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Conflitos => Conflitos do Futuro => Tópico iniciado por: Luso em Janeiro 25, 2004, 03:04:06 pm

Título: Do futuro de Portugal
Enviado por: Luso em Janeiro 25, 2004, 03:04:06 pm
Acabo de ler a entrevista do Expresso deste fim de semana ao José Manuel de Mello em que a frase sonante deste indivíduo é "Façamos a Ibéria". Há que lembrar que esta personagem é um daqueles que integraram o Grupo dos 40 que estavam preocupados com o futuro da Nação (como o Champaulimaud e o garoto da Somague).
Agora, passado um par de anos desde a assinatura desse manifesto, vem esta... criatura, dizer para nos safarmos, juntando-nos a Espanha.

Pois é, meus amigos. Não queriram mal aos Espanhóis, porque eles estão fortes e saudáveis, e a sua vontade expansionista é perfeitamente natural. Portanto não lhes queiram mal e tratem-nos honradamente. - Se vierem por bem!

O problema são os traidores. Estes e os eleitos que minam continuamente o país com a sua incompetência.
Nenhum partido serve. Nenhuma referência existe.

O que eu pretendo com isto? O que é que eu pretendo de vocês que se indignam com esta situação?

Preparem-se para a luta!

Todos os sinais apontam para a morte de Portugal como nação por traição de uma série de reles merceeiros.
Não contem com as forças armadas: a maior parte deles são mercenários ignorantes e bêbados. Eu conheço-os!
Aos verdadeiros militares para quem o juramento de bandeira diz alguma coisa, preparem-se! E preparem-nos! Ensinem-nos!
Quanto aos outros: treinem. Estudem. Não comprem produtos e serviços aos traidores! Marquem os derrotistas e os vendilhões!
E protejam-se do desânimo!

Já agora: há que pensar noutra bandeira. Esta que nós temos agora representa apenas a decadência.
Título:
Enviado por: komet em Janeiro 25, 2004, 05:09:30 pm
Pois é meu amigo Português, alguém quem dissesse tal barbaridade comigo no poder não merecia sequer o ar que respira, nem sequer pisar o solo sagrado que é o nosso país. Muita coisa tem que mudar e talvez as pessoas só vão abrir os olhos tarde demais, toda a imprensa e comunicaçao social está controlado por pessoas que defendem utopias e ideais mortos... acho que somos muito poucos os que já se aperceberam desta desgraça de rumo político...

"SIM à Europa, NÃO a Bruxelas"

Citar
JOSÉ Manuel de Mello, que liderava a CUF no 25 de Abril e hoje controla o grupo Mello, está muito pessimista quanto ao futuro de Portugal. Sarcástico e sem ver saída para os portugueses - «talvez sermos arrumadores de carros», diz - defende que «devíamos dividir Portugal em duas ou três regiões e fazer um país novo, juntando-nos rapidamente a Espanha».
in www.Expresso.pt (http://www.Expresso.pt)
Título:
Enviado por: papatango em Janeiro 25, 2004, 06:20:11 pm
Li ontem essa peça do Expresso.

Acho que é uma pedrada no charco embora não esteja de acordo com as conclusões.

A realidade é que a miséria das elites portuguesas nos fez chegar a isto. No entanto, não é verdade que estejamos asim numa situação tão dramática.

Esta situação tem infelizmente paralelos históricos. Em 1580, também uma corja de parasitas e funcionários públicos improdutivos (nobres) também acharam o Iberismo uma coisa boa, especialmente porque íam aumentar o dinheiro das suas nobres carteiras.

Hoje, alguns dos nossos empresários, gananciosos como sempre, e analfabetos como nunca, fazem exactamente o mesmo. O problema, é que a Espanha atravessa um período de crescimento económico. Quando as coisas começarem a ficar pretas, e os directores entretanto contratados começarem a ser postos na rua, porque já não servem para nada, aí vão ver essa corja de imprestáveis, a voltar para Portugal, a cantar o hino nacional e a dizer que afinal se tinham enganado. Sempre foi assim, a historia acaba sempre por se repetir. E a vantagem de sermos um país antigo, é que já vimos todos este filme.

Acho no entanto que devemos manter a serenidade. Portugal existe não porque a nossa elite (normalmente traidora) queira, mas porque sempre houve uma vontade popular que a fez existir.

Este tipo de declarações, tem no entanto a vantagem de abanar as consciências, e despertar gente adormecida.

Pessoalmente acho que o estão a conseguir.

Torna-se igualmente evidente, que grande parte dos nossos problemas não são provocados pelos nossos traidores de trazer-por-casa, mas também pela nossa dificuldade em alterar o país (como dizia o Expresso esta semana) em trinta anos. Também não adianta entrar em algum fernesim anti-castelhano.



Cumprimentos

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.terravista.pt%2Fnazare%2F1951%2Fpadeira.jpg&hash=d27114e89370da8b960865694c3de183)
 :mrgreen:
Título: Leiam este artigo
Enviado por: Luso em Janeiro 29, 2004, 02:49:39 pm
Meus amigos, peço-lhes que leiam este artigo. A coisa vai. Um abraço ao Camaleão!

http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... ?id=164953 (http://www.portugaldiario.iol.pt/noticias/noticia.php?id=164953)
http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... _id=164953 (http://www.portugaldiario.iol.pt/noticias/noticia.php?id=164957&art_id=164953)
Título: Do futuro de Portugal
Enviado por: Tiger22 em Janeiro 30, 2004, 07:35:28 pm
Caro Luso:

Concordo com tudo aquilo que diz, mas há dois pontos com os quais tenho que discordar.
Quando refere que a maior parte dos membros das forças armadas são aquilo que menciona tenho que discordar. Também as conheço e tenho a certeza que o grupo que refere é uma minoria. Principalmente entre oficias e sargentos existe um elevado amor à pátria, bandeira, e ao país em geral.
O segundo ponto de que discordo é em relação a Bandeira. Penso que é um dos nossos símbolos mais emblemáticos e representativos que representa só por si, a unidade e o amor por um país chamado Portugal.
Quanto ao resto totalmente de acordo consigo. Façamos um boicote aos artigos, produtos e serviços oferecidos pelas empresas dessa “gentinha”, verão como tudo muda…
Quanto as declarações do senil… depois de ler a entrevista só pude  :rir:  :rir:
Mas há muitos mais… a esses só lhes dou um conselho: se não estão bem mudem-se!!!
As fronteiras estão abertas.
Portugal, não tenho a menor dúvida, assistira a morte de muitos países (algums dos quais citados por essas personagens), e ao nascimento de muitos outros, mas este país, como já o demonstrou ao longo da história, é ETERNO.
Título:
Enviado por: papatango em Janeiro 30, 2004, 07:44:04 pm
Boicote ?

Mas boicote ao quê?

E vamos boicotar quais espanhois?

Vamos boicotar as empresas  bascas, as galegas, as catalãs ou as castelhanas?

Vamos colocar tudo no mesmo saco ?

Desculpem-me mas acho que isso é um disparate.

Em primeiro lugar, há que notar que as empresas espanholas também dão emprego a portugueses, e infelizmente temos que reconhecer que chegam a tratar os portugueses melhor que muita empresa portuguesa que por aí há.

Depois sería necessário considerar uma acção de retaliação.
Sim, retaliação... é que estas coisas andam nos dois sentidos.

Um boicote não faz grande sentido, a não ser que seja concentrado especialmente em coisas castelhanas.

O problema é que isto também é um absurdo. Se formos a ver, a Zara e o Corte Inglês, têm por exemplo e tanto quanto sei origem na Galiza - corrijam-me se estou errado.

Tería sempre que ser um boicote, muuuuito dirigido.

Uma regra militar meus senhores é, quando se têm poucas munições, há que guardar as que temos, para atingir no alvo. Um boicote correspondería a começar a disparar rajadas á balda, com uma espingarda que só tem meio carregador.

Ou seja, um desperdicio.

Cumprimentos...
Título: ...
Enviado por: Luso em Janeiro 30, 2004, 09:31:39 pm
Referia-me aos produtos e serviços dos vira-casacas. Mas também lhe digo, papatango, eu já boicoto há muito os produtos espanhóis. E já enfrentei o ridículo. Assim como me custa muito conter os punhos em certas ocasiões sociais em que cada vez se ouve "Pá, não me emportava nada de ser espanhol". E sabe que mais? Até eu às vezes fraquejo quando leio certas notícias...

Diz o papatango que há muitas empresas portuguesas que tratam melhor os portugueses que as empresas nacionais. E diz muito bem, porque é verdade. Mas também será boa política dessas empresas agir assim. As que eu conheço filiais portuguesas que eu conheço pessoalmente e que sei que estão nessa situação, é porque  constituem a fonte de conhecimentos da empresa mãe espanhola, e muitas vezes são as filiais mais rentáveis. Ninguém é bonzinho por acaso e sabe bem disso.

Quanto à minha estratégia: sim é básica. É legal (se é que isso significa alguma coisa) e não violenta (seria estúpido o contrário, neste momento).

Então o que é que o papatango sugere?

Não faça é o que recomenda o Sr. Presidente da República: "a realização de um amplo debate".

Mas volto ao verdadeiro inimigo: não é o espanhol que mais me preocupa mas o inimigo interno que é o mais perigoso. Aliás foi assim que se desfez o Império.
Título:
Enviado por: komet em Janeiro 30, 2004, 10:18:21 pm
É assim que se desfazem todos os impérios, tem a história ensinado, como muito bem disseste, primeiro temos q "combater" cá dentro, e há muito por que lutar.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Janeiro 30, 2004, 10:38:38 pm
Peço desculpa, mas não concordo com o "bloqueio" aos produtos espanhois.

Vivemos num mundo cada vez mais globalizado. Como sabemos isso traz vantagens e desvantagens. As vantagens da globalização são evidentes, o acesso à informação para todos, cada vez maior inter-câmbio de culturas, aumento da actividade económica etc.
A grande desvantagem da globalização é o monopólio económico - A absorção constante de empresas mais pequenas/fracas por empresas maiores/fortes. Isto gera enormes empresas multi-nacionais que aos poucos se vão apoderando das mais pequenas.

Como sabem são poucas as empresas que Portugal tem com capacidade de projecção a nível europeu ( já nem digo mundial ) e, temos de aceitar mais cedo ou mais tarde, que o futuro destas será de certeza a incorporação em uma multi-nacional estrangeira. Para o português comum, isto não é necessariamente mau, pode significar um melhoramento de serviços e preços, contudo de um ponto de vista nacionalista ( entenda-se patriótico ) é humilhante.
Mas isto é a realidade e temos de a aceitar e acima de tudo apostar em empresas que temos que realmente se destacam das outras.

Falam em boicote. Acho um exagero. Se me falassem em proteccionismo, moderado claro, concordava a 100% ( aliás é o mesmo que os espanhois fazem ). Temos de nos concentrar no apoio a algumas empresas privadas ou públicas, que realmente podem suceder ( refiro o caso da COMPAL, por ex., que está a caminho de se tornar o líder de vendas de sumos em Espanha ).

A globalização é algo do qual não existe retorno ( a não ser que queiramos voltar ao tempo do orgulhasamente sós ), e temos de lutar na mesma moeda. Como é óbvio não podemos ser os melhores em tudo, mas acredito fortemente que temos empresas que poderiam ser líderes na Europa, e mesmo no mundo, em algumas áreas.

Boicote é extremismo. E como o papatango referiu e bem iria acabar por trazer, muito provavelmente, a mesma atitude por parte da população espanhola.

Vamos antes concentrarmo-nos no apoio às nossas empressas e incentivá-las a expadirem-se para além deste nosso agradável cantinho que é Portugal. ;)


Quanto às declarações do expresso sinceramente nem lhes dou valor. São de tal maneira absurdas ( não concebo nenhum português que efectivamente se queira juntar à Espanha ) que passei completamente ao lado.
Título:
Enviado por: papatango em Janeiro 31, 2004, 12:20:59 am
Quanto á nossa indefinição...

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.vieiros.com%2Fmuseohumor%2Fimaxes%2Fdcastelao.gif&hash=9df63f990de9a218e0d9f149dcb08600)
Porque não dás de comer ao cão?
... Ora, pelo que ele trabalha...
Então porque não o matas?
... Ora, pelo que ele come...

Isto define um bocado a nossa forma de ver as coisas...

Cumprimentos  :D
Título: Re:
Enviado por: filcharana em Janeiro 31, 2004, 04:15:54 am
"...( refiro o caso da COMPAL, por ex., que está a caminho de se tornar o líder de vendas de sumos em Espanha )."

E que, por enquanto, dá emprego a centenas de pessoas de Almeirim, a minha santa terrinha 8)  8)  8) !!!!



PS: Em meados de Outubro/Novembro o nosso PM e o MDN visitaram a fábrica. Vieram de Puma, os meninos!!!! (Não tirei fotos, sorry... :(  :( )

Cumptos
Título: Proteccionismo
Enviado por: Luso em Janeiro 31, 2004, 12:07:38 pm
Falam em proteccionismo encapotado, como fazem os espanhóis. Pois muito bem. Aqui também se faz mas de uma maneira muito, muito descoordenada. Aliás, a Somague conseguiu contractos por ser portuguesa e por ter apoios do Estado. E depois foi o que se viu.
Cada vez vejo mais paralelos com os primeiros anos da República, com a indústria a ficar cada vez mais nas mãos dos estrangeiros.

Quanto ao facto de haver gente que preferia ser espanhola: existem e não são poucos. E não têm pudor nenhum em o afirmar.

Já agora, e para vos dar um enquadramento mais geral da minha visão:
Eu tenho que trabalhar com os diplomas legais que constantemente são elaborados para o ordenamento do território, ambiente, desenvolvimento industrial e urbano. Vocês não fazem ideia da bandalheira em que se encontra o País e como funcionam as instituições.

- As leis são feitas por senhores bem falantes ou por garotos sem experiência profissional que fazem mestrados logo após as licenciaturas. E como estão ligados às jotas e a associações de estudantes chegam a
ministros ou secretários de estado;

- Essa gente julga que só com palavras sonantes é que se muda a realidade e não com actos. Exemplo: fazem uma lei (que até pode ser correcta). Não a fazem cumprir na prática, porque para isso vão criar inimigos. Depois alteram a lei para branquear os problemas que a anterior lei visava resolver.


- Essa gente só "sobe" graças ao sistema que valoriza o bajulador e não o competente e o trabalhador. Portanto, um tipo que passa a vida a "socializar-se não tem tempo nem a vontade de quere saber fazer nem fazer. Mas sobe porque percorreu os caminhos todos (esta situação já foi descrita por David Hackworth acerca do Exército dos Estados Unidos sobre os gravíssimos problemas daquela instituição quanto à capacidade de comando. Leiam "About Face" e façam a analogia à classe política portuguesa: está lá tudo explicado;

- Gente que governa tem que ter experíência profissional. Quantos são os que nos governam- directa ou indirectamente que têm experiência profissional reconhecida? Quantos ao longo da sua vida se atreveram a arriscar? E a enfrentar o erro?

- Os que nos governam preferem o imobilismo porque o acto de criar implica também destruir. E destruir cria inimigos. Portanto, é preferível sugerir "amanhãs que cantam" para manter as espectactivas dos eleitores ou não dar argumentos para ser substituido.

É como vos digo: quem trabalha erra.
Quem trabalha pouco erra pouco.
Quem não trabalha é promovido.

E assim quem não trabalha é quem nos governa.
Aliás como explicar que uma pessoa que do seu período de trabalho dedica 90% desse tempo acções de formação? Nada produz. E atrasa o trabalho. E impede a criação de postos de trabalho. E chega a Director Geral porque "tirou" um curso de formação de Gestão Superior. Sem nunca ter produzido nada?

Muitos de vocês estão a par de problemas específicos do País. E aposto que se surpreendem com a infantilidade dos comentários e tomadas de posição dos nossos políticos. Porque são só imagem.

E esta gente é o nosso maior inimigo e não os espanhóis. Mas como é que podemos boicotar estes? É que as eleições não nos dão alternativas.
É preciso que as pessoas se apercebam disso com urgência.



Leiam "About face". E os problema da governação nacional estão lá todos. Também aqui estará a globalização? Ou a moderna efemininação?  

http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/de ... ce&s=books (http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/detail/-/0671695347/qid=1075550127/sr=1-2/ref=sr_1_2/104-3878660-8682306?v=glance&s=books)

e visitem

http://www.hackworth.com (http://www.hackworth.com)
Título: Boicoteos...
Enviado por: ferrol em Março 01, 2004, 01:09:30 pm
Un saúdo desde a Galiza:

Había ben de tempo que non pasaba por este foro, e cando volvo atopo problemas coas licencias da pesca, problemas de identidade nacional nalgúns portugueses, propostas de boicotes ós productos espanhois...

Eu quixera comentar algúns comentarios sobre o tema, así que, se me permiten:

Citação de: "Luso"
Quanto ao facto de haver gente que preferia ser espanhola: existem e não são poucos

Ás veces eu tamén preferiría ser alemán ou francés, pero iso non significa que deixe de ser galego. De feito, compararse cos que fan as cousas mellor ca nós pode axudar a segui-lo seu caminho e mellorar nós tamén.


Citação de: "Ricardo Nunes"
Vivemos num mundo cada vez mais globalizado[...]A grande desvantagem da globalização é o monopólio económico - A absorção constante de empresas mais pequenas/fracas por empresas maiores/fortes. Isto gera enormes empresas multi-nacionais que aos poucos se vão apoderando das mais pequenas.


Acho esta análise totalmente acertada. Podemos deducir entón, que si os empresarios non vendesen as súas empresas ás multinacionais, non se perdería a "soberanía económica" de Portugal, logo a "culpa" da perda de capacidade de decisión económica non é dos espanhois, nin dos alemáns, é dos empresarios portugueses que venden as empresas.

E non é culpa tampouco, porque se un can non ten culpa de caminhar a 4 patas, un empresario tampouco a ten por querer ganhar dinheiro vendendo a súa empresa. É a natureza do "animal".



A globalizaçao é un tema complicado. Boicote ós productos de calquera país é imposible. ¿Por qué?

Se se boicotea a roupa de Zara, non boicotea a Zara, senón ós empregados portugueses de Zara, que si se recortan os pedidos en Portugal, Zara pecha as tendas e abre outras en Qatar ou Libia, ponho por caso.

Outro caso máis. Un boicote ós productos espanhois ¿debería incluir os neumáticos Michelin, que fabrica a metade dos de automóbiles na Espanha con caucho de Exipto e aceiro francés?

Polo mesmo, ¿boicotearía á Renault ou á Opel por fabricar en Espanha, xuntando peças que provenhen de 3 continentes?

A avantaxe da globalizaçao está en que os centros de poder están deslocalizados. Unha multinacional xa non é de aquí ou de alá, porque os beneficios xa non pertencen ó país raiz, senón que se reinvirten cáseque sempre nas divisións rexionais para poder seguir competindo.

Por último, unha pequena consideración. A Espanha e Portugal deben caminhar xuntas, sobre todo en Europa, e máis agora que cos novos países as decisións poden marchar cara ó leste, en vez do sul.

Saúdos desde a Galiza.
Título: Ferrol!
Enviado por: Luso em Março 01, 2004, 09:31:52 pm
Ferrol,

Acredite que eu não quero nada de mal aos espanhóis que sabem onde acaba Espanha e começa Portugal. Além disso, segundo me disseram, eu próprio terei um pouco de sangue galego!  :wink:
Título:
Enviado por: papatango em Março 01, 2004, 10:17:06 pm
Estão a dar recuerdos na Corunha?

Onde é que a gente dá o nome?  :twisted:
Título:
Enviado por: fgomes em Março 01, 2004, 10:23:32 pm
O nosso problema não está em Espanha, está cá, quem não defende os seus interesses somos nós.

Quem não investe o suficiente nas forças armadas, para defender a nossa soberania ?
Quem gasta milhões a subsidiar empresas que depois vão à falência, mas em os empresários continuam ricos ?
Quem vai na conversa de de uns fulanos que se dizem empresários, que andam por aí a gritar contra a invasão de Castela, e depois vendem as respectivas empresas justamente ao "inimigo" ?
Quem é nunca se preocupou em implementar um sistema de fiscalização que impeça a entrada na fronteira de produtos agrícolas sem qualidade, que fogem ao fisco, mas que são portugueses espertalhões que lá os vão buscar ?
Existem muitas mais perguntas, mas fico por aqui.
Título: !
Enviado por: Luso em Março 01, 2004, 10:26:18 pm
Não estão a dar, não!
É preciso comprar e cumprir requisitos legais!
 8)
Título:
Enviado por: Yosy em Dezembro 08, 2004, 07:22:51 pm
Acho que estão todos a dar demasiada importancia a palhaços que só querem protagonismo. O povo portugues sempre foi ferozmente independente. A ideia de uma união ibérica não é nova e pouca gente a apoia.

Citar
Não contem com as forças armadas: a maior parte deles são mercenários ignorantes e bêbados. Eu conheço-os!


 :shock:  Explica-te.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 08, 2004, 11:15:53 pm
Yosy, gente de quadro superior que não sabe coisas básicas;
Gente que se gaba de quanto bebe;
Gente que se vangloria de quanto e como pode sacar;
Gente que faz bem as continhas antes de se apresentar como... voluntário.
Gente que é bem falante;
Gente que não evolui;
Gente indisciplinada;
Gente sem postura;
Gente como a que o Notepad descreve.
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 08, 2004, 11:23:02 pm
Outra coisa, Yosy: diz-se que as FA representam bem o seu país, o seu povo. Pois bem, olhe à sua volta.
Mas provavelmente sou eu que conheço as pessoas erradas!  :mrgreen:
Título:
Enviado por: Yosy em Dezembro 09, 2004, 01:46:53 pm
Citação de: "Luso"
Yosy, gente de quadro superior que não sabe coisas básicas;
Gente que se gaba de quanto bebe;
Gente que se vangloria de quanto e como pode sacar;
Gente que faz bem as continhas antes de se apresentar como... voluntário.
Gente que é bem falante;
Gente que não evolui;
Gente indisciplinada;
Gente sem postura;
Gente como a que o Notepad descreve.


Pois, eu não sabia disso - ainda só tenho 19 anos e nem sequer sou militar.
Título:
Enviado por: papatango em Dezembro 09, 2004, 02:49:23 pm
É de facto um problema. Para muita gente, o serviço militar é um escape, por falta de outras opções e não por "amor á pátria".

Só vamos ter oportunidade de verificar como é que as coisas são, quando houver necessidade de mandar alguma tropa para algum lugar. Nessa altura vão aparecer as mães a protestar por mandarem os filhos para a guerra.

Mas nessa altura, os argumentos já não terão a força que tinham no passado. Quem vai para a tropa, vai porque quer.
Quem vai para a tropa deve saber o que o espera. A vida de militar, é em grande medida ociosa. O que se paga aos militares não é o trabalho que desenvolvem, o que se paga aos militares é a disponibilidade e a preparação.

Não estou á espera que se manda a tropa apagar fogos (a não ser que haja unidades preparadas para isso). Não acho bem que se utilize a tropa  quando as organizações civis não são capazes de corresponder..
No entanto espero que a tropa esteja preparada para fazer o que lhe compete, se, e quando for preciso.

Em todas as forças armadas do mundo, há problemas de droga (falo aqui das drogas duras, porque as chamadas drogas leves provavelmente fazem menos mal que o tabaco), e isso tem e terá que ser tratado no futuro.

Há muita gente com a mania (secular) de que o soldado português é por definição muito bom. Eu não estou em desacordo, mas  a qualidade desse soldado tem muito a ver com a motivação e com a necessidade (necessidade de salvar o traseiro entenda-se).  Sempre tivemos de tudo. Muito bons militares e muito maus militares.
Vai ser muito dificil disciplinar as Forças Armadas no novo modelo de serviço militar obrigatório.

O caso na antiga Jugoslávia, com os tontitos dos Zé Portuga a levar granadas para a caserna, até mete dó. Na minha tropa, que já foi feita muitos anos depois da guerra no ultramar, ensinaram-me que as granadas matam, os projecteis matam. Uma granada rebenta-nos os pulmões se não tivermos cuidado, mais uma carrada de coisas.

Comparado com o tempo da guerra em África e mesmo nos anos seguintes, as casernas são um luxo, a comida em grande parte dos quarteis, tem uma qualidade próxima de muito restaurante que por aí há. Se não se disciplina certa gentinha, não servirá de nada ter forças armadas. Os novos meios e equipamentos que começam a aparecer, exigem um nível de conhecimentos medio-elevado. Já não podemos ter um exercito de analfabetos ou semi-escolarizados, que nunca vai entender como funcionam os sistemas que ligam um veículo ao comando, e o integram no campo de batalha.

O fim do SMO e o exército profissional trazem novas exigências e a principal delas é a forma de encarar as forças armadas. Temo que muitos dos militares responsáveis ainda não tenham entendido isso, e continuem a ver o zé soldado que serve para lhe engraxar as botas, e não o técnico de armamentos que é pago para defender o país.

A tropa é uma coisa séria, e eu estou de acordo com aqueles que dizem, que em várias unidades do país, anda tudo a brincar com a tropa.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 09, 2004, 05:31:24 pm
Quando eu era um pouco mais novo que o Yosy também julgava que os militares seriam uma espécie de monges guerreiros ou samurais.
Depois acordei.
Ou fui acordando. Agora quanto ao que o papatango escreveu, concordo. O português que combateu durante durante a contra-insurreição em África não é o mesmo que o actual, o que quer dizer o mesmo sobre as suas qualidades e vícios.
É um animal diferente.
Título:
Enviado por: JLRC em Dezembro 10, 2004, 06:25:48 pm
Não resisto a por esta imagem......

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg109.exs.cx%2Fimg109%2F5503%2Fdanoneco8re.jpg&hash=3ef122c69c7fa3fee1e85480739d5d95)
Título:
Enviado por: Luso em Dezembro 10, 2004, 07:47:52 pm
GRANDE JLRC!!!!
 :G-beer2:
Título:
Enviado por: typhonman em Dezembro 26, 2004, 08:18:01 pm
Coitado do homem.. sera k daria um bom DJ?
Título:
Enviado por: pablinho em Março 09, 2007, 04:04:08 pm
Sabedes que o crecementon economico de Portugal se debe en parte ao crecemento de España?
No podemos aguantar sen os vosos euros, podedes vos aguantar sen os nosos?
Boicoteado todo  o que queirades, xa veredes quen sale perdendo...
Título:
Enviado por: Miguel em Abril 15, 2007, 03:23:38 pm
Portugal +1,3%
Espanha +3,9%

Qual seria o interesse de Espanha em integrar Portugal na sua federaçao??

Apenas prejuizos.
Título:
Enviado por: Lusitan em Setembro 07, 2007, 12:06:41 am
Quando é que os portugueses vão entender que o Estado português somos todos nós? Quando é que vamos entender que a culpa de Portugal estar na situação que está é de todos nós?
Que eu saiba os paspalhos que nos governam não foram eleitos pelos galegos ou pelos castelhanos!! Que eu saiba não tenho visto muita gente por aí a fazer protestos nas ruas para tentar derrubar o governo...
O estado das finanças públicas não está como está por sermos todos bons contribuintes. Todos nós conhecemos alguém que tem algum esquema para pagar menos impostos ou para ficar em casa de baixa, e no entanto mantemo-nos calados.
Em todos os mandados ouvimos falar na intenção dos partidos de alterar a lei das finanças dos partidos... que nunca dão em nada.  E não dão em nada porquê? Porque preferimos ficar em casa a ver a bola e a mamar minis! (Eu incluo-me neste grupo.)
É tão fácil vir para aqui mandar vir com tudo e todos sem ter de dar a cara.

Enquanto passarmos mais tempo a escrever em forums que a organizar formas de pressão sobre os politicos que nos governam (a única coisa que eles entendem é sondagens), este país nunca andará para a frente.
Título:
Enviado por: unpredictable em Setembro 07, 2007, 11:03:52 pm
Boas, eu vou dizer uma verdade que toda a gente sabe e ninguem faz nada , ANDA MEIO PAIS A LIXAR OUTRO MEIO PAIS!Se muitos senhores e senhoras pagassem os impostos como deve ser.Eu como sou trabalhador independente levo um arrombo na carteira 3 em 3 meses que é obra e depois no Irs uiui.Minha culpa não é de certeza!E não houvesse tanta carga fiscal talvez muita gente não fugia.Isto auxiliado com uma maquina fiscal eficiente e um grande controlo nas finanças talvez fosse lá.Se cortarem em algumas regalias que os deputados, assistentes e afins também não fazia mal nenhum.
Tenho uma proposta para fazer se a malta recebesse á hora como EU, havia de certeza maior produtividade.
Espero que os meu filhos sejam como eu, cumpridores e trabalhadores.
Desculpem o desabafo mas teve que ser.

Joaquim Ventura
Pintor de contruçao civil
12º ano Curso de caracter geral -artes
25 anos

*Tb gosto de MINis :lol:
Título:
Enviado por: jmg em Setembro 09, 2007, 09:55:06 am
Vivemos num estado democrático que se baseia na IGUALDADE??????
E se a banca pagasse os impostos como toda a gente?
Quem faz mais lucro neste país é quem menos paga?
Mas ainda antes de olharmos para Espanha como possível ameaça à nossa soberania, acho que deveriamos arrumar a casa e fazer alguma coisa com aquele senhor que passa a vida a provocar o governo central e ainda se ri porque aqui deste lado nada se faz e nada se diz. Nós é que andamos a pagar a megalomania do senhor Jardim.....
Se calhar estamos a procurar o próximo conflito no lugar errado e deveriamos olhar para dentro do nosso território.
Título:
Enviado por: P44 em Setembro 09, 2007, 11:57:46 am
Citação de: "jmg"
Vivemos num estado democrático que se baseia na IGUALDADE??????
E se a banca pagasse os impostos como toda a gente?
Quem faz mais lucro neste país é quem menos paga?
Mas ainda antes de olharmos para Espanha como possível ameaça à nossa soberania, acho que deveriamos arrumar a casa e fazer alguma coisa com aquele senhor que passa a vida a provocar o governo central e ainda se ri porque aqui deste lado nada se faz e nada se diz. Nós é que andamos a pagar a megalomania do senhor Jardim.....
Se calhar estamos a procurar o próximo conflito no lugar errado e deveriamos olhar para dentro do nosso território.


assino por baixo :!:
Título:
Enviado por: GinTonic em Setembro 10, 2007, 07:10:50 pm
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Cavaco Silva: federação entre Portugal e Espanha é uma ideia "absurda"  

O Presidente da República, Cavaco Silva, classificou hoje como um "absurdo" a ideia da criação de uma federação ibérica entre Portugal e Espanha, defendida em Julho pelo Nobel da Literatura José Saramago.

"Basta conhecer a história de Portugal para dizer que essa hipótese é um total absurdo", respondeu Aníbal Cavaco Silva a uma questão colocada por uma jornalista da agência de notícias espanhola EFE.

O chefe de Estado falava durante uma conferência de imprensa no âmbito da sua visita ao Parlamento Europeu, reunido em sessão plenária, em Estrasburgo — a primeira das instituições europeias que visitou, seguindo ainda hoje para Bruxelas.

Saramago defendeu em Julho, numa entrevista ao "Diário de Notícias", a fusão entre Portugal e Espanha, sugerindo que daí poderia resultar um país designado Ibéria.

O escritor de 84 anos, que reside há 14 anos na ilha espanhola de Lanzarote, considera que Portugal, "com dez milhões de habitantes", teria "tudo a ganhar em desenvolvimento" se houvesse uma "integração territorial, administrativa e estrutural" com Espanha.

Manuel Alegre classifica ideia de Saramago como uma moda

Também o socialista Manuel Alegre criticou a ideia de José Saramago quando, no âmbito do centenário do nascimento de Miguel Torga, a 12 de Agosto, afirmou que "são coisas que de vez em quando se dizem, modas. Portugal permanece e já permaneceu depois de muitas modas. O fim da nação portuguesa foi vaticinado desde que Portugal existe, já lá vão 800 anos".

De acordo com Alegre, "o iberismo de Miguel Torga não põe em causa aquilo a que ele chamava a sua pátria cívica, nem a viabilidade e independência de Portugal, que é um dado adquirido". O deputado citou mesmo Miguel Torga, quando disse: "Meu pobre Portugal, há 800 anos a resistir às seduções de uma Espanha irresistível".

Ministro dos Negócios Estrangeiros tem "uma perspectiva completamente diferente"


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, comentou também a proposta de José Saramago, no dia 17 de Julho, dois dias depois das afirmações do Nobel da Literatura, numa entrevista ao jornal "Diário de Notícias".

"Respeito muito a figura do escritor José Saramago, tem todo o direito de fazer essas declarações, é um pensador livre, mas tenho uma perspectiva completamente diferente relativamente à dialéctica das relações entre Portugal e Espanha para as próximas décadas", afirmou então o ministro.


Apesar de eu não morrer de amores pelo nosso presidente, gostei da posição dele quanto a esta questão.
Título:
Enviado por: jmg em Setembro 10, 2007, 09:42:13 pm
Não poderia ser de outra maneira, vista que a institução que é a Presidência da Republica é o maior expoente e garante da nossa soberania e identidade como nação.
Se um presidente concordasse com uma coisa dessas, deveria ser julgado por traição............
Título:
Enviado por: GinTonic em Setembro 10, 2007, 10:52:35 pm
Citação de: "jmg"
Se um presidente concordasse com uma coisa dessas, deveria ser julgado por traição............


Concordo. E acho que o mesmo se devia aplicar ao ministro que defendeu publicamente esta ideia ridícula numa das suas viagens a Espanha.
Título:
Enviado por: André em Setembro 10, 2007, 11:00:09 pm
Citação de: "GinTonic"
Concordo. E acho que o mesmo se devia aplicar ao ministro que defendeu publicamente esta ideia ridícula numa das suas viagens a Espanha.


Deixa lá GinTonic que esse ministro não é bom da cabeça. Foi o mesmo que disse, que o sul de Portugal é um deserto. A solução para essas pessoas não é a prisão mas sim o internamento.  :wink:
Título:
Enviado por: GinTonic em Setembro 11, 2007, 04:17:37 am
Citação de: "André"
Citação de: "GinTonic"
Concordo. E acho que o mesmo se devia aplicar ao ministro que defendeu publicamente esta ideia ridícula numa das suas viagens a Espanha.

Deixa lá GinTonic que esse ministro não é bom da cabeça. Foi mesmo que disse, que o sul de Portugal é um deserto. A solução para essas pessoas não é a prisão mas sim o internamento.  :wink:
O que vale é que só temos de o aturar mais 2 anos.
Título:
Enviado por: jmg em Setembro 11, 2007, 08:26:46 am
Não penso que seja só por mais dois anos.
Acho que o governo em ano de eleições será capaz de dar algumas migalhas (o que para os portugueses é extraordinário, quando se passam anos de miséria) para assegurar a reeleição.
Mas a verdade seja dita, o Sr 1º ministro é uma pessoa inteligente e deve haver uma razão oculta (sou adepto da teoria da conspiração) para ele manter um ministro tão trapalhão no governo....
Título:
Enviado por: nelson38899 em Setembro 11, 2007, 11:08:28 am
Boas

A razão para ele manter esse ministro, é para no fim do segundo mandato poder entrar na ordem dos engenheiros. :twisted:

Cump.
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 17, 2009, 12:10:05 am
A Sexta Guerra de Independência
João Brandão Ferreira
 

“El-rei Filipe bem poderá meter-me em Castela, mas Castela em mim é impossível”. (Frei Heitor Pinto)

Entendamo-nos: Por primeira guerra de independência queremos referir-nos à Fundação da Nacionalidade.

D. Afonso Henriques teve que, em primeiro lugar, dominar o partido de sua mãe, D. Teresa, ligada aos interesses galegos. O assunto ficou arrumado na batalha de S. Mamede (1128). Mais tarde, emancipou-se de Leão e Castela (Tratado de Zamora 1143), e definiu, a golpe de montante e de acordos, a fronteira norte e leste. Como o reino não era geopoliticamente (como se diria hoje), defensável, houve que alargar a fronteira sul e assim se foi empurrando a moirama na ponta da espada. Ainda por cima, prestava-se um serviço à Cristandade. A situação só ficou resolvida quando o Papa Alexandre III – a fonte de Direito Internacional na altura– reconheceu o título de Rei ao nosso primeiro monarca através da Bula “Manifestis Probatum” de 23 de Maio de 1179[1]. Para este facto contribuiu decisivamente a acção do Arcebispo de Braga, D. João Peculiar.

Por segunda guerra, entendemos a ultrapassagem da crise de 1383-1385, que a falta de visão e fraqueza do Rei D. Fernando I criou.

 Não contente em desbaratar o erário público em três guerras, ruinosas e algo escusadas, com Castela, provocou uma crise de sucessão ao casar a sua única filha D. Beatriz com o Rei de Castela. A rainha viúva, D. Leonor Teles, para piorar as coisas, amantizou-se com o Conde Andeiro – Galego – o que não era bem visto pela maioria do povo. Salvaram a situação na altura, o Mestre de Avis, João das Regras, alguma nobreza, o povo miúdo e a burguesia e, sobretudo, D. Nuno Álvares Pereira, que foi verdadeiramente a “alma” da Nação e a quem os portugueses devem, incontestavelmente, o facto serem independentes. Aljubarrota saldou a derrota militar do partido Castelhano, mas a vitória política só foi alcançada pelo tratado de paz de 1411. A guerra durou 26 anos. Desta vez tiraram-se ilações: a conveniência da Aliança estratégica com a Inglaterra – reconhecimento da necessidade de apoios externos que nos defendessem da Meseta, e passou-se a ter mais cuidado com as ligações matrimoniais da Casa Real Portuguesa.

 Por Terceira Guerra de Independência – de longe a mais grave (até ver) – queremos referir a alvorada de 1640.


Durante 60 longos anos pagaram-se os erros estratégicos, sobretudo após a morte de D. João III; a corrupção do alto clero e nobreza – começada aliás, no reinado de D. Manuel I; a degradação da formação das elites, operada no reinado de D. João III e traição de muitos, comprados com o dinheiro espanhol. É certo que Filipe I foi hábil no decorrer das Cortes de Tomar de 1581. A Monarquia Dual mantinha, aparentemente, senão a independência pelo menos a autonomia portuguesa. Mas era só aparentemente. A falta de uma política externa própria, impedia a escolha de Alianças e mercados e condicionava a acção das forças militares. Em breve estávamos a ser atacados por todos os lados. À medida que os anos iam passando, a política de Madrid mudou, optando pela anexação pura e simples. Os portugueses foram esmagados com impostos e requisições militares. Com o Conde Duque Olivares a tirania atingiu o auge. A situação era insuportável. Com os três braços do Reino – Clero, Nobreza e Povo – novamente unidos e com uma situação externa favorável, a revolta deu-se. Novamente encontrou-se um rei e não faltaram tribunos e braços dispostos a pegar em armas. Mais uma vez, surgiu a alma da revolta! O Dr. João Pinto Ribeiro. Como se sabe, a campanha não foi fácil e só terminou com o tratado assinado em Lisboa, em 13 de Fevereiro de 1668, não sem que a rivalidade franco-inglesa tivesse prejudicado Portugal. Foram 28 anos de sacrifícios e incertezas. A Santa Sé mais uma vez demorou no reconhecimento da Restauração e só o fez passados 30 anos.


A quarta guerra de independência foi o longo calvário percorrido para sacudir o jugo napoleónico, primeiro, seguida do “excesso de zelo” britânico.


A indigência a que se deixou chegar as forças militares, a má formação para a governação e a falta de carácter de D. João VI, aliado a maus conselheiros, levaram a que se tergiversasse perante os estrangeiros e se reduzissem as forças da nação à inanidade, permitindo que o exército maltrapilho e esfomeado de Junot tivesse chegado a Lisboa sem se ter disparado um tiro. As três invasões que suportámos – isto é os que ficaram, já que a fina-flor do Reino fugiu para o Brasil com armas e bagagens – levaram-nos cerca de 10% da população, ficando o país pilhado e a economia arrasada.

No fim da Guerra, com a liderança no outro lado do Atlântico, os ingleses tomaram conta da governação. Foi preciso revoltas para obrigar o Rei a regressar e a tirar o poder político aos ingleses. Poder político, já que o económico se manteve por todo o século. As consequências destes eventos ainda as sentimos hoje.

Finalmente, a quinta guerra de independência, foi travada pelo Governo do Dr. Oliveira Salazar a fim de desipotecar o País, situação a que os desatinos liberais, monarquico-constitucionais e primeiro-republicanos, tinham conduzido.

Lembramos que o País estava em falência técnica, endividado e sem qualquer cotação internacional. Grande parte das principais empresas, os transportes e as comunicações, tanto na Metrópole como no Ultramar, estavam em mãos estrangeiras, nomeadamente inglesas. Para os mais “esquecidos” talvez seja bom recordar, que tempos houve no século XIX, em que o embaixador inglês tomava assento no Conselho de Ministros e o rendimento das Alfândegas era dado como penhor dos empréstimos pedidos. Foi também uma longa guerra que se venceu o que permitiu, em seguida, reforçar as Forças Armadas, fundamentais para a unidade do Estado, a afirmação de soberania e elemento dissuasor por excelência. O Poder criado, a doutrina que o enformava e a vontade que o servia, permitiram levantar o País, influenciar a nosso favor a Guerra Civil de Espanha, manter a neutralidade na Segunda Guerra Mundial, arrancar com a industrialização do país nos anos 50 e 60 e combater vitoriosamente em três teatros de operações distintos a milhares de quilómetros da base logística principal, durante 14 anos. E tudo isto apenas com recursos próprios e sem generais ou almirantes importados!


Chegamos assim à Sexta Guerra de Independência, que vai ser a que há – de vir e que já desenha.


 O cenário mais credível e perigoso em que tal “guerra” pode vir a desenvolver-se tem a ver com o futuro da Comunidade Económica Europeia (CEE), muito apropriadamente rebaptizada de Comunidade Europeia (CE) e agora já União Europeia (UE). Senão vejamos: A UE só tem duas vias possíveis, ou caminhar para a frente ou extinguir-se. Como aparentemente não há vontade de lhe pôr um ponto final – até porque a competição económica com os EUA, o Japão, a China e outros, vai ser feroz – a mesma comunidade irá continuar. No entanto, a sua existência atrai outros países que já pediram a sua adesão. Esta, embora possa ser retardada por razões administrativas, não pode ser impedida, por razões políticas. Ora a proliferação de países irá criar uma pequena babilónia ingovernável. Para ultrapassar esta eventual inoperância só há uma maneira: a de tomar as decisões comunitárias por maioria absoluta ou classificada, o que irá, inevitavelmente, subalternizar a posição dos pequenos países – entre os quais nos incluímos.

Por outro lado, caso a UE avance no ideário da União Política, os perigos para a soberania portuguesa serão mais do que reais. Porém, se a situação se deteriorar e forças centrífugas forem criadas no seio da UE a recente clivagem por causa da crise iraquiana é disso um bom sinal) e esta se desmantelar, Portugal fica sempre com o “Mercado Comum Ibérico”, já que a situação entretanto criada será semelhante à de 1580. A Espanha é já o País que mais investe em Portugal e quase todos os dias são formadas novas empresas espanholas no nosso país. Cerca de 1/3 da banca já está nas mãos de “nuestros hermanos” e até já há jornais espanhóis com edições em português. Até a Feira de Sevilha destinada a comemorar um erro – tentou provar, entre outras coisas, que os portugueses aprenderam a navegar com os italianos e tudo isto, note-se perante a paralisia mental das nossas hostes. E quem esteve atento, durante a última EXPO 98, verificou facilmente como os espanhóis tudo fizeram para serem preponderantes na mesma.


Da nossa parte tudo se faz, aparentemente, sem se medir qualquer perigo. Provavelmente, porque não têm a noção de que ele existe. E tudo se faz para baixar as defesas: abolição de pautas aduaneiras, regimes de transição e outros “pormenores” sem importância, são negociados com invulgar filantropia; abre-se mão de sectores chave da economia e do património nacional; depaupera-se a Instituição Militar tanto material como psicologicamente; abandalha-se o sistema de ensino a tal ponto que brevemente teremos um país de analfabetos (o que interessa são as estatísticas da UE!); neutraliza-se a Igreja e envolve-se tudo isto num manto de “informação controlada”, que há uns anos atrás tomava o nome de censura. Com duas vantagens: porque havia preocupações pedagógicas e quem a fazia assumia. Havia regras. Agora não há, e ninguém assume que faz censura. A única coisa que se tem feito, verdade seja dita, é tentar fortalecer o país sob o ponto de vista económico e financeiro, mas sem grande sucesso já que a falta de autoridade e de liderança é notória e não tem havido capacidade para se criarem mais valias sustentáveis.


Queremos ver como vai ser, quando os nacionais se derem conta de que não podem mais ir à tourada, pois a legislação da UE aboliu-a; que os seus impostos vão parar a Berlim, perdão a Bruxelas, que os seus filhos vão patrulhar uma zona qualquer distante, comandados por oficiais que não são os seus; que a História Pátria foi toda rescrita, vá-se lá saber em nome de que critério; que só pode plantar girassóis, porque foi isso que lhe coube em sorte; ou que já não consegue comprar um terreno na zona que quer pois este já mudou de mãos e a parada não é para a sua bolsa.


Quando a população se começar a aperceber de tudo isto, e muito mais, parará a corrida parola às matrículas de carros da UE e haverá uma reacção qualquer, por mais que mentes vendidas se oponham. Não há prata que chegue para comprar todas as consciências.


Para que o desastre não seja grande – até porque, não se arranja alternativa credível à UE de um dia para o outro – há que começar a tomar consciência do barco em que navegamos; olhar para a UE como modelo transitório e não definitivo; criar defesas e escolher pessoas capazes para lugares importantes. Isto só se consegue com Escolas dignas desse nome e com sistemas de promoção e escolha baseados maioritariamente no mérito. É absolutamente necessário controlar os investimentos nos sectores chave da economia; aumentar a prontidão das FAs, melhorar a coesão e a cultura nacionais; despartidarizar o mais possível a vida nacional e um sem número de outras coisas. É preciso não esquecer as lições da História, nomeadamente, que as potências estrangeiras só nos ajudam quando isso é do seu interesse; que necessitamos de apoios exteriores para melhor nos defendermos. Que o Atlântico é a nossa zona de interesse principal, que não podemos permeabilizar excessivamente a nossa fronteira terrestre e deixar fechar a marítima e que só uma liderança forte e patriota conseguirão conduzir a população para dar o seu melhor quando as situações são críticas.

A melhor vitória numa guerra é aquela que se obtém sem ser preciso entrar em combate.

Podemos (e devemos) prepararmo-nos enquanto é tempo para essa vitória. Nunca porém dando mostras de não querer combater, se preciso for.
Título:
Enviado por: legionario em Março 17, 2009, 11:40:16 am
Excelente artigo !
Título:
Enviado por: Daniel em Março 17, 2009, 02:07:53 pm
legionario
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Excelente artigo !


X 2

“El-rei Filipe bem poderá meter-me em Castela, mas Castela em mim é impossível”. (Frei Heitor Pinto)

 :headb:
Título:
Enviado por: Lightning em Março 17, 2009, 06:55:18 pm
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O Poder criado, a doutrina que o enformava e a vontade que o servia, permitiram levantar o País, influenciar a nosso favor a Guerra Civil de Espanha, manter a neutralidade na Segunda Guerra Mundial, arrancar com a industrialização do país nos anos 50 e 60 e

Até aqui muito bem mas a partir daqui... :roll:

Citar
combater vitoriosamente em três teatros de operações distintos a milhares de quilómetros da base logística principal, durante 14 anos. E tudo isto apenas com recursos próprios e sem generais ou almirantes importados!


Só não me riu do vitoriosamente porque o meu pai esteve lá e da maneira como está escrito até parece que a guerra fez bem ao país,  que eu saiba por exemplo tinhamos uma percentagem de analfabetos enorme.
Título:
Enviado por: Vicente de Lisboa em Março 17, 2009, 07:00:45 pm
Ora se os orçamentos do botas foram a "5ª guerra", certamente os do socas são a dita 6ª não?  :wink:
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 17, 2009, 07:06:36 pm
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combater vitoriosamente em três teatros de operações distintos a milhares de quilómetros da base logística principal, durante 14 anos. E tudo isto apenas com recursos próprios e sem generais ou almirantes importados!

Só não me riu do vitoriosamente porque o meu pai esteve lá e da maneira como está escrito até parece que a guerra fez bem ao país,  que eu saiba por exemplo tinhamos uma percentagem de analfabetos enorme.


O que o Tenente-Coronel refere, é que teoricamente, a guerra em termos gerais estava a ser ganha pelos nossos militares. Ela foi perdida isso sim, nos bastidores...
E depois, não vejo no texto referência da guerra como algo positivo ou relacionado com o número de analfabetos...
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 17, 2009, 07:19:08 pm
Isso de a guerra ter sido perdida nos bastidores faz-me lembrar o Adolfo quando dizia que tinha perdido a guerra por ter sido traído. Ou então os "amaricados" que sobre o Vietname, também dizem que foram os políticos que perderam a guerra porque eles ganhavam as batalhas e os tovarich Popovas lá no Afeganistão também foram traídos.....

Enfim.... :roll:  :roll:
Título:
Enviado por: Lightning em Março 17, 2009, 10:05:19 pm
Citação de: "TOMSK"
O que o Tenente-Coronel refere, é que teoricamente, a guerra em termos gerais estava a ser ganha pelos nossos militares.Ela foi perdida isso sim, nos bastidores...
E depois, não vejo no texto referência da guerra como algo positivo ou relacionado com o número de analfabetos...


A guerra estava a ser aguentada, tal como o Spinola disse "uma guerra subversiva não pode ser ganha militarmente, mas sim politicamente, o que os militares podem fazer é não perder a guerra, para dar tempo ao poder politico para a ganhar."

E o poder politico não queria saber disso...

Em Angola a nossa sorte foi que os primeiros anos os guerrilheiros nem armas de fogo tinham, era catanas e armas artesanais e mesmo mais tarde certas facções dos guerrilheiros estavam mais interessadas em combater entre elas do que contra os portugueses.

Em Moçambique a situação estava relativamente controlada... mas até quando, é que os guerrilheiros recebiam cada vez mais apoio externo (instrução, armas, etc) ao contrário de Portugal que estava cada vez mais isolado, mais tarde ou mais cedo eles teriam a vantagem.

Na Guiné esse ponto já tinha sido atingido, as forças regulares já nem punham um pé fora dos quarteis fortificados, os quarteis junto das fronteiras era levar com artilharia em cima dia sim, dia não, a Força Aérea já nem lá ia porque o PAIGC nos ultimos anos da guerra abateu vários Fiat G91 com misseis SAM, e as tropas especiais não são tantas para ir a todo o lado, o quartel de Guilege no sul da Guiné levou tanta porrada que os seus efectivos fizeram as malas e bazaram para o quartel mais próximo que era em Gadamael, e para que em Gadamael não acontecesse o mesmo mandaram para lá um Batalhão inteiro de Pára-quedistas para aguentar aquilo.
No norte também havia um quartel portugues em risco de cair, que era em Guidaje, aguentaram porque enviaram um Batalhão de Comandos ao Senegal destruir a base de onde os guerrilheiros operavam.

PS: Deixei-me levar  :lol: , guerra colonial não é neste tópico.
Título:
Enviado por: Lightning em Março 17, 2009, 10:27:41 pm
Voltando ao texto :wink: .

Citar
O Poder criado, a doutrina que o enformava e a vontade que o servia, permitiram levantar o País, influenciar a nosso favor a Guerra Civil de Espanha

A nosso favor??? Talvez porque Franco e Salazar eram os dois anti-comunistas, porque acho que Franco não tinha grande amizade a Portugal.

Citar
manter a neutralidade na Segunda Guerra Mundial

Foi verdade, parcialmente, porque autorizamos os aliados a usar os Açores.

Citar
combater vitoriosamente em três teatros de operações distintos a milhares de quilómetros da base logística principal, durante 14 anos. E tudo isto apenas com recursos próprios e sem generais ou almirantes importados!


Esta parte é que eu acho que está a enaltecer a Guerra Colonial como se fosse a Batalha de Aljubarrota ou as Invasões Francesas, isto é, uma luta pela liberdade, na verdade foi o oposto, é que apesar das centenas de milhar de portugueses que foram enviados para Africa para combater nunca lá terem posto os pés, nem nunca terem feito mal a um africano, os africanos durante toda a época colonial foram escravizados, massacrados, etc, pelos colonos e pelo poder administrativo colonial, eles é que combatiam pela liberdade, não eramos nós...

Eu falei no numero de analfabetos como exemplo de uma coisa em que estavamos mal.
Título:
Enviado por: Rui Conceicao em Março 18, 2009, 12:01:15 am
Lightning é por pessoas como você que eu evito vir a este fórum, porque nada sabem e quando falam é só asneira.
Se fomos tão maus porque estamos a regressar a Angola ?
Quem tem explorado Angola estes anos todos, ai tem a resposta de quem queria a saída dos Portugueses.
Antes de falar em escravidão informe-se primeiro quem foi o pais que a aboliu  primeiro.
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 18, 2009, 12:49:20 am
Leiam que vale a pena!
Mesmo muito!

Porque devemos sair da União Europeia?

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.revistamilitar.pt%2FUserFiles%2FImage%2Fautores%2FTCor_PilAv_Brandao_Ferreira.jpg&hash=5472c64abe17f6cbd168b28a5df3e907)

 João José Brandão Ferreira
TCor.PilAv.(ref.)

“A Pátria não se escolhe, acontece. Para além de aprovar ou reprovar cada um dos elementos do inventário secular, a única alternativa é amá-la ou renegá-la. Mas ninguém pode ser autorizado a tentar a sua destruição, e a colocar o partido, a ideologia, o serviço de imperialismos estranhos, a ambição pessoal, acima dela. A Pátria não é um estribo. A Pátria não é uma ocasião. A Pátria não é um estorvo. A Pátria não é um peso. A Pátria é um dever entre o berço e o caixão, as duas formas de total amor que tem para nos receber.”

Adriano Moreira, in O Novíssimo Príncipe

Quando se construíram os mísseis com ogivas nucleares, por ex., nunca ninguém se lembrou que um dia se poderia chegar a acordo em destruí-los. Parte deles, entenda-se. Verificou-se, então, que desmantelá-los era uma operação complexa e que exigia recursos financeiros elevados.

De modo semelhante, quando se “inventou” a Comunidade Económica Europeia (CEE), em1957, e passados estes anos todos, também ainda ninguém se interrogou sobre o que fazer se algum estado membro quisesse abandonar a União. Está na altura de o fazerem.

Portugal entrou mal para a então Comunidade europeia (CE) (em 1/1/86): entrou sem estar preparado; em condições materiais e anímicas débeis; sem pesar as consequências e sem as assumir explicitamente, perante a Nação.

Em súmula (isto daria pano para mangas…), atirámo-nos de cabeça para uma coisa como se tal fosse irreversível. Em termos político-estratégicos, fazemos o gravíssimo erro de assumir a CEE como um Objectivo Nacional Permanente Histórico – que ela não é –, em vez de a entender como um Objectivo Nacional Importante, mas transitório, que é o que tal adesão devia representar. A diferença dos termos é de substância e por isso a postura deveria ser diferenciada.

Ainda por cima a esmagadora maioria da população não acompanhou as “elites” políticas nesta assumpção. E tem de tudo isto uma ideia pouco menos que clara.

Como entrámos diminuídos material e psicologicamente – é bom recordar que tínhamos em 1974/75 virado costas vergonhosamente a seis séculos de História, com uma Descolonização traumática, perdendo cerca de 95% do território e 60% da população e tendo evitado, a custo, uma guerra civil no território europeu que nos restava –, resolvemos portarmo-nos como os melhores alunos. Tal teve funestas consequências: baixámos as guardas; não acautelámos interesses, deixámos cair todas as barreiras administrativas, não meditámos consequências nem avaliámos custos. Ficámos euforicamente tolos.

Depois, em vez de estudarmos cuidadosamente onde aplicar os fundos de coesão que nos começaram a jorrar por (aparentemente) desinteressadas torneiras e fazê-lo com parcimónia e método, embandeirámos em arco, distribuímos prebendas, ajudámos os amigos, e milhões de euros esfumaram-se (nunca ninguém apresentou contas dos fundos recebidos da UE!) em centenas de cursos fantasmas; subsídios a fundo perdido; indemnizações para destruir coisas; fundos de apoio para remodelar nada que se viesse a ver e no muito que se destinava a arrancar vinha para plantar oliveira, arrancar oliveira para plantar milho, milho para plantar vinha; vinha para dar de comer à vaca, abater a vaca pois já dava leite a mais, etc., etc.. Sendo que uma quantidade nunca contabilizável  de meios financeiros saíram deste circuito para cevarem os apetites cada vez maiores em Mercedes, Jeeps de alta cilindrada, barcos de recreio e casa de férias a serem utilizadas uma vez por ano, mas com impacto na especulação imobiliária. Engordaram-se as cliques partidárias e as autarquias fizeram muitas rotundas. Ou seja o país corrompeu-se.

Quando, finalmente, nos apercebemos de que os fundos de coesão eram finitos e teríamos que passar daí a pouco a ser contribuintes líquidos, constatámos que não acrescentámos quase nenhumas mais valias que nos servissem no futuro: nem em educação e preparação técnica; escolha de nichos de mercado, aposta em investigação que nos favorecesse ou individualizasse; indústria ou serviços competitivos. Deixámos destruir a agricultura e a pesca; parte da pequena indústria e comércio e como achámos que todos eram nossos amigos e nós éramos amigos de todos rapidamente alienámos capacidades no âmbito da soberania – leis, justiça, segurança, etc. –, bem como nas Forças Armadas e na Diplomacia. Sempre com ufania.

Mesmo assim, não nos querendo dar conta da grandiosidade do sinistro futuro, a única coisa que nos lembrámos de fazer foi um novo aeroporto desproporcionadamente caro e cheio de condicionalismos técnicos e um TGV para servir os interesses espanhóis. Pouco a pouco o desemprego aumenta e a inflação segue-lhe os passos. E para esta não aumentar, cresce continuadamente a taxa de juro o que vai fazer implodir o endividamento familiar, que disparou com a pornográfica propaganda do compre agora e pague depois o que tem ajudado os grupos financeiros a acumular lucros tais, que nem sabem o que fazer com eles. E o que resta do estado, ainda menos.

Já me esquecia, de tudo o que se passou nestes 20 anos ficam visíveis as auto-estradas. Só que, sendo duvidoso que o comum dos portugueses vá poder usufruir delas por não terem dinheiro para as pagar, as mesmas vão servir justamente os estrangeiros. Como nós não exportamos por elas – porque produção já vimos que temos pouca –, os nossos concorrentes conseguem pôr os seus produtos cá mais depressa, logo mais barato, ajudando assim a arruinar o que vai restando. Eis a quadratura do círculo no seu esplendor.

Portanto, tirando uns pouco milhares de eurocratas – que andam obviamente muito contentes com tudo isto – o que se augura no futuro a massa de totós de serviço, que somos todos nós (a não ser os que emigram), é a de andar de guardanapo no braço a servir os turistas que por cá ainda quiserem vir.

E como as iluminadas mentes que nos têm conduzido ainda acham que lhes devemos estar agradecidos pelos seus esforços homéricos em nos proporcionarem o Bem Estar que idealizam – mesmo que tal seja conseguido à custa da sobrevivência do Estado e da Nação Portuguesa –, tomam o ónus de assumirem sozinhos todas as decisões capitais no processo, aliviando a maçada de informarem as populações do que está em jogo e de permitirem que estas se pronunciem sobre aspectos fundamentais que influenciarão o presente e o futuro da comunidade!

Um dia destes a palavra “referendo” será banida do vocabulário político e saneada do ensino da língua …

Ultimamente dois casos ocorreram que tornam urgente que preparemos a nossa saída da União Europeia: aproveitando a presidência alemã da UE, a Chanceler Merkel decidiu “alargar” aos restantes membros da UE parcialmente (para já!...), a lei de delito de opinião, relativamente a quem possa pôr em causa o que os vencedores na Segunda Guerra Mundial, decretaram como verdade oficial, nomeadamente no que diz respeito ao nazismo, holocausto e similares.

Por causa desta lei e já depois da queda do muro de Berlim, foram condenados até hoje, mais de 108.000 cidadãos alemães.

(Por causa do conflito que sustenta relativamente à entrada da Turquia na UE, a França, fez aprovar há poucos meses, uma lei que incrimina quem puser em causa o genocídio dos Arménios…)

Deste modo, foi assinado em 28 de Maio de 2007, no Luxemburgo, por todos os Ministros da Justiça da União, uma Lei que proíbe a expressão de dúvidas sobre o Holocausto. Uma ressalva foi no entanto prevista: só é punido quem incentivar ódios ou provocar uso de violência. Até ver.

O segundo caso mexe com a Zona Económica Exclusiva (ZEE). São conhecidas as apetências de várias potências em disporem das nossas águas (e sobre estas existem ainda as regiões de informação de voo [FIR] de Lisboa e S. Maria) que representam 14 vezes o território nacional e configuram a maior ZEE da UE. Ora o Direito Comunitário tem vindo a ser trabalhado para mudar o “status quo” – obviamente em detrimento dos interesses portugueses –, permanecendo as autoridades portuguesas estranhamente distraídas de tão relevante facto e a opinião pública convenientemente formatada em ignorância.

Ora o anterior projecto de constituição previa no seu artigo 13, que a gestão dos recursos vivos dos oceanos, no âmbito da política comunitária sobre o mar passariam para a responsabilidade de Bruxelas. Ora isto é pôr em comum aquilo que, no nosso caso, nos pertencia e que implicaria consequências num número alargado de outras competências.

Não se sabe o que sobre isto ficou acordado nesta última maratona sobre o futuro tratado constitucional em que se deram quatro passos à retaguarda para se poder dar um para a frente, mas não deve ser difícil adivinhar o que naquele âmbito ficará decidido.

Devem ser os “Ventos da História”, actuais…

Ou seja, estas duas medidas configuram, por um lado, uma intromissão inadmissível ao cerne da nossa consciência e, por outro, um esbulho ao âmago dos nossos haveres.

Por isso devemos preparar desde já a nossa saída da UE.

Como isto não pode ser feito de um dia para o outro, sob pena de passarmos mal e ocorrerem conflitos graves que, eventualmente, não possamos controlar, é imperioso parar desde já o desmantelamento do potencial nacional, material, cultural e anímico, única medida em que os políticos portugueses das últimas décadas se têm mostrado diligentes e até – pasmem à vontade –, muito competentes.

Depois é preciso preparar alternativas – que as há –, estabelecer uma estratégia e trabalhar muito para a concretizar. Coisa que, lamentavelmente, nos desabituamos de fazer.

Uma aliança, um pacto, etc., até uma família, só se sustém enquanto for útil às partes que a constituem. De contrário é melhor romper. Enquanto é tempo.

É o caso da permanência de Portugal na UE. A UE, melhor dizendo a CEE, foi útil enquanto espaço de concórdia e Paz; proporcionou uma melhoria das condições de vida e da justiça social, etc. Era uma associação de estados-nações livres.

Quando querem que tal evolua para uma federação de contornos obscuros em que fatalmente a individualidade e identidade nacional se dilui, deixa de ser aceitável e devemos dizer não, obrigado.

Quando, ainda por cima, tal caminho se pretende fazer, liderado por um bando de iluminados; por eventuais organizações transversais, poderosas, mas não representativas de nenhum grupo social, região ou comunidade, que fazem do segredo a sua base de actuação e perseguem objectivos de Poder pouco claros, devemos dizer não, obrigado; Quando caminhamos alegremente para a babilónia governativa, que representam os 27 estados membros (a crescer), devemos dizer não, obrigado; quando esta miríade de estados, populações, interesses, credos, culturas, etc., leva a ressuscitar a velha questão da hierarquia das potências, levando à classificação dos diferentes estados em “A”, “B”, ou “C”, devemos dizer não, obrigado; quando a mais provável implosão futura da UE levar a uma fragmentação mais ou menos anárquica, Portugal ver-se-á asfixiado pela União Ibérica, que a força das coisas e da geografia, espartilham e a débil Aliança Inglesa (único bordão que nos resta), dificilmente poderá contrariar. Devemos dizer não, obrigado. Quando nos querem confrontar com factos consumados, à revelia das devoções democráticas com que nos matracam os ouvidos, devemos dizer não, obrigado. Quando nos impõem políticas monetárias e temos de enviar cada vez mais contingentes militares (e estamos a caminhar para o mercenarismo e para a privatização da segurança!...), para combater nas guerras dos outros, sem que tenhamos hipóteses de influenciar as decisões, devemos dizer não, obrigado.

Que objectivos persegue a “Europa” se nem conseguimos definir uma matriz que constitua um mínimo divisor comum?

Caros compatriotas, que se dane a Europa. Prefiro ser um português pobre, mas inteiro do que um europeu perdido, formiga obreira de interesses que não entendo, nem aceito, mas que me manipulam. Não, obrigado.

Não desejo trocar o Afonso Henriques pelo Carlos Magno, o queijo da serra por um qualquer camembert esterilizado; o Direito português pelo Direito de Bruxelas; a NATO pelo… vazio; não quero os espanhóis a mandarem nos noticiários da TVI, etc. Um etc. longo e que cada vez será mais doloroso.

E, sobretudo, ainda prefiro o Prof. Cavaco Silva, o Dr. Jorge Sampaio ou o Dr. Mário Soares (vejam a que ponto desço!), à simpática majestade do senhor D. Juan Carlos. Ponto final.


 ys7x9  
Saúdo o Tenente-Coronel!
Título:
Enviado por: Daniel em Março 18, 2009, 08:39:17 am
Caro TOMSK, esse senhor é filiado em algum partido político, já o ouvi várias vezes  falar, acho bastante lúcido e sabe o que diz, muito bom artigo. c34x
Título:
Enviado por: manuel liste em Março 18, 2009, 09:29:43 am
A porta está aberta, ninguém obriga a pertencer à UE

Acho que o senhor oficial está muito virado para posições extremas. A súa defesa dos que negam o Holocausto judeu é reveladora
Título:
Enviado por: TOMSK em Março 18, 2009, 09:40:13 am
Citação de: "Daniel"
Caro TOMSK, esse senhor é filiado em algum partido político, já o ouvi várias vezes  falar, acho bastante lúcido e sabe o que diz, muito bom artigo. :P  :P
Título:
Enviado por: Lightning em Março 18, 2009, 09:45:22 am
Citação de: "Rui Conceicao"
Lightning é por pessoas como você que eu evito vir a este fórum, porque nada sabem e quando falam é só asneira.

Que asneiras é que eu disse? Já agora corrija-me que é para eu não voltar a repetir os mesmo erros.

Citar
Se fomos tão maus porque estamos a regressar a Angola?

Estamos a voltar como investidores e mão-de-obra qualificada, não me lembro do governo de Angola propor a Portugal serem uma região autonoma.

Citar
Quem tem explorado Angola estes anos todos, ai tem a resposta de quem queria a saída dos Portugueses.

Investir, é o que eu respondi anteriormente.

Citar
Antes de falar em escravidão informe-se primeiro quem foi o pais que a aboliu  primeiro.


Não eram escravos mas muitos eram tratados como tal, com direito a chicotadas, não pelo governo mas pelos grandes proprietarios de plantações de algodão e de café, e a administração local fechava os olhos, mas já sei que eu só digo asneiras.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 18, 2009, 10:37:52 am
Recomendo o livro "Equador", apesar de ser um romance, demonstra o quanto os poderes coloniais (Portugueses e das outras potências europeias) eram cinicas. Uma coisa é o que era a lei, outra coisa era a realidade.
Título:
Enviado por: teXou em Março 18, 2009, 09:31:37 pm
Citação de: "manuel liste"
...
Acho que o senhor oficial está muito virado para posições extremas. A súa defesa dos que negam o Holocausto judeu é reveladora

Certamente !
Mas é precisamente estas posições extremas que agradam a alguns aqui. Não é necessário perguntar porque.  :evil:
Título:
Enviado por: Sintra em Março 19, 2009, 11:37:52 am
Citação de: "TOMSK"

Porque devemos sair da União Europeia?

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.revistamilitar.pt%2FUserFiles%2FImage%2Fautores%2FTCor_PilAv_Brandao_Ferreira.jpg&hash=5472c64abe17f6cbd168b28a5df3e907)

 João José Brandão Ferreira
TCor.PilAv.(ref.)

“A Pátria não se escolhe, acontece. Para além de aprovar ou reprovar cada um dos elementos do inventário secular, a única alternativa é amá-la ou renegá-la. Mas ninguém pode ser autorizado a tentar a sua destruição, e a colocar o partido, a ideologia, o serviço de imperialismos estranhos, a ambição pessoal, acima dela. A Pátria não é um estribo. A Pátria não é uma ocasião. A Pátria não é um estorvo. A Pátria não é um peso. A Pátria é um dever entre o berço e o caixão, as duas formas de total amor que tem para nos receber.”

Adriano Moreira, in O Novíssimo Príncipe

Quando se construíram os mísseis com ogivas nucleares, por ex., nunca ninguém se lembrou que um dia se poderia chegar a acordo em destruí-los. Parte deles, entenda-se. Verificou-se, então, que desmantelá-los era uma operação complexa e que exigia recursos financeiros elevados.

De modo semelhante, quando se “inventou” a Comunidade Económica Europeia (CEE), em1957, e passados estes anos todos, também ainda ninguém se interrogou sobre o que fazer se algum estado membro quisesse abandonar a União. Está na altura de o fazerem.

Portugal entrou mal para a então Comunidade europeia (CE) (em 1/1/86): entrou sem estar preparado; em condições materiais e anímicas débeis; sem pesar as consequências e sem as assumir explicitamente, perante a Nação.

Em súmula (isto daria pano para mangas…), atirámo-nos de cabeça para uma coisa como se tal fosse irreversível. Em termos político-estratégicos, fazemos o gravíssimo erro de assumir a CEE como um Objectivo Nacional Permanente Histórico – que ela não é –, em vez de a entender como um Objectivo Nacional Importante, mas transitório, que é o que tal adesão devia representar. A diferença dos termos é de substância e por isso a postura deveria ser diferenciada.

Ainda por cima a esmagadora maioria da população não acompanhou as “elites” políticas nesta assumpção. E tem de tudo isto uma ideia pouco menos que clara.

Como entrámos diminuídos material e psicologicamente – é bom recordar que tínhamos em 1974/75 virado costas vergonhosamente a seis séculos de História, com uma Descolonização traumática, perdendo cerca de 95% do território e 60% da população e tendo evitado, a custo, uma guerra civil no território europeu que nos restava –, resolvemos portarmo-nos como os melhores alunos. Tal teve funestas consequências: baixámos as guardas; não acautelámos interesses, deixámos cair todas as barreiras administrativas, não meditámos consequências nem avaliámos custos. Ficámos euforicamente tolos.

Depois, em vez de estudarmos cuidadosamente onde aplicar os fundos de coesão que nos começaram a jorrar por (aparentemente) desinteressadas torneiras e fazê-lo com parcimónia e método, embandeirámos em arco, distribuímos prebendas, ajudámos os amigos, e milhões de euros esfumaram-se (nunca ninguém apresentou contas dos fundos recebidos da UE!) em centenas de cursos fantasmas; subsídios a fundo perdido; indemnizações para destruir coisas; fundos de apoio para remodelar nada que se viesse a ver e no muito que se destinava a arrancar vinha para plantar oliveira, arrancar oliveira para plantar milho, milho para plantar vinha; vinha para dar de comer à vaca, abater a vaca pois já dava leite a mais, etc., etc.. Sendo que uma quantidade nunca contabilizável  de meios financeiros saíram deste circuito para cevarem os apetites cada vez maiores em Mercedes, Jeeps de alta cilindrada, barcos de recreio e casa de férias a serem utilizadas uma vez por ano, mas com impacto na especulação imobiliária. Engordaram-se as cliques partidárias e as autarquias fizeram muitas rotundas. Ou seja o país corrompeu-se.

Quando, finalmente, nos apercebemos de que os fundos de coesão eram finitos e teríamos que passar daí a pouco a ser contribuintes líquidos, constatámos que não acrescentámos quase nenhumas mais valias que nos servissem no futuro: nem em educação e preparação técnica; escolha de nichos de mercado, aposta em investigação que nos favorecesse ou individualizasse; indústria ou serviços competitivos. Deixámos destruir a agricultura e a pesca; parte da pequena indústria e comércio e como achámos que todos eram nossos amigos e nós éramos amigos de todos rapidamente alienámos capacidades no âmbito da soberania – leis, justiça, segurança, etc. –, bem como nas Forças Armadas e na Diplomacia. Sempre com ufania.

Mesmo assim, não nos querendo dar conta da grandiosidade do sinistro futuro, a única coisa que nos lembrámos de fazer foi um novo aeroporto desproporcionadamente caro e cheio de condicionalismos técnicos e um TGV para servir os interesses espanhóis. Pouco a pouco o desemprego aumenta e a inflação segue-lhe os passos. E para esta não aumentar, cresce continuadamente a taxa de juro o que vai fazer implodir o endividamento familiar, que disparou com a pornográfica propaganda do compre agora e pague depois o que tem ajudado os grupos financeiros a acumular lucros tais, que nem sabem o que fazer com eles. E o que resta do estado, ainda menos.

Já me esquecia, de tudo o que se passou nestes 20 anos ficam visíveis as auto-estradas. Só que, sendo duvidoso que o comum dos portugueses vá poder usufruir delas por não terem dinheiro para as pagar, as mesmas vão servir justamente os estrangeiros. Como nós não exportamos por elas – porque produção já vimos que temos pouca –, os nossos concorrentes conseguem pôr os seus produtos cá mais depressa, logo mais barato, ajudando assim a arruinar o que vai restando. Eis a quadratura do círculo no seu esplendor.

Portanto, tirando uns pouco milhares de eurocratas – que andam obviamente muito contentes com tudo isto – o que se augura no futuro a massa de totós de serviço, que somos todos nós (a não ser os que emigram), é a de andar de guardanapo no braço a servir os turistas que por cá ainda quiserem vir.

E como as iluminadas mentes que nos têm conduzido ainda acham que lhes devemos estar agradecidos pelos seus esforços homéricos em nos proporcionarem o Bem Estar que idealizam – mesmo que tal seja conseguido à custa da sobrevivência do Estado e da Nação Portuguesa –, tomam o ónus de assumirem sozinhos todas as decisões capitais no processo, aliviando a maçada de informarem as populações do que está em jogo e de permitirem que estas se pronunciem sobre aspectos fundamentais que influenciarão o presente e o futuro da comunidade!

Um dia destes a palavra “referendo” será banida do vocabulário político e saneada do ensino da língua …

Ultimamente dois casos ocorreram que tornam urgente que preparemos a nossa saída da União Europeia: aproveitando a presidência alemã da UE, a Chanceler Merkel decidiu “alargar” aos restantes membros da UE parcialmente (para já!...), a lei de delito de opinião, relativamente a quem possa pôr em causa o que os vencedores na Segunda Guerra Mundial, decretaram como verdade oficial, nomeadamente no que diz respeito ao nazismo, holocausto e similares.

Por causa desta lei e já depois da queda do muro de Berlim, foram condenados até hoje, mais de 108.000 cidadãos alemães.

(Por causa do conflito que sustenta relativamente à entrada da Turquia na UE, a França, fez aprovar há poucos meses, uma lei que incrimina quem puser em causa o genocídio dos Arménios…)

Deste modo, foi assinado em 28 de Maio de 2007, no Luxemburgo, por todos os Ministros da Justiça da União, uma Lei que proíbe a expressão de dúvidas sobre o Holocausto. Uma ressalva foi no entanto prevista: só é punido quem incentivar ódios ou provocar uso de violência. Até ver.

O segundo caso mexe com a Zona Económica Exclusiva (ZEE). São conhecidas as apetências de várias potências em disporem das nossas águas (e sobre estas existem ainda as regiões de informação de voo [FIR] de Lisboa e S. Maria) que representam 14 vezes o território nacional e configuram a maior ZEE da UE. Ora o Direito Comunitário tem vindo a ser trabalhado para mudar o “status quo” – obviamente em detrimento dos interesses portugueses –, permanecendo as autoridades portuguesas estranhamente distraídas de tão relevante facto e a opinião pública convenientemente formatada em ignorância.

Ora o anterior projecto de constituição previa no seu artigo 13, que a gestão dos recursos vivos dos oceanos, no âmbito da política comunitária sobre o mar passariam para a responsabilidade de Bruxelas. Ora isto é pôr em comum aquilo que, no nosso caso, nos pertencia e que implicaria consequências num número alargado de outras competências.

Não se sabe o que sobre isto ficou acordado nesta última maratona sobre o futuro tratado constitucional em que se deram quatro passos à retaguarda para se poder dar um para a frente, mas não deve ser difícil adivinhar o que naquele âmbito ficará decidido.

Devem ser os “Ventos da História”, actuais…

Ou seja, estas duas medidas configuram, por um lado, uma intromissão inadmissível ao cerne da nossa consciência e, por outro, um esbulho ao âmago dos nossos haveres.

Por isso devemos preparar desde já a nossa saída da UE.

Como isto não pode ser feito de um dia para o outro, sob pena de passarmos mal e ocorrerem conflitos graves que, eventualmente, não possamos controlar, é imperioso parar desde já o desmantelamento do potencial nacional, material, cultural e anímico, única medida em que os políticos portugueses das últimas décadas se têm mostrado diligentes e até – pasmem à vontade –, muito competentes.

Depois é preciso preparar alternativas – que as há –, estabelecer uma estratégia e trabalhar muito para a concretizar. Coisa que, lamentavelmente, nos desabituamos de fazer.

Uma aliança, um pacto, etc., até uma família, só se sustém enquanto for útil às partes que a constituem. De contrário é melhor romper. Enquanto é tempo.

É o caso da permanência de Portugal na UE. A UE, melhor dizendo a CEE, foi útil enquanto espaço de concórdia e Paz; proporcionou uma melhoria das condições de vida e da justiça social, etc. Era uma associação de estados-nações livres.

Quando querem que tal evolua para uma federação de contornos obscuros em que fatalmente a individualidade e identidade nacional se dilui, deixa de ser aceitável e devemos dizer não, obrigado.

Quando, ainda por cima, tal caminho se pretende fazer, liderado por um bando de iluminados; por eventuais organizações transversais, poderosas, mas não representativas de nenhum grupo social, região ou comunidade, que fazem do segredo a sua base de actuação e perseguem objectivos de Poder pouco claros, devemos dizer não, obrigado; Quando caminhamos alegremente para a babilónia governativa, que representam os 27 estados membros (a crescer), devemos dizer não, obrigado; quando esta miríade de estados, populações, interesses, credos, culturas, etc., leva a ressuscitar a velha questão da hierarquia das potências, levando à classificação dos diferentes estados em “A”, “B”, ou “C”, devemos dizer não, obrigado; quando a mais provável implosão futura da UE levar a uma fragmentação mais ou menos anárquica, Portugal ver-se-á asfixiado pela União Ibérica, que a força das coisas e da geografia, espartilham e a débil Aliança Inglesa (único bordão que nos resta), dificilmente poderá contrariar. Devemos dizer não, obrigado. Quando nos querem confrontar com factos consumados, à revelia das devoções democráticas com que nos matracam os ouvidos, devemos dizer não, obrigado. Quando nos impõem políticas monetárias e temos de enviar cada vez mais contingentes militares (e estamos a caminhar para o mercenarismo e para a privatização da segurança!...), para combater nas guerras dos outros, sem que tenhamos hipóteses de influenciar as decisões, devemos dizer não, obrigado.

Que objectivos persegue a “Europa” se nem conseguimos definir uma matriz que constitua um mínimo divisor comum?

Caros compatriotas, que se dane a Europa. Prefiro ser um português pobre, mas inteiro do que um europeu perdido, formiga obreira de interesses que não entendo, nem aceito, mas que me manipulam. Não, obrigado.

Não desejo trocar o Afonso Henriques pelo Carlos Magno, o queijo da serra por um qualquer camembert esterilizado; o Direito português pelo Direito de Bruxelas; a NATO pelo… vazio; não quero os espanhóis a mandarem nos noticiários da TVI, etc. Um etc. longo e que cada vez será mais doloroso.

E, sobretudo, ainda prefiro o Prof. Cavaco Silva, o Dr. Jorge Sampaio ou o Dr. Mário Soares (vejam a que ponto desço!), à simpática majestade do senhor D. Juan Carlos. Ponto final.




 Portanto, um negacionista histórico e um saudoso dos "bons velhos tempos coloniais"...   :?
 Ok, a liberdade de expressão é uma coisa porreira e ainda bem que assim é.
Título:
Enviado por: Duarte em Março 19, 2009, 04:50:09 pm
ys7x9

Eu não acho justo estarem a atacar TCor. Brandão Ferreira por negar o holocausto. Não foi isso que ele fez. Ele está a criticar a criação de leis que criminalizam a opinião, o livre pensamento. Acho mais que aparente. Qualquer pessoa com dois dedos de testa consegue compreender isto.

Tenho uma dúvida.. já que parece haver por aqui alguns que são a favor de leis deste género. Como diferem estas leis em comparação com a falta de liberdade de expressão, imprensa censurada, etc.. em regimes autoritários?

Ou existe liberdade de expressão, ou não existe. Eu posso não concordar com tudo o que alguém possa dizer ou escrever, até sinto repugnância pelos que negam o holocausto, mas sinto muito mais pelos que o fizeram. Mas também não posso deixar de repúdiar aqueles que me querem impor a sua visão política.

Como é que reconciliam estas ideias contraditórias? Não é uma incoerência vir para aqui crticar um regime autoritário, e badalar sobre a as liberdades de Abril, e a seguir propor leis que limitam o livre pensamento, a livre expressão de ideias? o livre debate?

Se querem viver assim, posso sugerir Cuba, ou a Coreia do Norte, como destinos.


 :roll:
Título:
Enviado por: Luso em Março 19, 2009, 05:37:53 pm
Deixa, Duarte.
Não vale a pena. A resposta emocial será sempre superior (e mais cómoda) ao esforço do raciocínio que quase sempre se traduz numa redução do radicalismo e da superficialidade de adolescente.

Com reflexos pavlovianos não há nada a fazer.
A porra é que a ignorância cultivada com entusiasmo acaba por nos vir bater à porta.
Título:
Enviado por: FoxTroop em Março 19, 2009, 08:10:04 pm
Como já disse noutro tópico, são muitos os países que têm esse tipo de leis e estou a falar de países democráticos. Eu sou contra qualquer lei contra o livre pensamento e liberdade de expressão e ainda bem que não existem em Portugal.

 
Citar
Se querem viver assim, posso sugerir Cuba, ou a Coreia do Norte, como destinos

Sem dúvida sr. Duarte e o sr. como defensor do pilar dos direitos e liberdades que era o Estado Novo, certamente nesse países acima citados sentir-se-a em casa. Isto porque eu na minha ignorância ainda não descortinei bem a diferença entre uma ditadura de direita e uma de esquerda, mas isto sou eu.


Citar
Com reflexos pavlovianos não há nada a fazer.
A porra é que a ignorância cultivada com entusiasmo acaba por nos vir bater à porta


Não tenha a mínima dúvida caro Luso. É que ela bate mesmo à nossa porta ou pior, instala-se insidiosamente dentro das nossas casas. Instala-se de tal modo que em vez de se olhar para a frente, passa-se a olhar para trás, por cima do ombro, olhando para o que foi e fazendo belas prosas cor-de-rosa sobre fundos negros e incapacitando-nos de realmente resolver o presente. Mas não me alongo mais.....
Título:
Enviado por: AC em Março 19, 2009, 10:21:01 pm
Citação de: "Duarte"
Tenho uma dúvida.. já que parece haver por aqui alguns que são a favor de leis deste género. Como diferem estas leis em comparação com a falta de liberdade de expressão, imprensa censurada, etc.. em regimes autoritários?
A diferença é simples: nestes países, os cidadãos continuam a poder eleger livremente os seus governantes.
Se apoiam ou toleram que os seus governantes aprovem medidas destas, fazem-no livremente.

Citar
Ou existe liberdade de expressão, ou não existe. Eu posso não concordar com tudo o que alguém possa dizer ou escrever, até sinto repugnância pelos que negam o holocausto, mas sinto muito mais pelos que o fizeram. Mas também não posso deixar de repúdiar aqueles que me querem impor a sua visão política.

Como é que reconciliam estas ideias contraditórias? Não é uma incoerência vir para aqui crticar um regime autoritário, e badalar sobre a as liberdades de Abril, e a seguir propor leis que limitam o livre pensamento, a livre expressão de ideias? o livre debate?


De facto. É por essas e por outras que não gosto de sair do nosso jardim.
Excepto algumas palermices, a revolução de Abril deixou-nos com uma constituição porreira q.b.
Título:
Enviado por: AC em Março 19, 2009, 11:22:19 pm
Li assim o texto na transversal e tenho o seguinte reparo a fazer

Citar
Ora o anterior projecto de constituição previa no seu artigo 13, que a gestão dos recursos vivos dos oceanos, no âmbito da política comunitária sobre o mar passariam para a responsabilidade de Bruxelas. Ora isto é pôr em comum aquilo que, no nosso caso, nos pertencia e que implicaria consequências num número alargado de outras competências.


O que a defunta Constituição Europeia e o Tratado de Lisboa não vêm introduzir nada de novo no que diz respeito a pescas.

A partilha das ZEE e a política comum de pescas já existem desde antes de Portugal se juntar à CEE.
E embora não esteja escrito claramente em lado nenhum, a competência exclusiva da UE na definição de políticas de conservação de recursos piscicolas não é diferente do estado actual das coisas.
Título:
Enviado por: AC em Março 20, 2009, 12:49:10 am
Pois claro que enganei! Era CEE que queria escrever.
Título:
Enviado por: Templário em Agosto 19, 2009, 11:22:22 am
— O Quinto Império. O futuro de Portugal — que não calculo, mas sei — está escrito já, para quem saiba lê-lo, nas trovas do Bandarra, e também nas quadras de Nostradamus. Esse futuro é sermos tudo. Quem, que seja português, pode viver a estreiteza de uma só personalidade, de uma só nação, de uma só fé?...

...Não queiramos que fora de nós fique um único deus! Absorvamos os deuses todos! Conquistamos já o Mar: resta que conquistemos o Céu, ficando a terra para os Outros, os eternamente Outros, os Outros de nascença, os europeus que não são europeus porque não são portugueses. Ser tudo, de todas as maneiras, porque a verdade não pode estar em faltar ainda alguma cousa! Criemos assim o Paganismo Superior, o Politeísmo Supremo! Na eterna mentira de todos os deuses, só os deuses todos são verdade.

Fernando Pessoa, in 'Portugal entre Passado e Futuro'

Missão de Portugal, in "Mensagem":


Bandarra 1º Aviso, a grandeza do nosso Povo - O Segundo Aviso é do grande António Vieira e o Terceiro, claro, do grande Fernando Pessoa:


Saudações Fraternais do DIVINO ESPÍRITO SANTO Abençoado seja!
Título:
Enviado por: Camuflage em Agosto 19, 2009, 05:29:08 pm
O futuro de Portugal daqui a 10, 15 anos será similar ao das ex-republicas soviéticas quando o muro caiu. Máfias, inflação elevada, desemprego maciço e alta taxa de emigração e é claro o total colapso da economia.

Mas o povo tem o que merece!
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 19, 2009, 05:49:13 pm
Alguém está um tanto ou quanto deprimido, hein?! :shock:
Título:
Enviado por: cromwell em Setembro 13, 2009, 10:39:26 am
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lusitanismo (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lusitanismo)

Nunca tinha ouvido falar. :roll:
Título:
Enviado por: Xô Valente em Setembro 13, 2009, 12:37:41 pm
Citar
...[carece de fontes]...
 :wink:
Cumprimentos.
Título: Re: Do futuro de Portugal
Enviado por: zeNice em Outubro 27, 2009, 11:52:26 pm
O senhor TOMSK deixou-me triste só com este parágrafo:
Citar
Da nossa parte tudo se faz, aparentemente, sem se medir qualquer perigo. Provavelmente, porque não têm a noção de que ele existe. E tudo se faz para baixar as defesas: abolição de pautas aduaneiras, regimes de transição e outros “pormenores” sem importância, são negociados com invulgar filantropia; abre-se mão de sectores chave da economia e do património nacional; depaupera-se a Instituição Militar tanto material como psicologicamente; abandalha-se o sistema de ensino a tal ponto que brevemente teremos um país de analfabetos (o que interessa são as estatísticas da UE!); neutraliza-se a Igreja e envolve-se tudo isto num manto de “informação controlada”, que há uns anos atrás tomava o nome de censura. Com duas vantagens: porque havia preocupações pedagógicas e quem a fazia assumia. Havia regras. Agora não há, e ninguém assume que faz censura. A única coisa que se tem feito, verdade seja dita, é tentar fortalecer o país sob o ponto de vista económico e financeiro, mas sem grande sucesso já que a falta de autoridade e de liderança é notória e não tem havido capacidade para se criarem mais valias sustentáveis.

E caiu-me tudo aos pés com este:
Citar
Para que o desastre não seja grande – até porque, não se arranja alternativa credível à UE de um dia para o outro – há que começar a tomar consciência do barco em que navegamos; olhar para a UE como modelo transitório e não definitivo; criar defesas e escolher pessoas capazes para lugares importantes. Isto só se consegue com Escolas dignas desse nome e com sistemas de promoção e escolha baseados maioritariamente no mérito. É absolutamente necessário controlar os investimentos nos sectores chave da economia; aumentar a prontidão das FAs, melhorar a coesão e a cultura nacionais; despartidarizar o mais possível a vida nacional e um sem número de outras coisas. É preciso não esquecer as lições da História, nomeadamente, que as potências estrangeiras só nos ajudam quando isso é do seu interesse; que necessitamos de apoios exteriores para melhor nos defendermos. Que o Atlântico é a nossa zona de interesse principal, que não podemos permeabilizar excessivamente a nossa fronteira terrestre e deixar fechar a marítima e que só uma liderança forte e patriota conseguirão conduzir a população para dar o seu melhor quando as situações são críticas.


Resumindo: Não há solução porque ninguém toma consciência e os mediocres vão continuando a governar esta Nação até sermos completamente absorvidos pela UE e Espanha.

Os posts já são um pouco antigos, o que os senhores actualmente acham que será feito deste rectângulo tão belo daqui a 10 anos tendo em conta por exemplo o tratado de lisboa?

Gostava tanto de ver esta Nação a levantar-se.
Título: Re: Do futuro de Portugal
Enviado por: urso bêbado em Março 30, 2012, 06:15:45 pm
A imaginação leva-nos por vezes pelos caminhos da desesperança.

Espanha é um pais com pés de lama. Se eles querem engolir Portugal vão rinhar na códia... Bascos, galegos, portugueses, canários, catalães... muitas dores de cabeça é que eles vão arranjar.

Relativamente a Europa... aí sim que bate certo a perda da soberania, em maior grau. Mas isso rege para todos os estados membros; não dá para se deprimir.  :wink:
Título: Re: Do futuro de Portugal
Enviado por: urso bêbado em Março 30, 2012, 06:18:47 pm
Cream-me senhores!: Espanha não vai absorver coisa alguma.  :dormir:
Título: Re: Do futuro de Portugal
Enviado por: VICTOR4810 em Abril 14, 2012, 07:08:03 pm
Primeiro viver e despois filosofar:
Os tempos mudaram e já não se pode viver de passadas glórias, a história nos ensina o passado mas nos anuncia sempre o futuro.
Portugal e Espanha foram berço de nações, estenderam a cultura e a fé pelo mundo, tiveram um passado glorioso escrito com o sangue de seus heróis, mas, isso é história.
Espanha e Portugal são hoje duas pequenas nações de escassa influência politica  no mundo, e da mesma maneira que já não se vive de passadas glórias, não se pode viver com antíguas afrentas, hoje Espanha e Portugal são amigas e aliadas, com mas interesses em comum que diferenças, não são inimigas ainda que num passado o foram.
O inimigo é a crise económica e o político deshonesto e contra estes o povo carece de armas, podemos  contra os canhões marchar ¿mas contra os poilíticos, como se faz?.
España no es la enemiga de Portugal y no aspira nada mas que a mantener buenas relaciones de amistad, tal y como corresponde con u pueblo hermano y vecino.
Buenas tardes.¡