Los Angeles e San Juan que os perseguiam, à distância.
Histórias da Guerra Fria.
P.s. Se o Delfim tivesse a a ser "caçado" por umas Type 23 as coisas poderiam ser diferentes?