Economia Mundial

  • 194 Respostas
  • 39707 Visualizações
*

Clausewitz

  • Membro
  • *
  • 225
  • Recebeu: 245 vez(es)
  • Enviou: 291 vez(es)
  • +101/-25
Re: Economia Mundial
« Responder #105 em: Abril 03, 2020, 06:58:37 pm »
É também no que creio. Os Estados vão voltar a dominar os seus sectores que consideram vitais. Após isto também penso que a maiorias das sociedades europeias irá deitar no contentor do lixo da História estas ideias de mercado que nos deixaram neste ponto.
E depois de tudo o que os EUA têm feito, como a tentativa de ficar com o exclusivo da vacina a ser desenvolvida na Alemanha, ou o desvio dos EPI's que estavam destinados a França, tenho muitas dúvidas sobre com que capacidade de "soft-power" os EUA ficarão na Europa. A hostilidade das declarações de responsáveis políticos italianos, alemães ou franceses não deixa antever nada de brilhante.

França e não só. Pelo que podes ler nos artigos vez que os EUA compraram tudo o que havia, por isso haverá muitos mais países que já tinham comprado EPI a empresas Chinesas a ficar na mão.

https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/04/compra-em-massa-pelos-eua-cancelou-compras-de-equipamentos-para-o-brasil-diz-mandetta.shtml

https://oglobo.globo.com/sociedade/coronavirus-servico/compra-em-massa-dos-eua-china-cancela-contratos-de-importacao-de-equipamentos-medicos-no-brasil-diz-mandetta-24344790

É isto o capitalismo sem amarras e sem máscara.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: FoxTroop, legionario

*

legionario

  • Investigador
  • *****
  • 1463
  • Recebeu: 320 vez(es)
  • Enviou: 345 vez(es)
  • +233/-4507
Re: Economia Mundial
« Responder #106 em: Abril 04, 2020, 06:50:19 pm »
por Egon Von Greyerz

As crescentes dívidas nacionais e a impressão ilimitada de moedas são inevitáveis . Estamos a testemunhar não apenas o fim de um ciclo de 100 anos desde a criação da FED, mas também o final de um ciclo de 300 anos desde John Law e a bolha do Mississippi em 1716-20. Podemos até estar no final de um ciclo de 2.000 anos desde o Império Romano, mas apenas os futuros historiadores o determinarão.

Até agora, os bancos centrais de todo o mundo injetaram US $ 12 trilhões na impressão monetária. Além disso, os governos prometeram US $ 5.000 bilhões em estímulos fiscais ou cortes de impostos. Mas esses valores são apenas uma gota no oceano. Tomemos o exemplo de uma empresa como a Volkswagen. Atualmente tem uma perda operacional de US $ 2,2 bilhões por semana. Se multiplicarmos isso pelo número de fábricas e negócios em todo o mundo podemos imaginar que a necessidade de liquidez se transformará em centenas de bilhões de dólares quando o sistema financeiro implodir.

O fim do ciclo atual é típico. Existem bolhas por toda parte, grandes problemas na economia internacional com pressões economicas e financeiras, além de uma pandemia global, tudo isto ao mesmo tempo.

Se tomarmos o exemplo da FED, que cortou as taxas para zero e já aumentou o seu balanço em US $ 700 bilhões desde setembro de 2019, para atingir US $ 5,5 trilhões. Outros 2.000 bilhões foram injetados, e este é apenas o começo. Como lembrete, durante a crise de 2006-2009, o balanço da FED aumentou em apenas US $ 1.200 bilhões, atingindo US $ 2.000 bilhões em 2009. O balanço do FED provavelmente aumentará vários trilhões de dólares em próximas semanas.

Outro elemento da tempestade é o mercado físico de ouro. As três maiores refinarias de ouro do mundo interromperam a produção há uma semana. Elas estão localizadas no cantão de Ticino, na parte italiana da Suíça e produzem mais de 50% das barras de ouro do mundo. Devido ao coronavírus, essas refinarias estão fechadas até nova ordem por decisão do governo local em Ticino.

Como a demanda por ouro físico é sem precedentes e a oferta ou os estoques disponíveis são muito baixos, os mercados de ouro físico e ouro de papel poderão  dissociar-se  muito em breve. O ouro de papel em circulação é centenas de vezes maior que o ouro físico disponível. O mercado de ouro de papel pode entrar em colapso a qualquer momento. Se eu tivesse ouro em papel ou uma ETF em ouro (o que obviamente não é o meu caso), solicitaria a entrega na segunda-feira. O mercado de ouro de papel é uma ilusão completa, como a maioria dos mercados hoje. Não há valor subjacente. Em breve, o tempo mostrará que o mercado de ouro de papel é assente em areias movediças.

Para ser bem claro, o preço do ouro que aparece no ecran está completamente fora de sintonia com a realidade. Se conseguir comprar ouro, faça-o sem se preocupar com o preço de compra.
No que diz respeito à prata é ainda pior. Não há prata  disponível em grandes quantidades. Quaisquer que sejam as pequenas quantidades disponíveis, pode ter um prime de 100%.
 

*

legionario

  • Investigador
  • *****
  • 1463
  • Recebeu: 320 vez(es)
  • Enviou: 345 vez(es)
  • +233/-4507
Re: Economia Mundial
« Responder #107 em: Abril 05, 2020, 03:29:46 pm »
O proximo Plano Marshall sera chinês
Le journal economique,  Christian Aghroum

"...No final da Segunda Guerra Mundial, através do Plano Marshall, os Estados Unidos ajudaram a Europa, ao mesmo tempo que impulsionavam a sua economia de guerra, transformando-a numa economia de paz. Quem nos salvará nos proximos meses ? Estou convencido de que o próximo "Plano Marshall", após o Covid 19, não será americano ; ele será chinês ! Cabe a nós defender o nosso modelo de vida, o nosso modelo de sociedade e aprender todas as lições da crise pela qual estamos a passar.

Os americanos não vão ajudar os europeus desta vez ... a ajuda virá da Ásia. O modelo chinês fortalecido por ter adotado medidas drásticas que combinam senso coletivo, o medo do poder e uma política de regulação social baseada na exploração da Inteligência Artificial, não terminou de fascinar aqueles que buscam um novo modelo de sociedade. combinando capitalismo, paz social e autoridade.
Assim que a sua situação foi resolvida, a China ofereceu a sua ajuda em todas as direções. É um dos primeiros países a apoiar a Itália fortemente atingida pelo Covid 19.

Numa lógica de expansão natural, sem conflitos aparentes, ... a crescente importância da necessidade de usar tecnologias de informação e comunicação causadas pelo confinamento global aumentará a expectativa de acesso ainda mais fluida que apenas o 5G pode satisfazer. E quem domina 5 G no momento ? Não são os EUA, nem a Europa, mas a China.
Quem  beneficiará com a crise, convencido de que o Ocidente está nas garras do declínio moral e econômico ?..."

 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: FoxTroop, HSMW

*

HSMW

  • Moderador Global
  • *****
  • 12769
  • Recebeu: 3105 vez(es)
  • Enviou: 7611 vez(es)
  • +799/-1318
    • http://youtube.com/HSMW
Re: Economia Mundial
« Responder #108 em: Abril 05, 2020, 06:09:16 pm »


 :o
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

*

Daniel

  • Investigador
  • *****
  • 3136
  • Recebeu: 417 vez(es)
  • Enviou: 208 vez(es)
  • +645/-8604
Re: Economia Mundial
« Responder #109 em: Abril 06, 2020, 04:40:17 pm »

Documentário de um canal de televisão portuguesa, imperdível.
Minuto 3:57 diz ele, Lançaremos uma reforma do sistema de governação global.

Isto em 2017 ainda assim o mundo continua a fazer negócios com a China. :bang: A cada dia que passa gosto mais do Costa.
« Última modificação: Abril 06, 2020, 05:28:27 pm por Daniel »
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4292
  • Recebeu: 2419 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7369/-4444
Re: Economia Mundial
« Responder #110 em: Abril 06, 2020, 05:32:53 pm »

Documentário de um canal de televisão portuguesa, imperdível.
Minuto 3:57 diz ele, Lançaremos uma reforma do sistema de governação global.
Isto em 2017 ainda assim o mundo continua a fazer negócios com a China. :bang:

Muito provavelmente quando refere à mudança de governação global, está a referir-se por exemplo ao FMI-IMF e Banco Mundial, nos quais a Europa e os Estados Unidos negoceiam entre si quem manda no quê, enquanto o resto do mundo não tem uma palavra sobre o assunto.

E em relação à ONU, é bom recordar que o Conselho de Segurança tem apenas 5 potências que saíram vencedoras da II Guerra Mundial, quando existem outros países muito mais relevantes que por exemplo a França e o Reino Unido (Alemanha e Japão por exemplo). Mas neste caso acho que a China quer é um Conselho de Segurança só com 3 países: Os EUA, a China e os amigos Russos e dessa forma passariam a ter sempre maioria em quase todos os assuntos que não exigisse a unanimidade!

Sobre o poderio chinês, já alertei por diversas vezes que o objectivo chinês é muito claramente de domínio mundial, ninguém tenha  a menor dúvida. E se neste momento ainda não estão, militarmente, ao nível dos EUA, é só uma questão de tempo, ao ritmo que cresce a China em comparação com os EUA......
« Última modificação: Abril 06, 2020, 05:35:06 pm por Viajante »
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: FoxTroop, HSMW

*

Daniel

  • Investigador
  • *****
  • 3136
  • Recebeu: 417 vez(es)
  • Enviou: 208 vez(es)
  • +645/-8604
Re: Economia Mundial
« Responder #111 em: Abril 07, 2020, 10:29:42 am »
Desemprego. Cenário negro em todo o mundo com taxas a disparar
https://ionline.sapo.pt/artigo/691910/desemprego-cenario-negro-em-todo-o-mundo-com-taxas-a-disparar?seccao=Dinheiro_i

Citar
Só nos Estados Unidos, mais de 10 milhões perderam o emprego em duas semanas. Europa não escapa à tendência e taxa de desemprego continua a aumentar. Em Portugal, maioria das empresas em layoff deverão mais tarde entrar em insolvência, segundo os economistas ouvidos pelo i.O atual cenário da taxa de desemprego é desanimador e não vai parar de aumentar em consequência do impacto do novo coronavírus. Os economistas contactados pelo i admitem, no entanto, que tudo depende de quanto tempo vai durar a quarentena em cada país. Portugal não vai ficar alheio a esta tendência e, apesar de muitas empresas terem entrado em layoff, acreditam que o caminho seguinte será a insolvência.

Mas os números falam por si. Só nos Estados Unidos dez milhões perderam o emprego em 15 dias no espaço de duas semanas e vários economistas já falam num verdadeiro tsunami no mercado laboral. Feitas as contas, o número de novos desempregados nos EUA equivale a toda a população de Portugal. O primeiro recorde já tinha sido batido na semana anterior, com 3,2 milhões de novos pedidos de subsídio.

Certo é que estes números ganham um novo fôlego em relação ao que era registado antes da pandemia, os EUA registavam cerca de 200 mil novos pedidos por semana há pelo menos um ano.

Tiago Cardoso, analista da Infinox, acredita que “estes números vão subir semana a semana” e acredita que a taxa de desemprego no mercado norte-americano irá rapidamente atingir entre os 20 e os 30%”. Mas nem tudo são más notícias. De acordo com o responsável, “assim que a economia começar a recuperar rapidamente os desempregados irão ser absorvidos”. diz ao i.

Já João Duque defende que “muitos trabalhadores norte-americanos que agora se sentem desprotegidos rapidamente irão voltar ao mercado de trabalho, assim que a economia se sentir a recuperar”, diz ao i

Também a Europa não escapa à crise do desempego. A Espanha é para já um dos países mais afetados. Os centros de emprego espanhóis registaram 302 mil novas inscrições em março em relação ao mês anterior e, ao mesmo tempo, o número de trabalhadores a pagar contribuições sociais também baixou de forma significativa.

A Segurança Social da quarta maior economia da zona euro perdeu, num mês, mais de 800 mil contribuintes. A 31 de março, tinha 18.445.436 registos, menos 833.979 do que no último dia de fevereiro. A taxa de desemprego saltou para 9,3%, no mês passado.

O mesmo cenário repete-se em França. A ministra do Trabalho, Muriel Pénicaud, diz que quase um quinto da força de trabalho foi afetada: “337 mil empresas fizeram o pedido de apoio, a grande maioria são pequenas empresas. E estas candidaturas representam 3,6 milhões de funcionários”.

Ainda não são conhecidos os últimos dados de Itália, mas de acordo com os economistas contactados pelo i o “cenário será devastador”.

Na Áustria, o número de desempregados também atingiu níveis recorde desde o fim da 2ª Guerra por covid-19. Mais de 504 mil pessoas ficaram desempregadas, um aumento de 52,2% em relação a fevereiro.

De acordo com Tiago Cardoso os olhos estão postos na Suécia. Apesar de já terem registado mais de 300 mortes e 6 mil casos de covid-19 no país, as fronteiras continuam abertas e as crianças continuam a ir à escola – fecharam apenas os secundários e as universidades. Foram proibidos eventos com mais de 50 pessoa e só às pessoas com mais de 70 anos é que foi pedido que evitem contacto social.

E Portugal?

A perspetiva não é animadora. Para Tiago Cardoso, a maioria das empresas que recorreu a layoff não voltará a abrir portas e deverá avançar mais tarde para a insolvência. Uma opinião partilhada por Luís Duque ao admitir que muitas dessas empresas “ao não terem receitas, mais cedo ou mais tarde, irão fechar as portas”, refere o o economista ao i. “A recuperação irá ser muito lenta nas empresas portuguesas e, mesmo os trabalhadores que estão atualmente em layoff irão mais tarde para o fundo de desemprego”, diz João Duque.

De acordo com os últimos dados do Ministério do Trabalho, quase 32 mil empresas portuguesas já se candidataram ao layoff simplificado, mecanismo de salvaguarda dos postos de trabalho posto em prática para apoiar as empresas durante a pandemia de covid-19.

O número de trabalhadores por conta de outrem declarado em fevereiro pelo conjunto das 31.914 empresas candidatas ao layoff corresponde a um universo de 552 mil trabalhadores.

A maioria das empresas candidatas ao apoio laboram nas áreas de alojamento e restauração, reparação de veículos e indústrias transformadoras, especifica-se no documento, que refere ainda que a maior parte dos pedidos surge de microempresas, com 10 ou menos trabalhadores (cerca de 74%), e de pequenas empresas, com menos de 50 trabalhadores (cerca de 20%).

Tendo em conta as zonas geográficas, a maioria dos pedidos surge em Lisboa e Porto, que, juntos, somam quase 14 mil, dividindo-se os restantes por Braga, Aveiro e Faro.

Em março, de acordo com o Ministério de Ana Mendes Godinho, foram comunicados 59 processos de despedimento coletivo (face aos 36 declarados em fevereiro), abrangendo 843 trabalhadores. Recorde-se que os números oficiais de desemprego relativos a março serão conhecidos a 20 de abril, adiantando que “os dados preliminares apontam para um aumento marginal”, face aos dados de fevereiro, com mais “cerca de 28 mil pessoas desempregadas”, aumentando o número total para cerca de 320 mil pessoas.
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4292
  • Recebeu: 2419 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7369/-4444
Re: Economia Mundial
« Responder #112 em: Abril 07, 2020, 12:05:59 pm »
Desemprego. Cenário negro em todo o mundo com taxas a disparar
Em Portugal, maioria das empresas em layoff deverão mais tarde entrar em insolvência, segundo os economistas ouvidos pelo i

Infelizmente desconfio que é isso mesmo que vai acontecer!

Não estou a ver que uma empresa em layoff (sem quaisquer receitas), vai aguentar pagar 2/3 dos salários e mais tarde é reembolsado pela Segurança Social em 1/3, continuar a receber contas da luz, de rendas, leasings e com os fornecedores à perna (uma empresa com pagamentos a 60 dias e já estou a ser muito simpático, nesses meses de layoff vai ter os fornecedores a chatear que as facturas já estão muito atrasadas), como é que vai arrancar do zero, com os cofres vazios e com a procura sabe Deus como é que vai estar quando abrir portas!?!?!?

Ou são criadas mais medidas, ou as dívidas que essas empresas vão acumular (recordo que uma empresa para recorrer ao layoff tem de estar totalmente encerrada!) nestes meses vão afogá-las!!!!!!

Vejo uma boa alternativa para as empresas abrirem as portas, por exemplo o Estado e as empresas públicas de refinanciamento (Norgarante, Lisgarante, etc), garantirem empréstimos às empresas de montante equivalente a 6 a 12 meses de laboração (até podem pegar nas contas das empresas de 2019) a pagar em 4 a 8 anos e prazo de carência até ao fim deste ano.

Para já, em números redondos, entraram em layoff 35 000 empresas e abrange 600 000 trabalhadores, se cada um custar 1 100€, estamos a falar de 660 milhões de euros por mês!!!!! A Segurança Social vai devolver...... não se sabe quando, 330 milhões por mês!!!!! E o resto das despesas?
 

*

miguelbud

  • Analista
  • ***
  • 763
  • Recebeu: 38 vez(es)
  • Enviou: 29 vez(es)
  • +13/-1
Re: Economia Mundial
« Responder #113 em: Abril 07, 2020, 11:09:45 pm »
Tem de se suspender a TSU para as empresas durante um ano e adiar o pagamento do IVA para o segundo semestre. Diferir as rendas para o segundo semestre send o periodo em falta pago em prestaçoes.

O problema é que os mercados para onde exportamos sao os mais impactados e a retoma vai demorar e muito.

 
 

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1845
  • Recebeu: 669 vez(es)
  • Enviou: 389 vez(es)
  • +336/-6301
Re: Economia Mundial
« Responder #114 em: Abril 10, 2020, 03:23:18 pm »

Documentário de um canal de televisão portuguesa, imperdível.
Minuto 3:57 diz ele, Lançaremos uma reforma do sistema de governação global.
Isto em 2017 ainda assim o mundo continua a fazer negócios com a China. :bang:

Muito provavelmente quando refere à mudança de governação global, está a referir-se por exemplo ao FMI-IMF e Banco Mundial, nos quais a Europa e os Estados Unidos negoceiam entre si quem manda no quê, enquanto o resto do mundo não tem uma palavra sobre o assunto.

E em relação à ONU, é bom recordar que o Conselho de Segurança tem apenas 5 potências que saíram vencedoras da II Guerra Mundial, quando existem outros países muito mais relevantes que por exemplo a França e o Reino Unido (Alemanha e Japão por exemplo). Mas neste caso acho que a China quer é um Conselho de Segurança só com 3 países: Os EUA, a China e os amigos Russos e dessa forma passariam a ter sempre maioria em quase todos os assuntos que não exigisse a unanimidade!

Sobre o poderio chinês, já alertei por diversas vezes que o objectivo chinês é muito claramente de domínio mundial, ninguém tenha  a menor dúvida. E se neste momento ainda não estão, militarmente, ao nível dos EUA, é só uma questão de tempo, ao ritmo que cresce a China em comparação com os EUA......

A China está simplesmente a voltar a ocupar o lugar que teve durante provavelmente milénios até ao Sec. XVIII. A de maior potencia económica mundial e isso, trás atrelado consigo, a capacidade militar. Qualquer nação faria o mesmo que a China estando na situação deles, é esse o jogo das Nações, foi esse o jogo que temos jogado desde as primeiras civilizações e não vai mudar agora.

Podemos é questionar-nos até que ponto este ressurgimento chinês tem mais a ver com a capacidade chinesa ou com nossa classe politica de oportunistas sem visão de Estado, com a lassidão e ignorância em busca de lucro fácil das nossas elites e a dormência dos nossos povos ocidentais.
 

*

Daniel

  • Investigador
  • *****
  • 3136
  • Recebeu: 417 vez(es)
  • Enviou: 208 vez(es)
  • +645/-8604
Re: Economia Mundial
« Responder #115 em: Abril 14, 2020, 08:02:33 pm »
O “Grande Confinamento”. FMI estima que esta seja a pior recessão desde a Grande Depressão de 1929
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/fmi-o-grande-confinamento-vai-causar-uma-recessao-mundial-de-3-em-2020

Citar
O FMI, que pela expressão da sua economista-chefe, Gita Gopinath, apelidou o atual momento de recolhimento devido à pandemia de covid-19 de “Grande Confinamento”, assinala que a quebra de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial é algo “muito pior” do que aconteceu na “Grande Recessão” de 2008 e 2009.

“É muito provável que este ano a economia mundial vá viver a sua pior recessão desde a Grande Depressão [de 1929], ultrapassando aquela vista durante a crise financeira global de há uma década”, pode também ler-se na nota de entrada do relatório escrita por Gita Gopinath.
A recessão de 3% prevista pela instituição sediada em Washington tem como base um cenário que “assume que a pandemia desvanece na segunda metade de 2020 e que os esforços de contenção podem ser gradualmente relaxados”, de acordo com o relatório do FMI.

Nesse cenário, “é projetado que a economia cresça 5,8% em 2021, à medida que a atividade económica normaliza, ajudada pelo apoio de políticas”.
“É assumido que as disrupções estejam sobretudo concentradas no segundo trimestre de 2020 para quase todos os países exceto a China (onde estiveram no primeiro trimestre), com uma recuperação gradual depois, à medida que a economia tem algum tempo para aumentar a produção depois do choque”, segundo o FMI.

No entanto, “há uma incerteza extrema à volta das projeções para o crescimento mundial”, já que “a quebra económica depende de fatores que interagem de maneiras que são difíceis de prever”.

A instituição liderada por Kristalina Georgieva destaca como esses fatores a ter em conta “os caminhos da pandemia, a intensidade e eficácia dos esforços de contenção, a extensão das disrupções na oferta, as repercussões do aperto dramático das condições nos mercados financeiros mundiais, mudanças nos padrões de despesa, mudanças de comportamentos (como pessoas evitarem centros comerciais ou transportes públicos), efeitos na confiança, e os preços voláteis das matérias-primas”.

Caso as paragens na atividade económica sejam persistentes, as “medidas orçamentais terão de ser aumentadas”, segundo o FMI, que assinala que “estímulos orçamentais de base alargada podem evitar um declínio mais acentuado na confiança, aumentar a procura agregada, e mesmo evitar uma queda mais profunda”.

“Mas provavelmente seriam mais eficazes, uma vez finalizado o surto, e quando as pessoas se puderem mover livremente”, pode ler-se no documento hoje conhecido.

Mais à frente no documento, o FMI defende que “as medidas de contenção adiantadas são essenciais para abrandar a disseminação do vírus e permitir aos sistemas de saúde aguentarem, abrindo caminho para um recomeço antecipado e robusto da atividade económica”.

“A incerteza e uma procura reduzida de serviços poderia ser ainda pior num cenário de maior disseminação [do vírus] sem distanciamento social”, alertam os economistas do fundo.

O FMI destaca como considerações chave para o entendimento da crise associada à pandemia de covid-19 “a natureza do choque”, diferente de todos os anteriores, os “canais de amplificação” da crise para vários setores da economia, incluindo os mercados financeiros, “indicações antecipadas de uma quebra económica severa”, a “descida acentuada nos preços das matérias-primas”, com os mercados de ‘futures’ a indicar que o preço do petróleo ficará abaixo dos 45 dólares até 2023, e ainda “condições de financiamento mais apertadas” nos mercados financeiros, em parte compensadas pelas atuações dos bancos centrais.

O documento do FMI aborda ainda outros três cenários sem ser o base, e no primeiro, no caso de um surto pandémico maior em 2020 e com uma repetição em 2021, a quebra a nível mundial iria para perto de 8% abaixo do cenário base em 2021, de acordo com um gráfico apresentado no relatório.

No caso de um novo surto em 2021, o recuo seria de pouco mais de 4% nesse ano abaixo do cenário base, e no caso de uma reação mais lenta ainda em 2020, com condições de financiamento mais apertadas e prémios de risco maiores em economias emergentes, o desvio negativo face ao cenário base andaria perto dos 3%.

Em 2020, o FMI prevê uma quebra de 11,5% nas importações nas economias avançadas (nas quais se inclui Portugal) e de 8,2% nas emergentes, e de 12,8% nas exportações nas avançadas e 9,6% nas emergentes.

Quanto ao preço do barril de petróleo, deverá baixar 42 dólares em 2020 (depois da redução de 10,2 em 2019), subindo depois 6,3 dólares em 2021.

Previsões país a país e na Zona Euro

Portugal

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma recessão de 8,0% da economia portuguesa e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020, devido à pandemia de covid-19, de acordo com as Perspetivas Económicas Mundiais hoje divulgadas.

A única referência a Portugal nas Perspetivas Económicas Mundiais (‘World Economic Outlook’) hoje divulgadas, intituladas “O Grande Confinamento”, encontra-se na tabela em que o FMI prevê uma queda de 8,0% do Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal em 2020 e uma taxa de desemprego de 13,9%, juntamente com uma deflação de 0,2% e um saldo da conta corrente positivo em 0,3% do PIB.

Para 2021 o cenário inverte-se, com a instituição liderada pela búlgara Kristalina Georgieva a apontar para uma recuperação de 5,0% do PIB, uma taxa de desemprego de 8,7%, uma inflação de 1,4% e um saldo da conta corrente a voltar para o negativo, nos 0,4% do PIB.

Em 2019, o crescimento do PIB foi de 2,2% e a taxa de desemprego foi de 6,5%.

Estas são as primeiras previsões para Portugal de uma instituição internacional no âmbito da pandemia de covid-19, e seguem-se às do Banco de Portugal (BdP), que, em 26 de março, estimou uma queda do PIB nacional de 3,7% num cenário base e de 5,7% num adverso.

No que concerne ao desemprego, os economistas do banco central projetaram uma taxa de desemprego de 10,1% em 2020, no cenário base, e de 11,7% no adverso.

Para 2021, o BdP apontava para um crescimento de 0,7% do PIB no cenário base e 1,4% no adverso, e quanto ao desemprego o banco central estima uma taxa de 9,5% no cenário base e 10,7% no adverso.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou na segunda-feira que as estimativas do Governo apontam para uma queda de 6,5% do PIB anual por cada 30 dias úteis em que a economia esteja paralisada devido à covid-19.

Questionado sobre se a queda do PIB poderá este ano atingir os dois dígitos, devido ao travão à atividade económica imposto pelo surto de covid-19, o ministro das Finanças admite que no conjunto do ano poderá não se atingir valores dessa magnitude, mas avisou que a queda homóloga no segundo trimestre será "com certeza de quatro a cinco vezes o máximo que alguma vez o PIB caiu num trimestre”.

Esse máximo, precisou, foi uma queda de 4,3% registada em 2012.

Alemanha

A economia alemã deverá cair 7,0% em 2020 devido à pandemia de covid-19, mas a taxa de desemprego deverá continuar abaixo dos 4% até 2021, segundo as Perspetivas Económicas Mundiais hoje divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com os números hoje conhecidos, o FMI estima que depois de uma recessão de 7,0% em 2020, a economia germânica volte a ‘terreno’ positivo em 2021, com um crescimento de 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) real. Em 2019, a economia alemã cresceu 0,6%.

Relativamente ao desemprego, a maior economia da zona euro apresenta os números mais favoráveis relativamente aos seus parceiros europeus, já que a taxa que em 2019 ficou nos 3,2%, deverá ascender aos 3,9% em 2020, recuando para os 3,5% em 2021.

A inflação, que em 2019 foi de 1,3%, tal como a francesa, voltará a acompanhar o ritmo do seu vizinho ocidental, descendo para 0,3%, mas em 2021 subirá para os 1,2%, acima dos 0,7% projetados pelo FMI para França.

Zona Euro

A zona euro deverá registar uma recessão de 7,5% em 2020, e a União Europeia de 7,1%, devido à pandemia de covid-19, de acordo com as Previsões Económicas Mundiais hoje divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo os números do FMI, depois de um crescimento de 1,1% em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro, composto pelos 19 países da União Europeia que usam a moeda única, deverá recuar 7,5% em 2020, crescendo 4,7% em 2021.

Com os efeitos económicos da pandemia de covid-19, o desemprego na área do euro deverá subir para os 10,4%, de acordo com as projeções do FMI, um número acima dos 7,6% registados no ano passado e da recuperação para 8,9% projetada para 2021.

Já a inflação, que foi de 1,2% em 2019, baixará para os 0,2% como efeito da crise neste ano, mas recuperará para os 1,0% em 2021, de acordo com os números hoje divulgados pelo FMI.

No seu todo, a economia da União Europeia (composta por 27 países, depois da saída do Reino Unido em 01 de fevereiro), deverá contrair-se em 7,1% em 2020, depois de um crescimento de 1,7% em 2019.
De acordo com o FMI, em 2021 o crescimento do PIB da União Europeia será de 4,8%.

China

A China, país de origem da pandemia de covid-19 e que teve parte da sua atividade económica suspensa no primeiro trimestre do ano, deverá escapar à recessão em 2020, crescendo 1,2%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Depois de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,1% em 2019, em 2020 o país deverá registar um crescimento de 1,2% e de 9,2% em 2021, de acordo com as Perspetivas Económicas Mundiais hoje divulgadas.

A China sentiu os efeitos da covid-19 no primeiro trimestre do ano, sobretudo na província de Hubei (centro), onde se originou o surto (na cidade de Wuhan), obrigando ao encerramento parcial da sua atividade económica.

Segundo os números do FMI, a taxa de inflação não deverá sofrer grandes alterações, já que dos 2,9% registados em 2019 passa para 3,0% este ano e 2,6% em 2021.

A nível de desemprego, a taxa deverá subir dos 3,6% registados em 2019 para os 4,3% em 2020, descendo posteriormente para os 3,8% em 2021.

Os chinocas como sempre são o único país que vai escapar a recessão em 2020 crescendo mesmo 1,2%, e  9,2% já em 2021. :snipersmile: toca a comprar o resto que falta.
 

*

legionario

  • Investigador
  • *****
  • 1463
  • Recebeu: 320 vez(es)
  • Enviou: 345 vez(es)
  • +233/-4507
Re: Economia Mundial
« Responder #116 em: Abril 17, 2020, 07:36:23 am »
O fim da era do dolar ?

Duvido que os Estados Unidos consigam manter a hegemonia do dólar a longo prazo, por várias razões.

Primeiro, é improvável que os Estados Unidos consigam provar que possuem as 8.000 toneladas de ouro que afirma ter.

Segundo, a China e a Rússia nunca aceitarão que os Estados Unidos, infestados de dívidas, continuem no controle da moeda de reserva. Um país com 60 anos de déficits reais, 45 anos de déficits comerciais e pelo menos US $ 200 trilhões em dívidas e passivos não financiados não merece ter a moeda de reserva mundial.

MOEDA PREDOMINANTE NO COMERCIO GLOBAL DESDE 1450

PORTUGAL    1450/1530      80 ANOS
ESPANHA       1530/1640    110 ANOS
HOLANDA      1640/1720     80 ANOS
FRANCA          1720/1815     95 ANOS
GBR                 1815/1920    105 ANOS
USA                 1921 /  ...
nenhuma moeda é eterna.
« Última modificação: Abril 18, 2020, 07:32:51 am por legionario »
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: FoxTroop

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1845
  • Recebeu: 669 vez(es)
  • Enviou: 389 vez(es)
  • +336/-6301
Re: Economia Mundial
« Responder #117 em: Abril 17, 2020, 06:08:57 pm »
O fim da era do dolar ?

Duvido que os Estados Unidos consigam manter a hegemonia do dólar a longo prazo, por várias razões.

Primeiro, é improvável que os Estados Unidos consigam provar que possuem as 8.000 toneladas de ouro que afirma ter.

Segundo, a China e a Rússia nunca aceitarão que os Estados Unidos, infestados de dívidas, continuem no controle da moeda de reserva. Um país com 60 anos de déficits reais, 45 anos de déficits comerciais e pelo menos US $ 200 trilhões em dívidas e passivos não financiados não merece ter a moeda de reserva mundial.

O fim da era do USD foi o estouro de 2008. Desde aí os EUA apenas mantiveram o estatuto de superpotência incontestável a nível militar e mesmo esse foi perdido quando os iranianos os esbofetearam na cara à frente do mundo inteiro.

Desde 2008 que cada vez mais contractos são firmados e transacionados em outras moedas que não o USD.
« Última modificação: Abril 17, 2020, 06:09:59 pm por FoxTroop »
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: legionario

*

legionario

  • Investigador
  • *****
  • 1463
  • Recebeu: 320 vez(es)
  • Enviou: 345 vez(es)
  • +233/-4507
Re: Economia Mundial
« Responder #118 em: Abril 17, 2020, 06:25:36 pm »
Mesmo.  O que mantém a supremacia do dolar é a supremacia militar dos EUA.  Se as frotas americanas forem atingidas da mesma maneira que o porta-aviões francês Charles de Gaulle e tiverem que regressar à base, com as tripulações infectadas, vai ser bonito.

A Europa neste momento encontra-se numa situação de grande vulnerabilidade sob todos os pontos de vista, principalmente economico e militar.  Se os chinocas pôem em pratica os ensinamentos de Sun Tzu... :D

Por ca, o nosso governo ja se apercebeu da situação e resolveu criar uma reserva militar   ... que não se esqueça tambem de reactivar a indutria de armamento para armar e municiar os guerreiros  c56x1

DN de ontem :
O governo está a preparar um diploma para definir a criação de uma reserva de portugueses, com idades entre os 18 e os 35 anos, que possam ser alvo de um "recrutamento excecional" em caso de necessidade. Será igualmente constituída uma "reserva de disponibilidade" para quem cumpriu serviço militar, durante seis anos após o fim dessa prestação. O despacho, a que o DN teve acesso, foi assinado pelo ministro da Defesa Nacional na terça-feira.

A ARTE DA GUERRA, segundo Sun Tzu :

VI Cheio e vazio
As oportunidades estratégicas que devem ser aproveitadas são as  aberturas que o inimigo cria em resposta às diferentes pressões exercidas sobre ele ...

XIII. Concórdia e discórdia
O uso intensivo da espionagem é a maneira mais segura de explorar os cinco tipos de discórdia : discórdia nas cidades e aldeias, ou como unir populações que estão sob o domínio do inimigo ; discórdia externa ou como empregar oficiais inimigos ; discórdia entre inferiores e superiores  ou como semear desconfiança nas fileiras opostas ; discórdia da morte ou como enviar ao inimigo informações falsas sobre o estado de nosso exército ; discórdia da vida, ou como pagar os inimigos que desertam para se colocar ao nosso serviço.
« Última modificação: Abril 17, 2020, 06:43:09 pm por legionario »
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: HSMW

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1845
  • Recebeu: 669 vez(es)
  • Enviou: 389 vez(es)
  • +336/-6301
Re: Economia Mundial
« Responder #119 em: Abril 20, 2020, 03:52:15 pm »
https://markets.businessinsider.com/news/stocks/stock-market-news-today-index-reaction-oil-crash-tech-earnings-2020-4-1029107686

https://www.bloomberg.com/energy

Numa troca de ideias e pontos de vista com o caro Viajante no tópico sobre a economia nacional, tinha já afirmado que a diferença de + de 50% entre o WTI e o Brent indicava que a economia americana estava em colapso. Hoje essa diferença atingiu os ~250%

Os americanos vão fugir para a frente e estão a preparar a maior golpada de sempre nos mercados, sendo impossível calcular o impacto que vai ter.
O que sei é que os franceses já se estão a descartar e, se os alemães seguirem o mesmo caminho, poderemos afirmar que a Europa mandou os EUA ir dar a volta ao bilhar grande e se está a preparar para trilhar o seu caminho.
O período de transição entre o fim da era de predomínio do USD que se iniciou em 2008 está agora prestes a ter o seu apogeu. Depois disto serão os solavancos "normais" do ajustamento a uma nova era.
« Última modificação: Abril 20, 2020, 03:54:12 pm por FoxTroop »